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UNIVERSIDADE ANHANGUERA - UNIDERP

CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

CURSO: EDUCAÇÃO FÍSICA - LICENCIATURA

DESAFIO PROFISSIONAL – FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO; O PENSAMENTO


PEDAGÓGICO; ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO E PSICOLOGIA
DA EDUCAÇÃO E DA APRENDIZAGEM.

TUTORA EAD: PATRICIA APARECIDA OLIVEIRA NERI

ANA CAROLINA BARBOZA DA SILVA - RA: 4114148270


CÉZAR AUGUSTO MARQUES DE SOUZA DIAS - RA: 1774811708
ELLEN FABIANE CORRÊA MEDEIROS - RA: 4000671277
LUCAS MATIAS CARDOSO - RA: 2625843072
LUCAS OLIVEIRA DUARTE - RA: 26241106180

MIRANDA-MS
NOVEMBRO/ 2016
ANHANGUERA - UNIDERP
CURSO: EDUCAÇÃO FÍSICA - LICENCIATURA

DESAFIO PROFISSIONAL – FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO; O PENSAMENTO


PEDAGÓGICO; ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO E PSICOLOGIA
DA EDUCAÇÃO E DA APRENDIZAGEM.

TUTORA EAD: PATRICIA APARECIDA OLIVEIRA NERI

ANA CAROLINA BARBOZA DA SILVA - RA: 4114148270


CÉZAR AUGUSTO MARQUES DE SOUZA DIAS - RA: 1774811708
ELLEN FABIANE CORRÊA MEDEIROS - RA: 4000671277
LUCAS MATIAS CARDOSO - RA: 2625843072
LUCAS OLIVEIRA DUARTE - RA: 26241106180

Desafio Profissional de Filosofia da


Educação, O Pensamento Pedagógico,
Organização do Trabalho Pedagógico e
Psicologia da Educação e da Aprendizagem,
apresentada ao curso de Licenciatura em
Educação Física da UNIDERP/Anhanguera,
Polo de Miranda - MS à 2ª Série.

MIRANDA-MS
NOVEMBRO/ 2016
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................................4

2. DESENVOLVIMENTO.....................................................................................................................5

2.1 Passo 01 (Leitura e reflexão sobre artigos científicos sobre o bullying)..........................................5

2.2 Passo 02 (Conceito de bullying, suas causas e consequências no contexto escolar)........................9

2.3 Passo 03 (Plano de Aula)...............................................................................................................12

2.4 Passo 04 (Considerações finais sobre o Bullying)..........................................................................14

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................................................15

4. REFERÊNCIAS...............................................................................................................................16
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1. INTRODUÇÃO

O objetivo deste trabalho é discutir a problemática do bullying no âmbito escolar da


Educação Física. Para tanto, foi realizado um estudo exploratório que utilizou diversas
pesquisas bibliográficas. A violência no ambiente escolar está cada vez mais presente,
alcançando todos os níveis sociais de ensino, tornando uma grande preocupação, pois sua
existência está crescendo em todos os níveis de escolaridade.
Entre tanto, é visível que no ambiente escolar muitas vezes, esse tipo de violência se
insere, tornando-o um local instável para os alunos, e nas aulas de educação física o bullying
ocorre pela forma física, pelo desempenho esportivo, entre outras, trazendo várias
consequências para os envolvidos. Notamos que a violência que os alunos sofrem, podem
acarretar prejuízos no aprendizado dos mesmos, por isso é fundamental que as escolas em
parceria com a família, criem projetos, programas e outros métodos para acabar com o
bullying, sejam escolas públicas ou privadas, portanto, as escolas devem incentivar atitudes de
solidariedade, respeito às diferenças e tolerância entre os colegas, a fim de acabar ou
minimizar esse tipo de violência.
E, quando se trata de aulas voltadas para a competição, por se tratar de uma atividade
na maioria das vezes seletiva, excluindo da atividade os alunos que tem um pouco menos de
habilidade, isso pode acabar interferindo no processo de aprendizagem dos alunos menos
habilidosos, deixando-os constrangidos e angustiados se forem, devido à natureza da
atividade, vítimas de bullying.
Com os jogos cooperativos é possível desmascarar o aspecto competitivo das aulas de
Educação Física escolar, pois a cooperação desenvolve o respeito ao próximo, onde os alunos
percebem que precisam dos colegas para alcançar o objetivo final, como exemplo, em um
jogo coletivo.
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2. DESENVOLVIMENTO

