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Capı́tulo 1

Fundamentos

Suélia Siqueira Rodrigues Fleury Rosa

Este capı́tulo visa apresentar de maneira sucinta o desenvolvimento da eletrônica e


apresentar os principais nomes e descobertas na eletricidade. Pois, na ciência, uma vez
que uma hipótese é provada e aceita ela se torna um dos fundamentos daquela área
para estudo. Existem perı́odos com uma explosão de interesse e de desenvolvimento em
determinadas áreas - na eletrônica foi final do século XVIII e inicio do século XIX. Pois,
a historia mostra que as vezes um simples avanço isolado pode ser a chave para levar a
ciência a um novo patamar de compreensão - aumentando também seu impacto sobre a
sociedade.
Importante perceber que os grandes cientistas e inventores não trabalhavam isolados
em suas descobertas e invenções - ou seja - nem sempre grandes descobertas são um
esforço individual, mas sim um somatório de descobertas paralelas. Entre estes havia
uma troca de informações por cartas e também quando um livro era lançado. Além disso,
ao se analisar a estrutura organizacional, nota-se que as grandes contribuições quase todas
vieram de comunidades com razoável grau de organização e foram destas que vieram as
leis fundamentais dos circuitos elétricos e da evolução da eletrônica.
Importante ressaltar que as pessoas que contribuı́ram durante os estágios inicias nesse
campo eram fı́sicos, quı́micos, matemáticos e filósofos. Note que muitas das Unidades
de Medidas receberam o nome de cientistas importantes nestas áreas: Conde Alessandro
Volta - unidade d.d.p - Volt, André Ampère - unidade de intensidade elétrica - Ampère,
Georg Ohm - unidade de resistência - Ohm.

1.1 Os primeiros eventos e descobertas


Nos relatos da história a Eletrônica balbucia as primeiras notas com Tales de Mileto,
matemático grego (∼624 a.C. – ∼546 a.C.) descreveu as propriedades dos ı́mãs e da
eletricidade estática, e associou os dois fenômenos como decorrentes de uma mesma
natureza, antes do Cristo. O grande filósofo, que tinha a crença na unidade essencial
da Natureza, observa a eletrização no âmbar (elektron – ελεκτ ρoν, em grego). Sua
descoberta foi que ao esfregar um âmbar a um pedaço de pele de carneiro, observou que
pedaços de palhas e fragmentos de madeira começaram a ser atraı́dos pelo próprio âmbar.

De Magnete – 1600 – William Gilbert

De Magnete, Magneticisque Corporibus, et de Magno Magnete Tellure (Sobre os ı́mãs,


os corpos magnéticos e o grande imã terrestre) é um trabalho cientı́fico publicado em 1600
1
2 CAPÍTULO 1. FUNDAMENTOS

pelo médico e cientista inglês William Gilbert (Figura 1.1). Nele são descritas diversas
das suas experiências com o seu modelo da Terra chamado ”terrella”. Das experiências,
ele conclui que a Terra era magnética e esse era o motivo pelo qual as bússolas apontam
para o norte (anteriormente, dizia-se que isto se devia à estrela polar (Polaris) ou às
grandes ilhas magnéticas no pólo norte que atraı́am a bússola). De Magnete não só
foi influente por causa do seu assunto, mas também devido ao modo rigoroso com que
Gilbert descreveu suas experiências. Embora seu pensamento tenha sido influenciado
fortemente pelo misticismo do tempo dele, Gilbert também foi um dos pioneiros da fı́sica
De Magnete, experimental.
Book II, Chapter
3
”As for the causes
of magnetic move-
ments, referred to
in the schools of
philosophers to the
four elements and
to prime qualities,
these we leave for
roaches and moths
to prey upon.”

Figura 1.1: Edição do livro De Magnete de William Gilbert?s 1628. Fonte: The Whipple
Library, University of Cambridge.

Garrafa Leyden – 1745 – Pieter van Musschenbroek

A garrafa de Leyden é uma espécie primitiva de capacitor, dispositivo capaz de ar-


mazenar energia elétrica. Foi inventada em 1746 por Pieter van Musschenbroek. Um
dispositivo similar foi descrito pouco antes, em 1745, por Ewald Georg von Kleist, na
Alemanha. O dispositivo original era composto por uma garrafa de vidro com água no
seu interior, com uma rolha perfurada por uma haste metálica que ficava em contato com
a água.
Quando a garrafa era segurada pela mão de um operador e a haste posta em contato
com o terminal de uma máquina eletrostática, uma grande quantidade de carga elétrica
era acumulada sobre as paredes da garrafa, com polaridades opostas dentro e fora. Se o
operador então tocava a haste com a outra mão, recebia um forte choque elétrico causado
pela repentina descarga da garrafa. Logo se descobriu que a água não era necessária, e
que era mais eficiente cobrir as paredes interna e externa da garrafa com folha metálica,
deixando a folha interna em contato com a haste metálica (Figura 1.2b).
Pieter Van Musschenbroek nasceu em Leyden, Paı́ses Baixos, em 14 de Março de
1692 (Figura 1.3a). Veio de uma famı́lia de fabricantes de instrumentos. Pieter foi estu-
dante de medicina na mesma universidade em que lecionaria, e foi exatamente nos tempos
1.1. OS PRIMEIROS EVENTOS E DESCOBERTAS 3

