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O ensino é uma actividade que tem como uma das suas principais características o facto de ter

carácter planificado. Isso faz com que a prática do professor se oriente por uma adequada
planificação, englobando os aspectos fulcrais do plano, tais como, os conteúdos, os
objectivos/competências a desenvolver, os meios de ensino-aprendizagem, etc. Para o efeito, o
presente capítulo, ao abordar sobre a planificação do PEA, o seu estudo deverá permitir
conceptualizar a planificação e permitir que o formando tenha oportunidade de reconhecer a
importância, os níveis, os requisitos e os tipos de planificação; os objectivos de ensino. Deve
basear-se neste saber para planificar seu ensino, centrando-o sobre os aprendentes. Mais
ainda, este capítulo lhe facultará as oportunidades para se dar conta sobre os métodos de
ensino-aprendizagem e as suas técnicas, usadas com frequência quando, por exemplo,
pretendemos desenvolver um ensino baseado no uso de práticas participativas em sala de
aula.

A sua discussão leva-nos à expectativa de você poder compreender


que os professores precisam de planificar continuamente as suas
acções, pois a planificação de aulas deve considerar a experiência
anterior, no sentido de alimentar a melhoria da nova planificação.

A planificação escolar é uma tarefa que inclui tanto a previsão das


actividades didácticas, no que diz respeito à sua organização e
coordenação mediante os objectivos propostos, como a sua revisão e
adequação ao longo do processo de ensino.

Planificar significa fazer a previsão das actividades que o professor irá


desenvolver na sala de aula. Definir os objectivos instrucionais ou
específicos, seleccionar os métodos e meios de ensino a serem
utilizados, definir as actividades do professor e dos alunos em cada
uma das funções didácticas.

A planificação é um processo de racionalização, organização e


coordenação da acção docente, articulando a actividade escolar e a
problemática do contexto social.

Isto equivale dizer que, na escola, os professores e os alunos


pertencem todos a uma determinada sociedade e a um determinado
contexto de relações sociais, onde prevalecem certas regras e normas
de conduta.

A planificação pode ser feita em três niveis, nomeadamemente:

 Central, este nivel consiste em prever acções relacionadas com


o processo de Ensino-Aprendizagem numa perpectiva Nacional
e é da responsabilidade do Ministerio da Educação e
Desenvolvimento Humano.
 Provincial, conforme a disignação, este nível consiste em
programar actividades educacionais a nível da província, tendo
em conta as suas características e necessidades específicas.
Esta subordina-se à planificação central.
 Local, para tornar cada vez mais especifica e adequada ao
contexto da escola e aos alunos, surge a necessisdade de uma
planificação local que contempla a previsão das actividade a
nível Distrital e Escolar, à luz dos anteriores níveis.a. Aluno
recebe serviços de educação especial em instituições
especializadas (ex: hospitais, lares....com programa elaborado
pelo especialista);

Alguns exemplos de tipos de plano, particularmente do nível central e


local são as que constam no esquema a seguir.

A planificação na escola
deve partir pelo conhecimento do plano currular, Programas de ensino
(planos temáticos) para além das políticas, planos estratégicos da
educação e lesgislação. A partir deste conhecimento, a planificação na
escola pressupõe a elaboração do PPP (PDE) e o plano anual de
actividades. Depois, cabe aos professores de forma individual, mas
sobretudo, em equipa, prepararem os planos analíticos e os planos de
aulas das respectivas disciplinas como parte da operacionalização dos
planos precedentes, tendo em conta o calendário escolar, diversos
tipos dos regulamentos e as Orientações eTarefas Escolares
Obrigatórias (OTEOs).

