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SEMANA DO SINTETIZADOR -‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐ por André Lima
AULA 2
Como usar o envelope ADSR e configurar
os principais parâmetros dos sintetizadores
E eu quero começar essa aula mostrando pra vocês uma coisa muito legal. Como
vocês já devem saber, eu criei um Blog só para esse evento, que é onde ficam todas
as informações sobre a nossa Semana do Sintetizador, onde ficam as aulas,
informações de horário, o link pro nosso Grupo Exclusivo do Telegram e a parte mais
massa: lá temos os comentários da aula também.
Então se você tá gostando das aulas, está gostando dos conteúdos em PDF, quer
deixar seu depoimento sobre o que está conseguindo aprender? Passa lá, deixa o
seu comentário que eu estou respondendo todo mundo. O link do Blog da Semana
do Sintetizador é:
è http://www.limandore.com.br/semanadosintetizador
Seguinte, hora do puxão de orelha! Eu tô dando um duro danado pra dar as aulas,
produzir os PDFs e passar meu conhecimento da melhor forma possível pra vocês.
Faço tudo isso para vocês não consumirem tudo que tem direito e não implementar?
Não quero ver vocês de brincadeira, hein? Consumam o conteúdo, façam o
download do PDF, façam os exercícios que propus na aula passada. Eu tô dedicando
100% do meu tempo há quase 1 mês só pra essas aulas, e espero que vocês
cumpram o nosso trato e se dediquem a essa parada de mesmo jeito que eu tô me
dedicando.
Porque eu gosto de ver evolução, implementação. Gosto do pessoal que vem aqui na
aula, vê a aula, baixa o PDF, estuda e parte pra execução. Não adianta ver o
conteúdo, achar muito massa e não partir pra execução e não fazer aquilo que foi
ensinado. O que mais tem nessa internet é um monte gente ensinando um monte
coisa e o que menos tem é gente executando.
Quero lembrar também que na quinta-feira vou abrir as inscrições para o meu curso
#PorTrásDoTimbre, que é para aquelas pessoas que querem dar um passo além
do que estou ensinando nessa Semana do Sintetizador. É um curso bem mais amplo,
em que abordo a sonoridade dos teclados de forma mais abrangente, com aspectos
técnicos e musicais dos timbres. Falo de todas as categorias de teclados: pianos
elétricos, órgãos, sintetizadores. Sobre como surgiram teclados clássicos como o
Fender Rhodes, Clavinet, o órgão Hammond, Mellotron, etc. Ensino técnicas
específicas de como tocar cada um deles. Tudo isso junto com vários exemplos de
gravações conhecidas em que esses timbres são protagonistas. #PorTrásDoTimbre é
um curso pago, indicado pra quem quer ir para um próximo nível quando se trata de
sonoridade de teclados, blz?
Então fiquem ligados porque a próxima quinta-feira vai sei o “Dia D” desta
semana! Pois teremos o nosso RESUMÃO, com muita programação de timbres
mão na massa e a abertura das inscrições para o curso #PorTrásDoTimbre.
è A - ATTACK (ataque)
è D - DECAY (decaimento)
è S - SUSTAIN (sustentação)
O DECAY (Decaimento) é a segunda etapa. É o tempo que a nota vai demorar para
chegar até o patamar de volume de sustentação, o Sustain.
Imagina que o Envelope é uma pessoa que fica mexendo no knob de volume do
synth. Quando ela recebe um comando inicial (tecla pressionada), ela abre o
volume até o máximo e demora o tempo A (attack) para fazer isso. Depois ela
demora um tempo D (decay) para voltar o knob do volume até um nível S (sustain),
e fica parada lá esperando. Até receber o último comando (tecla liberada), nesse
momento ela fecha o knob do volume até o zero e demora o tempo R (release) para
fazer essa última tarefa.
- Quando eu aumento o tempo do release R, a nota demora mais para morrer depois
que a tecla é liberada. É o que acontece com um prato de bateria, por exemplo.
Então, é assim que funciona o Envelope ADSR, são ações de abertura e fechamento
de um determinado controle de parâmetro que obedecem:
tecla
à A à D à S à
tecla
à R
pressionada attack decay sustain liberada release
Bom, fica faltando só mais um tipo de ajuste pra que eu possa dar esse tipo de
acabamento no meu timbre com mais precisão. Na grande maioria das vezes que
uma seção do synth pode ser controlada pelo Envelope ADSR, vai existir um controle
para o ajuste da intensidade com que ele vai atuar num determinado parâmetro, é a
chamada INTENSIDADE DO ENVELOPE (envelope amount ou envelope depth).
Ela serve pra que eu possa ajustar a intensidade da atuação do Envelope, se ela vai
ser suave ou se vai ser forte. Normalmente, vamos notar a presença de um knob ou
fader com nome de ENV AMOUNT na seção a ser pilotada.
Não desanima!