2.1 Passo 01 (Leitura e reflexão sobre artigos científicos sobre o bullying)

O bullying é um termo em inglês utilizado para descrever atos de violência


física e psicológica, normalmente praticados por um indivíduo ou um grupo de indivíduos
com a intenção de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz de se
defender.
O bullying está dividido em duas categorias (o direto e o indireto), sendo que, o
primeiro é causado e praticado majoritariamente, por agressores do sexo masculino, enquanto
o segundo é realizado por bullys (aquele que pratica o bullying, que faz a ação) do sexo
feminino e crianças pequenas. Existem inúmeras características a caracteriza o bullying,
sendo algumas delas agressões físicas e verbais, isolamento social, mensagens enviadas e
disponibilizadas via internet entre tantas outras.
Segundo Lopes Neto e Saavedra (2003:18) ações diretas está subdividida em físicas
como: (bater, chutar, tomar pertences) e verbais (apelidos, insultos, atitudes preconceituosas),
e as ações indiretas ou emocionais, relacionam-se com a disseminação de histórias
desagradáveis, indecentes ou pressões sobre outros, para que a pessoa seja discriminada e
excluída de um determinado grupo social.
No ambiente escolar, um setor característico e propenso para a prática do bullying é a
muitas vezes na aula de educação física. Durante a atividade física, as características físicas, a
coordenação motora, o desempenho motor, diferenças em relação a habilidade, tornam-se
mais evidentes entre os alunos, enaltecendo assim algumas diferenças físicas e psicológicas.
Porém não é esse o papel proposto pelo profissional de educação física. Sendo o papel desse
profissional, adotar e assumir a responsabilidade de formarmos cidadãos críticos e
conscientes, aptos a refletir sobre as novas tendências do esporte, das práticas alternativas,
novas formas de cultura corporal.
A Educação Física enquanto componente curricular da Educação básica deve assumir
então uma importantíssima tarefa: introduzir e integrar o aluno na cultura corporal de
movimento, formando o cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e transformá-la,
instrumentalizando-o para usufruir do jogo, do esporte, das atividades rítmicas e dança, das
ginásticas e práticas de aptidão física, em benefício da qualidade da vida. “A integração que
possibilitará o usufruto da cultura corporal de movimento há de ser plena é afetiva, social,
cognitiva e motora. Vale dizer, é a integração de sua personalidade” (BETTI, 1992, 1994).
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É importante ressaltar que tanto as vítimas, como os agressores e as testemunhas