como estudante que começou a se interessar fortemente pela eletrostática. Era professor
na Universidade de Leyden que se apaixonou pelas propriedades eletrostáticas e decidiu
estudá-las mais a fundo. Foi ele o cientista responsável pela invenção do primeiro con-
densador. No perı́odo em que lecionou, a energia elétrica transitória podia ser gerada por
máquinas de fricção mas como não havia forma de armazená-la, Musschenbroek e o seu
aluno Andreas Cunaeus descobriram a possibilidade de armazenar energia numa garrafa
cheia de água, onde estava mergulhada uma haste de bronze; a mão do experimentador
fechava o circuito. A esta invenção deu-se o nome de Garrafa de Leyden. Musschenbroek
morreu em 19 de Setembro de 1761 na mesma cidade em que nasceu.
A evolução da garrafa de Leyden levou aos capacitores usados em eletricidade e
eletrônica atualmente. Pode-se citar alguns exemplos da evolução da garrafa de leyden,
tais como: Capacitor eletrolı́tico (Figura 1.2a), Capacitores de cerâmica, Capacitores de
poliéster, entre outros. A descoberta da garrafa de Leyden levou a grandes avanços na
compreensão dos fenômenos elétricos, pois se passou a ter uma forma melhor de armazenar
cargas elétricas significantes em pequeno espaço (uma garrafa de Leyden com 111 pF de
capacitância armazena tanta carga quanto uma esfera isolada com 2 metros de diâmetro,
para a mesma tensão).
Atualmente os capacitores são comumente usados em fontes de energia onde eles
suavizam a saı́da de uma onda com retificada completa ou meia onda. Os capacitores
são freqüentemente usados para separar circuitos corrente alternada de corrente continua.
Capacitores também são usados na correção de fator de potência. Tais capacitores freqüen-
temente vêm como três capacitores conectados como uma carga trifásica. Geralmente,
os valores desses capacitores não são dados pela sua capacitância, mas pela sua potência
reativa em var.

(a) (b)

Figura 1.2: Diferentes exemplos de capacitores: (a) um modelo atual e (b) uma ilustração
da Garrafa de Leyden.

Radiodifusão – 1895 – Guglielmo Marconi

O italiano Guglielmo Marconi é considerado o pai da Radiodifusão e inventor do


primeiro transmissor de ondas eletromagnéticas, em 1895. Segundo registros da imprensa
da época, no entanto, o crédito desta invenção deveria ser dado ao padre brasileiro Roberto
4 CAPÍTULO 1. FUNDAMENTOS

Landell de Moura (Figura 1.3b) que, um ano antes de Marconi, realizava a primeiras
transmissões radiofônicas da História.
Apresentado publicamente em 1894, o transmissor de ondas criado pelo padre cobria
a distância de oito quilômetros, mais do que o dobro da distância alcançada pelo invento
de Marconi, e trazia em seu sistema duas novidades: o microfone eletro-mecânico e o
auto-falante-telegráfico, que não constavam do sistema italiano.
Roberto Landell de Moura estudou com o pai as primeiras letras. Freqüentou a Escola
Pública do Professor Hilário Ribeiro, no bairro da Azenha, a seguir entrou para o Colégio
do Professor Fernando Ferreira Gomes.

(a) (b)

Figura 1.3: Dois inventores da história da Eletrônica: (a) Pieter Van Musschenbroek,
inventor Garrafa de Leyden – capacitor e (b) Pe Roberto Landell de Moura, inventor da
radiodifusão 1 ano antes de Guglielmo Marconi.

Transistor – 1948 – John Bardeen, Walter Bratain, William Bradford


Shockley

O transistor é um componente eletrônico que é utilizado principalmente como amplifi-


cador e interruptor de sinais elétricos.O transistor foi inventado nos Laboratórios da Bell
Telephone (Figura 1.4) por Bardeen e Brattain em 1948 e, inicialmente, demonstrado em
23 de Dezembro de 1947, por John Bardeen, Walter Houser Brattain e William Bradford
Shockley, que receberam o prêmio Nobel da Fı́sica em 1956. O objetivo do projeto era
criar um dispositivo compacto e barato para substituir as válvulas termoiônicas usadas
nos sistemas telefônicos da época.
Os transistores bipolares passaram, então, a ser incorporados a diversas aplicações,
tais como aparelhos auditivos, seguidos rapidamente por rádios transistorizados. Foi
através de produtos japoneses, notadamente os rádios portáteis fabricados pela Sony, que
o transistor passou a ser adotado em escala mundial.
1.1. OS PRIMEIROS EVENTOS E DESCOBERTAS 5

Figura 1.4: Primeiro transistor.

1o rádio transistorizado no mundo

Lançado em novembro de 1954 em Nova York e Los Angeles com sucesso imediato
e vendas acima de 100.000 rádios no primeiro ano de comercialização, este receptor de
bolso transistorizado é alimentado por 1 bateria de 22 1/2 Volts, tendo seu circuito de
transistores de germânio. Seu nome era Regency Mod TR-1.

Figura 1.5: Exemplo dos primeiros rádios transistorizados.

