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‘ 1 tais‘ao Pensanento existencial, cujos acpectos ontolégicos e éticos procuranos | discutir nas dvac Gltinas segundas feiras, 0 Passo que tenho em mente aponta‘a reriBo daquilo que @ filosofie tradicional chama de "estétice’ » MAE que assume um significado novo no presente contexto. Pera isto sugiro que Partamos nova_ mente ao dado fundamental que 6 0 nosso estar aqui agora. No nosso e250 0 estar eaud srore significa exictir em Go Peulo na segunda metade do século vinte, Ve senos, ,fleune espectos desca sitvegio | determinada geograficemente pelo termo "Sao Feulo", e higtoricanente pelo termo "segunda metede do sécuio vinte". 4 cidede de 530 Paulo, dentro aa quel fonos tengados, quel no$. determina per | chelmente, e contre a qual devemos projetar_nos pare sermos eutenticenente née nesmos, €, como,diz 0 chavo de converse fisda, "o maior centro industriel de “verice Tetina". .Diversos fatores ae enélise dificil se conjurarem Para resul_ , tor numa sploneragéo de milhdes de seres ab°RRES BUBES. toaas ac ragee nun plea aito subtropicel de um continerite até recentemente quase despovoado, Ag corren. See heterogéneas que confluiran pare o planalto longinguo foram fundidas em mas_ 56 enorfa por um procesro de amalgemagdo que ainda esta om curso. A considera Géo desce Lenémeno & dificultada por dois momentos: fazenos parte éesse processo “S Sonon por ele parcialuente detorminados. E uma sérke de poses e insinceriga_ des grandiloouentes se entrepdem entre nos e esse processo,, cuja sintese se ar_ fiouls na frase chavao: “eepital bendeirante". Una consideragio fenomenolégica do fenémeno S50 Paulo exigirfe’de nds um esfongo aifplo: deveriamos elevar_nos sob | #8 & sitvegdo dentro da qual nos encontranos, e deveriamos pér om perantese todo 1. cage poeude-comhecimento que a converse fiede acumulou éa nossas mentes + Este |. ° esforgo esté ainda Por sex feito.’ Ainds néo foi feite, de acérdo como que-me consta, nenhume tentativa de considerar Sio Paulo fenomenolégicamente. Que esta observago sirva de incentiva para a vontade criadora ‘aos Senhores. © que pre_ Fendo expér aos senhores é um léve esbogo da diregio aaa quel, a meu ver, uma tal considexagéo fenonenolégica devera desenvolver_se. A plenfcie ne quai Séo Paulo se situe 6 singularmente isenta @equele atrativo cin. tangivel de cextas cenar naturais que se chama "encanto". & ung palsagem singule Bente tediosa. Ngo podenos imaginar, aume paicagen asssim, o surgir'de projetos existenciais cotio.aqueles qué por exemplo suzgem no desérte £in8icé ou nes tines donicas ou nos-vales do Hindlsye, Sobre essa Paisagen tediose a mesea amorte de imigrentes e colonizadores imprime um amontoade caética de instrumentos, Ha uma Penos hoje mais um pas+o na nossa tentativa Ge caracterizar os tragos fundamen _ aa eS j ela surge, Néo hé-esta teneio entre Peisagem ¢ cidede que por exemplo car, zao Rio: Una endlise ga mentelidede-paulistana, se comparade com 6 mentalidade cariote, deveria revelar esce.fato. As praias & as montenhas carioeas sio um con vite dierio pera ume revolta contra as Solicitagdes febris e febris da Cidade ma Goma, 0 tedio Gas nocsas colinas forma um pano de fundo séequedo a0 ritmo mech nicamente inerte da noesa cidade. Sstamos én peisagem ideal para o estebelecision to de ume cociedade tecnolégica no sentido moderno do termo. Néo ha, Por assim Gizer, natureza a ser combatide, a téo séuente natureza @ ser transformada. Neste sentido podemos dizer que no foios lengados em meio de natureza, mac tio § MENTS EM Meio de inetrumentos, 0 mundo da tecnologie é a nossa natureze, ‘do muito mais radical que no Rio de Jeneizo. re nescificego esté eaul mais edientada. Ha, é verdsde, uma frdgil tendéncia para uma estratificagdo da sociedade, tendo e cronologia por base. 0 topo da hierar. quia seria representado pelos descendentes.daqueles que colonizarem a plenicie hé quatrocentos enos, e dase da pirémide pelos imigrantee recentes. Mas essa estra_‘ tificaggo aristocretizante