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Cargas Atuantes Nas Estruturas e Concepção de Projeto Estrutural - 1º Semestre 2019 - CONCRETO II
Cargas Atuantes Nas Estruturas e Concepção de Projeto Estrutural - 1º Semestre 2019 - CONCRETO II
AÇÕES
Na análise estrutural deve ser considerada a influência de todas as ações que possam produzir
efeitos significativos para a segurança da estrutura em exame, levando-se em conta os possíveis
estados limites últimos (ELU) e os de serviço (ELS).
- Ações permanentes
Ações permanentes são as que ocorrem com valores praticamente constantes durante toda a vida da
construção. Também são consideradas permanentes as ações que aumentam no tempo, tendendo a
um valor-limite constante.
As ações permanentes devem ser consideradas com seus valores representativos mais
desfavoráveis para a segurança.
1-Peso próprio
Nas construções correntes admite-se que o peso próprio da estrutura seja avaliado conforme 8.2.2.
Concretos especiais devem ter sua massa específica determinada experimentalmente em cada caso
particular (ver ABNT NBR 12654) e o acréscimo decorrente da massa da armadura avaliado
conforme 8.2.2.
3-Empuxos permanentes
Consideram-se permanentes os empuxos de terra e outros materiais granulosos quando forem
admitidos como não removíveis.
Consideram-se representativos os valores característicos Fk.sup ou Fk.inf,conforme a ABNT NBR
8681.
Essas cargas devem ser dispostas nas posições mais desfavoráveis para o elemento estudado,
ressalvadas as simplificações permitidas por Normas Brasileiras específicas.
2-Ação do vento
Os esforços solicitantes relativos à ação do vento devem ser considerados e recomenda-se que
sejam determinados de acordo com o prescrito pela ABNT NBR 6123, permitindo-se o emprego de
regras simplificadas previstas em Normas Brasileiras específicas.
3-Ação da água
O nível d’água adotado para cálculo de reservatórios, tanques, decantadores e outros deve ser igual
ao máximo possível compatível com o sistema de extravasão, considerando apenas o coeficiente γf
= γf3 = 1,2, conforme ABNT NBR 8681 (ver 11.7 e 11.8). Nas estruturas em que a água de chuva
possa ficar retida deve ser considerada a presença de uma lâmina de água correspondente ao nível
da drenagem efetivamente garantida pela construção.
-A escolha de um valor entre esses dois limites pode ser feita considerando-se 50 % da diferença
entre as temperaturas médias de verão e inverno, no local da obra.
-Em edifícios de vários andares, devem ser respeitadas as exigências construtivas prescritas por
esta Norma para que sejam minimizados os efeitos das variações de temperatura sobre a estrutura
da construção.
2-Variações não uniformes de temperatura
Nos elementos estruturais em que a temperatura possa ter distribuição significativamente diferente
da uniforme, devem ser considerados os efeitos dessa distribuição. Na falta de dados mais precisos,
pode ser admitida uma variação linear entre os valores de temperatura adotados, desde que a
variação de temperatura considerada entre uma face e outra da estrutura não seja inferior a 5 °C.
-Ações dinâmicas
Quando a estrutura, pelas suas condições de uso, está sujeita a choques ou vibrações, os
respectivos efeitos devem ser considerados na determinação das solicitações e a possibilidade de
fadiga deve ser considerada no dimensionamento dos elementos estruturais, de acordo com a Seção
23.
-Ações excepcionais
No projeto de estruturas sujeitas a situações excepcionais de carregamento, cujos efeitos não
possam ser controlados por outros meios, devem ser consideradas ações excepcionais com os
valores definidos, em cada caso particular, por Normas Brasileiras específicas.
Combinações de ações
-Um carregamento é definido pela combinação das ações que têm probabilidades não desprezíveis
de atuarem simultaneamente sobre a estrutura, durante um período preestabelecido.
-A combinação das ações deve ser feita de forma que possam ser determinados os efeitos mais
desfavoráveis para a estrutura; a verificação da segurança em relação aos estados-limites últimos
(ELU) e aos estados-limites de serviço (ELS) deve ser realizada em função de combinações últimas
e de combinações de serviço, respectivamente.
As ações a considerar em edifícios, tanto permanentes (g) como acidentais (q) serão determinadas a
partir da NBR 6120-80.