devem receber a devida atenção no processo educacional, visando a superação do problema.
Deve existir, portanto, um enfoque multidisciplinar para a obtenção de resultados efetivos no
combate ao bullying na escola. Utilização do diálogo na solução dos conflitos e a busca
constante de uma relação empática com os alunos, baseada na afetividade, respeito e atenção
individualizada. O educador deve-se aproximar tanto do aluno (vítima), como do (aluno)
agressor na tentativa de superar as situações de discriminação.
Dentre as pesquisas realizadas o grupo notou uma curiosidade muito importante sendo
ela a de que será que o professor recebe bullying? Segundo a Nova Escola conceitualmente,
não, pois, para ser considerada bullying, é necessário que a violência ocorra entre pares, como
colegas de classe ou de trabalho. O professor pode, então, sofrer outros tipos de
agressão, como injúria ou difamação ou até física, por parte de um ou mais alunos. 
Nos dias atuais ocorre muito o cyberbullying é o que chamamos de bullying virtual é o
bullying que ocorre em meios eletrônicos, com mensagens difamatórias ou ameaçadoras
circulando por e-mails, sites, blogs (os diários virtuais), redes sociais e celulares. É quase uma
extensão do que os alunos dizem e fazem na escola, mas com o agravante de que as pessoas
envolvidas não estão cara a cara. Dessa forma, o anonimato pode aumentar a crueldade dos
comentários e das ameaças e os efeitos podem ser tão graves ou piores. O autor, assim como o
alvo, tem dificuldade de sair de seu papel e retomar valores esquecidos ou formar novos,
explica Luciene Tognetta, doutora em Psicologia Escolar e pesquisadora do Departamento de
Psicologia Educacional da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp). 
Esse tormento que é a agressão pela internet faz com que a criança e o adolescente
humilhados não se sintam mais seguros em lugar algum, em momento algum. Marcelo
Coutinho, especialista no tema e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), diz que esses
estudantes não percebem as armadilhas dos relacionamentos digitais. "Para eles, é tudo real,
como se fosse do jeito tradicional, tanto para fazer amigos como para comprar, aprender ou
combinar um passeio."
Segundo a Redação “M de mulher da editora Abril o bullying tem suas características
bem definidas, tanto o agressor como a vítima.
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Características de um agressor: Características de uma vitima


 Arrogância;  Nunca quer ir à escola;
 Não sente culpa quando faz algo de  Vai ou volta da escola sempre
errado; chorando;
 Acha que está sempre certo;  O rendimento escolar cai sem motivo
 Perde o controle com muita rapidez; aparente;
 Recorre à força por qualquer motivo;  Sempre perde a hora e não quer se
 Preocupação extrema com a levantar;
aparência e a imagem;  Quando está em casa, dorme o tempo
 Quer estar no controle em todas as todo;
situações.  Apresenta sintomas de depressão;
 Alteração estranha de
comportamento.

Agressores Vítimas Espectadores


Quem São? São os que São as Alunos que
aplicam atos de bullying vítimas do são obrigados a
nas vítimas. bullying. viver em um
ambiente de
intimidação
ansiedade e medo
gerado pelo
bullying.
Como Indivíduos que Trocam de Calam-se
identificá-los? gostam de ser cercados, colégio com com medo de
admirados e temidos frequência; pouco tornarem-se as
pelos outros alunos; sociáveis; próximas vítimas;
indivíduos que assumem inseguros; baixa sentem-se inseguros
posição de liderança. autoestima, entre sobre o que fazer e
outros. incomodados com a
violência
Comportamentos Agredir; Isolar-se; Fingir que
mais acentuados ameaçar; apelidar; deprimir-se; fugir não sabe; omitir-se;
ignorar; discriminar; do contato social; aliar-se aos
dominar; humilhar; abandonar a agressores para não
intimidar. escola, entre se tornarem vítimas,
outros. entre outros.
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Segundo GUARESCHI (2008), podemos adotar os seguintes conceitos, no que se refere ao


bullying.

CARACTERIZAÇÕES DO BULLYING.

Violência Psicológica Violência Física Virtual


 Apelidar  Agredir  Internet
 Apelidar  Apertar  Via Celular
 Zoar  Bater  Blogs
 Gozar  Beliscar  E-mails
 Encarnar  Chutar  Perfil Falso
 Provocar  Cuspir  Animações
 Sacanear  Morder no youtube,
 Humilhar  Empurrar entre outros
 Fazer  Ferir
 Sofrer  Roubar
 Discriminar  Quebrar
 Excluir (isolar) pertences
 Ignorar
 Intimidar
 Perseguir
 Assediar
 Aterrorizar
 Amedrontar
 Tiranizar
 Dominar
 Ridicularizar
(Adaptado de Lopes Neto e Saavedra, 2003: 17)
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2.2 Passo 02 (Conceito de bullying, suas causas e consequências no contexto escolar)

