Redes Eléctricas

(Estude em Casa)

Centrais Térmicas de produção de energia Eléctrica (Termoeléctricas)

1.0 Aspectos gerais

Uma central termoeléctrica consiste na instalação para a produção de energia eléctrica mediante a
transformação de energia de combustíveis sólidos, líquidos ou gasosos (Carvão, Petróleo, Naturais ,Gás
Natural).
Estes combustíveis, que são pontes de energia primária não renováveis são queimadas e transforma dos em
energia mecânica, movimentando os ímanes dos geradores eléctricos, que vão produzir corrente eléctrica
alternada.

As usinas termoeléctricas produzem simultaneamente a energia e o calor (energia calorífica).O calor

transmite-se por meio de vapor a uma distância de 10 a 125km, a fim de ser utilizada no abastecimento da água
e das indústrias. Por isso as centrais termoeléctricas são constituídas perto das grandes cidades ou nos seus
arredores.

1.1 Classificação das usinas termoeléctricas

As usinas para a produção termoeléctricas podem ser classificados em:

A) Usinas para somente a produção da energia eléctrica com turbinas a vapor de condução
B) Usinas para produção combinado de calor e de energia eléctrica
C) Usinas de produção de energia eléctrica com turbinas a gás
D) Usinas para produção de energia eléctrica com motores alternados de combustão interna

2.0 Projecto de centrais termoeléctricas

No projecto dessas centrais dá-se a preferência aos tipos de máquinas e as características do vapor mais
convenientes para o funcionamento em carga básica constante. Nos motores térmicos que accionam os
geradores eléctricos, podemos encontrar:

 Turbinas a vapor podem ser a vapor de água de mercúrio e a vapor naturais de subsolo. Por outro
lado podem ser do tipo acasaco a vários saltos de pressão e velocidades a reacção e mistos.
 Motores a diesel podem ser a ciclo aberto, fechados ou misto
 Turbinas a gás podem ser o ciclo aberto

2.1 Etapas do design de uma central térmica

 Selecção do local e Escolha da capacidade da central
 Selecção das caldeiras e seus auxiliarão
 Selecção da turbina
 Selecção das unidades condensadoras
 Design do Sistema de arrefecimento
 Selecção das unidades geradoras
 Design da central

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a) Localização da central térmica

O Primeiro método utilizado para a determinação do local è determinar o centro de gravidade do Sistema ou o
centro de carga, que consiste em determinar a posição que optimiza todas distâncias das cargas
(Consumidores) à central assim como a matéria-prima. Mas além disso na prática deve – se evitar que:

 Coincida no coração da cidade;

 Coloque em causa os interesses do público;
 Coincida com locais históricos;
 Entre outros.
Devendo – se tomar em consideração os seguintes aspectos:
 Custo do terreno (Não deve ser proibitivo);
 Disponibilidade de água para o arrefecimento visto que estudos indicam para 560x103Kg H20/Tonelada
de carvão;
 O combustível a ser utilizado deve estar disponível na vizinhança e barato ou facilmente transportável
para o local;
 Não deve comprometer a navegação (Não podendo estar próximo de um aeródromo);
 Deverá ser possível ampliar a central no future;
 Etc.

Figura 1: Diagrama unifilar da central térmica

2.2 Combustíveis:
a) Combustíveis Sólidos – estes combustíveis podem ser naturais (Carvão mineral, madeira) ou combustíveis
preparados ou artificiais como: Carvão vegetal ou coque.
b) Combustíveis Líquidos – (Petróleo e seus derivados) – Esses combustíveis podem substituir o carvão na
produção de vapor tendo como vantagens os seguintes:
 Fácil Manuseamento;
 Economia de Espaço;
 Menor número de Instalações auxiliara;
 Rendimento elevado;
 Menos Poluentes em comparação com o carvão;
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 Não produzem cinzas;

 Não deteriora com o tempo.

O petróleo e o álcool são os combustíveis mais utilizados pelos motores de combustão interna, os outros são
misturas de óleo e carvão. Ex: alcatrão.

