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Vacina chinesa para Covid-19 se mostra promissora nos testes em humanos, diz

farmacêutica
Imunização é desenvolvida pela estatal Grupo Nacional Biotec da China e foi
aplicada em mais de 1,1 mil voluntários saudáveis.

Por G1

28/06/2020 11h38 Atualizado há 2 horas


Estudiosos tentam desenvolver vacina contra coronavírus. — Foto: CDC/Unsplash

Estudiosos tentam desenvolver vacina contra coronavírus. — Foto: CDC/Unsplash

O Grupo Nacional Biotec da China (CNBG), que desenvolve uma das candidatas chinesas
à vacina contra o coronavírus, disse neste domingo (28), que os primeiros
resultados dos ensaios clínicos sugerem que a imunização seja segura e eficaz.

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As doses experimentais, produzidas por uma unidade da estatal em Pequim, induziu a


criação de anticorpos "de alto nível" em todos os participantes inoculados em um
ensaio clínico de Fase 1 e 2 com mais de 1,1 mil voluntários.

Segundo a agência Reuters, a farmacêutica fez o anúncio na rede social chinesa


WeChat, e citou a produção de um estudo que não foi divulgado.

Pesquisadores da China avaliam oito candidatos a vacinas, já na fase de testes em


humanos, tanto no país asiático como no exterior. Na semana passada, o Instituto
Butantan e o governo de São Paulo anunciaram uma parceria para testar outra
candidata chinesa na corrida para a imunização.

Relatório publicado no site da Organização Mundial de Saúde (OMS) com dados de


quarta-feira (24) mostra que estão em desenvolvimento 141 candidatas a vacina
contra o vírus SARS-Cov-2, causador da Covid-19, sendo que 16 delas estão na fase
clínica, ou seja, sendo testadas em humanos.

Vacina de Oxford

O Ministério da Saúde anunciou no sábado (27) uma parceria para a pesquisa e


produção nacional da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de
Oxford, do Reino Unido, e a farmacêutica AstraZeneca.

Saiba mais sobre a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de


Oxford

O acordo prevê a transferência de tecnologia e a compra de lotes da vacina. Se for


comprovada a eficácia da imunização, ao menos 30,4 milhões de doses serão entregues
em dois lotes: 15,2 milhões em dezembro de 2020, e 15,2 milhões em janeiro de 2021,
com prioridade para o grupo de risco e para profissionais de saúde.

Etapas para a produção

Para chegar a uma vacina efetiva, os pesquisadores precisam percorrer diversas


etapas para testar segurança e resposta imune. Primeiro há uma fase exploratória,
com pesquisa e identificação de moléculas promissoras (antígenos).

O segundo momento é de fase pré-clínica, em que ocorre a validação da vacina em


organismos vivos, usando animais (ratos, por exemplo).
Só então é chegada à fase clínica, em humanos, dividida em três momentos:

Fase 1: avaliação preliminar com poucos voluntários adultos monitorados de


perto;
Fase 2: testes em centenas de participantes que indicam informações sobre doses
e horários que serão usados na fase 3. Pacientes são escolhidos de forma
randomizada (aleatória) e são bem controlados;
Fase 3: ensaio em larga escala (com milhares de indivíduos) que precisa
fornecer uma avaliação definitiva da eficácia/segurança e prever eventos adversos;
só então há um registro sanitário

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