O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão.
Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão,
intimidação, humilhação e maltrato. Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões
intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um
ou mais colegas.
O bullying é uma das formas de violência que mais cresce no mundo, afirma Cléo
Fante, educadora e autora do livro Fenômeno Bullying: Como Prevenir a Violência nas
Escolas e Educar para a Paz. (224 págs. Ed. Verus) segundo a especialista, o bullying pode
ocorrer em qualquer contexto social, como escolas, universidades, famílias, vizinhança e
locais de trabalho. O que, à primeira vista, pode parecer um simples apelido inofensivo pode
afetar emocional e fisicamente o alvo da ofensa além de um possível isolamento ou queda do
rendimento escolar, crianças e adolescentes que passam por humilhações racistas,
difamatórias ou separatistas podem apresentar doenças psicossomáticas e sofrer de algum tipo
de trauma que influencie traços da personalidade. Em alguns casos extremos, o bullying chega
a afetar o estado emocional do jovem de tal maneira que ele opte por soluções trágicas, como
o suicídio.
A falta de informações muitas vezes faz com que as pessoas se confundam com o que
é bullying, discussões ou brigas pontuais não são bullying. Conflitos entre professor e aluno
ou aluno e gestor também não são considerados bullying. Para que seja bullying, é necessário
que a agressão ocorra entre pares (colegas de classe ou de trabalho, por
exemplo). Todo bullying é uma agressão, mas nem toda a agressão é classificada como
bullying. Para Telma Vinha, doutora em Psicologia Educacional e professora da Faculdade de
Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), para ser dada como bullying, a
agressão física ou moral deve apresentar quatro características: a intenção do autor em ferir o
alvo, a repetição da agressão, a presença de um público espectador e a concordância do alvo
com relação à ofensa. O espectador também participa do ato, é comum pensar que há apenas
dois envolvidos no conflito: o autor e o alvo. Mas os especialistas alertam para esse terceiro
personagem responsável pela continuidade do conflito. O espectador típico é uma testemunha
dos fatos, pois não sai em defesa da vítima nem se junta aos autores. Quando recebe uma
mensagem, não repassa. Essa atitude passiva pode ocorrer por medo de também ser alvo de
ataques ou por falta de iniciativa para tomar partido.  Quando o alvo supera o motivo da
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agressão, ele reage ou ignora, desmotivando a ação do autor. O bullying sempre existiu, no
entanto, o primeiro a relacionar a palavra a um fenômeno foi Dan Olweus, professor da
Universidade da Noruega, no fim da década de 1970. Ao estudar as tendências suicidas entre
adolescentes, o pesquisador descobriu que a maioria desses jovens tinha sofrido algum tipo de
ameaça e que, portanto, o bullying era um mal a combater.
A popularidade do fenômeno cresceu com a influência dos meios eletrônicos, como a
internet e as reportagens na televisão, pois os apelidos pejorativos e as brincadeiras ofensivas
foram tomando proporções maiores. O fato de ter consequências trágicas como mortes e
suicídios e a impunidade proporcionaram a necessidade de se discutir de forma mais séria o
tema, aponta Guilherme Schelb, procurador da República e autor do livro Violência e
Criminalidade Infanto-Juvenil (164 págs. Thesaurus Editora)
Um dos grandes fatos que influenciam o autor do bullying a pratica-lo é querer ser
mais popular, sentir-se poderoso e obter uma boa imagem de si mesmo. Isso tudo leva o autor
do bullying a atingir o colega com repetidas humilhações ou depreciações. É uma pessoa que
não aprendeu a transformar sua raiva em diálogo e para quem o sofrimento do outro não é
motivo para ele deixar de agir. Pelo contrário, sente-se satisfeito com a opressão do agredido,
supondo ou antecipando quão dolorosa será aquela crueldade vivida pela vítima. Sozinha, a
escola não consegue resolver o problema, mas é normalmente nesse ambiente que se
demonstram os primeiros sinais de um praticante de bullying.
Segundo especialistas, as causas desse tipo de comportamento abusivo são inúmeras e
variadas. Deve-se à carência afetiva, à ausência de limites e ao modo de afirmação de poder e
de autoridade dos pais sobre os filhos, por meio de “práticas educativas” que incluem maus-
tratos físicos e explosões emocionais violentas. Em nossos estudos constatamos que 80%
daqueles classificados como “agressores”, atribuíram como causa principal do seu
comportamento, a necessidade de reproduzir contra outros os maus-tratos sofridos em casa ou
na escola. Em decorrência desse dado extremamente relevante, nos motivamos em pesquisas e
estudos, que nos possibilitou identificar a existência de uma doença psicossocial expansiva,
desencadeadora de um conjunto de sinais e sintomas, a qual foi denominada de (SMAR)
Síndrome de Maus-tratos Repetitivos.
O portador dessa síndrome possui necessidade de dominar, de subjugar e de impor sua
autoridade sobre outrem, mediante coação; necessidade de aceitação e de pertencimento a um
grupo; de autoafirmação, de chamar a atenção para si. Possui ainda, a inabilidade de expressar
seus sentimentos mais íntimos, de se colocar no lugar do outro e de perceber suas dores e
sentimentos.
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Esta Síndrome apresenta rica sintomatologia: irritabilidade, agressividade,