No processo de ensino-aprendizagem, a planificação do PEA é


importante devido ao facto de que:

 Assegura a racionalização, organização e coordenação do


trabalho docente, de modo que a previsão das acções docentes
possibilite ao professor a realização de um ensino de qualidade
e evite a improvisação e a rotina.
 Permite a previsão dos objectivos, dos conteúdos e dos
métodos, a partir da consideração das exigências postas pela
realidade social, do nível de preparação e das condições sócio-
culturais e individuais dos alunos.
 Assegura a unidade e coerência do trabalho docente, ou seja,
inter-relacionar os elementos que compõem o processo de
ensino: os objectivos (o que ensinar); os alunos e suas
possibilidades (a quem ensinar); os métodos e técnicas (como
ensinar); e a avaliação, o que permite verificar em que medida
as actividades inicialmente propostas estão a ser bem sucedidas
ou não.
 Facilita a preparação das aulas, através da selecção do material
didáctico em tempo útil; saber que tarefas o professor e os
alunos devem executar; replanificar o trabalho perante novas
situações que aparecem no decorrer do Processo de Ensino-
Aprendizagem (PEA), em geral e, das aulas, em particular.
 Contribui para a realização dos objectivos visados.
 Promove a eficiência do ensino.
 Garante maior segurança na direcção do ensino e também na
economia do tempo e energia.

Estando claro sobre o conceito e a importância da planificação,


importa clarificar que, ao planificar, se recomenda o seguimento das
seguintes características de plano de ensino:

 O plano é um guia de orientação, pois nele estão estabelecidas


as directrizes e os meios de realização do trabalho docente.
 O plano deve ter uma ordem sequencial e progressiva. Para que
se alcancem os objectivos são necessários vários passos, de
modo que a acção docente obedeça a uma sequência lógica.
 Deve-se considerar a objectividade. Por objectividade entende-
se a correspondência do plano com a realidade a que se vai
aplicar (currículo local), o tipo de alunos, as possibilidades de se
ter/produzir meios didácticos locais (ou com materiais locais),
experiências dos alunos e da comunidade, etc).
 Deve haver coerência entre os objectivos gerais, os objectivos
específicos, conteúdos, métodos e avaliação. Deve existir
coerência entre as ideias e a prática.
 O plano deve ter flexibilidade. No decorrer do ano lectivo, o
professor está sempre organizando e reorganizando o seu
trabalho. O plano não constitui um guia inflexível, ou uma receita
médica que não pode ser alterada. A relação pedagógica está
sempre sujeita às condições concretas. A realidade está sempre
em movimento, de forma que o plano é sujeito às alterações ou
modificações.
 Requisitos para a planificação
 a. Objectivos e tarefas da escola democrática:
 A primeira condição para a planificação são
as convicções seguras sobre a direcção que queremos dar ao
processo educativo na nossa sociedade, ou seja, o papel
destacado pela escola para a formação dos alunos. Os
objectivos e as tarefas da escola democrática estão ligados às
necessidades de desenvolvimento cultural do povo, de modo a
preparar as crianças e jovens para a vida e para o trabalho.
 b. Exigência dos planos e programas oficiais:
 Os planos e programas oficiais de ensino constituem outro
requisito prévio para a planificação. A escola e os professores,
porém, devem ter em conta que estes planos e programas
oficiais de ensino são directrizes gerais, são documentos de
referência, a partir dos quais são elaborados planos didácticos
específicos. Cabe à escola e aos professores elaborar os seus
próprios planos, seleccionar os conteúdos, os métodos e meios
de organização do ensino, em face das particularidades de cada
região, de cada escola, das particularidades e condições de
aproveitamento escolar dos alunos, inclusive dos alunos com
Necessidades Educativas Especiais.
 c. Condições prévias para aprendizagem:
 A planificação escolar está intimamente condicionada ao nível
de preparação em que os alunos se encontram, em relação às
tarefas de aprendizagem. Os conteúdos de ensino são
medeados para que os alunos assimilem activamente e os
transformem em instrumentos teóricos e práticos para a vida
prática.
 d. Princípios e condições de assimilação activa:
 Este requisito diz respeito ao domínio dos meios e condições de
orientação do processo de assimilação activa nas aulas. A
planificação das unidades didácticas e das aulas deve estar em
correspondência com as formas de desenvolvimento do trabalho
na sala de aula. Uma parte importante do plano de ensino é a
descrição de situações docentes específicas, com a indicação
do que os alunos farão para aprender, e do que o professor fará
para criar condições adeaquadas para a aprendizagem; e para
dirigir a actividade cognitiva dos alunos na sala de aula.

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