Para edifícios residenciais a carga acidental é em geral 1,5 kN/m² (2 kN/m² em áreas de serviço
e lavanderias, 3 kN/m² em corredores e escadas com acesso ao público).
A carga permanente é determinada por composição de acordo com a NBR - 6120, mas podemos dar
alguns valores totais das sobre-cargas fixas comuns em lajes:
-Peso específico do concreto armado 25 kN/m3-
-Peso específico do concreto simples 24 kN/m3
-Peso específico do tijolo furado 13 kN/m3
-Peso específico do tijolo maciço 18 kN/m3
-Revestimento de piso de tacos 0,7 kN/m2
-Revestimento de piso de mármore, ladrilhos, cerâmica, granitina 0,85 kN/m2
-Enchimento de lajes rebaixadas 14 kN/m3
-Assoalho com barrotilhos 0,27 kN/m2
-Assoalho com vigamento (8 x 16) 0,34 kN/m2
-Forro de madeira 0,16 kN/m2
-Forro de fibro-cimento com 6 mm de espessura 0,18 kN/m2
-Reboco de laje 0,25 kN/m2
-Carga acidental em forros não destinados a depósitos 0,5 kN/m2
-Telhados por m2 de projeção
-Telha colonial 1,20 k/m2
-Telha fibro-cimento 6 mm 0,38 kN/m2
-Telha fibro-cimento 8 mm 0,44 kN/m2
-Telha zinco 1 mm 0,32 kN/m2
-Telha folha galvanizada 1 mm 0,34 kN/m2
Em todos os casos deverá ser respeitada a espessura mínima (item 13.2.4.1 da NBR- 6118). De
preferência arbitram-se as lajes com a mesma espessura a não ser quando os vãos forem muito
diferentes.
-Peso próprio h (m) x 25kN/m3 + revestimento + reboco + (caso haja enchimento + altura do
enchimento x 14kN/m3) + carga acidental.
-Nas bordas livres das lajes deve-se considerar de acordo com a NBR - 6120, uma carga acidental
de 2 kN/m linear.
-Nas lajes de banheiro em que não foi projetado rebaixo deve-se considerar a carga de um forro falso
da ordem de 0,30 a 0,50 kN/m2.
-Quando a laje recebe paredes divisórias leves considera-se uma carga de 1kN/m2.
-Quando se trata de uma parede de tijolo cerâmico atuando sobre a laje atuando segundo uma linha,
calcula-se o peso da parede linear por metro que multiplicado por seu comprimento dá o peso total,
que como simplificação dividido pela área da peça dá a carga de parede por m2 de laje.
Exemplo:
Uma parede de 15 de tijolo furado com 2,60 m de altura dá uma carga por metro de:2,60 x 0,15 x 13
kN/m3 = 5,07 kN/m (alvenaria = 13 k/m3 para tijolo furado)
ANEXO A:
NBR6120 – CARGAS PARA O CÁLCULO DE ESTRUTURAS DE EDIFICAÇÕES
Normas relacionadas
NBR - 6118 - Projeto e execução de obras de concreto armado;
NBR - 6187 - Projetos de pontes de concreto armado e de concreto protendido;
NBR – 6119 - Cálculo e execução de lajes mistas;
NBR - 6120 - Cargas para o cálculo de estruturas de edificações;
NBR - 7480 - Barras e fios destinados a armaduras de concreto armado;
NBR 7188 - Carga móvel em pontes rodoviárias e passarela de pedestres;
NBR 7189 - Carga móvel em pontes ferroviárias;
NBR 7191 - Execução de desenhos para obras de concreto simples e armado;
NBR - 8953 - Concretos para fins estruturais.
PROJETO ESTRUTURAL
Os Projetos Estruturais em Concreto Armado e Protendido, devem atender aos requisitos que uma
estrutura deva possuir:
-Segurança Estrutural
-Durabilidade
-Funcionalidade
-O profissional atuante na Engenharia Estrutural deve ter pleno conhecimento das Normas Técnicas
Nacionais vigentes e pertinentes à atividade do projeto.
-Normas Técnicas às quais o projeto estrutural deverá atender integralmente ao disposto nas
mesmas.
