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Sistemas de Produção

A Produtividade
no Chão de Fábrica
ATENÇÃO: Em função do término do contrato de edição do livro, estou
disponibilizando o material do mesmo. Este material é o original do livro
editado pela Bookman, alguns trechos podem ter sido modificados em
função das correções e/ou alterações na edição final do livro.

Prof. Dalvio Ferrari Tubino, Dr.


tubino@deps.ufsc.com.br
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Sumário
Abreviaturas e siglas empregadas iv
Prefácio

1 Os sistemas de produção
1.1 Introdução
1.2 Planejamento estratégico e estratégia produtiva
1.2.1 Critérios estratégicos da produção
1.2.2 Áreas de decisão na produção
1.3 A filosofia JIT/TQC
1.4 Classificação dos sistemas de produção
1.5 Um modelo genérico para os sistemas de produção

2 Produção focalizada
2.1 Introdução
2.2 Focalização nos processos de fabricação repetitiva em lotes
2.2.1 Configuração das células de fabricação
2.3 Focalização nos processos de montagem
2.4 Focalização na armazenagem e movimentação

3 Planejamento e controle da produção JIT


3.1 Introdução
3.2 Características gerais do PCP na produção JIT
3.3 Plano-mestre na produção JIT
3.4 Nivelamento do plano-mestre à demanda

4 Sistema kanban
4.1 Introdução
4.2 Tipos de cartões kanban
4.2.1 Cartão kanban de produção
4.2.2 Cartão kanban de requisição interna
4.2.3 Cartão kanban de fornecedor
4.2.4 Painel porta-kanban
4.2.5 Outros tipos de kanbans
4.3 Funcionamento do sistema kanban
4.3.1 Sistema kanban com dois cartões
4.3.2 Sistema kanban com um cartão
4.3.3 Sistema kanban com fornecedores
4.4 Cálculo do número de cartões kanban
4.5 Funções executadas pelo sistema kanban
4.6 Pré-requisitos para o funcionamento do sistema kanban

5 Redução dos lead times produtivos


5.1 Introdução
5.2 Melhoria nos tempos de espera
5.2.1 Melhoria no tempo de programação da produção
5.2.2 Melhoria no tempo de espera na fila
5.2.3 Melhoria no tempo de espera no lote
5.3 Troca rápida de ferramentas
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5.3.1 Identificar e separar o setup interno do externo


5.3.2 Converter o setup interno em externo
5.3.3 Simplificar e melhorar os pontos relevantes
5.3.4 Eliminar o setup
5.4 Melhoria nos tempos de processamento
5.5 Melhoria nos tempos de inspeção
5.6 Melhoria nos tempos de transporte

6 Padronização das operações e polivalência


6.1 Introdução
6.2 Tempo de ciclo
6.3 Operações padrões
6.4 Rotina de operações padrão
6.5 Quantidade padrão de materiais
6.6 Polivalência

7 A cadeia logística JIT


7.1 Introdução
7.2 Desenvolvimento de fornecedores JIT
7.3 Diminuição da base de fornecedores
7.4 Integração da produção com o fornecedor
7.4.1 Planejamento e programação da produção conjuntos
7.4.2 kanban com fornecedores
7.4.3 Troca eletrônica de documentos (EDI)
7.4.4 Pedidos em aberto
7.4.5 Redução das funções de expedição/recepção
7.4.6 Contabilidade simplificada
7.4.7 Engenharia simultânea
7.5 Participação dos transportadores no processo de parcerias

Referências Bibliográficas

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ABREVIATURAS E SIGLAS EMPREGADAS

5S – Organização, arrumação, limpeza, padronização e disciplina


AGVs – Veículos Auto Guiáveis
Andons – Dispositivos sinalizadores
Autonomação – Controle autônomo de defeitos
Buffers – Estoques protetores
CAD – Desenho ajudado pelo computador
CAE – Engenharia ajudada pelo computador
CAM – Manufatura ajudada pelo computador
CAPP – Planejamento do processo ajudado pelo computador
CCQ – Círculos de Controle de Qualidade
CEP – Controle estatístico do Processo
CIM – Manufatura integrada pelo computador
CNC – Controle por comando numérico
EDI – Troca eletrônica de documentos (Eletronic Data Interchange)
ERP – Planejamento dos recursos do negócio (Enterprise Resource Planning)
Extranets – Redes de caracter fechado entre empresas
Gargalos – Limitações do sistema produtivo
GPS – Sistema de localização via satélite (Global Positioning System)
ISO – International Standardization Organization
Jidoka – Autonomação ou controle autônomo dos defeitos
JIT – Justo no tempo (Just in Time)
Kaizen - Melhoramento contínuo
Kanban – Sistema puxado de programação e acompanhamento da produção
Layout – Instalações industriais
Lead time – Tempo de passagem ou atravessamento
Linha stop-and-go – linha de velocidade controlada
Mix – Variedades
MOD – Mão de obra direta
MP – Matérias primas
MRP – Planejamento das necessidades de materiais (Material Requirements Planning)
MRP II – Planejamento dos recursos de manufatura (Manufacturing Resource Planning)
NQA – Nível de Qualidade Aceitável
OC – Ordens de compra
OJT – Treinamento no chão de fábrica (on-the-job-treining)
OM – Ordens de montagem
OTED – Troca de ferramentas em um toque (One Touch Exchange of Die)
P&D – Pesquisa e Desenvolvimento
PA – Produtos Acabados
PC – Peças componentes
PCP – Planejamento e Controle da Produção
PFA – Análise do fluxo de produção
PMP – Plano-mestre de Produção
Poka-yoke – Dispositivos à prova de erros
RM – Requisição de materiais
Setup – Troca de ferramentas ou preparação
Sistema on line – Sistema em tempo real
SMED – Troca de ferramentas em minutos (Single Minute Exchange of Die)
Software – Programa computacional

