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CURSO DE INICIAÇÃO AOS SISTEMAS SOLARES FOTOVOLTAICOS

MÓDULO 1
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MÓDULO 1. Introdução aos Sistema Solares (TOTAL: 8 Horas)

1.1. Apresentação dos objetivos do curso, reforçando o caracter pratico e introdutório nesta
área, assim como breve revisão de conceitos de eletricidade básica.

1.2. Geometria solar.

1.3. Cálculo de Ângulos e posicionamento de estruturas

1.3.1 Fundamentos teóricos básicos.

1.3.2 Apresentação de Acessórios.

1.3.3 Materiais e Técnicas de tratamento.

1.4. Sombreamentos

1.5. Sistemas Solares Fotovoltaicos

1.5.1 Efeito Fotovoltaico. Introdução e princípio de funcionamento.

1.5.2 A Célula Fotovoltaica - Características, tipos e métodos de fabrico

1.5.3 Principais componentes dos sistemas fotovoltaicos


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1.1 - OBJECTIVOS:

Esse curso visa dotar os profissionais de


engenharia de uma visão muito pratica
deste tipo de sistemas, dotando-os de
metodologias simples para resolução de
alguns dos seus problemas enquanto
técnicos na área, fazendo cálculos rápidos,
resolvendo exemplos práticos, e
possibilitando o contacto direto com
materiais e equipamentos
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INTRODUÇÃO
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1.2 – GEOMETRIA SOLAR

A radiação solar não chega


unicamente sob a forma de luz visível.
Recebemos também radiação não
visível para o olho humano.
A gama de radiações visíveis para os
nossos olhos abrange valores de
comprimentos de onda entre 0,38 e
0,78 μm (1 μm = 1 micrómetro ou
micra = 1 x 10-6 m).
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A energia produzida pelo Sol transmite-se no espaço em forma de radiação


eletromagnética. Esta radiação é um conjunto continuo de ondas de diversos
comprimentos de onda, dos quais a luz visível é apenas uma pequena parte.
A figura que se segue mostra a distribuição da radiação solar extraterrestre e
denomina-se de “espectro da radiação”. A distribuição da radiação no espectro
solar, em função do comprimento de onda, esta representada na tabela.
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Resposta espectral de várias tecnologias de celulas.


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DADOS IMPORTANTES
Diâmetro aproximado da Terra : 12.800km

Diâmetro aproximado do Sol : 1.392.000km (aprox. 110 vezes o Diâmetro da Terra)

Distancia aproximada da Terra ao Sol : 149.600.000km


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CURIOSIDADE:

O fim do planeta Terra refere-se a teorias em que a Terra deixa de existir completamente como planeta ou
torna-se inabitável para a vida.
De acordo com astrónomos, a Terra deverá durar por pelo menos mais 5 bilhões (5 × 109) de anos antes do
sol tornar-se uma gigante vermelha. Devido à perda de massa do sol, a Terra sairá de sua órbita,
distanciando-se do mesmo. O imenso calor evaporará os oceanos, transformando a Terra num
deserto poeirento, bastante parecido com o planeta Marte mas com um clima semelhante ao de Vênus. O
sol posteriormente se transformará numa anã branca, incapaz de fornecer uma quantidade mínima de
calor necessária à manutenção da vida.
Linha do tempo da vida do Sol.
Outros dizem que a atmosfera irá perder seu vapor de agua dentro de 1,1 bilhão (1,1 × 109) de anos, porque
o sol se tornará 10% mais quente, e que os oceanos irão evaporar dentro de 3,5 bilhões (3,5 × 109) de anos,
quando o sol estiver 40% mais quente.
Em 3,5 bilhões (3,5 × 109) de anos, a galáxia de Andrómeda pode colidir com a nossa, podendo desorganizar
alguns sistemas solares. Muitos cientistas, entretanto, acreditam que nosso Sistema Solar escapará ileso,
embora exista uma chance de que ele seja ejetado da fusão das duas galáxias.
Muitos cenários concordam que o derradeiro destino do Universo subsequentemente destruiria a Terra.
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MASSA DE AR

Quando a radiação solar atravessa a


atmosfera sofre diversas alterações,
devido a vários fatores, como por
exemplo:

– Vapor de agua;
– Ar;
– Partículas em suspensão;
– Sujidade;
– etc.
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MASSA DE AR

A massa de ar é uma porção individualizada do ar atmosférico que possui nas


suas características e propriedades as condições gerais do tempo dos locais
onde se formam. O deslocamento da massa de ar é provocado pela diferença de
pressão e temperatura entre as diversas áreas da superfície.

A massa de ar tem efeitos na radiação solar. O angulo de incidência dos raios


solares através da atmosfera terrestre faz com que estes possuam um percurso
com maior ou menor massa de ar atravessada, mudando esta com a declinação
da Terra em relação ao Sol.
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O nível de radiação anual em todo o nosso planeta, que resulta de registos


realizados com o auxilio dos instrumentos descritos e guardados ao longo dos
anos, é mostrado na figura.
De notar que do mais claro para o mais escuro, representa a subida do nível de
radiação solar nesses locais:
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Em apenas uma hora o Sol oferece-nos a quantidade de energia necessária


consumida pela humanidade. Durante um ano, cerca de 5 × 1020 J e, mais
fantástico ainda: em 40 horas libera a energia equivalente às reservas
estimadas de petróleo existentes na Terra. É meritório fazer uma pequena
pergunta:
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Em apenas uma hora o Sol oferece-nos a quantidade de energia necessária


consumida pela humanidade. Durante um ano, cerca de 5 × 1020 J e, mais
fantástico ainda: em 40 horas libera a energia equivalente às reservas
estimadas de petróleo existentes na Terra. É meritório fazer uma pequena
pergunta:

Porque desperdiçamos tanto?


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A tecnologia fotovoltaica vem sem qualquer duvida marcar aqui o seu


espaço…recorrendo ao uso das suas tecnologias, e boas técnicas de arte,
maximizando o potencial solar disponível…

Mod PV

α
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Falando em regras de arte, porque é então tão importante a perpendicularidade dos


raios solares na superfície exposta?