Os produtos petrolíferos mais usados são Querosene; Fuel Oil e Gasóleo.

c) Combustíveis Gasosos
Esses combustíveis podem ser utilizados em motores de combustão interna a uma taxa de queima controlável.
 Não produzem Cinzas;
 Chama pode ser por oxidação ou redução;
 Podem ser transportados por gasodutos;
 Tem rendimento térmico elevado;
 Necessitam de pouco Ar para a combustão;
 Podem ser produzidos a partir de combustíveis sólidos de baixa qualidade

3.0 Vantagens e desvantagens de centrais térmicas

3.1 Vantagens
a) Pode ser obtida a partir do sol, não poluindo o meio ambiente
b) Obtido a partir da queima de lenha uma matéria-prima barata e encontrada em qualquer
lugar
c) Pode ser obtida através de gás natural que é menos poluente do que os derivados do
petróleo e carvão
d) EE uma alternativa rápida e barata para a produção de energia eléctrica em comparação
com as hidroeléctricas
3.2 Desvantagens
a) A queima dos combustíveis fossem utilizados para obter esta energia, causa muita poluição
b) Libertação de grandes quantidades de gás carbono (CO2)
c) Pode contribuir para o aumento do efeito estufa
d) Provoca desmatamento e derrubada inconsciente de florestas para extrair madeira

Exercício prático
Numa central termoeléctrica com caldeiras a vapor é instalado um grupo termo gerador de 250
MVA se na alimentação da caldeira usar combustível líquido de 9800 cal/kg. Calcular a
quantidade do combustível necessário para-funcionar em 500 horas e o especifico nas seguintes
condições
-O factor de potência da carga alimentada pelo alternador 0.9
- O rendimento do alternador 0,985
- O rendimento da caldeira 0,915
- O rendimento do circuito térmico 0,414

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Resolução

i) A energia total a produzir é dada por:

ii) O rendimento total da instalação resulta

iii) A energia fornecida a caldeira resulta

Para calorias multiplicar 860

( )
iv) Com o combustível a 9800 cal/kg serão necessárias

v) Consumo específico do combustível

Calcar o consumo específico no caso em que com igualdade de outas, condições pertença de grupo e
rendimento seja empregado um combustível sólido com 7200cal/kg.

i)

ii)

iii) Energia fornecida

iv) Com 7200 cal/kg de combustível sólido

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Massa de combustível

v) Consumo específico do combustível

Características dos combustíveis

- Gás liquefeito de petróleo (GLP);

- Gasolina- rende 15% na temperatura de condensação entre 30 e 180oC;
- Nafta leve entre 100-150oC e nafta pesada entre 140-180/200oC;
- Querosene- rende 17% na temperatura de condensação entre 200 e 250oC;
- Óleo combustível - temperatura de condensação de 250 a 380oC;
- Resíduos de destilação, obtidos a partir de 350oC.
- Biogás – aterro sanitário

Ilustração 1 Ciclo a vapor

Ilustração 2 Turbina a gás: CICLO FECHADO

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CALCULO ELÉCTRICO DE REDES ELÉCTRICAS

1.0 Distribuição de energia eléctrica em corrente alternada

A construção de uma rede de distribuição de energia eléctrica em corrente alternada procede-se os seguintes
aspectos:
 Qualidade de servico - constância da tensão, frequência e continuidade de serviço
 Possibilidade de aumento de potências ou carga
 Construção simples e económica

As redes de distribuição de energia eléctrica tem variam configurações como se segue:

 Monofásica - Apresenta dois condutores para alimentação da carga

 Trifásica a três condutores- utiliza-se para a alimentação de cargas equilibradas

 Trifásica a quatro condutores – utiliza-se para receptores monofásicos e

trifásicos de carga não equilibrada.

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1.1 Métodos de cálculos de redes de corrente alternada

a) Método gráfico vectorial – utilizando os vectores representativos das magnitudes
eléctricas de tensão eléctrica, intensidade, sendo necessário considerar a origem das fases
de vectores.
b) Método simbólico de números complexos – Utilizando os números complexos para
analisar um rede, aplicando as leis de Ohm e Kirchhoff.
c) Sistema trifásico equilibrado - um sistema equilibrado simétrico nas suas magnitudes com
uma desfasagem de 1200 .Sendo as fases idênticas podemos realizar o calculo por apenas
uma fase monofásica,
d) Sistema desequilibrado - O calculo desse ser por fase, na prática se considera as tensões
de linhas equilibradas e desequilibradas das cargas.

