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ALUNA: SANDRA REGINA CAZARES DISCIPLINA: DIRIEITO CIVIL

SEMESTRE: 7° PROFESSORA: CARMEM

1. Qual o conceito de recurso?


Recurso é o remédio voluntário idôneo a ensejar dentro do mesmo processo, a
reforma, a invalidação, o esclarecimento ou a integração judicial que se
impugna. Desta forma o recurso impede a decisão judicial impugnada se torne
preclusa, prolongando o estado da litispendência.

2. Quais as principais diferenças entre recursos e ações autônomas de


impugnação?
 Ações autônomas de impugnação são verdadeiras ações constitutivas
negativas que visam invalidar e excepcionalmente reformar a decisão judicial
impugnada , ou seja, visam desconstituir uma decisão judicial, v.g., ação
rescisória de julgado, ação ordinária de nulidade de sentença, mandado de
segurança para nulidade de sentença ou decisão judicial por vício de forma,
etc. Por fazerem às vezes de recurso são denominados sucedâneos recursais.
 A primeira diferença entre ação autônoma de impugnação e recurso está
no fato de que enquanto aquela é uma ação completamente autônoma,
este é apenas um prolongamento da ação.
 Destarte, infere-se que o recurso é apenas uma fase do processo,
enquanto a ação autônoma de impugnação é uma ação completamente
diversa do processo que se pretende impugnar.
 Na ação autônoma todas as medidas dão início a novo processo e
procedimento, em autos apartados, que receberam sentença, tudo
independentemente da ação originária, dita "principal". Isto acontece
também com medida cautelar inominada, nada obstante seja
"instrumento do instrumento", possuindo dependência nuclear em
relação à ação em que a tutela é necessária (de conhecimento e
execução), mas gozando de independência do ponto de vista
procedimental. É nesse sentido que falamos em independência, quando
nos referimos as ações autônomas de impugnação.
 No recurso não existe constituição de nova relação jurídica, na ação
autônoma, há.
 O recurso não é ação autônoma, não há nova relação processual que se
forma para atacar decisão interlocutória, sentença ou acórdão. Tem ele
procedimento específico, mas se classifica simplesmente no rol dos
direitos processuais de que se socorrem às partes e outros interessados no
processo.
 Sendo um direito e não obrigação, o recurso é faculdade. Mas faculdade
que se revela como verdadeiro ônus processual, já que, se não exercida
pode fazer precluir a decisão e provocar a formação da coisa julgada.
 O recurso ocorre antes do trânsito em julgado (coisa julgada material),
sendo obstruído pela coisa julgada que é fato impeditivo para a utilização
da via recursal, nada obstante, a finalidade do recurso é evitar a coisa
julgada. Já a ação autônoma não é obstada pela coisa julgada, sendo que,
no direito brasileiro, a sua principal função é exatamente esta: a
desconstituição da coisa julgada.
 Os casos em que existe a possibilidade de ação rescisória são
expressamente previstos no art. 485 CPC (numerus clausus), é um rol
taxativo que demanda interpretação restritiva.
 No recurso pode haver admissão do mesmo, por ser ele hábil, mas pode
haver negação do provimento. O mérito e a causa de pedir não se
confundem. Nas ações de impugnação autônoma, tal fato não existe,
visto que, se se conhecer da ação, obrigatoriamente, será ela julgada
procedente. Há uma fusão conceitual era causa de pedir e mérito, o que
não ocorre no recurso, onde são dissociados. Em face disto, é pouco
técnica a utilização dos termos conhecer e prover na rescisória, sendo
mais adequado os termos, improcedência ou provimento.
 No recurso pode-se alegar qualquer matéria que diga respeito a lide
(atinentes aos elementos da causa). Na ação autônoma de impugnação o
rol é taxativo (numerus clausus), ou vício de forma da sentença ou 485
CPC, não há possibilidade de ampliação.

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