Justificação recorrendo a Cálculo


Pmod = Gsolar . Ηel modulo . η temp mod . sin(α)

sendo:
Pmod – Potencia Mod PV (Wp)
Mod PV
η el modulo - Rendimento Eletrico do Modulo PV (%)
η temp mod – rendimento do modulo devido a
variação de temperatura (%)
α
α - Angulo de Incidência da radiação na superfície Mod PV
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Justificação recorrendo a Senso Comum

Ver exemplo lanterna


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Quatro conceitos de interesse e que traduzem a dependência temporal da


irradiação solar, são:

- Angulo de declinação Solar (δ);

- Angulo Horário (H);

- Angulo Azimutal (ɸs);

- Angulo Elevação (β)


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Ao longo da sua trajetória em torno do sol, o planeta terra tem quatro posições
características, respeitantes a dois solstícios, de verão e inverno, e dois
equinócios, os de primavera e outono. Estas posições representam as quatro
estações do ano.
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ANGULO DE DECLINAÇÃO SOLAR

Ângulo feito entre o plano vertical que passa pelo equador solar e terrestre, que
varia entre os 23,5 graus positivos e os 23,5 graus negativos, de acordo com o
dia do ano. Este ângulo pode ser calculado recorrendo á seguinte expressão:

Sendo n= 1,2,3….365 dias ano (Dia Juliano)


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Assim, como exemplo para o dia de 28 de Abril teremos: n= 118


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E para o dia de hoje, 26 de Maio teremos: n= 145


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E para o dia de hoje, 28 de Maio teremos: n= 145

Resolvendo a equação chegamos à conclusão que a terra apresenta


no dia de hoje um angulo de declinação solar aproximado de 20,8º
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ANGULO HORÁRIO

O ângulo horário, por seu turno, é o ângulo formado entre o meridiano local e o
meridiano celeste, que contem o sol. É medido a partir do plano do equador,
variando de 0 graus, no meridiano local, a 360 graus. No entanto, o mais comum,
é ser medido em horas, 0 às 24 horas, passando a designar-se por tempo solar.
Adota-se, normalmente, um ângulo de zero graus ao meio dia solar, sendo que a
contagem começa de este, com sinal negativo, acabando para oeste com sinal
positivo.
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ANGULO AZIMUTAL E DE ELEVAÇÃO SOLAR

Os ângulos Azimutal ɸs e de Elevação β pode então ser representado


pelo respetivo tempo solar de acordo com as equações apresentadas.

Sendo H o angulo horário, representando o nº de graus que a terra deverá girar até chegar

ao meio dia do seu meridiano local e β o angulo entre a tangente à terra no local onde
nos encontramos e o raio de sol (ou seja, simplificando, entre a superfície da terra no local
onde nos encontramos e o raio de sol).

H= 15º (graus que a terra gira por hora) x nº de horas em falta até ao meio dia solar.
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ANGULOS AZIMUTAL E DE ELEVAÇÃO SOLAR

Através de carta solar


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ANGULO SOLAR - EXERCICIO PARA DIA 28 DE ABRIL 10:00h

Em Fortaleza consideramos o meio dia solar aproximadamente às 11:30h locais


http://www.sunearthtools.com/dp/tools/pos_sun.php?lang=pt#txtSun_4
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ANGULO SOLAR - EXERCICIO PARA DIA 28 DE ABRIL 10:00h


Assim, e tendo como exemplo do dia, 28/04 às 10h da manhã em Fortaleza (LAT:
3.72º S) , consideramos:
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ANGULO DE INCLINAÇÃO DO MODULO SOLAR

De acordo com os ângulos de declinação solar e horário do exercício anterior,


no dia em causa à hora indicada o meu painel solar deverá teoricamente, com
o plano horizontal, ter a inclinação de:
90º - 60.34º = 29.66º
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Assim, e tendo como exemplo do dia de hoje 26/05 às 10h da manhã em Fortaleza
(LAT: 3.72º S), calculemos Angulo de Elevação e Angulo Azimutal :

- ANGULO DE DECLINAÇÃO SOLAR

- ANGULO AZIMUTAL ɸs
e ELEVAÇÃO β

- ANGULO HORARIO

H= 15º (graus que a terra gira por hora) x nº de horas até ao meio dia solar
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Apresentamos em seguida duas formas simples e expeditas de calculo


deste angulo, em sistemas fixos:

Tabela resumo de inclinações Formula resumida para sistema fixos

Se Latitude > 7º

Se Latitude < 7º

Este angulo nunca deverá ser inferior a 10º/ 12º por motivos de manutenção. As
águas pluviais ajudarão na limpeza evitando acumulação de resíduos sólidos.
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ANGULO DE INCLINAÇÃO DO MODULO SOLAR EM SISTEMAS FIXOS


Como exemplo calculemos para as cidades de:

FORTALEZA (LAT:3º SUL) LISBOA (LAT: 38º NORTE)

Tabela resumo de inclinações Tabela resumo de inclinações

Formula resumida para sistema fixos Formula resumida para sistema fixos
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1.4 – SOMBREAMENTOS

Os efeitos dos sombreamentos estão diretamente relacionados com os seguintes


fatores:
– A distancia mínima entre fileiras de módulos FV. Os próprios módulos poderão
provocar sombreamentos uns nos outros;
– Perdas por orientação e inclinação;
– Perdas por sombreamentos provocados por objetos alheios

De forma a melhor resolver esta questão,


deverão ter-se em consideração os cálculos
apresentados:

Sendo:

d – distancia entre objeto que faz sombra e o modulo solar;


h – altura do objeto que faz sombra;
β - ângulo a que corresponde a altura mínima do Sol a 21 de junho;
α – ângulo de inclinação dos módulos solares
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Desta forma, considerando que irei instalar um modulo FV do tipo


apresentado, em Fortaleza, a distancia entre linhas de módulos será
calculada da seguinte forma:

1º - Calculo da altura do objeto que


provoca sombra:
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2º - Calculo (dentro das 6 HSP) do ângulo solar β a que corresponde a altura


mínima do Sol a 21 de junho (Hemisfério Sul, sendo para 21 de dezembro no
Hemisfério Norte) . Assim consideramos:

NOTA: Não esquecer, H trata-se do angulo


horário, representando o nº de graus que a
terra deverá girar até chegar ao meio dia do
seu meridiano local.

H= 15º x nº de horas em falta até ao meio


dia solar. Neste caso consideramos a
NOTA: situação de perto de final das horas de sol
a pico
21 de junho é o 172º dia do ano
http://www.sunearthtools.com/dp/tools/pos_sun.php?lang=pt#txtSun_4
21 de dezembro é o 356º dia do ano
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3º - Calculo do sombreamento:

NOTA: esta distancia deverá ser considerada a mínima, no entanto estudada caso a caso.
Não esquecer que em determinadas situações ou zonas poderão e deverão ser deixados
corredores para acesso de manutenção, onde pelo menos deverá haver espaço para acesso
de uma UP (Unidade Pessoa).
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3º - Calculo do sombreamento em Autocad:


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1.5.1 - EFEITO FOTOVOLTAICO. INTRODUÇÃO E PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO


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RESUMINDO, PODEREMOS AFIRMAR QUE EFEITO FOTOVOLTAICO É


A PRODUÇÃO DIRECTA DE ENERGIA ELETRICA ATRAVÉS DA
ENERGIA DA LUZ.
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1.5.2 - A CÉLULA FOTOVOLTAICA


CARACTERISTICAS, TIPOS E METODOS DE FABRICO

Como já descrito no capitulo anterior, a célula


fotovoltaica é a responsável, pelo efeito fotovoltaico. O
próprio termo já sugere o funcionamento desses
dispositivos: "foto" significa "luz" e "voltaica" quer dizer
"energia". O efeito fotovoltaico foi descrito pela primeira
vez pelo físico francês Alexandre-Edmond Becquerel, em
1839.
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Basicamente, trata-se da criação de uma tensão elétrica pela


exposição dessas células sensíveis à luz.

