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Durante a Idade Média, a Europa era dividida em reinos cujo poder político era formado pelos rei e por grandes senhores
feudais. Outra característica era a autonomia administrativa dos centros urbanos mais importantes. No entanto, o final do
Feudalismo foi marcado pelo fortalecimento do poder dos reis, em que se inaugurava uma nova etapa da História.
Exército Nacional - Para proteger o território e evitar a desordem interna, foram criados os exércitos nacionais permanentes.
Vale ressaltar que, durante a Idade Média, havia diversas ordens militares com suseranos que comandavam exércitos quase
tão poderosos quanto o do próprio rei.
Legislação - Elaborou-se um conjunto de leis para mediar, julgar e punir os habitantes do reino.
Unidade monetária - Foi estabelecida uma moeda nacional, o que favoreceu tanto as trocas comerciais como a
padronização da cobrança de impostos.
O francês Jean Bodin é o responsável pela ideia de que a autoridade do rei tem origem divina. Para ele, o poder do rei era
perpétuo e absoluto, algo que justificava a sua linhagem na sucessão do trono. Para os súditos, ele deveria ser considerado
um escolhido de Deus.
Já Thomas Hobbes utilizou-se da metáfora do Leviatã, presente no Livro de Jó da Bíblia cristã. Hobbes associara o monstro
ao Estado, que deveria ser forte e proteger a população. De acordo com o filósofo inglês, o homem não estaria apto a viver
em liberdade, pois isso levaria a um estado de caos e violência. Logo, é necessário um poder instituído, forte e centralizado.
Os Estados Absolutistas
Portugal
O reino de Portugal surgiu no ano de 1139. A primeira dinastia foi a dos Borgonha, e seu primeiro rei foi D. Afonso Henriques.
Durante séculos, a região do reino português (península Ibérica) esteve ocupada pelos mouros que, por sua vez,
empreendiam uma campanha de expansão da fé islâmica.
Os mouros só foram expulsos do território português durante a guerra de reconquista, ocorrida em 1249. Após a vitória, a
região de Algarves foi anexada ao reino de Portugal.
Em 1383, D. João, Mestre de Avis, sagrou-se vencedor na disputa pela sucessão do trono português; era o início dinastia de
Avis. Uma vez rei, D. João centralizou o poder político no país com o apoio da burguesia portuguesa. Desse modo, Portugal
tornou-se o primeiro Estado absolutista do período.
Espanha
O território que hoje corresponde à Espanha compunha diversos reinos, sendo eles: Leão, Castela, Navarra e Aragão. Assim
como em Portugal, esses reinos também tiveram de lutar contra a dominação moura.
Dois reinos se destacaram durante o século XIII, o de Castela e o de Aragão. Dois séculos mais tarde, a rainha de Castela,
Isabel, e o rei de Aragão, Fernando, se casaram e unificaram os reinos, dando origem à Espanha.
França
A centralização monárquica na França começou no século XVIII, durante a dinastia dos capetos. Durante aquele período,
diversas ações foram tomadas para limitar a influência da nobreza e da Igreja. A Guerra dos Cem Anos (1337-1453)
colaborou ainda mais para o enfraquecimento da nobreza e a consolidação da autoridade real. e o ponto máximo do
absolutismo francês se deu durante o reinado de Luis XIV, cujo lema L’Etat c’est moi (O Estado sou eu) simboliza a natureza
de seu governo.
Leitura
A sociedade medieval baseava-se, internamente, numa hierarquia consagrada pela Igreja, em que cada indivíduo ocupava o
lugar que Deus havia lhe predeterminado. Sendo assim, a tentativa de mudar a situação social era vista como um ato de
rebeldia contra a vontade divina. Esse controle da Igreja era exercido principalmente sobre os moradores das cidades
medievais, de mentalidade conservadora e atrelada às normas tradicionais.
Com o desenvolvimento do comércio, a burguesia adquiriu um poder sem precedentes. Pequenos mercadores se
transformaram em grandes comerciantes e deram início a um processo de dissolução das estruturas e concepções da antiga
ordem social. Foi surgindo, pouco a pouco, uma classe burguesa que, com base em seu poder econômico e cultural,
começou a romper os vínculos com o clero e a nobreza [...].
A nobreza, a partir do início do século XVI, foi se tornando cada vez mais dependente dos monarcas.
Sob a ameaça de pena de morte, os nobres foram proibidos, por exemplo, de possuir canhões ou recrutar tropas em seus
territórios. Sem poder guerrear e arruinada economicamente, a nobreza aproximou-se dos reis [...].
Com a falência política e econômica da nobreza, estabeleceu-se uma nova relação entre os grupos sociais; a burguesia e a
Monarquia aliaram-se. Para a burguesia, essa aliança significava, sobretudo, livrar-se do antigo imposto feudal e aumentar
suas possibilidades de enriquecimento, já que podia negociar diretamente com o Estado, ter uma moeda mais estável e se
ligar ao aparelho administrativo.
Os monarcas europeus, embora oriundos da aristocracia, buscavam formas de se libertar dos laços de suserania e
vassalagem. Assim, a ambição política da Monarquia absorveu de bom grado o nascente ideal nacionalista que se difundia
nas cidades e recebeu, em troca, o apoio político e econômico da burguesia. Foram surgindo as fortes monarquias europeias,
que se tornaram Estados [...] soberanos. Assim, a aliança burguesia-realeza foi uma consequência [...] de ambições
comuns.
Em Resumo
A formação dos Estados Modernos foi fruto de um longo processo de enfraquecimento da influência da nobreza e da Igreja,
assim como do fortalecimento dos poderes do rei e da burguesia. Com essa combinação de elementos, surgiram diversas
nações.