Transistor versus válvulas

A grande vantagem dos transistores em relação às válvulas foi demonstrada em 1958,
quando Jack Kilby da Texas Instruments desenvolveu o primeiro circuito integrado, con-
sistindo de um transistor, três resistores e um capacitor, implementando um oscilador
simples. A partir daı́, via-se a possibilidade de criação de circuitos mais complexos,
utilizando integração de componentes. Isto marcou uma transição na história dos transis-
tores, que deixaram de ser vistos como substitutos das válvulas e passaram a ser encarados
como dispositivos que possibilitam a criação de circuitos complexos, integrados.
Em 1970, a Intel anunciava a primeira DRAM. Em 1971, a mesma empresa lançava o
primeiro microprocessador do mundo, o 4004, baseado em tecnologia PMOS. O transistor
é considerado uma das maiores invenções da história moderna, tendo tornado possı́vel a
revolução dos computadores e equipamentos eletrônicos. A chave da importância do tran-
sistor na sociedade moderna é sua possibilidade de ser produzido em enormes quantidades
6 CAPÍTULO 1. FUNDAMENTOS

usando técnicas simples, resultando preços irrisórios.


Hoje em dia é praticamente impossı́vel encontrar circuitos integrados que não con-
tenham pelo menos centenas de transistores. Como exemplo, temos o microprocessador
do console Playstation 3 que tem aproximadamente 234 milhões de transistores, cada um
distanciado dos outros por 45 milionésimos de um milı́metro.
Seu baixo custo permitiu que se transformasse num componente quase universal para
tarefas não-mecânicas. Os transistores, hoje em dia, têm substituı́do quase todos os
dispositivos eletromecânicos e aparecem em grandes quantidades em tudo que envolva
eletrônica, desde os computadores aos carros. Os materiais utilizados na fabricação do
transistor são principalmente o silı́cio (Si), o germânio (Ge), o gálio (Ga) e alguns óxidos.
Na natureza, o silı́cio é um material isolante elétrico, devido à conformação das ligações
eletrônicas de seus átomos, gerando uma rede eletrônica altamente estável.
O silı́cio é purificado e passa por um processo que forma uma estrutura cristalina
em seus átomos. O material é cortado em finos discos, que a seguir vão para um pro-
cesso chamado de dopagem, onde são introduzidas quantidades rigorosamente contro-
ladas de materiais selecionados (conhecidos como impurezas) que transformam a estrutura
eletrônica, introduzindo-se entre as ligações dos átomos de silı́cio, roubando ou doando
elétrons dos átomos, gerando o silı́cio P ou N, conforme ele seja positivo (tenha falta de
elétrons) ou negativo (tenha excesso de elétrons). Se a impureza tiver um elétron a mais,
um elétron fica sobrando na estrutura cristalina. Se tiver um elétron a menos, fica fal-
tando um elétron, o que produz uma lacuna (que funciona como se fosse um buraco móvel
na estrutura cristalina). Como resultado, temos ao fim do processo um semicondutor.

Figura 1.6: Transistor ao lado de uma pilha.

1.2 As Medidas
É o estudo do controle de pequenas correntes elétricas para fazer que todos os tipos de
equipamentos eletrônicos funcionem. Equipamentos eletrônicos são um conjunto ordenado
de dispositivos e componentes que devido a um layout, caracterı́sticas e valores executam
uma função especı́fica: satélite, robô, PC, fone, radio, RX, celular e etc. Os princı́pios
fundamentais da Eletrônica estão baseados na eletricidade, cujo fundamento radica na
estrutura da matéria.
Os átomos de todos o materiais constam de um núcleo e de um envoltório. No núcleo
se encontram os prótons que são partı́culas com carga elétrica positiva e os nêutrons. No
envoltório, girando em órbitas a grande velocidade, estão os elétrons, que são partı́culas de
carga negativa. A eletrônica é formada por: leis matemáticas; relações de transformação;
componentes; simbologia; unidades de medidas; conversão matemáticas de potencias;
1.3. OS CONCEITOS 7

layouts; placas; circuitos integrados e softwares para programação interna e para pro-
gramação externa.
É importante conhecer em qualquer área técnica os conceitos básicos e o impacto
que eles tem em determinados parâmetros. Entretanto a aplicação dessas regras e leis
terão sucesso apenas se as operações matemáticas envolvidas forem aplicadas de maneira
correta e em especial uso adequado das unidades de medidas (Tabela 1.1) e dos fatores
multiplicativos apropriados (Tabela 1.2). Potencial
A tensão num
Tabela 1.1: Principais unidades usadas em Eletrônica, suas grandezas e sı́mbolos. ponto em relação
a outro ponto no
Unidades nomeadas em homenagem a pessoas sempre são escritas em letra maiúscula. sistema elétrico,
normalmente o GND
Unidade Sı́mbolo Grandeza(s) (Ground, potencial
Ohm Ω Resistência, Impedância, Reatância zero).
Farad F Capacitância
Ampère A Corrente elétrica
Joule J Energia
Watt W Potência
Hertz Hz Frequência
Volt V Potencial, Tensão
Henry H Indutância
Coulomb C Carga elétrica
radiano rad Distância angular
segundos s tempo
Diferença de
potencial
Tabela 1.2: Principais fatores multiplicativos usados em Eletrônica e seus sı́mbolos. Note É a diferença
que kilo é escrito com letra minúscula, e não maiúscula (um erro muito comum). algébrica de poten-
cial ou de tensão
Nome Sı́mbolo Fator multiplicativo entre dois pontos de
um circuito.
Tera T 1012 1.000.000.000.000
9
Giga G 10 1.000.000.000
Mega M 106 1.000.000
3
kilo k 10 1.000
unidade 1
mili m 10−3 0,001
micro µ 10−6 0,000001
nano n 10−9 0,000000001
pico p 10−12 0,000000000001