ABNT NBR6118:2003 – Projeto de estruturas de concreto – Procedimento
ABNT NBR6120:1980 – Cargas para o cálculo de estruturas de edificações – Procedimento
ABNT NBR6122:1996 – Projeto e execução de Fundações – Procedimento
ABNT NBR6123:1988 – Forças devidas ao vento em edificações – Procedimento
ABNT NBR7480:1996 – Barras e fios de aço destinados a armaduras de concreto
armado - Especificações
ABNT NBR7482:1991 – Fios de aço para concreto protendido - Especificação
ABNT NBR7483:1991 – Cordoalhas de aço para concreto protendido - Especificação
ABNT NBR8681:2003 – Ações e segurança nas estruturas – Procedimento
ABNT NBR8953:1992 – Concreto para fins estruturais – Classificação por grupos de resistência-
Classificação
ABNT NBR9062:2001 – Projeto e Execução de Estruturas de Concreto Pré-moldado -
Procedimento
ABNT NBR14931:2003 – Execução de estruturas de concreto – Procedimento
-Na concepção do projeto, uma das principais preocupações do projetista estrutural deverá ser a
interação com as demais disciplinas, em especial com a arquitetura, ação essa que irá direcionar
grande parte das decisões de projeto.
-As Pré Formas deverão apresentar a definição estrutural de todos os pavimentos, já devendo ter
sido contemplados:
-as verificações necessárias para garantir a estabilidade global da estrutura;
-o dimensionamento dos diversos elementos estruturais quanto aos seus respectivos estados
limites;
-Estado limite em serviço: deformações verticais, horizontais e vibrações.
1- Qualidade e durabilidade
-Uma das principais inovações introduzidas pela ABNT NBR 6118:2003 diz respeito às exigências
para garantir que, independentemente da estrutura projetada, seja alcançada a vida útil prevista,
para o ambiente existente, com a manutenção preventiva especificada, dentro das de carregamento
impostas. Essas exigências devem ser adotadas de comum acordo e referendadas pelo Proprietário
ou por Preposto por ele indicado.
-É muito importante identificar o grau de agressividade do ambiente, onde a estrutura será
implantada, a fim de fixarmos a qualidade do concreto de cobrimento que deverá ser utilizado e
também os cobrimentos mínimos a serem adotados para garantir a perfeita proteção das armaduras
ao longo do tempo.
Para atender a essas exigências de norma, o projeto estrutural deverá prever:
• Escolha correta do tipo de ambiente e seu grau de agressividade –
(Tabela da ABNT NBR 6118:2014);
• Intenção de vida útil da estrutura projetada;
• Escolha da classe de resistência do concreto;
• Especificação dos cobrimentos das peças estruturais (ABNT NBR 6118:2014);
• Especificação da relação água/cimento do concreto;
2- Materiais
-O projeto deverá ter indicações explícitas dos materiais adotados.
- resistência característica à compressão aos 28 dias (fck);
- o módulo de deformação tangente inicial (Eci) considerado no projeto;
- relação água/cimento.
-Na falta de ensaios ou de dados mais precisos sobre o concreto a ser utilizado, pode-se estimar os
valores do módulo de elasticidade conforme expressões da ABNT NBR 6118:2014.
3- Ações Externas
-Devem ser definidas as ações a serem aplicadas na estrutura, seus coeficientes de segurança e as
combinações de carga que serão analisadas.
-Os carregamentos verticais deverão prever a atuação de sobrecargas em função da utilização de
cada ambiente, de acordo com o especificado na ABNT NBR 6120:1980 – “Cargas para o cálculo de
estruturas de edificações – Procedimento”.
-O projeto deverá conter indicações explícitas das cargas admitidas nas diversas fases da execução
e utilização da estrutura, em especial, com relação aos valores previstos para:
-Cargas permanentes (impermeabilização, pisos e forros, etc)
-Sobrecargas de utilização
-Além dos carregamentos verticais, deverão ser previstos outros carregamentos externos, em função
das características de cada edificação.
3.1 - Vento
-O efeito do vento em edifícios deve ser sempre considerado, devendo o mesmo ser avaliado desde
o início da concepção da estrutura.