As células fotovoltaicas são feitas de materiais


semicondutores, mais comumente o silício cristalino. Apesar
das vantagens do uso da energia renovável, a adoção da
energia solar para o abastecimento de cidades inteiras é
inviável na maioria dos casos.

Cada célula solar com 10 x 10 cm produz cerca de 0,5 Volt de


tensão e 2,4 Ampére de corrente com luz solar total. Isto
corresponde a cerca de 1,2 Watt de rendimento.
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Modelo matemático da célula fotovoltaica

A fonte de corrente IS representa a


corrente elétrica gerada pelo feixe de
radiação luminosa, constituído por
fotões, ao atingir a superfície ativa da
célula (efeito fotovoltaico).

Esta corrente unidirecional é constante para uma dada radiação incidente. A


junção p-n funciona como um díodo que é atravessado por uma corrente interna
unidirecional ID, que depende da tensão V aos terminais da célula.
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O rendimento da célula, a Potencia máxima, a


área da célula e a radiação incidente sobre a
mesma relacionam-se da seguinte forma:

Sendo:
η - rendimento da célula;
Pmax - Potencia máxima (W) ,
A - área da célula (m2)
G - radiação incidente (W/m2)
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Fator de Forma – Quociente entre a potência de ponta e o


produto VCA – Tensão em circuito aberto Icc – Corrente de
curto circuito.

Sendo:
FF – Fator de forma;
Pmax - Potencia máxima (W) ,
VCA – Tensão em circuito aberto (V)
Icc – Corrente de curto circuito (A)

As células em uso comercial apresentam um fator de


forma entre 0,7 e 0,85. Naturalmente que será desejável
trabalhar com células em que o fator de forma seja o maior
possível.
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Os painéis que usam o silício, por exemplo, têm níveis de eficiência na faixa
dos 10% a 20% e altos custos de produção. Menos comuns, os painéis
fabricados a partir o composto sintético arsenieto de gálio são mais
eficientes, mas ainda mais caros devido à raridade do material. Atualmente,
os módulos fotovoltaicos de silício apresentam uma vida útil de 25 anos. Um
dos desafios que se coloca é o de encontrar novos acessórios e
equipamentos que ponham esta fasquia bem acima e com um grau de
eficiência bastante elevado.

O processo de fabrico das células


e módulos fotovoltaicos está
representado nas seguintes
figuras e de acordo com vídeo
apresentado mais à frente.
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CELULAS DE SILICIO CRISTALINO (1ª Geração)

Esta ainda é a geração tecnológica que domina o


mercado. Hoje, 90% dos fotogeradores instalados no
mundo são feitos à base de silício cristalino. Dentro destes,
o silício monocristalino é o mais antigo, e ainda o que
domina o mercado. Tipicamente, apresenta eficiências
entre os 15% e os 18%, e é utilizado em todo o tipo de
aplicações terrestres de média e elevada potência. O silício
multicristalino (ou policristalino) é uma alternativa um
pouco mais barata, mas também menor performance.
Neste momento, no mercado, existem três tipos de células,
conforme o método de fabricação:
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– Células de silício monocristalino: Estas células


obtém-se a partir de barras cilíndricas de silício
Monocristalino produzidas em fornos especiais. As
células são obtidas por corte das barras em forma de
pastilhas quadradas finas (0,4-0,5 mm de espessura).
A sua eficiência na conversão de luz solar em
eletricidade situa-se na ordem dos 15 a 18 %.
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– Células de silício policristalino: Estas células são


produzidas a partir de blocos de silício obtidos por
fusão de bocados de silício puro em moldes especiais.
Uma vez nos moldes, o silício arrefece lentamente e
solidifica-se. Neste processo, os átomos não se
organizam num único cristal. Forma-se uma estrutura
policristalina com superfícies de separação entre os
cristais.
A sua eficiência na conversão da luz solar em
eletricidade e ligeiramente inferior às monocristalinas
situando-se entre os 12 a 16%. Máxima absorção de
energia em comprimentos de onda de 500 nm.
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CELULAS DE PELICULA FINA (2ª Geração)

A segunda geração de células vem responder a uma necessidade


de redução do consumo de silício, muito oneroso por requerer
elevadas temperaturas na produção e um grau de pureza muito
alto. A película fina tem também a vantagem de ser muito menos
pesada, permitindo aplicações integradas em fachadas de edifícios.
A principal tecnologia é a do silício amorfo, muito usada na
eletrónica profissional e em relógios ou calculadoras.
Embora apresente eficiências muito mais baixas do que as de primeira geração,
da ordem dos 5% a 7%, o seu fabrico é mais barato, e funciona com uma gama
de luminosidade mais alargada. As células de Diseleneto de Cobre e Índio (CIS)
são mais eficientes e igualmente baratas, mas contêm Cádmio, um material
perigoso e interdito pela UE. Há ainda a tecnologia de Telurieto de Cádmio
(CdTe)
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CONCEITOS DE NOVAS CÉLULAS SOLARES (3ª Geração)

Nesse cenário, encontram-se, entre outras, as células


orgânicas, as células solares sensibilizadas por corante,
também conhecidas por seu nome em inglês, dye-sensitized
solar cell (DSSC) e as células solares baseadas em pontos
quânticos (quantum dots). As células orgânicas são formadas
pela junção de duas camadas principais, onde ocorre o efeito
fotovoltaico.
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Uma tem a função de doar elétrons e normalmente se


utiliza polímeros conjugados, como o poli(3-hexiltiofeno),
também conhecido como P3HT, a outra camada é
aceptora de elétrons, e normalmente utiliza-se fulerenos,
como o éster metílico do ácido -fenil-C61-butírico, o PCBM.
É ainda importante referir uma outra, já bastante usada,
mas apenas em situações muito específicas: o Arsénio de
Gálio (GaAs) apresenta rendimentos que podem chegar a
25%, mas tem custos de produção muito elevados, que só
permitem hoje o seu uso em satélites ou sistemas de
concentradores (CSP).
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CONCEITOS DE NOVAS CÉLULAS SOLARES (3ª Geração - PEROSKVITA)

Este tipo de células não é ainda tão eficiente quanto a célula solar mais eficiente
do mundo, mas apresenta outras vantagens, que a tornam numa tecnologia de
futuro a considerar seriamente. Estre outras vantagens, apresenta:

- construída sobre substratos plásticos, o que lhes dá flexibilidade e um bom nível


de transparência - com a grande vantagem de que são totalmente de estado
sólido, ao contrario das células solares orgânicas - tipo DSC desta geração

- arquitetura mais simples desta célula


solar significa que ela pode ser
produzida em larga escala a um custo
baixo, já que o processo de deposição
química usado na sua fabricação é
compatível com as técnicas usadas
pela indústria
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CONCEITOS DE NOVAS CÉLULAS SOLARES (3ª Geração - PEROSKVITA)


- as perovskitas não servem apenas para coletar a luz, desempenham também o
papel de portadoras das cargas coletadas, o que permitiu eliminar a parte
"molhada" das células solares sensibilizadas por corante - justamente o elo
frágil dessa tecnologia
- Nestas tecnologia de última geração, a perovskita é simplesmente prensada
entre os eletrodos de elétrons (cargas negativas) e de lacunas (cargas
positivas), a mesma configuração utilizada nas células solares planares
convencionais
- Baixa espessura - cerca de 300
nanômetros, contra 150 micrômetros
das células de silício - o que lhes dá
flexibilidade e transparência

- Taxa de conversão na ordem de


15%
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CONCEITOS DE NOVAS CÉLULAS SOLARES

Tecnologias de concentradores solares: usam um


concentrador ótico para focalizar a radiação solar
em uma pequena célula de alta eficiência.
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“A Sharp atingiu a maior taxa de eficiência de conversão solar do mundo, de


44,4%, usando um concentrador de células solares compostas de tripla junção.
Essas células são usadas em um sistema concentrador baseado em lente, que
foca a luz solar sobre as células para gerar eletricidade.
Células solares compostas geralmente obtêm uma alta eficiência de conversão
quando utilizam camadas de foto absorção feitas a partir de compostos de vários
elementos, como o índio e o gálio.
Os concentradores de células solares de tripla junção da empresa usam uma
tecnologia por meio de uma pilha de fotoabsorção de três camadas, cuja
extremidade inferior é feita de InGaAs (arsenieto de gálio índio).
Para alcançar uma eficiência de conversão concentrada de 44,4%, a Sharp
ampliou a superfície de células concentradoras eficazes para garantir a
uniformidade da largura na interface do concentrador de células e eletródios
conectados.” retirado Jornal GGN
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RESUMINDO:

As células de 1ª geração, baseadas em silício


cristalino, têm alto custo de produção e
instalação, já as de 2ª geração, têm um baixo
custo, porém a eficiência dessas células ainda
não alcançou um patamar satisfatório que
possa torná-las viáveis na substituição das
células de silício cristalino. Além disso, muitas
células de 2ª geração são compostas de
materiais tóxicos ou raros. As células de 3ª
geração compreendem as tecnologias
emergentes e ainda não encontradas no
mercado. Atualmente, essas células
representam a possibilidade de associar
eficiência e baixo custo.
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MÉTODOS DE FABRICO DE CELULAS DE SILICIO


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CELULAS DE SILICIO MONOCRISTALINO

Tamanho: Maioritariamente 10x10 cm² ou 12,5x12,5 cm², diâmetro10, 12,5 ou 15 cm.


- Espessura: 0,3 mm.
- Estrutura: Homogénea.
-Cor: Gama de azul-escuro para preto (com Anti-reflexão), cinza (sem Anti-Reflexão)
- Rendimentos aproximado 18 a 20%.
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CELULAS DE SILICIO MONOCRISTALINO


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CELULAS DE SILICIO POLICRISTALINO

- Tamanho: 10x10 cm², 12,5x12,5 cm² e 15x15 cm².


- Espessura: 0,3 mm.
- Estrutura: cristais com várias orientações que podem ser facilmente vistos na
superfície (padrão estrutural semelhante a cristais de gelo),
- Cor: cinza prateada (sem AR), azul (com AR).
- Rendimentos aproximado 13 a 18%.
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CELULAS DE SILICIO POLICRISTALINO


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CELULAS DE SILICIO AMORFO

Tamanho: Módulo standard máx. 0,77m x 2,44 m ou módulos especiais


- Espessura: : 1 – 3 mm para o substrato (plástico, metal ou vidro não solidificado),
com um revestimento de silício amorfo de aprox. 0,001mm
- Estrutura: Homogénea.
- Cor: Castanho avermelhado a preto
- Rendimentos aproximado 07 a 11%.
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PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DE MODULOS FOTOVOTAICOS - SILICIO AMORFO


Para produção de filmes finos de silício amorfo hidrogenado, faz-se a deposição
de silano (SiH4) via descarga induzida por radiofrequência ou por deposição de
vapor químico induzida por plasma. Para fazer um filme dopado do tipo n, basta
utilizar atmosfera de SiH4 contendo 1% de Hidreto de fosforo (PH3), e para obter
um filme do tipo p utiliza-se atmosfera de SiH4 com 1% de Diborano (B2H6). As
células de silício amorfo tem sua estrutura do tipo p-i-n. Elas são formadas por
três camadas sobrepostas de silício amorfo, a primeira é um filme dopado do
tipo p, em seguida, tem um filme de silício intrínseco, ou seja, puro, e por fim, tem
um filme dopado do tipo n. A condução da corrente produzida é feita por uma
folha de alumínio na parte posterior da célula e por um óxido condutor
transparente (TCO) na parte frontal da célula, normalmente Dióxido de estanho
(SnO2). A proteção desse conjunto na parte frontal é feita com vidro
transparente, já na parte posterior o próprio alumínio exerce essa função. A
eficiência dessas células chega a 12,5% em laboratório, porém em larga escala,
elas possuem eficiência entre 6 a 9%.16-20
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FILME SOLAR…O QUE É E COMO PODE SER APLICADO…


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FILME SOLAR…O QUE É E COMO PODE SER APLICADO…


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PRINCIPAIS PARAMETROS DE UMA CÉLULA FOTOVOLTAICA:

– Corrente de curto-circuito (ICC para U = 0): É o valor da corrente máxima


que uma célula pode entregar a uma carga sob determinadas condições
de radiação e temperatura correspondentes a um valor de tensão nula e,
consequentemente, potencia nula;

– Tensão de circuito aberto (UOC com I = 0): É o máximo valor de tensão


que uma célula pode entregar a uma carga sob determinadas condições
de radiação e de temperatura, correspondentes a uma circulação de
corrente com valor nulo e, consequentemente, potencia nula;
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– Potência pico (PMPP): É o valor máximo de potencia que se pode entregar a


uma carga e corresponde ao ponto da curva no qual o produto V x I e máximo;

– Corrente à máxima potência (IMPP): E o valor da corrente que é entregue a


uma carga à máxima potencia, sob determinadas condições de radiação e de
temperatura. É utilizada como corrente nominal do mesmo.