1.3 Os Conceitos
Tensão
Tensão Quando aparece
isolado significa o
mesmo que poten-
Graças à força do seu campo eletrostático, uma carga pode realizar trabalho ao deslo- cial. Lembre-se:
car outra carga por atração ou repulsão. Essa capacidade de realizar trabalho é chamada é sempre medida
potencial. Quando uma carga for diferente da outra, haverá entre elas uma diferença entre dois pontos do
de potencial (E). A soma das diferenças de potencial de todas as cargas de um campo sistema.
eletrostático é conhecida como força eletromotriz. A diferença de potencial (ou tensão)
tem como unidade fundamental o Volt(V).
8 CAPÍTULO 1. FUNDAMENTOS

Corrente

A corrente elétrica é um fluxo de elétrons que circula por um condutor quando entre
suas extremidades houver uma diferença de potencial. Esta diferença de potencial chama-
se tensão. A facilidade ou dificuldade com que a corrente elétrica atravessa um condutor
é conhecida como RESISTÊNCIA. Esses três conceitos: corrente, tensão e resistência,
estão relacionados entre si, de tal maneira que, conhecendo dois deles, pode-se calcular o
terceiro através da Lei de Ohm.
Os elétrons e a corrente elétrica não são visı́veis mas podemos comprovar sua existência
conectando, por exemplo, uma lâmpada a uma bateria. Entre os terminais do filamento
da lâmpada existe uma diferença de potencial causada pela bateria, logo, circulará uma
corrente elétrica pela lâmpada e portanto ela irá brilhar. A relação existente entre a
corrente, a tensão e a resistência denomina-se Lei de Ohm: Para que circule uma corrente
de 1A em uma resistência de 1Ω, há de se aplicar uma tensão em suas extremidades de 1V
(V = R × I). O conhecimento desta lei e o saber como aplicá-la são os primeiros passos
Diferença de para entrar no mundo da eletricidade e da eletrônica.
tensão Antes de se começar a realizar cálculos, há que se conhecer as unidades de medida. A
A diferença algébrica
tensão é medida em Volts (V), a corrente é medida em Amperes (A) e a resistência em
de tensão entre dois
pontos – queda ou Ohms (Ω).
aumento.

1) Corrente Contı́nua (CC) Fluxo de carga unidirecional,


Direct Current (DC) i.e., em apenas uma direção.
Fontes: Baterias (reações quı́micas)
Geradores (processos eletromecânicos)
Fontes de alimentação que usam retificação completa
2) Corrente Alternada (CA) Fluxo de carga que varia nos dois sentidos.
Alternate Current (AC)
Fontes: redes 220V e 110V – 50 ou 60Hz
3) Corrente Pulsante (CP) Fluxo de carga com retificação parcial.

Figura 1.7: A circulação da corrente elétrica

Reatância

É a propriedade de um elemento de mudar suas caracterı́sticas de acordo com um


outro elemento.
1.3. OS CONCEITOS 9

Impedância

É a associação de uma resistência e uma reatância.

Potência Ativa

É a que realiza trabalho no circuito, é representada pela letra P e sua unidade é W.

Potência Reativa

É a que é devolvida a fonte, é representada pelas letras Pr e sua unidade é VAr.

Potência Aparente

É soma da ativa e reativa, é representada pelas letras Pa e sua unidade é VA.

Saı́da Rail-to-Rail (RRO)

Os amplificadores operacionais convencionais, como o conhecido 741, quando fun-


cionam em toda sua faixa dinâmica de tensões de saı́da, não conseguem atingir os valores
máximos correspondentes à alimentação. Assim, se alimentarmos um operacional deste
tipo com uma fonte simétrica de 12V, quando ele operar, o sinal de saı́da não irá ex-
cursionar entre -12V e +12V, mas um pouco menos, pois sempre existe certa queda nos
componentes internos. A pequena diferença que impede que ele alcance as tensões das
linhas de alimentação, ou ”rail”, se deve às perdas internas normais. Dizemos, nestas
condições, que este amplificador operacional não consegue uma excursão da tensão de
saı́da rail-to-rail. Nas aplicações em que um amplificador operacional deva interfacear cir-
cuitos lógicos, microcontroladores e outros dispositivos que exijam que o sinal excursione
entre os valores da linha de alimentação, tipos especiais com caracterı́sticas rail-to-rail de-
verão ser utilizados ou para baixas tensões pois perdas de 0,6V em uma baixa alimentação
pode gerar o não funcionamento do circuito.
Fonte: www.newtoncbraga.com.br

1.3.1 Curiosidades
• Buzzer: Dispositivo que emite um som audı́vel distinto, quando aplicada uma
tensão continua(DC) em seus terminais.

• Trasdutores de movimento: Convertem movimento em energia elétrica.