ect& sendo constantemente diluida pela agao corrosiva ' do functonamento nivelador da cidede. Uns, hiererqufe autentica é 2 divisio aa ab! cietade om camadas, da quel cade uma representa um projeto existencial cop seus valores, e o sistema de castas ne India é um exemplo do seu -funcionamento, Se fosse autentica a hierarquia paulistana, oc descendentes dos imigrentes de quatra ; centos enos atréz representariem um projeto existencial que seria o desenvolvimen | to dos valores prtugueses renascentistas. Como cemada mais eleveda, daria esta, sristocracie um cunho & sociedede toda, que seria por isto uma sociedade latins, Mar o fendmeno Séo Paulo deemente desmente essa esquematizagao abstrata, Sho Pay 10 como 0 conhecemos nfo tem 400 anos, mae querénta. 0 niicleo cupostamente ger minel foi ebsoryido, e of supostos fundedozes so langados em meio que Ihes & qua “e t8o estrenko quanto o @ ao imigrante recente. A civilizag3o que esté surzindo aqui nBo deve muito mais a estes fundedores de gue ac ondas sucessivas, e todas s "les recentes, de imigrentes. A consequéncie disto & aquele cunho coemopolite que caracterize Sio Paulo. & um cosmopolitismo provincisno. ‘Afastados dos erendes | centros de humanidade, relegados para uma espécie de exilio espiritual, que as fecilidedes de transporte acentuem em vez de aliviar, somos relegados com efeito em grande parte a nossa propria improvisagfo, ao ndsso palpite. Somos Produtos de, emélgama de influéncias heterdgenas e afastadar do centro, e ec nossas Solugéo sBo chutadas. Def o caréter cadtice e diletante de tudo equilo que estamos fazen do. B esce caréter inorgénico dos nossos esforgos contribui pare eumentar a feiu. 1a da n osca cens. - A mesgificegdo e o caréter ge improvisagao e do provisério ceracterizem o nosso clima. 8 um clime no qual diferenges se diluem ¢ pocigdes se afrouxan. 0 nosso cosnopolitisuo dilui a cagca dor preconceitos e derrubs pocigées preconcedidas, Somos uma das pouces sociedsdes que partem praticemente de uma esteca zéro, embo_ ‘4 2a num nivel ediantado no processo histérico do qual, @ dcepeito de tudo, partics panos, Nadamor, ombore provincisnomente, na corresteze do tempo e estamor, nds tembém, na segunda metade do século vinte, Tratei, ne dltime segunda feira, des ra corrénteze, -¢ chime exe processo de "progresso". Tsnbém nbs, equ! em S80 Pax’ lo, progredimos. Mas @ preciso considerer que esse processo é automaticamente e geonétricamente ecelerado; Essa automagio e esse carter geométrico do Progresso Gerante que sociedades mais progredides evoluem mais depressa que sociedades menos progredidas. A difexenga dé avango que nos separa das sociededes soit dissent eva luidas cresce Gom o decorrer do tempo, e somos portento reletivemente senpre mais, fubdesenvolvidos. Egce fato @ mascarado pelo progresso absoluta que presengiamos, Mes o contato £4¢il com.os centros de humanidade poe om évidéncia esce fato. % Por isto que disre que a facilidsde de transportes acentua o nosso isolamento,’ A conrciéncie meis' ou menos desperte desse,nosco atrazo creacente em comperagio com 88 pontas do progresso pese sobre a nossa.sitvagao e age como fermento, 0 iolamento no quel nos encontranos é reLativo. Obuzes da artilharta dos grandes centros Getonam conctantemente sobre nés, @ detritos do seu processo metaboli-ti_ co calm con tantemente ~otre nés qual meteoritos, rte bombardeio const: ante ao 3. ie qual estamos expostos evita que a nossa forme dé sex se cristalize. Desta manei, ra participemoe passivamente da grande correnteza chamada “civilizagio do Ociden } te", Mas dada a nosra’ plasticidade amorfa néo oferecemos resistencia apreciével { @ estas tmfluéncias, no entremos em conversagio com elas. Acsimilemos féeiinen_| te tudo o que der e vier, °em procurar dar_lhe forma, As influenciam extemnas: serven apenas a acentuar o nosso eclectismo’ amorfo e evitam que estagnemog. So_ ! mos, como sociedade, uma massa smorfa determinada por influéncias alheias, ‘Nao temos,, como sociedade, liberdade no sentido existencial a