Exemplo: Uma rede trifásica de 380V, 50 Hz esta conectada seguindo a figura abaixo.

 Carga em estrela de 4 ohms de resistência cada

 Motor trifásico de 4 kW e factor de potencia de 0,8 com rendimento de 88,9%
 Carga de bobinas de 4 ohms reactância e 3 ohms de resistência cada

Resolução

Método gráfico

Primeira carga: e a potencia do motor

A corrente absorvida pelo motor :

Na terceira carga:

A corrente total será soma das correntes parciais

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2.0 Redes de Corrente Alternada

Para o cálculo das secções dos circuitos de corrente alimentada por corrente alternada., é necessário
considerar ser as cargas indutivas ou não indutivas, por quanto as indutivas provocam uma diferença de fases
entre a forca electromotriz e a intensidade da corrente, o que obriga a introduzir no cálculo i factor de
potência, Cos .

As cargas indutivas são constituídas por bobinas de reacção, motores, transformadores, iluminação
fluorescentes, as cargas não indutivas compreendem as lâmpadas de filamento incandescentes, aparelhos de
aquecimento.

Tipo de carga Cos

Não indutiva 1
Indutivas 0,8 (instalações de forca motriz);0,9 para iluminação e forca motriz

O estudo das linhas de grande importante obriga a atender a efeitos de natureza eléctrica e magnética.

A passagem da corrente eléctrica nos condutores dá origem, conforme a experiencia de Oersted , a formação
de um campo magnético que produz uma forca electromotriz de indução nos próprios condutores da linha.

1.1 Sistema de distribuição monofásico

As linhas monofásicas são constituídas por dois condutores, sendo um de ida e outro de retorno da corrente.
Quando as cargas não são indutivas, o factor de potência é igual a 1, cos =1, porque não há diferença de fase
entre a forca electromotriz e a intensidade da corrente.

Para o cálculo aplicam-se neste as fórmulas adoptadas no sistema bifilar de corrente contínua e para o caso
das cargas indutivas há que considerar o valor de factor de potência.

Tabela 1 Linhas de Secção Uniforme

Descrição Cargas não indutivas Cargas indutivas

Queda de tensão /Queda de ou ou
potência

Valor da secção ou ou

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ONDE:

Exemplo 1 : Calcular a secção e a queda de tensão na extremidade de uma linha bifilar de cobre isolado, com 12
metros de comprimento, a qual deve alimentar uma carga na extremidade de 20 ampere a 110 volt.

A queda de tensão na extremidade não deve ultrapassar 2,5 %.

Dados: l=120m; I=20 A ; V=110 V; v=2,5% ;

v=2,5%*110=2,75 V

a) Secção dos condutores

Adoptar-se-á a secção de S=

b) Queda de tensão na extremidade

Pela fórmula dada na tabela

Este valor de 2,5 V é inferior ao admitido, sendo assim satisfaz plenamente a condição,

Linha curta Linha média Linha longa

- Extensão 80 km ou 50 milhas.
-Até 80 km é desprezado as
susceptâncias
- Seus parâmetros série e seus
respectivos efeitos, ou seja, resistência
e indutância Modelo da Linha Curta
(reatância indutiva)
- Extensão de 80 km (ou 50 milhas) até 240 km
(ou 150 milhas).
- Susceptância capacitiva em derivação ou
shunt (parte imaginária da admitância shunt),
e despreza-se ainda a condutância em
derivação.
- Modelo π-Modelo da Linha Média nominal.
- Extensão acima de 240 km (ou 150 milhas).
– Os parâmetros uniformemente distribuídos ao
longo da linha e não concentrados (como nos casos
anteriores);
- Um circuito π-equivalente de uma linha longa e
representá-la com precisão em parâmetros
concentrados

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