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Staff – Pessoal de apoio


Supermercados – Estoques focalizados de kanbans
TC – Tempo de ciclo
TG – Tecnologia de grupo
TP – Tempo disponível para a produção diária
TQC – Controle Total da Qualidade
TRF – Troca rápida de ferramentas
TX – Taxa de produção
WIP – Materiais em processo (Work in process)
Yo-I-Don – pronto-colocado-adiante

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Dedico esse trabalho as pessoas que conseguem


Enxergar em um copo meio vazio
O potencial de enchê-lo

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PREFÁCIO

A capacidade humana de criar é impressionante. Sem dúvida ela é a mola precursora do


desenvolvimento da humanidade. Dentro da engenharia de produção o surgimento de novos
“paradigmas” para enfrentar os “mercados globalizados” é tema de discussão constante nos
congressos quando se trata de sistemas de produção. Tenho visto muitos trabalhos de pós-graduação
tratarem desse tema e livros sendo editados. O único problema é que antes de gerar os “novos”
devemos entender muito bem o que são os “velhos paradigmas”, até para evitar que palavras de
efeito com “reengenharia” ou “automação” tirem o sono de alguém.

Nesse sentido, como o título sugere, esse livro tem por objetivo discutir as técnicas de
produtividade no chão de fábrica, tratando dos bons e velhos paradigmas relacionados com a
filosofia JIT/TQC. Nem todas as empresas podem (e devem) destruir seus sistemas produtivos
atuais e montar outros totalmente novos, principalmente as de médio e pequeno porte. A prática tem
mostrado que as técnicas de produção Just In Time (JIT) e as ferramentas da Qualidade Total
(TQC) são de ampla aplicação e fazem com que os sistemas produtivos evoluam continuamente em
termos de qualidade, flexibilidade, redução de custos e desempenho de entrega.

Visando evitar a criação de novos termos, procurei manter o nome histórico de sistemas de
produção JIT, até porque o termo Just In Time diz muito do que se espera de um sistema de
produção eficiente. Dentro dele é fácil identificar as ferramentas gerenciais desenvolvidas pelos
mestres japoneses Taiichi Ohno e Shigeo Shingo, que compõem o conhecido Sistema Toyota de
Produção e que deu origem a vários termos como: produção enxuta, fabricação classe universal,
sistema de produção sem estoques, etc. Apesar de ser mais comum tratar a questão de modo
inverso, busquei durante todo o texto apresentar as técnicas de produção JIT como catalisadoras
para a efetiva implantação do TQC. Por não ser o objetivo desse livro, não entrei em detalhes sobre
as ferramentas da qualidade total.

No sentido de facilitar o entendimento da lógica de funcionamento do sistema de produção


JIT, o livro está estruturado em sete capítulos interrelacionados. No primeiro capítulo procuro
apresentar as questões que dão forma aos sistemas de produção, como o planejamento estratégico e
a estratégia produtiva, os princípios da filosofia JIT/TQC e as diferentes formas de classificá-los.
Ao final do primeiro capítulo proponho um modelo genérico para os sistemas de produção JIT.

O capítulo 2 trata da estrutura física do sistema de produção JIT, aqui chamada de produção
focalizada. A produção focalizada é a forma mais racional de dividir um sistema produtivo através
da criação de unidades de negócios com foco em uma gama restrita de produtos. Procuro descrever
a produção focalizada segundo a ótica dos processos de fabricação repetitiva em lotes com a
configuração de células de fabricação, e segundo a ótica dos processos de montagem com a
configuração de linhas de montagem celulares. Comento também a focalização na armazenagem e
movimentação dos materiais.