Pessoal, eu sei que essa aula é um pouco mais técnica, eu falo muito dos parâmetros
e mexo pouco no sintetizador. Por favor, mas preciso que vocês fiquem comigo!
Essa aula aqui é só para os fortes, hein! Já já eu vou colocar a mão na massa e
programar um timbre de lead no synth aqui com vocês, vai ser no final da aula. É
que realmente é muito importante falar de tudo isso antes, pra que quando eu for
mexer nos botões do synth, vocês acompanhem o raciocínio da programação com
mais facilidade. Pode ter certeza de que vai valer a pena, não vão me abandonar
agora, hein! E pra não esquecer dessa aula, aqui vai nossa hashtag da aula 2:
#envelopeTOP
bora continuar o conteúdo...
Polifonia
A maioria dos synths possui um limite no número de notas que podem ser tocadas
ao mesmo tempo, ou seja, quantas “vozes” ele é capaz de reproduzir
simultaneamente. O nome disso é POLIFONIA (polyphony).
Nos primeiros sintetizadores criados só era possível tocar uma nota de cada vez, são
os synths MONOFÔNICOS. Como isso funciona? Quando eu pressiono duas teclas
ao mesmo tempo, só uma nota vai soar. É a limitação dele, ele só consegue
reproduzir uma voz por vez.
MINIMOOG
Moog monofônico 1 voz
(1970)
PROPHET 5
Sequential Circuits polifônico 5 vozes
(1978)
JUNO 106
Roland polifônico 6 vozes
(1984)
DX7
Yamaha polifônico 16 vozes
(1983)
NORD LEAD 3
Clavia polifônico 24 vozes
(2001)
eletrônicos necessários pra o equipamento e também mais caros eles ficam. Já nos
digitais, a tecnologia praticamente não tem limites, mas é claro que precisamos
considerar que softwares mais elaborados vão exigir processadores mais poderosos.
Uma analogia rápida... uma pessoa consegue cantar uma nota musical (1 voz), ela
é como um sintetizador monofônico. Para cantar diferentes vozes ao mesmo
tempo, é necessário mais pessoas. Um coral com 8 pessoas é como se fosse um
sintetizador polifônico com 8 vozes de polifonia. É como se o synth tivesse 8
cérebros. Então, quanto mais vozes eu quiser que ele consiga reproduzir ao mesmo
tempo, mais cérebros ele vai precisar ter. Portanto tudo vai ficar mais complexo e
mais caro.
atribuir um acorde MAIOR. Quando eu tocar a nota DÓ, vai soar o acorde
DÓ MAIOR (C). Quando eu tocar a nota MI, vai soar o acorde MI MAIOR
(E), e assim por diante. Se a polifonia máxima do synth é de 6 vozes,
somete será possível montar acordes de até 6 notas.
Trigger Mode
Tem uma configuração chamada TRIGGER MODE (modo de disparo). Cada vez que
acionamos uma tecla, isso é considerado um disparo. O Trigger Mode especifica se o
Envelope Generator vai ser re-disparado ou não, quando tocamos duas notas de
forma ligada. Este recurso só funciona quando estamos no modo MONOFÔNICO ou
UNISON, ou seja, só uma nota soa por vez.
Portamento
Outro ótimo recurso que ajuda a dar mais fluidez e expressão ao nosso timbre é o
PORTAMENTO (ou GLIDE). Ele funciona como um Glissando. Quando eu toco uma
nota e depois toco outra diferente de forma ligada, a passagem entre elas acontece
de forma contínua, e não um salto. É como se fosse num violino, instrumento que
não tem trastes no seu braço. O ajuste principal do Portamento é quanto tempo
essa transição vai demorar para acontecer. São basicamente dois modos que o
Portamento vai funcionar:
Pitch Bend
Esse recurso do Pitch Bend é exclusivo dos sintetizadores, ele não está presente nos
pianos e nem nos órgãos, que são as outras duas categorias de teclado que
mencionei no início da Aula 1. Claro que pra essa afirmação estou considerando aqui
somente os instrumentos acústicos ou eletromecânicos analógicos, como Fender
Rhodes ou Hammond, por exemplo. Porém, nos teclados digitais é possível aplicar o
“bend” nos sons de piano e órgão, uma vez que eles são gerados digitalmente.
Modulation Wheel
Vou agora programar um timbre de LEAD, faça isso você também no seu synth. O
LEAD é um timbre monofônico, ideal para fazer melodias, temas e solos. Vamos aos
passo a passo:
Agora experimente variações usando os recursos que ensinei hoje, blz? É isso aí,
meu povo! Essa foi a AULA 2 da Semana do Sintetizador, só para os fortes!
> Missões
è Experimente mexer nos parâmetros A, D, S e R separadamente, com
o Envelope controlando o Amplificador (VCA). Perceba como cada
um deles afeta o som.
Quero ver você implementar esse conhecimento que compartilhei, hein! Vamos
aproveitar que já estamos mergulhados nesse assunto e tirar o melhor proveito dele.
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