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RODRIGO DALONGARO
CAXIAS DO SUL
2015
RODRIGO DALONGARO
CAXIAS DO SUL
2015
RODRIGO DALONGARO
Banca Examinadora:
--------------------------------------------------
Prof. M. Eng. Paulo Roberto Linzmaier (Orientador)
Universidade de Caxias do Sul - UCS
----------------------------------------------------------------------
Prof. M. Eng. Sérgio da Silva Kucera
Universidade de Caxias do Sul - UCS
----------------------------------------------------------------------
Prof. M. Eng. Vagner Grison
Universidade de Caxias do Sul - UCS
RESUMO
ρ Densidade do ar [Kg/m³]
D Dimensão característica [m]
Cm Corda média aerodinâmica [m]
Cr Corda na raiz [m]
Ct Corda na ponta [m]
u Velocidade em x [m/s]
υ Velocidade em y [m/s]
w Velocidade em z [m/s]
Cl Coeficiente de sustentação do perfil [-]
Cd Coeficiente de arrasto do perfil [-]
CL Coeficiente de sustentação da asa [-]
CD Coeficiente de arrasto da asa [-]
CDi Coeficiente de arrasto induzido [-]
Cm Coeficiente de momento [-]
a Ângulo de ataque [°]
AR Alongamento [-]
ⲫ Fator de efeito solo [-]
h Altura da asa em relação ao solo [m]
b Envergadura [m]
e0 Fator de eficiência de Oswald [-]
ct Corda total [m]
Gν Produção de viscosidade turbulenta [-]
Constante [-]
Cb2 Constante[-]
Termo de origem definido pelo usuário [-]
7
LISTA DE FIGURAS
Figura 31: Refinamento de malha junto às bordas de ataque e de fuga da asa com
Winglet. ..................................................................................................................... 48
Figura 32: Refinamento de malha junto às superfícies da asa com Winglet. ............ 48
Figura 33: Refinamento de malha junto às superfícies da asa Hoerner. ................... 49
Figura 34: Refinamento de malha junto às superfícies da asa sem DPA. ................. 49
Figura 35: Força de arraste. ...................................................................................... 51
Figura 36: Força de sustentação. .............................................................................. 51
Figura 37: Distribuição das pressões sobre o aerofólio sem DPA............................. 52
Figura 38: Distribuição das pressões sobre a extremidade do aerofólio sem DPA. .. 53
Figura 39: Distribuição das pressões sobre o aerofólio com DPA Hoerner. .............. 53
Figura 40: Distribuição das pressões sobre extremidade do aerofólio com DPA
Hoerner. .................................................................................................................... 54
Figura 41: Distribuição das pressões sobre o aerofólio com DPA Winglet. ............... 54
Figura 42: Distribuição das pressões sobre a extremidade do aerofólio com DPA
Winglet. ..................................................................................................................... 55
Figura 43: Linhas de fluxo sobre o aerofólio sem DPA. ............................................ 56
Figura 44: Linhas de fluxo sobre o aerofólio com DPA Hoerner................................ 56
Figura 45: Linhas de fluxo sobre o aerofólio com DPA Winglet................................. 57
Figura 46: Asa Aerosul 2015 x Asa Carvalho 2015. .................................................. 58
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................... 11
1.1 JUSTIFICATIVA DO TRABALHO .............................................................. 12
1.2 AMBIENTE DE ESTÁGIO ......................................................................... 12
1.3 OBJETIVOS .............................................................................................. 12
1.3.1 Objetivo geral ............................................................................................ 12
1.3.2 Objetivos específicos ................................................................................. 13
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................ 14
2.1 ESCOAMENTOS EXTERNOS .................................................................. 14
2.2 NÚMERO DE REYNOLDS ........................................................................ 15
2.3 CAMADA LIMITE....................................................................................... 16
2.4 AEROFÓLIOS ........................................................................................... 17
2.5 ASA ........................................................................................................... 17
2.5.1 Curvas características do perfil e da asa ................................................... 19
2.6 FORÇAS E MOMENTOS ATUANTES NAS ASAS ................................... 21
2.6.1 Força de sustentação ................................................................................ 21
2.6.2 Força de arrasto ........................................................................................ 22
2.6.3 Momento ao redor do centro aerodinâmico da asa ................................... 23
2.6.4 Alongamento ............................................................................................. 23
2.7 EFEITO SOLO........................................................................................... 24
2.8 DISPOSITIVOS DE PONTA DE ASA (DPA) ............................................. 26
2.8.1 Winglet....................................................................................................... 27
2.8.2 Hoerner...................................................................................................... 29
2.8.3 Efeitos negativos gerados pelos DPAs ...................................................... 30
2.9 EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE DE MOVIMENTO ................................. 30
2.10 EQUAÇÕES DE NAVIER - STOKES ........................................................ 31
2.11 MODELO DE TURBULÊNCIA ................................................................... 32
2.12 FLUIDODINÂMICA COMPUTACIONAL (CFD) ......................................... 32
2.13 MÉTODO DOS VOLUMES FINITOS ........................................................ 33
3 PROPOSTA E MÉTODOS ........................................................................ 34
3.1 FLUXOGRAMA DA PROPOSTA DO TRABALHO .................................... 35
3.2 PROCESSO DE DEFINIÇÃO DE GEOMETRIAS DPA ............................. 35
10
1 INTRODUÇÃO
1.3 OBJETIVOS
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
𝜌𝑉𝐶𝑚 (1)
𝑅𝑒 =
µ
16
𝑉𝐷 (2)
𝑅𝑒 =
𝜈
2.4 AEROFÓLIOS
2.5 ASA
elípticas e mistas. Sua localização em relação à fuselagem pode ser alta, média ou
baixa (RODRIGUES, 2013).
