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termos dos artigos 102 e seguintes da Lei 9.610/98
OURO
O ativo mais poderoso contra a crise que se apresenta
Caro leitor,
A farra do dinheiro barato é a semente de uma futura e gigantesca crise. E quem vai
pagar pelos excessos cometidos pelos formuladores de política econômica será a
sociedade.
Precisamos lutar contra isso, e não vemos "arma" mais adequada para o combate do
que o bom e velho ouro…
De modo que não temos dúvidas de que ele é o ativo que pode proteger da melhor
forma ou, até mesmo, aumentar o patrimônio do investidor no caso do estouro da
maior de todas as bolhas.
Por isso, a proposta pragmática que emerge deste relatório é esta: compre metais
preciosos.
Se, assim como nós, você enxerga o ouro como uma espécie de seguro contra crises
e proteção contra inflação, julgamos que ele cabe em seu portfólio.
Formas de comprar ouro
- Ouro físico
É relativamente fácil comprar ouro físico, do ponto de vista operacional. Para atuar
no mercado de balcão, a compra e venda pode ser feita através de instituições
financeiras especializadas (bancos, corretoras e distribuidoras), nas mineradoras ou
mesmo nas fundidoras, havendo players bem pequenos ou mesmo gigantes
internacionais como David Hall (www.davidhall.com), Camino Coin
( w w w. c a m i n o c o m p a n y. c o m ) o u A s s e t S t r a t e g i e s I n t e r n a t i o n a l
(www.assetstrategies.com). Em se tratando de instituições devidamente credenciadas,
basta cotar diversos preços e realizar a operação.!
A alternativa seria justamente levar o metal consigo - caso você tenha um lugar
seguro e de acesso fácil, inclusive preferimos essa opção. Ela não envolve taxas
adicionais e lhe dá garantia de acesso ao metal - em situações de crises extremas,
justamente quando o ouro provar-se-á mais rentável, o acesso ao patrimônio
custodiado no banco (dinheiro e/ou ouro) pode ser restringido. Obviamente,
estaríamos falando de situações extremas, mas é exatamente quando você mais
estaria precisando e mais valorizado estaria o metal.
Este é texto constante no site do banco sobre compra de ouro - replicamos aqui
para dar ideia precisa do operacional envolvido:
Já o Ouro Escritural é a modalidade criada pelo BB, especialmente para os seus correntistas
que desejam investir em Ouro em quantidades múltiplas de 25g, isto é, 1/10 do volume
mínimo de negociação exigido na modal
idade lingote, permitindo assim que os investidores diversifiquem seus investimentos sem que
seja necessário alocar volume de recursos no padrão de negociação de 250g.
Ouro adquirido pelo cliente esteja custodiado no Banco. Para se comercializar Ouro na
BM&FBovespa, por exemplo, faz-se necessário contratar uma corretora credenciada para
intermediar a operação, pois a Bolsa não acata ordens diretamente dos investidores, além
de oferecer liquidação somente no dia seguinte (D+1).
A custódia é um serviço de guarda e proteção do Ouro disponibilizado pelo Banco aos seus
clientes. Além da segurança oferecida aos investidores, a custódia é a forma mais barata de
manter um investimento em Ouro. Atualmente, na modalidade Lingote o custo é de 0,10% e
na modalidade Escritural 0,07%, sobre o montante custodiado, cobrados mensalmente. O
valor da tarifa de custódia é apurado com base no saldo de posição médio mantido no mês,
de forma proporcional à quantidade de dias em que o ativo esteve depositado em custódia,
multiplicado pela cotação média do metal neste mesmo mês. Nas operações de compra e
venda, não há cobrança de tarifas de corretagem ou taxas de emolumentos.”
Em se decidindo pela aquisição do ouro, basta ao cliente procurar uma agência do
banco. Os procedimentos são semelhantes para as demais grandes instituições.
Ainda dentro da categoria de ouro físico, para além do lingote, existe a possibilidade
de exposição ao metal através das moedas de ouro antigas. Essa é uma opção muito
mais associada a especialistas e colecionadores desse nicho em particular, de tal sorte
que não recomendamos esse tipo de exposição.
- Contratos futuros na BM&F Bovespa
Uma forma também bastante tradicional de ganhar exposição em ouro é por meio de
contratos futuros na BM&F. Para tanto, o investidor precisa ter conta em uma
corretora apta a operar contratos futuros e certificar-se do cadastro para operação
com derivativos. Aqui não há taxa de custódia pelo investidor, apenas a corretagem
em si.A taxa operacional básica para contratos de ouro é de 0,25% para operacionais
normais; para day trades, de 0,1%. Existe também uma taxa de liquidação no
vencimento, de 0,3% sobre o valor de liquidação.
- Fundos de Investimento
Fundos são talvez a forma mais simples do ponto de vista operacional - ainda assim,
não representa nossa predileção.
- ETFs - e um pouco de renda
Embora haja uma porção de possibilidades para o investidor ganhar exposição a ouro
no Brasil, conseguindo assim proteger-se de forma adequada de uma crise extrema
por meio da clássica reserva de valor, entendemos que há formas mais inteligentes de
estar posicionado em ouro.
Para incrementar a estratégia, sugiro combinar, à exposição direta nos ETFs, a venda
de calls sobre o mesmo ETF, fazendo uma estratégia clássica de venda coberta - caso
você não tenha familiaridade alguma com opções, sugiro recorrer ao vídeo do
Segredo dos 100%; se não for suficiente, você pode realizar nosso Curso de Opções
(https://store.empiricus.com.br/p/curso-de-opcoes).
As calls que eu sugiro vender estão entre 5% e 10% acima do preço de exercício e
tem horizonte temporal de seis meses até o vencimento.
Dessa forma, o investidor tem a tradicional proteção do ouro, ainda goza de upside
razoável e oferece essa renda, reduzindo o custo do carrego.
A estratégia pode também ser replicada para ETFs que compram ações de
mineradoras, em vez do metal em si ou seus contratos futuros. Aqui, o risco é um
pouco maior, bem como pode ser o upside. Talvez o mais tradicional seja o GDX,
com uma carteira de ações de grandes mineradoras de ouro, e o GDXJ, que foca em
ações de mineradoras juniores de ouro - aqui a dinâmica é um pouco diferente, com
mais risco e mais potencial, que entendo não ser exatamente o foco quando tratamos
de proteção.
Analistas responsáveis
Beatriz Nantes, CNPI João Françolin, CNPI
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*O analista Rodolfo Amstalden é o responsável principal pelo conteúdo do relatório e pelo cumprimento do
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