impulsividade, intolerância, tensão, explosões emocionais, raiva reprimida, depressão, stress,
sintomas psicossomáticos, alteração do humor, pensamentos suicidas. É oriunda do modelo
educativo predominante introjetado pela criança na primeira infância. Sendo repetidamente
exposta a estímulos agressivos, aversivos ao seu psiquismo, a criança os introjeta
inconscientemente ao seu repertório comportamental e transforma-se posteriormente em uma
dinâmica psíquica “mandante” de suas ações e reações. Dessa forma, se tornará predisposta a
reproduzir a agressividade sofrida ou a reprimi-la, comprometendo, assim, seu processo de
desenvolvimento social.
As consequências para as “vítimas” desse fenômeno são graves e abrangentes,
promovendo no âmbito escolar o desinteresse pela escola, o déficit de concentração e
aprendizagem, a queda do rendimento, o absentismo e a evasão escolar. No âmbito da saúde
física e emocional, a baixa na resistência imunológica e na autoestima, o stress, os sintomas
psicossomáticos, transtornos psicológicos, a depressão e o suicídio. Para os “agressores”,
ocorre o distanciamento e a falta de adaptação aos objetivos escolares, a supervalorização da
violência como forma de obtenção de poder, o desenvolvimento de habilidades para futuras
condutas delituosas, além da projeção de condutas violentas na vida adulta. Para os
“espectadores”, que é a maioria dos alunos, estes podem sentir insegurança, ansiedade, medo
e estresse, comprometendo o seu processo sócio educacional.
Dependendo do grau de sofrimento vivido pela criança, ela poderá sentir-se ancorada a
construções inconscientes de pensamentos de vingança e de suicídio, ou manifestar
determinados tipos de comportamentos agressivos ou violentos, prejudiciais a si mesma e à
sociedade, isto se não houver intervenção diagnóstica, preventiva e psicoterápica, além de
esforços interdisciplinares conjugados, por toda a comunidade escolar. Nesse sentido
podemos citar as recentes tragédias ocorridas em escolas, como por exemplo, Columbine
(E.U.A.); Taiuva (SP); Remanso (BA), Carmen de Patagones (ARG) e Red Lake (E.U.A.).
Esta forma de violência é de difícil identificação por parte dos familiares e da escola, uma vez
que a “vítima” teme denunciar os seus agressores, por medo de sofrer represálias e por
vergonha de admitir que está apanhando ou passando por situações humilhantes na escola ou,
ainda, por acreditar que não lhe darão o devido crédito. Sua denúncia ecoaria como uma
confissão de fraqueza ou impotência de defesa. Os “agressores” se valem da “lei do silêncio”
e do terror que impõem às suas “vítimas”, bem como do receio dos “espectadores”, que
temem se transformarem na “próxima vítima”.
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2.3 Passo 03 (Plano de Aula)