– Tensão a máxima potência (UMPP): É o valor da tensão que é entregue à


carga à máxima potencia, sob determinadas condições de radiação e
temperatura. É utilizada como tensão nominal do mesmo.
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Fatores como a intensidade da


radiação solar incidente e temperatura
ambiente influenciam diretamente o
desempenho de uma célula
fotovoltaica, o que facilmente se
consegue observar através da sua
característica I-V.
A corrente de curto-circuito aumenta de
forma aproximadamente linear com o
aumento da radiação incidente, ao
passo que o valor de tensão de circuito
aberto pouco varia com a variação da
radiação, sendo esta habitualmente
desprezada nos cálculos.
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A temperatura é um parâmetro importante uma vez que, estando as células


expostas aos raios solares, o seu aquecimento e avultado. Alem disso, uma
parte da incidência solar absorvida não é convertida em energia elétrica, mas
sim dissipada sob a forma de calor.

Esta e a razão pela qual a temperatura de uma célula é sempre mais elevada
em relação a temperatura ambiente. Num sistema com módulos ligados em
serie e perante baixas temperaturas, o aumento de tensão num modulo poderá
ultrapassar a tensão máxima permitida pelos dispositivos a jusante. No Verão,
devido ao aumento de temperatura, pode-se verificar uma diminuição na
potencia produzida de 35 %, sendo que para evitar este fenómeno, os módulos
devem ser capazes de dissipar o excesso de calor para o exterior.
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1.5.3 –PRINCIPAIS COMPONENTES DOS SISTEMAS FOTOVOLTAICOS

- MÓDULOS SOLARES FOTOVOLTAICOS

- INVERSOR

- BANCO DE BATERIAS

- REGULADOR
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1.5.3 –PRINCIPAIS COMPONENTES DOS SISTEMAS FOTOVOLTAICOS

- MODULOS SOLARES FOTOVOLTAICOS

Um módulo ou painel fotovoltaico consiste num número de células solares


ligadas eletricamente, normalmente em série, podendo também ser ligadas
em paralelo, encapsuladas e montadas numa estrutura. Esta associação de
células solares, tanto em série como em paralelo, deve-se ao facto da sua
potência máxima não exceder normalmente os 2 W, o que se torna
manifestamente insuficiente para a maioria das aplicações.
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O número de células num módulo é determinado pelas necessidades da carga


a alimentar, sendo que normalmente são utilizadas de 30 a 36 células de silício
cristalino ligadas em série, dependendo do local onde os sistemas serão
instalados.
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Por sua vez, os módulos também podem ser


associados em série e paralelo como acontece nas
células, formando assim um gerador fotovoltaico.
Assim sendo e como é de esperar, a associação de
módulos em série irá ter influência sobre o nível de
tensão que o sistema irá ter, ou seja, se se
pretender ter uma tensão superior para o sistema
deverão ser associadas uma maior quantidade de
módulos em série. No entanto, se o objetivo for
aumentar a corrente elétrica, deveremos associar
uma maior quantidade de células em paralelo.
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FABRICO MANUAL DE MODULO SOLAR FOTOVOLTAICO


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PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DE MODULOS FOTOVOTAICOS

Na construção dos módulos, é necessário dotá-


los de características que lhes permitam resistir
às condições ambientais adversas a que vão
estar submetidos. Neste sentido, a fim de garantir
a proteção contra a ação de esforços mecânicos,
dos agentes atmosféricos e da humidade, as
células são normalmente embebidas numa
película de etileno acetato de vinilo (EVA). Trata-
se de um material flexível, translúcido e não
refletor da radiação solar, que tem ainda a
particularidade de assegurar o isolamento
elétrico entre as células.
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Para a estabilização mecânica da estrutura, o acabamento é executado com


aros de alumínio (leves e resistentes) e uma placa de vidro. A figura
representa esquematicamente os componentes e materiais normalmente
utilizados na construção de módulos fotovoltaicos.
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CAIXAS DE CONEXÃO
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CARACTERISTICAS DOS MODULOS FOTOVOTAICOS

As características (parâmetros elétricos, térmicos ou mecânicos) dos


módulos fotovoltaicos são medidas (nas condições de referência, STC -
Standard Test Conditions) pelos fabricantes e disponibilizadas na forma de
fichas técnicas específicas. No entanto, em contexto de utilização real, as
condições de referência muito raramente ocorrem. Na verdade, mesmo que
um módulo fotovoltaico opere num cenário que eventualmente se caracterize
por uma temperatura do ar igual a 25ºC, a temperatura do módulo será
superior.
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CARACTERISTICAS DOS MODULOS FOTOVOTAICOS

STC= Standard-Test-Conditions (condições de teste standard). Para poder


comparar os rendimentos de diferentes módulos, recorre-se às mesmas
condições de teste. Radiação 1000W/m²; Temperatura Celula 25 Graus Celsius
e AM 1,5 (AM=Air Mass; esta indicação quantifica a espessura da camada de ar.
No equador a massa de ar é de AM=1 e na Europa cerca de 1,5).
A sensibilidade das células solares altera-se segundo a composição da luz
espectral.

- Intensidade da radiação solar incidente na superfície = 1000 W/m2;


- Temperatura do ar = 25ºC;
- Massa de Ar = 1,5;
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CARACTERISTICAS DOS MODULOS FOTOVOTAICOS

Relativamente às características Elétricas consideram-se as já referidas para as


células fotovoltaicas, nomeadamente:

– Potência pico (PMPP)

– Tensão a máxima potência (UMPP)

– Corrente a máxima potência (IMPP)

– Tensão de circuito aberto (UOC)

– Corrente de circuito fechado (ISC)


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WORKSHOP 1
ENGº LUIS MOTA RODRIGUES

EX-RESPONSAVEL PRODUÇÃO DA FÁBRICA DE MODULOS SOLARES


FOTOVOLTAICOS MFS EM MOURA - PORTUGAL
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CERTIFICAÇÃO DE MODULOS SOLARES FOTOVOTAICOS


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ENSAIOS REALIZADOS:

- CURVA IV
Obtida a partir de um Simulador Solar Classe AAA,
capaz de traçar as curvas de resposta em potência
e fazer a caracterização de todos os parâmetros
relevantes de qualquer módulo fotovoltaico, para
uma gama de temperaturas que vai dos -10 aos
+70°C.

- RESPOSTA ESPECTRAL
Conseguida em Simulador Solar Classe AAA,
dotado de um conjunto de filtros que permitem
fazer a caracterização da resposta espectral dos
400 aos 1.100nm.
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- ELECTROLUMINESCENCIA
Obtida a partir de câmaras de grande resolução,
que pode ir até aos 1.024x1.024, e elevada
sensibilidade, que atinge os 80% aos 750 nm.