No capítulo 3 discuto as particularidades do planejamento e controle da produção segundo a


ótica do JIT. Essa discussão é importante para se entender como o sistema de produção JIT, ao
desenvolver sua funções de longo, médio e curto prazos, trata as variáveis estruturais da produção
(demanda, capacidade produtiva, tempo de ciclo, estoques, etc.) no sentido de buscar a flexibilidade
no atendimento das necessidades dos clientes. Dentro desse contexto apresento as diferenças entre
puxar e empurrar um programa de produção. Complementando esse terceiro capítulo, procuro

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descrever a importância do plano-mestre de produção no contexto do JIT e seu nivelamento com a


demanda como forma de estabilizar os programas de curto prazo.

Dedico o capítulo 4 totalmente ao sistema kanban de programação e acompanhamento da


produção JIT. Por ser extremamente simples e fácil de implantar, o sistema kanban de puxar a
produção é a ferramenta mais difundida do sistema de produção JIT, contudo nem sempre ela é
entendida e aplicada corretamente. Apresento nesse capítulo os tipos de cartões, as regras de
funcionamento, o cálculo do número de cartões, as funções executadas pelo sistema e os pré-
requisitos necessários para seu funcionamento.

No capítulo 5 tenho por intento descrever como os sistemas de produção JIT agem no
sentido de reduzir os lead times produtivos. Para que um sistema seja justo no tempo ele deve
converter rapidamente as matérias primas em produtos acabados. Nesse sentido, procuro discutir
como o sistema de produção JIT se propõem a acelerar essa conversão dividindo a análise dos
tempos produtivos em tempos gastos com esperas (na programação da produção, nas filas, no lote),
com processamento, com inspeção e com transporte. Para dar sustentação à redução dos lead times,
introduzo dentro desse capítulo os conceitos de troca rápida de ferramentas para a produção
econômica de pequenos lotes, e de autonomação e dispositivos a prova de erros para a inspeção
100%.

Reservo para o capítulo 6 a discussão de como deve ser realizada a distribuição dos
trabalhos pelos operadores dentro de um sistema de produção JIT. Sem entrar em questões que
devem ser aprofundadas pela área de recursos humanos das empresas, procuro mostrar a
importância da polivalência e da distribuição de rotinas de operações padrões pelos operadores na
lógica de flexibilidade da produção JIT. Dessa forma, defino e exemplifico os pontos que irão
compor a folha de operações padronizadas, como o tempo de ciclo, as operações padrões, a rotina
de operações padrão e a quantidade padrão de materiais.

No último capítulo busco expandir os conceitos de sistemas de produção JIT para a cadeia
produtiva como um todo, gerando o que chamo de uma cadeia logística JIT. Apesar a área de
logística ter suas ferramentas próprias, procuro associar o desenvolvimento e a diminuição da base
de fornecedores, a integração da produção do cliente com o fornecedor e a participação dos
transportadores nos processos de parcerias com uma visão otimizada de cadeia produtiva JIT.

Sem esgotar todos os assuntos na esfera de ação da filosofia JIT/TQC, busco com esses sete
capítulos fornecer uma visão ampla e coordenada sobre esse importante tema da administração da
produção. Como professor universitário meu objetivo foi também de limitar o conteúdo para que
possa ser ministrado durante uma disciplina. Para aprofundar mais os assuntos aqui apresentados
listo ao final do meu livro uma gama de outros livros, muitos deles dos próprios idealizadores das
ferramentas aqui apresentadas, utilizados como importante fonte de referência.

Assim como procedi no meu livro anterior sobre planejamento e controle da produção,
coloco à disposição dos colegas professores dispostos a adotar esse livro como texto de auxílio para
suas aulas um arquivo contendo um conjunto de transparências de cada capítulo. Para tanto, solicito
que o colega professor entre em contato comigo por telefone (048-331-7052) ou e-mail
(tubino@deps.ufsc.br) para proceder ao download do arquivo.

Finalizando, como coloca o mestre Shingo, mais importante do que ter o “know-how” (saber
como) para implementar um novo sistema de produção, é ter o “know-why” (saber o porquê) desse
sistema. Com isso as adaptações, e evoluções, necessárias nas aplicações práticas ficam mais fáceis

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de serem feitas. Espero que ao final da leitura desse livro, eu tenha contribuído para aumentar o
entendimento não só de como implantar um sistema JIT mas, principalmente, do porquê implantá-
lo. Por último, agradeço a todas as pessoas que de forma direta, ou indireta, contribuíram para sua
realização, e, convicto do princípio de melhoramento contínuo, me coloco a disposição para corrigir
inevitáveis erros que essa obra ainda contenha.

Prof. Dalvio Ferrari Tubino, Dr.


tubino@deps.ufsc.br
Departamento de Engenharia de Produção
Universidade Federal de Santa Catarina

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