Plano de Aula 1
Data: 24/10/2016 Horário: Matutino Ano: 2º B

Nº de Alunos: 25 Disciplina: Educação Física

Tema: Bullying

Subtema: Refletir sobre os valores

Objetivos:
 Trabalhar habilidades de manipulação, cooperativismo,
socialização, imaginação, habilidades cognitivas e afetivas.
 Trabalhar a cooperação, a comunicação, planejamento, raciocínio
lógico e a confiança.
 Promover a interação social, estimulando o diálogo e a troca de
ideias;
 Promover a reflexão sobre a atitude de cada um perante o próximo.

Procedimento Metodológico:
1. A turma será dividida em grupos de cinco pessoas, colocando-as
sentados no chão. Cada grupo terá como tarefa desenhar um barco
utilizando uma folha de papel e canetas coloridas. Cada participante
fará uma ação de cada vez, passando em seguida o desenho para o outro
participante e assim por diante passando por todos um traço de cada vez
até que o desenho esteja concluído ou tempo encerrado.
2. Os participantes terão também de obedecer as seguintes
características individuais:
Participante 1 - é cego e só tem o braço direito;
Participante 2 - é cego e só tem o braço esquerdo;
Participante 3 - é cego e surdo;
Participante 4 - é cego e mudo;
Participante 5 - não tem os braços;
Para desenvolverem esses papéis, o professor pede que os grupos
escolham quem será 1, 2, 3, 4 e 5 entregando vendas para os olhos e
tiras de pano para amarrar os braços que não deverão utilizar.
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3. Quando os grupos estiverem prontos, começará a contar o tempo,


deixando que os grupos façam a atividade sem interrupção. Neste
momento o professor fica em silêncio, apenas observando o trabalho.
Caso alguém solicite ajuda ou informações, será reforçada as instruções
já ditas sem dar outras orientações. Caso algum participante faça
perguntas do tipo está certo? Pode fazer assim? O grupo que irá decidir.
Sem interferências do educador. Estas situações poderão ser retomadas
no momento de debate, para análise e como ilustração para outros
comentários. A atividade será dividida em dois momentos. O primeiro
eles irão sentir o jogo que a princípio parece fácil e depois normalmente
percebendo as dificuldades. Após os 5 minutos, alguns podem não ter
terminado a tarefa e muitos poderiam certamente tê-la realizado com
melhor qualidade. Por fim os grupos discutirão como poderiam
melhorar sua performance e depois irão jogar novamente para
colocarem em prática as alternativas poderão encontradas.
Objetivo da aula é fazer um desenho em grupo onde cada participante se
encontre em uma situação especial. Assim ele aprende a vivenciar um
pouco o quanto é ruim ter alguma deficiência.

Recursos:
 Papel para que eles desenhem;
 Canetas ou lápis de cor para fazerem o desenho;
 Venda;
 Pedaços de tecidos para que mobilizem o local aonde vai ser o
grau de deficiência da criança.
Avaliação:
A avaliação vai ser de forma participativa e principalmente da
cooperação dentro do grupo. Como também podemos avaliar de forma
de um debate, fazendo com que os alunos reflitam e discutam com o
tema.