-CORROSÃO SALINA
Câmara capaz de assegurar os ensaios de
corrosão salina e corrosão cíclica.
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- CARGAS MECANICAS

Simulação em laboratório de cargas de vento e de


neve que podem ir muito além dos 5.400 Pa
exigidos nas normas de certificação de produto

- CICLOS TÉRMICOS

Câmaras Climáticas de grande dimensão e de


elevado rendimento, permitem a realização de
ensaios configuráveis de ciclos térmicos, numa
gama de temperaturas que pode ir dos -45 aos 150
°C.
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- ENVELHECIMENTO PRECOCE UV

Câmara de conceção própria e verificada através


de espectrómetro calibrado, assegura a
acumulação de energia equivalente a vários anos
de exposição natural em poucos dias de simulação
de esforço.
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-Qualificação de acordo com a norma IEC EN 61215


(Critérios de Qualidade dos Módulos Cristalinos)

-Qualificação de acordo com a norma IEC EN 61646


(Critérios de Qualidade dos Módulos Filme Fino)

-Qualificação de acordo com a norma IEC EN 61730


(Teste de Segurança)

-Qualificação de acordo com a norma IEC EN 62108


(certifica o projeto global do modulo – características
elétricas, mecânicas e térmicas)

- Qualificação de acordo com a norma IEC EN 61701


(Resistência à Salinidade)
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WORKSHOP 2
ENGº LUIS PACHECO

LABORATORIO DE CERTIFICAÇÃO DE
MODULOS SOLARES FOTOVOLTAICOS
LÓGICA E.M. EM MOURA - PORTUGAL
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ASSOCIAÇÃO DE MODULOS EM SÉRIE

Com a associação de módulos em serie


podemos ter valores de tensão mais elevados,
mas a corrente mantem o seu valor.
Quando ligamos vários módulos em serie,
devemos ter o cuidado de analisar a datasheet
do fabricante, de forma a verificar qual o valor
de tensão máximo permitido para este tipo de
associação (dado pelo fabricante). De salientar
que normalmente são colocados nos módulos
díodos de desvio ou by-pass para prevenir
eventuais avarias nos módulos, evitando que os
sistemas FV bloqueiem.
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Analisando a figura em cima verifica-se:

UT = U1+U2+U3+…+UN = n x U =….(V)
IT = I1 = I2 = I3…= IN = …(A)
PT = P1+P2+P3…+PN=…(W)
PT = UT x IT = …(W)
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ASSOCIAÇÃO DE MODULOS EM PARALELO

Com este tipo de associação de módulos, o valor da tensão mantem-se e o valor da


corrente aumenta quanto maior for a associação de módulos FV.

Analisando a figura em cima verifica-se:

UT = U1 = U2 = U3 =…UN = ...(V)
IT = I1+I2+I3+…= IN = …(A)
PT = P1+P2+P3…+PN=…(W)
PT = UT x IT = …(W)
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O número de módulos que irão ser ligados em série e em paralelo vai depender
da potência desejada para o sistema a projetar, da quantidade de energia
elétrica a ser consumida e da insolação do local. No entanto, essa associação
requer alguns cuidados, no que concerne á proteção do sistema. Para evitar
danos causados pelo sobreaquecimento das células sombreadas, usam-se os
chamados díodos de bloqueio (bypass) e os díodos de passo (fileira).
Os díodos de passo são instalados paralelamente aos módulos, quando estão
ligados em série, criando um caminho alternativo para a corrente produzida
pelas unidades que não estão defeituosas ou sob o efeito de sombra. Evita-se
assim que todo o conjunto saia de serviço, possibilitando que o painel continue
a produzir e fornecer energia elétrica, embora em menor quantidade.
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Por sua vez, os díodos de bloqueio são instalados em série com cada célula
ou módulo evitando problemas de curto circuitos, tensões diferentes entre
elementos associados em paralelo e mesmo correntes inversas, provocadas
quando o módulo passa a receber mais corrente do que a que realmente
consegue produzir.
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1.5.3 –PRINCIPAIS COMPONENTES DOS SISTEMAS FOTOVOLTAICOS

- MÓDULOS SOLARES FOTOVOLTAICOS

- INVERSOR

- BANCO DE BATERIAS

- REGULADOR
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- INVERSORES

Os inversores são indispensáveis em qualquer


sistema fotovoltaico, pois são eles que fazem a
interligação dos painéis com a rede elétrica
principal, ou com o banco de acumuladores
(baterias) no caso de sistemas isolados com o
quadro de cargas, obtendo a onda de tensão
com as características desejadas,
nomeadamente frequência, forma da onda e
conteúdos harmónicos.
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Os inversores são então responsáveis por um conjunto de funções de grande


importância para o sistema fotovoltaico:
-Adequar a energia produzida e disponibilizada pelos módulos
fotovoltaicos, com características contínuas, aos padrões da rede
que fornecem energia em corrente alternada.
-Rastreamento do ponto de máxima potência (MPPT – Maximum
Power Point Tracking), através do controle da corrente e da
tensão. Este sistema faz ajustes que permite aos módulos
fotovoltaicos operarem constantemente no ponto ótimo.
- Relatório de Status, onde o inversor deverá apresentar no painel
de informação com parâmetros do sistema, como tensão,
corrente e potência em CA e CC, energia CA acumulada entregue
á rede, frequência e parâmetros meteorológicos como o nível de
irradiância no gerador e sua temperatura de funcionamento.
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Quando se escolhe um inversor, é importante ter em conta o local onde vão


ser instalados e a condição de operação dos equipamentos, pois o fator de
dimensionamento e as próprias características dos inversores têm de estar
perfeitamente em sintonia. Algumas das características intrínsecas aos
inversores e a ter em linha de conta são:

- Eficiência ;

-Segurança;

-Qualidade da energia produzida;

-Compatibilidade com o arranjo fotovoltaico;


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TIPOS DE INVERSORES

Inversores de Onda Quadrada

Têm a vantagem de ser baratos e de fácil


construção, apresentam porém alto valor de
distorção harmónica, normalmente superior a
40%, níveis de eficiência baixos, de 60 a 80% e
são pesados, pois utilizam transformadores de
baixa potência volumosos. Embora este tipo de
inversores trabalhem sem problemas com a
maioria dos aparelhos podem surgir
interferências ou ruídos nos televisores e
sistemas de som
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TIPOS DE INVERSORES
Inversores de Onda Sinusoidal
São utilizados um pouco por toda a indústria
eletrónica, pois apresentam níveis de distorção
harmónica muito inferiores aos restantes
inversores, 1 a 5%, possuem também eficiência de
conversão mais elevadas, normalmente entre os
90 e os 95% e têm também a vantagem de
permitir fazer um controlo de frequência e de
amplitude mais eficaz. No entanto, embora o seu
preço o torne inviável para muitas aplicações,
sistemas como eletrónica médica, impressoras
LASER, equipamento Hi-Fi ou computadores
exigem este tipo de alimentação.
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Relativamente às características Elétricas consideram-se:

Input DC

– Tensão máxima de entrada DC

– Tensão de funcionamento DC

– Corrente a máxima de entrada DC

Output AC

– Tensão nominal de saída AC

– Frequência nominal de saída AC

– Potencia Nominal

– Corrente nominal de saída AC

– Fator de Potencia
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1.5.3 –PRINCIPAIS COMPONENTES DOS SISTEMAS FOTOVOLTAICOS

- MÓDULOS SOLARES FOTOVOLTAICOS

- INVERSOR

- BANCO DE BATERIAS

- REGULADOR
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- REGULADORES

A função do regulador de carga, é a de proteger as


baterias de serem sobrecarregadas, ou descarregadas
profundamente, e assim garantir, que toda a energia
produzida pelos painéis fotovoltaicos, é armazenada
com maior eficácia nas baterias. Os reguladores de
carga, utilizam-se principalmente em sistemas isolados
da rede, compostos por módulos fotovoltaicos, ligados
a um regulador, que por sua vez está ligado a baterias
para alimentação. Quando a bateria fica com a carga
máxima, o regulador de carga desvia a corrente com
origem na fonte de energia para outra utilização ou
simplesmente evita que as baterias continuem a
carregar.
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Nos sistemas autónomos, a tensão do sistema do gerador fotovoltaico deverá


ser compatível com a tensão do barramento das baterias.
As tensões normalmente mais comuns são de 12 V, 24 V ou 48 V.
Os módulos cristalinos standard de 36 a 40 células solares, proporcionam uma
tensão nominal situada entre 15 V e 18 V.
A tensão de carga deve ser maior do que a tensão da bateria. Por exemplo,
para uma bateria de 12 V, poderá atingir 14,4 V.
A tensão nominal do gerador deverá ser superior à tensão de carga das
baterias, de tal forma que a tensão MPP, para maiores temperaturas, seja
suficientemente elevada para que possibilite a carga das baterias.
Para além disso ocorrem perdas de tensão nos cabos e no díodo de bloqueio
das fileiras, normalmente limitadas a cerca de 1 a 2 %.
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Para baixas temperaturas, a tensão MPP dos módulos é aproximadamente de


21 V e a tensão de circuito aberto de 25 V, o que pode levar a que o limite
máximo da tensão de carga da bateria seja superado.
Por este motivo, o controlador de carga mede a tensão da bateria e protege-a
contra a possibilidade de sobrecargas.
Isto pode ser conseguido através de:
1. Desligar o gerador fotovoltaico quando é ultrapassada a tensão máxima de
carga, conforme acontece nos controladores série.
2. Estabelecimento de um curto-circuito no gerador fotovoltaico através de um
controlador "Shunt“.
4. Soluções híbridas das duas anteriores recorrendo a PWM (Pulse Width
Modulation) .
3. Ajuste da tensão através de um controlador de carga MPP (Maximum Power
Point).
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- REGULADORES

-Tensão nominal
- Corrente de carga nominal
- Máxima Tensão de entrada
-Conexão sistema FV
- Temperatura ambiente de funcionamento -Conexão sistema Baterias
-Conexão sistema Carga
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1.5.3 –PRINCIPAIS COMPONENTES DOS SISTEMAS FOTOVOLTAICOS

- MÓDULOS SOLARES FOTOVOLTAICOS

- INVERSOR

- BANCO DE BATERIAS

- REGULADOR
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BATERIAS DE ACUMULADORES

A bateria e um elemento essencial nos sistemas fotovoltaicos, e não só.


Permitindo o armazenamento de energia elétrica, revela-se importantíssima.
Se for produzida imensa energia durante o dia, como é que a poderíamos
utilizar durante a noite? E se depois de vários dias com energia, não
armazenada, o que se faria nos dias seguintes sem sol? Sem duvida que a
bateria é muitíssimo importante neste tipo de situações. A um conjunto de
acumuladores ligados em serie chamamos de bateria de acumuladores.

De seguida e apresentado o símbolo elétrico de uma bateria.


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O universo das baterias pode ser dividido segundo a tecnologia de


construção.
Para o caso das baterias ácidas existem três tipos de tecnologias:
Baterias Fluidas, Baterias Gel e Baterias AGM.

As Fluidas ou “Células Molhadas” são o tipo mais comum dentro das


baterias ácidas e as mais utilizadas. Neste tipo de baterias o líquido
eletrolítico move-se livremente nos compartimentos das células, podendo
o utilizador adicionar água destilada. Dentro deste tipo de baterias também
as há seladas, sofrendo apenas uma pequena alteração na sua estrutura
básica.
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As baterias de Gel contêm um aditivo de sílica que envolve o electrólito. No gel,


que envolve o electrólito, formam-se micro fendas que permitem as reações e
recombinações entre a placa positiva e a placa negativa. Estas baterias usam a
tecnologia VRLA (Valve Regulated Lead Acid Battery), ou seja, são seladas e
possuem um mecanismo de válvula de regulação que permite o escape dos
gases,
hidrogénio e oxigénio, durante o processo de carga. A tensão de carga, neste
tipo de baterias, é mais baixa que nos outros tipos de baterias ácidas.

As baterias AGM (Absorved Glass Mat), são o último passo na evolução das
baterias ácidas. Em vez de usarem gel, as AGM usam fibra de vidro a envolver o
electrólito, o que contribui para que sejam as mais resistentes aos impactos.
Estas baterias também utilizam a tecnologia VRLA, fazendo tudo o que as de Gel
fazem mas melhor .
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Nestes equipamentos a energia elétrica é armazenada sob a forma de energia


química. Quando se necessita dessa energia armazenada, esta é novamente
convertida em energia elétrica contínua. Cada bateria é composta por um
conjunto de células eletroquímicas. A tensão elétrica da bateria é função do
número de células ligadas em série.
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TIPOS DE BATERIAS

Existem diversos tipos de baterias utilizando tecnologias e materiais diferentes


que resultam em equipamentos de tamanhos, pesos, capacidades de
armazenamento, custos e durabilidades bastante diferentes. Existem as
baterias automotivas especificamente projetadas para veículos nos quais se
desejam correntes elevadas e onde ocorrem poucas descargas profundas.
Existem as baterias próprias para tração, como as utilizadas em veículos
elétricos, adequadas às descargas profundas características dessa aplicação.
As baterias estacionárias, usadas como backup em condições de emergência,
operam na maior parte do tempo em flutuação, fornecendo energia para a
carga com esporádicos ciclos mais profundos de descarga e carga. Já as
baterias fotovoltaicas trabalham com ciclos diários de carga e descarga, com
esporádicos ciclos mais profundos em épocas de chuva.
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TIPOS DE BATERIAS