• Sensores de efeito Hall: Detectam movimento produzindo uma tensão propor-


cional.

• Varistores: Também denominados MOVs (metal oxide varistor) ou supressores de


transitórios, são dispositivos que limitam a voltagem aplicada a um circuito, cor-
tando o circuito fisicamente quando a mesma for superior a uma voltagem máxima
especificada e absorvendo a energia resultante.

• Fusı́veis: São componentes destinados a proteção de circuitos contra correntes


excessivas. Constituição: são constituı́dos de fios especiais que se partem, quando
por eles passa uma corrente superior a especifica em seu corpo.
10 CAPÍTULO 1. FUNDAMENTOS

• Verificação do fusı́vel: Pode ser verificado visualmente ou através de um ohmı́metro.

• Transistor de grafeno: Transistor feito a partir de átomos de carbono, superou o


desempenho do transistor de silı́cio mais avançado. Transistores com grafeno foram
fabricados, em Zurique, por cientistas do Centro Nanotecnológico da IBM. Ainda
em estágio inicial de desenvolvimento, os transistores são capazes de ligar e desligar
os sinais eletrônicos mais rapidamente do que os transistores de silı́cio convencionais
e poderão ser úteis em comunicações digitais que exigem um chaveamento rápido
para acompanhar o fluxo de dados transmitidos.

1.4 Condução
Condutores são materiais que permitem a passagem da corrente elétrica. Nos metais,
a condução é feita através de elétrons livres que se deslocam através do material.
Isolantes são materiais em que a corrente elétrica não consegue circular com facili-
dade. Os isolantes apresentam portanto uma resistividade muito alta quando comparada
a outros materiais, considerados como condutores.

1.4.1 Fios
Fios e cabos são usados para conduzir as correntes entre os diversos pontos de um
equipamento. Veja que as correntes principais dos circuitos são conduzidas por trilhas de
cobre impressas em placas que, por isso, são chamadas de ”placas de circuito impresso”.
Os fios simples podem ser sólidos ou formados por muitos condutores mais finos (cabinhos)
que lhes dotam de grande flexibilidade. Os cabinhos são usados justamente nos casos em
que esta flexibilidade é necessária devido ao movimento constante desses condutores. A
capacidade de condução de um fio depende de sua espessura. Assim, para as correntes
mais intensas devem ser usados fios mais grossos. Um fio muito fino na condução de uma
corrente intensa aquece e causa perdas de energia com quedas na tensão que é aplicada
ao circuito alimentado.

1.4.2 Cabos Múltiplos


Em determinadas aplicações os fios podem ser aglomerados e protegidos em conjunto
por uma capa. Assim, temos cabos duplos, triplos, trançados, ou blindados conforme a
aplicação. A figura 1.8 mostra alguns tipos de cabos.

Figura 1.8: Tipos de Cabos

Adiante alguns exemplos de cabos, suas caracterı́sticas e aplicações:


1.4. CONDUÇÃO 11

Cabo Categoria 5 para Redes de Computadores


Caracterı́sticas: Cor: cobertura Azul. Impedância
Nominal (100 MHz) = 100 Ohms.
Aplicações: Recomendado para ligações de Redes
Internas de Dados (LAN) em áreas empresariais, au-
tomação predial e industrial.

Figura 1.9: Par trançado.

Cabo Coaxial de 50 Ohms


Aplicações: Rádio-amadorismo, instrumentação
técnica, redes de dados.

Figura 1.10: Cabo coaxial

Cabo Óptico
Caracterı́sticas: Cor: Preta. Máxima tensão de
trabalho: 115N.
Aplicações: Recomendado para Redes Locais de
Computadores (Cabo Tronco) e em Automação In-
Figura 1.11: Cabo óptico dustrial e Predial.

Cabo Flat
Caracterı́sticas: 22 AWG, 24 AWG (bitolas
maiores são usadas em elevadores, por exemplo)

Figura 1.12: Flat multi-portas

Cabo Sólido
Caracterı́sticas: Cores: diversas. Isolação: 750V.
Antichama. Bitolas do 1,0 mm2 ao 10,0 mm2
Aplicações: É o fio mais usado na constução civil.
Fios sólidos construı́dos em alumı́nio são denomi-
Figura 1.13: Cabo sólido nados CABOS RURAIS.
12 CAPÍTULO 1. FUNDAMENTOS

Cabo Flexı́vel 750V


Caracterı́sticas: Alta Flexibilidade. A camada
interna possui propriedades elétricas superiores e
a camada externa possui propriedades mecânicas e
de deslizamento excelentes. Esta estrutura con-
Figura 1.14: Cabo flexı́vel fere maior RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO, maior
RESISTÊNCIA À ABRASÃO e menor ESFORÇO
DE PUXAMENTO. Cores: Diversas. Bitola: de 0,30 mm2 a 25 mm2 .
Aplicações: Recomendado para instalações internas fixas de luz e força em prédios em
geral, em circuitos de distribuição e terminais, em quadros de distribuição e painéis. E
principalmente para aplicações automotivas.
Cabos flexı́veis com banho de estanho são denominados Cabos 105o , muito usados pela
Indústria Naval, pois têm maior resistência à corrosão.