-Para a velocidade básica (Vo) devem ser adotados valores iguais ou superiores aos das velocidades
de estabelecidas no gráfico de isopletas no Brasil que consta na norma ABNT NBR 6123:1988 –
“Forças devido ao vento em edificações – Procedimento”.
-Devem ser cuidadosamente determinados:
- O fator topográfico S1;
- O fator de rugosidade, dimensões da edificação e altura do terreno para determinação do fator
S2;
- O fator estatístico S3;
- Os coeficientes de arrasto em vento de baixa ou alta turbulência.
-Como a norma salienta, nos casos de dúvida e em obras de excepcional importância, o projetista da
estrutura deve fazer um estudo específico de velocidade e obtenção dos coeficientes de força.
-Da mesma forma, para edificações de formas, dimensões e localização fora de sua abrangência,
deve-se recorrer a ensaios específicos em túnel de vento.
-Para estruturas esbeltas o projetista estrutural deve verificar a necessidade de determinação dos
efeitos dinâmicos devidos à turbulência atmosférica, conforme capitulo 9 da ABNT NBR 6123.
-Cargas dinâmicas que requeiram verificações especiais devem ser identificadas e consideradas nas
análises.
4- Concepção Estrutural
-O projeto deve ter uma concepção estrutural clara, oferecendo o perfeito entendimento de como a
estrutura funciona, para que se possa validar os resultados obtidos, qualquer que seja o processo de
cálculo utilizado.
-A concepção deverá considerar os seguintes itens:
-Limitações impostas pelo projeto arquitetônico;
-Adequação do sistema estrutural escolhido para cada pavimento;
-Análise da interface entre a estrutura e projetos de hidráulica, elétrica e ar condicionado;
-Adequação da interface da vedação interna e externa com a estrutura;
-Construtibilidade (facilidade de execução);
-A definição da estrutura, muitas vezes, implica em métodos executivos especiais, tais como:
-cimbramentos e descimbramentos fora dos padrões usuais;
-peças que necessitem ficar escoradas por um período maior que o restante da estrutura;
-estruturas atirantadas, que precisam ser descimbradas de cima para baixo;
-peças que serão concretadas por etapas e que entrarão em carga antes de ter sua
seção final concluída;
-etc.
-Todos estes pontos devem ser destacados nesta fase, pois, fazem parte da definição da estrutura e
devem ser contemplados no detalhamento e na execução.
-No caso de estruturas pré-moldadas, os esforços nas etapas de montagem devem ser verificados,
assim como a estabilidade da estrutura parcialmente montada, ou montada mas não solidarizada,
quando for o caso.
4.1 - Dimensões limites dos elementos estruturais
-O projetista estrutural deve respeitar as dimensões mínimas para os diversos elementos estruturais,
prescritas na ABNT NBR 6118:2014. Deve ainda, sensibilizar os projetistas de outras especialidades
para essa necessidade, já que muitas vezes esses limites não foram considerados nos demais
projetos.
-A conquista desses espaços é fundamental para que as peças atendam aos cobrimentos mínimos
adequados aos vários graus de agressividade ambiental, com uma boa disposição das armaduras,
fatores imprescindíveis para uma execução adequada da estrutura, influindo diretamente na sua
durabilidade.
-Especial atenção deve ser dada às espessuras mínimas de lajes, que devem atender aos limites da
ABNT NBR 6118:2014, principalmente em lajes maciças.
-As principais peças devem ser dimensionadas para que a geometria da estrutura fique definida já
nesta fase.
5- Análise Estrutural
-É extremamente importante que, desde a primeira etapa, sejam verificadas a estabilidade global da
estrutura, as deformações verticais e horizontais, a estabilidade local em pilares, as taxas de
armadura nas peças mais carregadas, taxas de armadura diferenciadas nos pilares que podem levar
a deformações diferenciais nos andares, introduzindo esforços adicionais na estrutura.
-Qualquer ponto de análise que seja relevante deve ser verificado, evitando-se alterações posteriores
na geometria, comprometendo os demais projetos .e muitas vezes as estimativas de custo do
empreendimento .
-O modelo de cálculo a ser utilizado deverá corresponder à complexidade da estrutura,
contemplando os critérios necessários para que se garanta a segurança estrutural e o adequado
comportamento em serviço.