palevra. Néo somos chemados a tomar decisdes, e as decisdes sho tomadas por nés albures, Progreai_ ! nos, @ verdade, mes esse. nosso progreséo @ determinado por vectores dinémicos quey sobre nos agem de fére, Somos, como sociedade, uma macsa de gente, e todas essas palavras grandiloquentes de independencia, soberenia, sutodeterminagao etc. nao pesram de conversa fiede, Somos uma sociedade que nig tem existencia autentica, J& que presd dé chavées e joguete de decisdes alheias, ‘ Pintei propositedemente a nozsa situag&o em céres carregadas Se negro. E, propa | 1 sitadamente também, destaquei a nossa situagao daguela mais gérel, comumente cha made “réalidade brasileira". Considerearei primeizo o segundo propésite pere lim par o caminho do meu ergumento. Bn nogsas tentativer de tomada de concciencia, primeiro passo para uma deci-o existencial, encontremos em nosso redor ume situa g&o que se oferece, insistentemente, a ser, concebida em gevetes pre_febricedas. No nosso caso a situagéo se ofe:ece, insirtentemente, @ ser concedida como "reali dade brasileira". Devemor desconfiar, a priori, desea oferta. Se a andlise exis. tencial fOr valide, ele deve partir da minhe circunsténcie imediata e progredir excentricamente. So as, coisas préximss que devem ser analitadas primeiro, A cm sidersgio 6e uma cizcun-tincia tio vasta como o © brasileira, convida para a conversa fiada, e evita ute autentica tomada de con‘ciencia de mim mesmo. Creio tue @ cidede dentro da ‘qual existimos @ o maximo da circunstancia que podemos 2 barcer existencialmente. 4 consideragdo da circunstanciea mais ampla, a comecar pelo Brasil e a terminer talvez pelas galexias, seré um movimento rubsequente e posterior a decisis existential a ser tomada. Sdmente assim poderemos ‘tenia evi’ ter @ queda vertical de domagogla eno gesto vezlo. B por isto qué limitei, propa itedemente, 2 nossa cituagdo a nose cidade. Pinted esse situagdo com tintas pess:imistas, para provocer o clina imedistanente enterior & tonada de consciencia, @ saber o clime do nojo. A situagio, tel coms” a descrevi, 6 nojente. Apelo, ne elucidagio desse clima, pare a andlice sartri., one, Ao+disoutiz o sex div si, ("Bere en soi"), diz ele que eta forma de sor & aquela das coisas que perfazen a eituagéo ne quel me encéntro. As coisas sio em fi, isto @ cheias de si nésmas.e portanto opacay para ri mesmes: Nesta sua pleni thde de ser estéo demasiadamente diante da minha mao, me encheh. S80 demasiada_ 7 mente coiras e causam em mim aguela Voritade de vomiter que chemamos nojo. A nio Ser que eu também seja cheio de mim mestid, um cujo, ("salaud"), Neste caso me ad xerei predner pelas coisas pegejosas e nde séntirei nojo. Mas Gono éxistencia ay fentica cou defeituoso, nfo sou cheio de min'mesmo, mas estou invedido pelo nada. B Gevido a es a vocuidade e por. essa vacuidéaé qué tenho vontade de vomitar. so ex carar as coisas nojentes. E dessa vontade nasce a minke deciséo de projetar:me contre as coisas. : . ee cece eee eee meee { Ndo sei se Sartre distingue entre situagdes mais ou menos nojentas. Mes 6 ébvio } que esta distingéo deve ser feita, Se for lengedo dentro de um pote de mel a min i ha situagdo ser& mais nojenta do que ser for lengado eo fogo. No primeiro ¢aso.o ‘mel ce infiltraré em mim pox todos os poros e tornaré imposs{veis os meus movimen toe pela rua massa pegajosa. Se eu for um sujo pasterei e minha existencia lamben | 20 os dedos, Mas se eu sentir nojo, elgo em mim se revoltara e neste movimento p derei liberterme do pote. No segundo caso as chamas que me queimeréo provocarko , em mim todas se minhas forg:s, e n&o necessitarei de uma decitéo diffeil e intima | Pate procurar sair da situagfo na q.al me encontro. Poir-procurei pinter » nossa | sitaagdo de modo que 0 paralelo com o pote de mel seje permitias. ® verdade one , deformed no meu esbogo a norra “ituagSo, Jé Que suprimi quase todos os seur aspen ‘toe pocitivos, For exemple o feto de estarmos aqui agora neste sala discutindo 1 @ noere situagio e procurando modificale, E tomarei