Cabo PlastiChumbo
Caracterı́sticas: Antichama. Tensão de isola-
mento: 450/750V. Bitolas: de 1,0 mm2 a 6,0 mm2 .
Cobertura: Cz. Veias Duplast: Pt/Az. Veias triplast:
Pt/Br/ Az
Aplicações: para instalações fixas. Uso externo
subterrâneo ou aparente.

Figura 1.15: Cabo Plasti-chumbo

Cabo Torcido e Cabo Paralelo


Caracterı́sticas: Tensão de isolamento: 300/300V.
Cores: Branco, Preta e Marron. Bitolas: de 0,30 mm2
a 4 mm2 .
Aplicações: Recomendado para ligações de ilu-
minação como quebra-luzes, pendentes, lustres, etc.
O paralelo é o mais usado para extensões. Cordões
paralelos 0,30 mm2 são utilizados para instalações
Figura 1.16: Cabo torcido e cabo de alarmes residenciais, comerciais e automotivos
paralelo (polarizado).

Cabo de Solda
Caracterı́sticas: Cor: Preta. Boa resistência
mecânica e a abrasão e excelente flexibilidade
Aplicações: Ligação da fonte de energia ao eletrodo
do equipamento de soldar.
Figura 1.17: Cabo de Solda
1.4. CONDUÇÃO 13

Cabo ”Ferroviário”
Caracterı́sticas: Condutor flexı́vel formado de fios
de cobre estanhado. Isolação em borracha EPR.
Aplicações: Recomendado para lides de motores
(cabo para ligação interna), inclusive para os que
trabalham em temperaturas elevadas e em condições
Figura 1.18: Cabo ”Ferroviário” severas de serviços.

Cabo de Alta
Caracterı́sticas: Isolação dimensionada para alta
voltagem, de 1.000 a 40.000V
Aplicações: usado em NEON e eletrificação de cer-
cas. Consulte também CABOS DE VELA.
Figura 1.19: Cabo de Alta

Cabo PP
Caracterı́sticas: Cor: Cobertura preta, fios
nas cores branca e preta. Tensão de isolamento:
450/750V. Excelente resistência mecânica e à abrasão
e excelente flexibilidade. Bitola: de 0,50 mm2 a
Figura 1.20: Cabo OO 6 mm2 . Existem também cabos especiais PP com
isolação de SILICONE ou BORRACHA (PB).
Aplicações: Recomendado para ligações de aparelhos eletrodomésticos e de oficina em
geral.

Fio Telefônico FI 60/2


Caracterı́sticas: Cor: Cinza.
Aplicações: Recomendado para uso interno em
ligações (extensões) de aparelhos domiciliares, instala-
dos em eletrodutos ou fixados em rodapés. Construı́do
Figura 1.21: Fio FI 60/2 em cobre estanhado, isolados em PVC, torcidos entre
si.

Fio Telefônico FE 60/2


Caracterı́sticas: Cor: Preta.
Aplicações: Recomendado para instalações aéreas
e nas derivações para a entrada de assinantes.

Figura 1.22: Fio FE


14 CAPÍTULO 1. FUNDAMENTOS

Fio Telefônico FDG (jumper)


Caracterı́sticas: Cor: várias combinações.
Aplicações: Indicados para uso em distribuidores
de equipamentos telefônicos de comutação, in-
terligação de blocos, terminais em armários de dis-
tribuição e em quadros de indústrias e edifı́cios, etc.
Construı́do em cobre estanhado, isolados em PVC,
torcidos entre si, nas bitolas 0,50 mm2 (24 AWG) ou
Figura 1.23: Fio FDG 0,60 mm2 (22 AWG).

Cabo Telefônico CCI (sem blindagem)


Caracterı́sticas: Cor: cobertura cinza.
Descrição: cabo interno sem blindagem, de um
a 20 pares, bitola 0,50 mm2 (24 AWG), usado para
distribuição de ramais internos de PABX, PBX, KS,
ligações centrais de portarias em condomı́nios e inter-
Figura 1.24: Cabo CCI fones residenciais.

Cabo Telefônico CTP-APL


Caracterı́sticas: Bitola: 0,50 mm2 (24AWG). Cor:
cobertura preta.
Descrição: usado para instalações de redes
aéreas e dutos que não tenham umidade. É
usado por instaladores, empreiteiras e companhias
telefônicas. Construı́do em cobre eletrolı́tico, isolados
por polipropileno e polietileno, agrupados e protegidos
por uma capa APL.

Figura 1.25: Cabo CTP-APL

Cabo Telefônico CI (com blindagem)


Caracterı́sticas: Cor: cobertura cinza.
Descrição: cabo interno com blindagem, bitola
0,50 mm2 (24 AWG), usado para distribuição de ra-
mais internos de PABX, PBX, KS, ligações centrais
de portarias em condomı́nios e interfones residenciais.
Construı́dos com cobre eltrolı́tico estanhado, isolado
com polipropileno ou polietileno, agrupados e protegi-
Figura 1.26: Cabo CI
dos por uma blindagem em fita de alumı́nio aplicada
helicoidalmente e protegido por uma capa cinza em PVC.
1.5. SOLDA 15