Envergadura é a distância entre as duas extremidades externas da asa de
uma aeronave.
As asas retangulares possuem baixa eficiência aerodinâmica se comparadas
as asas trapezoidais, mistas ou elípticas. Entretanto se destacam pela facilidade
construtiva. As asas trapezoidais possuem ótima eficiência aerodinâmica devido a
redução do arrasto induzido obtido pela diminuição gradativa entre as cordas da raiz
e da ponta da asa. As asas elípticas são ideais, pois permitem maior eficiência
aerodinâmica. Contudo, são as mais caras e difíceis de se construir. As asas mistas
podem mesclar características das outras asas já citadas, com a finalidade de
melhorar a área em planta e permitir a operação à menores velocidades sem,
entretanto, aumentar o arrasto induzido. As figuras 5 e 6 apresentam as principais
partes que compõem uma asa em geral (RODRIGUES, 2013).
CL/CD x α
18
16
14
12
CL/CD
10
8
6
4
2
0
-10°
-9°
-8°
-7°
-6°
-5°
-4°
-3°
-2°
-1°
0°
1°
2°
3°
4°
5°
6°
7°
8°
9°
10°
11°
12°
13°
14°
15°
16°
17°
a
Polar de arrasto
0,25
0,2
0,15
CD
0,1
0,05
0
1,54
0
0,07
0,14
0,21
0,28
0,35
0,42
0,49
0,56
0,63
0,7
0,77
0,84
0,91
0,98
1,05
1,12
1,19
1,26
1,33
1,4
1,47
1,61
1,68
1,75
1,82
1,89
1,96
CL
(4)
𝐷 = 𝐶𝐷 𝑆𝑣²
2
𝐶𝐿 (5)
𝛼𝑖 = 18,24
𝐴𝑅
C L2 (6)
𝐶𝐷𝑖 =
AR
(7)
𝑀 = 𝐶𝑀 𝑆𝑣² c
2
2.6.4 Alongamento
𝑏² 𝑏² (8)
𝐴𝑅 = =
𝐴𝑝 𝑆
24
𝐶𝐿 ² (10)
𝐶𝐷𝑖 = ɸ.
. 𝑒0 . 𝐴𝑅
Figura 13: Representação do arrasto gerado pela asa com e sem Winglets.
2.8.1 Winglet
Modelo de DPA baseado nas asas dos pássaros conhecido como “bird feather
like winglet”, que significa ponta de asa em formato de pena de pássaro, foi estudada
pelo engenheiro da NASA, Richard t. Whitcomb a partir de 1974. O ângulo entre as
aletas foi projetado de maneira a proporcionar a melhor eficiência para uma
determinada velocidade (WHITCOMB, 1976; HOSSAIN et al., 2011). A figura 17
mostra um exemplo
Figura 17: Exemplo de DPA modelo feather.
2.8.2 Hoerner
𝜕 𝜕( 𝑢) 𝜕( 𝑣) 𝜕( 𝑤) (11)
+ + + =0
𝜕𝑡 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
31
𝜕( 𝑢) 𝜕( 𝑣) 𝜕( 𝑤) (12)
+ + =0
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
𝜕𝑢 𝜕𝑣 𝜕𝑤 (13)
+ + =0
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
3 PROPOSTA E MÉTODOS
3.3.3 Pré-processamento
3.3.5 Pós-processamento
maior que uma envergadura, eliminando o efeito solo conforme (RODRIGUES, 2013).