Existem baterias especificamente projetadas para sistemas fotovoltaicos que


levam em conta as características próprias desse tipo de aplicação. As
baterias mais utilizadas no Brasil em sistemas fotovoltaicos isolados são as de
chumbo-ácido do tipo automotivo, mas modificadas para trabalhar em regime
estacionário com descargas profundas eventuais. São baterias com uma boa
relação custo-benefício. Deve ser evitado o uso de baterias automotivas
comuns, utilizadas em veículos, que tem uma vida útil menor quando
instaladas em sistemas fotovoltaicos. Podem também ser usadas baterias do
tipo OPzS ou OPzV e outras baterias mais caras de acordo com as
características da aplicação.
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CARACTERISTICAS DE BATERIAS PARA SISTEMAS FOTOVOLTAICOS

As baterias mais utilizadas em sistemas fotovoltaicos são de 12/24 V de tensão


nominal. Esta é a tensão nominal, já que a tensão realmente presente nos
terminais da bateria depende de sua condição de carga e do fornecimento ou
solicitação externa de energia. Normalmente, a bateria está à plena carga em
torno de 115%, não devendo receber mais corrente e quando atinge 95% as
cargas devem ser desligadas. Estas providências aumentam a vida útil da
bateria.
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CARACTERISTICAS DE BATERIAS PARA SISTEMAS FOTOVOLTAICOS

Quanto maior é a capacidade da bateria em armazenar energia, maior


autonomia de funcionamento na ausência de radiação solar tem o sistema. A
capacidade das baterias determina o número de dias em que determinado
sistema pode fornecer energia para os equipamentos consumidores, sem a
presença do sol. Essa capacidade pode ser expressa em Wh ou kWh, mas, a
forma mais comum é expressá-la em Ah (Ampère-hora). Essa unidade de
energia quantifica a corrente elétrica que se pode tirar em determinado tempo
da bateria, considerando-se condições específicas de descarga, temperatura e
tensão mínima.
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Uma bateria típica utilizada em sistemas fotovoltaicos tem uma capacidade


nominal de descarga de 220 Ah em 20 horas - referência a 25°C. Isso significa
que se pode tirar dessa bateria, quando totalmente carregada,11 A durante 20
horas. Entretanto, à medida que a descarga for mais rápida ou mais lenta do
que o especificado, a capacidade da bateria será ligeiramente diminuída ou
aumentada.
Não se deve usar normalmente toda a capacidade da bateria, pois, quando a
profundidade da descarga ultrapassa 50% ou 60% da capacidade total, ocorre
uma descarga profunda. Esse tipo de descarga reduz a vida útil da bateria e
deve ser evitada em alguns tipos de baterias.
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As baterias, devido aos seus processos internos, estão permanentemente se


descarregando, mesmo quando não conectadas a nenhum circuito externo.
Considerando que a energia solar fotovoltaica é normalmente, gerada em pequena
escala, deve-se reduzir ao mínimo esta energia perdida internamente. O ideal é
que esta auto-descarga não ultrapasse 5% ao mês na temperatura de 30ºC.
Considerando o ciclo diário de carga e descarga das baterias em sistemas
fotovoltaicos, é importante que estas apresentem níveis de eficiência elevados, ou
seja, que haja pouca diferença entre a energia retirada de uma bateria e a
quantidade de energia que se tem que colocar para que ela volte ao mesmo
estado de carga anterior.
A vida útil de uma bateria termina quando ela não consegue mais armazenar 80%
da energia que armazenava quando nova. Isso significa que ela precisa ser
substituída. É isso é um problema quando se considera que os sistemas
fotovoltaicos estão situados em locais remotos, distantes de centros de
manutenção.
CURSO DE INICIAÇÃO AOS SISTEMAS SOLARES FOTOVOLTAICOS

A forma como a vida útil da bateria é afetada pela profundidade da descarga


está ilustrada na Figura.
CURSO DE INICIAÇÃO AOS SISTEMAS SOLARES FOTOVOLTAICOS

Considerando que os sistemas fotovoltaicos funcionam em um ciclo diário de


carga e descarga, em condições algumas vezes adversas de temperatura, é
importante que as baterias sejam dimensionadas e especificadas
criteriosamente, colocadas em locais frescos e ventilados e que tenham
controladores de carga bem ajustados que impeçam descargas profundas ou
sobrecargas.
Podem ser usadas, em sistemas fotovoltaicos, tanto as baterias abertas, que
necessitam de inspeção periódica do eletrólito e eventual adição de água,
como as baterias seladas, do tipo “livre de manutenção”, sem necessidade de
reposição de água. Em aplicações pequenas em locais remotos, sem estrutura
de manutenção, é recomendável que se use a bateria selada.
CURSO DE INICIAÇÃO AOS SISTEMAS SOLARES FOTOVOLTAICOS

Nas baterias de chumbo-acido são definidas quatro importantes tensões na sua


operação:

– Tensão nominal: O valor de tensão nominal para um elemento ou para a


bateria, e definido pelo sistema eletroquímico utilizado vezes o numero de
unidades elementares ligadas em serie, sendo que geralmente esta impresso na
carcaça da bateria. No caso de um elemento de bateria de chumbo-acido, este
valor é de 2,0 V e, no caso de uma bateria de 6 elementos, é de 12,0 V.

– Tensão de flutuação: E a tensão que e aplicada ao banco de baterias para


evitar a Auto descarga. Nas baterias submetidas a tensao de flutuacao correcta
circula uma corrente chamada de corrente de flutuação, que compensa as
perdas devidas as reaccoes da auto-descarga. A maioria das baterias de
chumbo-acido possui uma tensao de flutuacao na ordem de 2,20 a 2,25
V/elemento a uma temperatura ambiente de 25 °C. mais relevantes
CURSO DE INICIAÇÃO AOS SISTEMAS SOLARES FOTOVOLTAICOS

– Tensão de carga: A tensão de carga e a tensão que se aplica nos casos em que há
um conjunto de baterias interligadas em serie/paralelo (banco de baterias) com
tensões individuais que diferem. A finalidade da carga e a de nivelar
individualmente as tensões de cada bateria e também o seu estado
de carga.
– Tensão final de descarga: E o menor valor de tensão que é permitido a um
elemento da bateria chumbo-acido atingir durante uma descarga. Normalmente, o
valor da tensão final de descarga e de 1,75 V/elemento. Se este valor baixar, existe
o risco de se danificar a bateria irreversivelmente, devido a sulfatação das placas
ou a inversão de polaridade das mesmas, podendo-se ate inutiliza-la.
Como exemplo deixamos uma bateria com as características mais relevantes
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ALGUMAS MARCAS DE REFERENCIA

http://www.atersa.com
http://www.sma-portugal.com
http://www.lorentz.de
http://www.martifersolar.com
http://www.bp.com
http://www.trinasolar.com
http://www.solarworld.de
http://us.sunpower.com
http://www.kyocera.pt
http://www.sharp-solar.com
http://www. canadiansolar.com
http://www.parfel.pt
http://solarbloc.es/pt-pt/
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