Cabo Telefônico CCE-APL


Caracterı́sticas: Cor: cobertura Preta.
Descrição: auto-sustentável por fibra de vidro, uti-
lizado para instalações aéreas de rede, sem o auxı́lio
de cabo de aço para sustentação. Construı́do em co-
bre eletrolı́tico, isolados por polietileno, agrupados e
protegidos por uma capa APL.
Figura 1.27: Cabo CCE-APL

1.4.3 Protoboard
Placa de contatos para protótipos. Uma matriz de contato, também chamada de Pro-
toboard, é usada para fazer montagens provisórias, teste de projetos entre outras inúmeras
utilizações. Na superfı́cie de uma matriz de contato há uma base de plástico em que
existem centenas de orifı́cios onde são encaixados os componentes, já em sua parte infe-
rior são instalados contatos metálicos interligados (Figura 1.28) segundo um padrão básico
que o usuário precisa conhecer (Figura 1.29).

Figura 1.28: Ligação interna de uma matriz de contato.

Conexão da Fonte de alimentação – Em nossas primeiras práticas, tais fontes serão


pilhas ou baterias. A conexão do 0V (negativo da fonte) deve ser feita com fio
preto utilizando o primeiro orifı́cio da coluna da esquerda. O terminal positivo da
fonte deve ser ligado com fio vermelho, ao primeiro orifı́cio da coluna da direita.
A Figura 1.30 apresenta exemplos de montagens incorretas.

1.5 Solda
1.5.1 Técnicas de Soldagem
Técnicas de soldagem com os materiais da Figura 1.31. Principais passos:

1. Ligue o ferro de soldar e espere cerca de 1 minuto até que esteja na temperatura
ideal.
16 CAPÍTULO 1. FUNDAMENTOS

(a)

(b)

Figura 1.29: Padrãos de conexão internos de um protoboard, ressaltando: (a) as conexões


horizontais e (b) as conexões verticais.

(a) (b)

Figura 1.30: Exemplos de montagens incorretas. (a) Uma única cor de fio dificulta o
entendimento. (b) Essa tem mais cores, mas onde começa e onde termina?

2. Para verificar se a temperatura está boa, encoste a ponta do fio de solda na ponta
do ferro de soldar.

3. Coloque o resistor (outro componente) encaixado nos furos da placa universal. Feito
isso, aqueça com a ponta do ferro de soldar o terminal do resistor e o cobre da placa.
1.5. SOLDA 17

A. Transistor
B. Capacitores
C. Resistores
D. Garras jacaré
E. Placa universal
F. Estanho
G. Ferro de soldar
H. Sugador de solda

Figura 1.31: Material para treinamento de soldagem.

4. Ambos devem ser aquecidos para que a solda possa derreter facilmente. Encoste a
ponta do fio de solda na junção aquecida entre a placa e o terminal do resistor.

5. Mantenha o tempo todo a ponta do ferro de soldar também encostando nessa junção.
A solda deverá derreter uniformemente (Figura 1.32a).

6. Afaste o fio de solda e depois o ferro de soldar.

7. Dentro de aproximadamente dois ou três segundos a solda estará sólida.

8. Use o alicate de corte para retirar o excesso do terminal do resistor que sobrou.

Lembre-se:

i. Não exagere na quantidade de solda. Deve ficar uma quantidade semelhante à que
você observa nas placas do computador.

ii. Não sopre a solda para que esfrie. Espere três segundos e a solda esfriará sozinha.

iii. Não mova o componente enquanto a solda ainda não estiver solidificada.

(a) (b)

Figura 1.32: (a) Exemplo da posição correta para soldagem e (b) para dessoldagem.
18 CAPÍTULO 1. FUNDAMENTOS

1.5.2 A Dessoldagem
• É um pouco mais fácil no caso de resistores, capacitores, diodos e transistores. No
caso de chips é mais difı́cil devido ao grande número de terminais.

• O sugador de solda possui um êmbolo de pressão que remove a solda derretida


dos circuitos. Primeiro pressione o seu êmbolo, depois aproxime o seu bico da solda
derretida (Figura 1.32b) e pressione o botão para que o bico sugue a solda. O sugador
puxará a solda derretida para o seu interior (Figura 1.33). Aperte novamente o
êmbolo para que possa expelir a solda retirada, já no estado sólido.

Figura 1.33: Ilustração do processo completo de dessoldagem.

Ferro de Solda

Limpeza da ponta do ferro – Quando ligamos o ferro pela primeira vez sai uma fumaça.
Esta é a resina que recobre a resistência. Isto é normal.

Estanhagem da ponta – À medida que ele esquenta devemos derreter solda na sua
ponta.

Princı́pio do ferro de solda – É uma ferramenta contendo um fio de nı́quel-cromo


dentro de um tubo de ferro galvanizado ou latão (Figura 1.34a). Esta parte é a
resistência do ferro. Dentro da resistência vai encaixada uma ponta de cobre re-
coberta com uma proteção metálica. Ao ligar o ferro na rede, passa corrente pela
resistência e esta aquece a ponta até a temperatura adequada para derreter a solda.

Soquetes

Certos componentes eletrônicos podem precisar ser removidos, trocados ou instalados.


