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Flerta com a impotência aquele que discute a justiça na divisão de uma laranja: que

importa a desproporção ou desajuste no tamanho entre as metades? Que importa a


justiça da proporção, se não se sabe ainda quem vai comer a laranja?...
Provavelmente comê-la-á toda, o próprio algoz.
Em sentidos opostos estão, de alguma forma e em justa proporção, o que usa a
macro-economia para justificar a miséria bem à sua vista, e o que salva uma vida,
salvando a humanidade toda um pouco.

Existem sentidos, próprios ao nosso modo de ver as coisas! De alguma forma a


razão cria uma rede de exclusão, análoga ao modo sensível de VER o mundo. Essa
rede é categorizada com o status de MODO OBJETIVO.

No entanto a razão mostra-se logo impotente para criar verdades, já que seu sentido
não permite que ela própria extrapole seu modo objetivo de ver. A justificativa e o
protocolo são seus alicerces.
Então se perde no emaranhado De Si mesma. Na ultrajustificação do seu próprio
mundo suas verdades se anulam, e seu sentido perde-se intrinsecamente.

Damos sentidos às verdades. Numa analogia direta com o modo próprio de ver as
coisas! A razão, de alguma forma, passou a justificá-las e instituí-las, em seu novo
sentido. O MODO OBJETIVO de ver as coisas!

Trata esta coletânea disso: estudo das razões da harmonia. O estudo do MODO DE
VER AS COISAS, extrapolando suas próprias medidas.

O primeiro e principal trabalho é um artigo do professor Ricardo Rizek: Teoria da


harmonia em Platão, onde vai descrever, analogamente à divisão do mundo em
Timeu (texto fortemente pitagórico de Platão) a divisão dos intervalos musicais, de
forma que determinem um conceito de escala ou modo, este já um microcosmo
temperado... Seria um modo de ouvir as coisas?!?

Inspirado neste, segue-se um trabalho gráfico sobre os sólidos platônicos, com a


possibilidade de manipulação em realidade virtual. Traça um algoritmo básico para
conversar com o texto do professor.

No último trabalho o autor, o desconhecido Dom Antonio, percorre um ciclo,


chegando ao conceito de significação protocolar, onde o próprio sentido, para ser
sentido, passa por um processo anterior de imposições de verdades, que excluem de
seu modo de ver as coisas, de alguma forma, substâncias originais de sua
significação...

É só!

Dom Antonio,
sp13022002

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