Nestas análises, as faces lateral, superior e inferior são consideradas
estacionárias e com deslizamento, sendo aplicada a condição de não deslizamento
apenas para o modelamento tridimensional da asa. Desta forma o escoamento sofreu
apenas a perturbação gerada pelo deslocamento da passagem do ar através da asa,
permitindo a visualização completa dos vórtices gerados nas pontas das asas em
condições de voo.
40
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Além da validação feita com a análise CFD do cilindro, as análises das asas
foram comparadas aos valores encontrados por Carvalho (2015) em seus
experimentos. Devido a relação de aspecto da asa utilizada neste estudo ser maior à
usada por Carvalho, os valores encontrados para o arrasto da asa original foram
menores que os valores encontrados por ele para as mesmas velocidades e os valores
de sustentação por consequência resultaram maiores. O detalhamento desta variação
será explicado na conclusão.
viscosidade cinemática molecular sendo 𝑆𝜐̃ um termo de origem definido pelo usuário.
(17)
CONFIGURAÇÃO DE ENTRADA
Modelo de Turbulência Spalart-Allmaras
Tipo de escoamento Tridimensional
Método de solução utilizado N-S, à base de pressão, com dupla precisão
Regime da solução Permanente (RANS)
Intensidade de Turbulência 0,50%
Fluido - ar (única fase) com:
T= 293,15 k
Composição do escoamento
P= 101325 Pa
ρ= 1,204 kg/m³
V entrada = 15 - 18 - 21 - 24 - 27 m/s.
Condições de contorno para V paredes = 0 m/s
velocidades V solo = 0 m/s,
V Modelo = 0 m/s
Figura 31: Refinamento de malha junto às bordas de ataque e de fuga da asa com Winglet.
Tabela 1 – Resultados das simulações para perfil Eppler 423 com a=0°.
27
Velocidade [m/s]
24
21
18
15
0,04 0,06 0,08 0,10 0,12 0,14 0,16 0,18 0,20 0,22 0,24
Arrasto [N]
27
Velocidade [m/s]
24
21
18
15
0,50 0,65 0,80 0,95 1,10 1,25 1,40 1,55 1,70 1,85 2,00 2,15 2,30
Sustentação [N]
Figura 38: Distribuição das pressões sobre a extremidade do aerofólio sem DPA.
Figura 39: Distribuição das pressões sobre o aerofólio com DPA Hoerner.
Figura 40: Distribuição das pressões sobre extremidade do aerofólio com DPA Hoerner.
Figura 41: Distribuição das pressões sobre o aerofólio com DPA Winglet.
Figura 42: Distribuição das pressões sobre a extremidade do aerofólio com DPA Winglet.
Foi traçado um paralelo entre as análises realizadas para a asa original sem
DPA deste trabalho e a asa utilizada por Carvalho (2015) em seus experimentos com
o objetivo de comparar o efeito da diferença entre os alongamentos da asa projetada
pela equipe Aerosul e a asa usada por Carvalho (2015). A tabela 3 apresenta os
resultados obtidos por Carvalho (2015) ao lado dos dados obtidos neste estudo.
Com ponta
Sem DPA Com Winglet
Velocidade Hoerner
[m/s] L/D L/D L/D
15 8,7771 8,9810 9,0112
18 9,0611 9,2724 9,3149
21 9,3205 9,4875 9,5354
24 9,4974 9,6398 9,7610
27 9,5968 9,7575 9,8115
Média 9,3205 9,4875 9,5354
Ganho em relação à asa sem
DPA [%] 1,79% 2,31%
Fonte: Elaborado pelo autor (2015)
A asa com ponta Hoerner apresentou 1,79% de ganho e a asa com Winglet
apresentou 2,31% de ganho em eficiência aerodinâmica.
A análise das diferenças entre os resultados de eficiência aerodinâmica
mostra que a asa com ponta Hoerner sofre perda de eficiência com o aumento da
velocidade e a asa com Winglet apresenta ganho de eficiência com velocidades
maiores.
Os resultados encontrados nestas análises apresentam grande semelhança
com os resultados encontrados pela Força Aérea Americana com a instalação de um
modelo de Winglet. O Winglet, foi desenvolvido inicialmente para a aeronave DC-10 o
qual foi efetivamente instalado nas aeronaves modelo MD-11. Foi creditado ao Winglet
2,5% de aumento na eficiência aerodinâmica da aeronave. (COMMITTEE ON
ASSESSMENT OF AIRCRAFT WINGLETS FOR LARGE AIRCRAFT FUEL
EFFICIENYCY, 2015)
61
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ANSYS, Inc. ANSYS FLUENT Theory Guide. Release 15.0. Canonsburg: USA,
2015.
STINTON, D. The Design of the Airple. 2nd. Reston, Virginia: American Institute of
Aeronautics and Astronautics, Inc, 2001.