É o caso dos processadores, memórias e alguns chips. Para isso esses chips são encaixados
sobre soquetes.
Os soquetes sim, são soldados nas placas de circuito e sobre eles encaixamos
os chips.
Exemplo: Soquete DIP (dual in-line package) apropriado para chips que também
usam o encapsulamento DIP. Existem soquetes DIP de vários tamanhos (Figura 1.35),
com diferentes números de terminais (ou pinos).
1.6. APLICAÇÕES CIENTÍFICAS 19

(a)

(b)

Figura 1.34: (a) Ferros de solda e (b) o tipo de suporte usado durante o trabalho com
solda.

Figura 1.35: Exemplos de soquetes.

Como ler??? Todos os pinos dos soquetes são numerados, porém esta numeração não
está indicada, mas fica implı́cita. Para saber o número de qualquer pino, basta
localizar a posição do pino 1 (Figura 1.36).

1.6 Aplicações Cientı́ficas


Para ler a respeito de uma interessante aplicação da eletrônica veja o artigo:
RODRIGUES, Suélia de Siqueira Fleury Rosa, ALTOE, M. L., SANTOS,
L. S. ”Dispositivo Alternativo de Pressão Positiva Contı́nua em Vias Aéreas -
CPAP para recém-nascidos”. In: 5.a Conferência de Engenharia - Engenharia’
2009 - Inovação e Desenvolvimento, 2009, Covilhã. Actas da Conferência
Engenharia’2009.
Os primeiros modelos de veı́culos elétricos deverão chegar ao Brasil em 2010, mas
quem quiser antecipar-se a esse novo mercado poderá visitar e até dirigir alguns modelos
20 CAPÍTULO 1. FUNDAMENTOS

Figura 1.36: Numeração dos pinos em soquetes.

e protótipos na Exposição VE 2009 que será realizada juntamente ao 6o Seminário de


Veı́culos Elétricos. Organizado pelo INEE - Instituto Nacional de Eficiência Energética
- e pela ABVE - Associação Brasileira do Veı́culo Elétrico - o evento tem por finalidade
discutir e divulgar as novidades do setor que tem acelerado as pesquisas tecnológicas
financiadas pelas montadoras de todo o mundo, fabricantes de baterias e acessórios auto-
mobilı́sticos e as empresas de energia elétrica. Além dos modelos de VEs, os fabricantes
de equipamentos. Apresentarão novidades no evento: a WEG lançará o motor de tração
com alta potência de até 185 kW e refrigerado a água, mais compacto e mais leve, e a
Moura mostrará duas baterias especı́ficas para veı́culos hı́bridos, uma das mais avançadas
tecnologias HDP.
Fonte: http://www.sabereletronica.com.br

1.7 Análises Práticas


1. Monte o circuito RLED em serie para 4 valores distintos de resistência e analise suas
correntes e potência dissipadas.

2. Monte o circuito da Figura 1.37.

3. Descreva suas principais caracterı́sticas e de seus componentes.

4. Aplique-o em uma situação real.

1.8 Problemas
Questão 01. O inventor e sua criação. Faça uma pesquisa (internet e livros) e relate
em no máximo 3 páginas um inventor e sua criação (se possı́vel com imagens da criação),
sua importância para eletrônica hoje e o impacto do seu invento.

Questão 02. Conceitue Tensão elétrica.

Questão 03. Conceitue Corrente elétrica.

Questão 04. Conceitue Resistência elétrica.

Questão 05. Conceitue Potência elétrica.


1.8. PROBLEMAS 21

Figura 1.37

Questão 06. Calcule a quantidade de elétrons que circula por uma seção de um
condutor , por segundo , quando temos uma intensidade de corrente elétrica de:
a)1,25 A
b)250 mA
c)700 µA

Questão 07. ”Pode haver tensão elétrica sem a necessidade de corrente elétrica, no
entanto não poderá haver corrente elétrica sem uma tensão elétrica e um circuito fechado”.
Comente a afirmação acima, conceituando as grandezas elétricas.

Questão 08. Para figura abaixo:

a) Apresente os valores de cada resistor.


b) Prove por que não se pode confiar no valor nominal de um resistor. Mostre com
dois resistores acima.
c) Eleja (01) um resistor, dos que estão presentes na figura acima e calcule a tensão
que tem de ser aplicada ao ferro de solda para estabelecer uma corrente de 1,5 A. Está
22 CAPÍTULO 1. FUNDAMENTOS

resistência será a resistência interna do ferro de solda.

Questão 09. Abaixo temos uma relação de componentes e suas funções nos circuitos.
Coloque a letra do componente nos parênteses correspondente à sua função:
( R ) Resistor ( ) Deixa passar C.A. e bloqueia a C.C.;
( C ) Capacitor ( ) Pode ter poucos ou muitos componentes internos;
( D ) Diodo ( ) Acende quando polarizado diretamente;
( L ) Bobina ( ) Só deixa a corrente passar num sentido;
( T ) Transformador ( ) Conduz no sentido inverso e estabiliza a tensão nos
seus terminais;
( Z ) Diodo zener ( ) Aumenta ou diminui uma tensão alternada, sendo
formado por duas bobinas;
( DL ) LED ( ) Diminui a tensão nos circuitos;
( IC ) Circuito integrado ( ) Dificulta a passagem da C.A.

Questão 10. Na figura abaixo, na ordem em que aparecem os componentes apresen-


tados, liste seus nomes e sı́mbolos.

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