-Deve-se dar atenção especial às regiões com excessiva concentração de esforços, verificando-se a
adequação do modelo (em especial, vigas que chegam em lâminas de pilares poligonais e negativos
de lajes sobre pilares) e a concentração excessiva de armaduras na região.
-Na análise da estrutura em serviço, deverão ser obedecidas as prescrições de norma,
considerando-se efeitos a longo prazo para deformações, variações térmicas e retração, a fim de
evitar o surgimento de fissuras entre a estrutura e os elementos de vedação.
-Quando as cargas variáveis forem significativas, deve-se verificar a estrutura para situações de
alternância de carga.
-Para estruturas muito esbeltas ou de vãos elevados, é importante que seja feita uma adequada
avaliação da possibilidade de vibração da estrutura.
-Deve ser apresentado um documento com citações das especificações e critérios adotados no
projeto, dentre eles:
2. Critérios de Execução
2.1 – Cura
2.2 – Prazos de desforma e retirada de escoramentos
4. Deslocamentos de Controle
Informação dos deslocamentos máximos (verticais e horizontais) obtidos para a estrutura
comparados aos valores de referência de norma.
-O Projeto Executivo deve observar todas as orientações já destacadas na 1ª. fase. Deve-se
confirmar com os projetistas das demais especialidades se foram adotadas soluções que garantam a
durabilidade da estrutura, tais como: drenagem, proteção das juntas, colocação de rufos, acesso
para fiscalização e manutenção, etc.
-Nessa fase, deverão ser ainda realizadas verificações locais de tensões e concentrações de
armaduras, tais como: introdução de cargas concentradas em áreas parcialmente solicitadas
(protensão), concentração de armaduras nos encontros de vigas com pilares, etc.
-Peças pré-moldadas devem ser verificadas em todas as fases: desforma, protensão, manuseio,
estocagem, transporte, montagem e serviço.
-O Projeto Executivo de Formas deve conter todos os detalhes e indicações de métodos construtivos
que permitam a sua perfeita compreensão e execução. Entre essas preocupações principais, pode-
se citar:
-Facilidade de interpretação dos desenhos de formas;
-Construtibilidade a partir desses desenhos;
-Posição das juntas, conforme modelo estrutural adotado;
-Eixos de locação da obra posicionados em locais adequados;
-Indicações claras de pontos especiais da estrutura: rebaixos em lajes, furos e dentes em vigas,
etc.
-Especificação de materiais, cobrimentos e contra flechas;
-Especificação dos carregamentos adotados;
-O detalhamento deve considerar armaduras para resistir a todos os esforços obtidos nas análises
estruturais consideradas.
-As juntas devem ser avaliadas e detalhadas coerentemente aos modelos adotados.
-Devem ser previstas no detalhamento, armaduras para emendas das várias etapas de concretagem,
regiões que serão concretadas posteriormente devido a presença ou entrada de equipamentos,
caixas de ancoragem etc...
-Todas as regiões onde se observarem cruzamentos de armaduras, deverão ser cuidadosamente
estudadas e detalhadas de forma a permitir uma perfeita montagem e concretagem.
Considerações finais
-As recomendações aqui apresentadas, indicam os principais cuidados a serem tomados no
desenvolvimento de um projeto estrutural de qualidade. Cabe ao projetista estrutural analisar, para
cada empreendimento específico, cuidados adicionais a serem tomados.
-Nesse sentido, a leitura atenta das Normas Técnicas e a obediência às suas prescrições são de
fundamental importância para embasar as decisões técnicas de projeto, garantindo adicionalmente
proteção jurídica ao projetista e ao contratante em eventuais problemas futuros.
CRITÉRIOS DE PROJETOS E FORMAS
-ETAPA PRELIMINAR
Projeto Arquitetônico
⇒ Plantas dos pavimentos tipos/subsolo/cobertura/ático
Número de pavimentos.
Pavimentos diferentes
Garagens. Subsolos.
Elevadores. Escadas.
Reservatório.
⇒ Local da edificação
Padrão da edificação
Variações de temperatura
Agressividade ambiental (durabilidade do concreto)
Ações do vento. Ações sísmicas.
Facilidade de acesso (materiais, equipamentos, concretagem)
⇒ Local da edificação
Padrão da edificação
Variações de temperatura
Agressividade ambiental (durabilidade do concreto)
Ações do vento. Ações sísmicas.