ecte nosca presence aqui ca | mo pénto de pertida do meu argumento. | { ‘ 1 Se consultados sotre os motivos que fizeram com que estejemos reunidos nesta sala darenos talvez respostas divergentes. Mas se foxmos @ analisar esses motivoe ala gados, descobrirenos um funéemento comum a todos: a saber a vontade de racgar.uma abertura na muralha que a situag&o estabelce em nosso redor pare asfixior_nos, 1% funde @ 0 desejo de superar a situagio na qual estamos. EB porque queremos superar ,@ nossa situagdo? Porque ela é nojenta, @ insupetavelmente feie. 0 aue acabo de @izer equivale @ afi.metiva que o no.so primeiro movimento que resultaré en tomeda Vac conceiéncia ¢ decie®o existencial @ um movimento contre a feiura da situagio, i que © nosvo primeiro motivo é estético porténto. fa revolta estética que nos ek va fobre a nossa situago e fez com que existamos autenticamente. : riemente consié ragdes éticas ou epirtemolégicas au Néo so primé_- e motivam @ nossa revolte, = prinériamente a nossa revolts contra a feiure que faz com que nor projetenos con tra a situagZo na quel estamos. Eeta minha afirmative pode chocar os senhores. Muitos podem afizmar que séo moti vor &ticos que or propelen a procurer agir sobre o mundo. Notivos por exenplo po iticos e religiosos. Outros podem afirmar que a sua precenca nesta sala @ moti. vada por curiosidsde, pela vontade de apreender, ou de ouvir coica nova, Gue se ‘trata de um motivo tedrité 6 epistemologics portento. Péucds concdraarao prima f- facie qué éstéo-agii en busea de beleze. 0 qué estou afiriiando @ que,os motives aticos e tedrieds sic sécurdériés aos motives estaticos, @ que decorren dested, A fim Ge torner um pouco mais pleusivel a minhs afirmative, Pego que conéiderem o q que o termo “estétigo” ignitice. Vem do termo “aistheton" que significa vagamen se vivéncia, aquilo que a lingua alema chame dé “Erlébnis' Quando’ me encontro a mim mesmo, encontro uma Situagéo ad meu redor como minha’ vivéncia, icto é a minhe Situag&o & experimentada por mim estéticamente, Se aceito esta vivéncia, ce me,a comodo a ela, re néo me repugna, funce superarei a situaggo na quel me encontro. (Mas se sentir repugnancia estétice, se a minha cituegao me ceuser nojo, poderei puivertar_me. Muito na situag&o que nos cerca, muites das nossas coexistencias, centem essa re puenéncia que estou desefevendo, Recionelizam essa cua repugnéncia e afirnam que lestéo empenhedos Sticaiente ou teoréticamente, Eu proprio procufo recionalicor a sim a minke atitude. Mae em fomentos de honestidade devo admitir que so prinani jomente motivos estéticos que 1azem com que me rebele. Os engagements Politicos, - oY religioros e teoréticos que carsctérizam ac nossas tentativas de projetar_noe z sé0 portanto existencialmente menos interessantes. O que interessa é este mo, vimento de repugnéncia que a contemplagao da cena paulistena em nds Provoca. ® este movimento de repugnéncia é sintéme de um despertar, 6 como a primeira aor 1 de parto. © nojo que estemos eentindo da situaggo paulistana é 0 primeiro movi mento de ume nove cultura, Participamor desse primeiro movimento e somos por tento, de certa forma, J participantes do futuro. Por sermos peulistanos, BLS nfo estamos, de certa forma, aqui agora. : : * cultura que se prepara a irromper da masta informe e nojenta que é @ Situagao Paulistana pode ser pressentide, mas no pode ser descrite. Esté ainda, quase toda, no limbo das potencislidades. Mes podemos jé‘delinear slgumas das caracte 1 ricticas que a distinguirao dae civilizagées cansadas das quais brota, Serf un iotus que nasce do Todo, Ser uma superegéo da civilizegio tecnolégica, porque { nascera em rebeldis contra ela. Seré uma cultura sincretica ¢ relativamente pon | 02 PReconceituede, porque nasceréide influéncias veriadas e discolvidas, Nao ce | vé ume cultura ocidental no sentido restrito do termo, porque fortes correntezas negres ¢ orienteis dela participario de forme deciziva, Mac num sentido mais an | Plo sera ocid ntal, porque o seu véfeulo sera a 1ingue portuguesa, embora em for me modificada. Estabeleceré em seu redor um novo tipo dé realidade. 