2.4 Passo 04 (Considerações finais sobre o Bullying)


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É notório que na escola que se destacam os primeiros e mais dolorosos casos de


Bullying. Esta agressão, que tem início através de agressões verbais e culmina na agressão
física, pode ser controlada, basta que a comunidade escolar esteja preparada para identificar
um praticante de bullying e proteger a criança que é tomada como alvo desta violência.
Mesmo mundialmente já conhecido, o bullying ainda precisa ser muito divulgado e analisado
por todos os educadores, independente de série ou classe social a qual disponha seu trabalho.
Não há idade, sexo, ou poder aquisitivo para este mal ser desenvolvido, todavia ainda maior
são os prejuízos que ele causa em um meio social. Conhecer o termo Bullying é o primeiro
passo para um professor se interessar pelo tema, uma vez que ele significa a vontade
insaciável de maltratar e ridicularizar seu semelhante. Tão forte e tão carregado de histórias
marcantes, o bullying só poderá ser controlado se nós, sociedade integral, o conhecermos.
Nada pode ser feito a favor daqueles que sofrem se a raiz do problema não for exposta para
dar controle e auxílio aos que o praticam. É com o apoio de todos que a mudança começará a
surtir efeito.
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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo deste trabalho é de chamar a atenção e alertar a comunidade escolar


para o fenômeno bullying. Cabe a nós acadêmicos do curso de licenciatura buscarmos, desde
a graduação, o conhecimento das principais patologias presentes no cotidiano das escolas e
dos alunos que nos esperam. A conscientização para este e outros problemas provém
unicamente da informação, da busca pelo conhecimento e da integração entre escola e
sociedade.

            O bullying é o mal que acomete nossas crianças de forma mais drástica e
violenta. Somente na escola, desde os anos iniciais até os mais altos níveis de graduação, é
que se pode proteger os alunos do mal que os cerca no ambiente que deveria ser o mais
saudável e satisfatório de suas vidas estudantis.

            Piadas e apelidos só podem ser realmente divertidos se ambas as partes se


alegrem com ele. A partir do momento em que essas simples piadas passam a ser perseguição
rotineira, que agride a moral do aluno, ela deixa de ser brincadeira para se tornar patologia.
Um ambiente hostil jamais poderá ser um lugar de aprendizagem prazerosa, e somente os
professores têm em suas mãos a ferramenta inicial para acabar com esse problema. O bullying
precisa ser diagnosticado e alertado para que sejam evitadas mais vítimas no mundo todo.
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4. REFERÊNCIAS

 “Bullying e Educação Física na escola: características, casos, consequências e


estratégias de intervenção”, de Rafael Guimarães Botelho e José Maurício Capinussú
de Souza.

 https://www.youtube.com/watch?v=uH73lBo68OA. Acesso em: 16 nov. 2016

 https://www.youtube.com/watch?v=IC4JOqf30UU. Acesso em: 16 nov. 2016

 http://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/119594/leite_cha_tcc_rcla.pdf?
sequence=1. Acesso em: 16 nov. 2016

 http://mdemulher.abril.com.br/familia/bullying-conheca-suas-causas-e-
consequencias/. Acesso em: 16 nov. 2016

 http://novaescola.org.br/conteudo/339/tudo-sobre-bullying. Acesso em: 16 nov. 2016

 https://www.youtube.com/watch?v=8aTt3v13AhE. Acesso em: 16 nov. 2016

 https://www.youtube.com/watch?v=pMCkokw80tE. Acesso em: 16 nov. 2016

 FREIRE, A. N.; AIRES, J. S. A contribuição da psicologia escolar na prevenção e


no enfrentamento do Bullying. Revista Semestral da Associação Brasileira de
Psicologia Escolar e Educacional, SP. Volume 16, Número 1, Janeiro/Junho de 2012,
pp. 55-60.

 ARRIETA, Gricelda Azevedo. A violência na Escola: a violência na


contemporaneidade e seus reflexos na escola. Canoas: Ed. Ulbra, 2000.

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