Facilidade de acesso (materiais, equipamentos, concretagem)
Empreendedor / Construtor
⇒ Prazos de obra
⇒ Custos e Desembolso
⇒Tecnologias de construção
⇒ Equipamentos disponíveis
Construtor
Cultura Construtiva
Limitações da região
Início e duração da obra
Exemplos: Estrutura de aço ou estrutura de concreto (ou mista)
Moldagem no local ou pré-fabricação
Exemplo: equipamentos de içamento para pré-fabricados
Geotecnia
⇒ Escolha do tipo de fundação e contenções
Previsão de recalques
Exemplo: fundação superficial ou fundação profunda
⇒ Parâmetros do solo necessários à análise e dimensionamento estrutural
Exemplos:
Tensão admissível do solo
Coeficientes de mola ⇒ Escolha do tipo de fundação e contenções
Previsão de recalques
Exemplo: fundação superficial ou fundação profunda
⇒ Parâmetros do solo necessários à análise e dimensionamento estrutural
Exemplos: Tensão admissível do solo
DEFINIÇÃO DA SOLUÇÃO CONSTRUTIVA (PROJETISTA ESTRUTURAL)
1) Convencional
2) Laje plana - pilar
3) Laje nervurada – pilar
PROJETO EXECUTIVO
-Ojetivos
-Agilizar o andamento da disciplina
-Aproveitar conhecimentos vistos na graduação
Ático:
-Reservatório (Caixa d´água)
-Casa de máquinas
-Depósitos
Pavimento tipo:
-Mesma arquitetura
Pavimento térreo:
-Recepção
-Sala de estar
-Salão de jogos, festas.
Subsolo
-Garagens
Lajes
-Comportamento primário:
-Receber e transferir cargas p/ vigas
Vigas
-Comportamento primário:
-Transferir cargas verticais aos pilares
-Predominância da flexão (M,V)
Pilares
-Comportamento primário
-Transferir esforços da superestrutura às fundações
-Predominância da flexo-compressão (N,M)
PÓRTICOS
Aumento de rigidez do edifício frente às ações horizontais
Observações iniciais:
-Não existem normas
-Possibilidade de várias soluções tecnicamente viáveis
-Requer conhecimento técnico, criatividade (experiência)
-Alterações na concepção inicial podem ser requeridas
-Aproveitar facilidades das ferramentas computacionais
-Pelo cálculo estrutural
-Por alterações posteriores na arquitetura
-Na compatibilização de projetos
-Para iniciantes diretrizes básicas que auxiliam as decisões
Viga de transição
-Grandes dimensões de seção
-Exigência da arquitetura(espaço livre, interferências)
-Elevados esforços solicitantes
-Custo elevado
-Responsabilidade Colapso da viga de transição Colapso global
Exemplo: padronização das alturas das vigas Aumento de produtividade no canteiro de obras
(Edifícios usuais)
-Iniciar lançamento pelo pavimento tipo
-Posicionar pilares preferencialmente:
-Nos cantos da edificação
-No encontro de vigas “importantes”
-Embutidos em paredes Estética (se o projeto arquitetônico exigir)
-Distantes entre 2,5m e 7,0m
-Verificar se as posições dos pilares do pavimento tipo são aceitáveis ao térreo e ao subsolo
(garagens)
-Posicionar vigas preferencialmente:
-Onde existam paredes de alvenaria Obs: mais flexibilidade para paredes de gesso acartonado
-Embutidas em paredes (estética)
-Alinhadas com os pilares para a formação de pórticos
-Vãos entre 2,5m à 7,0m
-Limitar vãos das lajes
-Para lajes “armadas em uma direção” Menor vão entre 2,0m à 5,0m
-Para lajes “armadas em duas direções” Limitar vão até 7 m
O ALFABETO GREGO
UNIDADES DE MEDIDA
1Kgf = 10 N = 0,01 KN
1tf = 1000 Kgf = 10.000 N = 10 KN
1 Mpa = 100 KPa = 10 kgf/ cm2
1 Kgf/cm2 = 0,1 MPa = 100Kpa
1 m2 = 10.000 cm2
1 tf/m2 = 0,1 kgf/ cm2
1 Kgf/cm2 = 10 tf/m2