0 proprio ieolemento da novse situagéo, © o atrazo crescente das nossas formes em comparagih| com 0 resto do Ocidente contribuirdo para o nescimento de uma nova Personalidade. +0 nosso vicio de improviser, de chutar e de confidr no palpite seré a garantia da nosra originalidede. Algd de novo est& nascendo aqui agora. Se formos emplier um pouco 0 campo da nossa visio e procursrmos abarcer a cena da stualidede, encontraremos poucos lugares nos queis um processo como aquele ave es | tou descrevendo esté acontecendo, Talvez no México esteja acontecendo algo de pa recide, Creio que nic é: vemos menosprezer o processo pelo simples fato de estarm mos participando dele. Tento nos dizem sobre as modificagées radicais que estio se processando fos Estados Unidos e na Unido-Sovietics, e dizen que eacas modits_ “eagdes epontam o futuro. Por seren esses dois paises os centros atuais des deci_ ses, n&o podemos négar a impo-tancia desses acontecimentos. Mas se os observar_ mos mais de perto, néo se comparam em radicalidade como que esta acontecendo aqu egora. Os acontecimentos nesses dois paizes desenvolvidos sc perfeitamente prev. tiveis. Nao nascem Ga reteldia do nojo, mes so frutos do progresso sutomizedo, -Acabaré® conquistando Marte ou distribuindo as fontes de produgio racionelmente, Mes aquilo qué est& acontecendo equi nfo pode ser previsto. # un’ NOVO projeto ox istencial, que esté’se formulendo. : EE Ndo poder previeto: {eto cignitica que perfeitamente pode dar ea nada, As dores: Ge parto que estamos fofrendo podem resulter perfeitamente en aborto. As nossas tentativas de projetermos uma nove forma de existir podem estegnar, ou transfor_ Bence em fugas, 4 macsa pegajora que nus cerca pode peger_nor de novo © trana fozmar_nos de novo em funcionérios do progresso, Voltariamos a ser um fendmeno Periferico ¢ nojento de corzentezs geral que errasta e huepidade runo 80 abiend ' do paraiso de tecnologia. Mas poderemos.também transformer a nosse situagao aqui egora em posto avangado de algo novo. Depende de ngs, do cada um de nés, em aue dara 6 presente processo. E por-sermos relativamente Pouco numerosos, a decisio Ge coda um de née pesaré na belenca. # esta ‘Byconcideracio que torna téo eventu. ir ae vova a nora existeacia atualmente em Séo Paulo. A. endlises cansades ¢ deoiluad das as quais os pensedores europeus submetem a cua realidad n&o nos diz diretemen te respeito, Para podermoc utilica_lac, devemor refosmula_les pera que se adantem 'a nossa situegdo we @ atipica e extrema. Devemos deixar de aceitar passivamente +as influencias que nos vém de féra, e devemor comecar a conversar e Gialoger com elas. Deste forma cuperaremos o existencialicmo. 7 40 nojo que a cituagBo que no. cerca provoca em nds é o derco de um novo mundo.Mez '4 to no to na a nossa situagfo menos nojenta. 0 fato ae teaos a esperanga que. 2 Praga da Sé poderé ser um ¢ia paleo de acontecimentos novos nfo embeleza a Prag de Sé nem a torna menos repuleiva, 0 feto de sentirmos brotar da nova geragao um nova maneira de ser @ novor valores nio transforma essa nova geracio en bandeiran stes da beleza. Continua bem nojentinhe. Nao € portanto apenes aventura existir aqui agore. A novse decis&o deve recidir justemente no aceitar desca nossad °ith | ag8 repul:iva como repulsive, sem procurar dicfergar 6 -ue feiura, pare podernos mais decididamente modifica_ia, Nao @ o momento de estarmo: satisfeitos com algo daruilo que no‘ cerca; Néo @ o momento de felarmos em capital bendeirante nem no: outros chavées que por aqui pululem. # o momento de dizermos vigorovamente nab a ‘tudo irto. Nerra nossa cspacidade de dizer ndo re-ide @ no-/a abertura para o fy tuzo. Enguanto sentirmor nojo de tudo aquilo rests © esperanga que tudo isto se imodificaré e atertara futuramente e nosce pascagem pelo Remagal no quel nos encon ramos. Mi to reside @ norsa expetenga para a nossa imortalidede,

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