Curso Preparatório Brasil

Língua Portuguesa
Curso Preparatório para o Concurso Público
de Soldado da PMBA 2012
Apostila preparatória especifica para o concurso público da PMBA 2012

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Curso
1 Preparatório Brasil
Contato: cursopreparatoriobrasil@hotmail.com
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Língua Portuguesa

1. Ortografia oficial.
2. Acentuação gráfica.
3. Flexão nominal e verbal.
4. Pronomes:
‒ Emprego;
‒ Formas de tratamento; e
‒ Colocação.
5. Emprego de tempos e modos verbais.
6. Vozes do verbo.
7. Concordância nominal e verbal.
8. Regência nominal e verbal.
9. Ocorrência de crase.
10. Pontuação.
11. Redação (confronto e reconhecimento de frases corretas e incorretas).
12. Intelecção de texto.
13. Redação oficial.

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1. ORTOGRAFIA OFICIAL [graxa]; bru [bruxa]; en [enxame, enxoval, enxurrada
(Exceção: enchova)].
2) Depois de ditongos: caixa, ameixa, frouxo, queixo...
REGRAS PRÁTICAS PARA O EMPREGO DE LETRAS
(Exceção: recauchutar).
3) Sílaba inicial “e”: exame, exemplo, exímio, êxodo...
Emprego da Letra Z
[Exceções: esôfago, esotérico, (há também exotérico)].
1) Substantivos abstratos derivados de adjetivos: pobreza,
Emprego da Letra G (fonema /j/)
beleza, altivez, acidez...
2) Aumentativo e diminutivos: copázio, papelzinho,
1) Nas palavras terminadas em ágio, égio, ígio, ógio e úgio:
homenzarrão, balázio, marzinho, pobrezinho...
presságio, privilégio, vestígio, relógio, refúgio...
3) Verbos terminados em “zer” e “zir”: fazer, trazer, dizer,
2) Nos verbos/palavras terminados em agem, ege, igem, oge
aprazer, conduzir...
e ugem: viagem; herege; vertigem; paragoge; penugem.
4) Sufixo “izar”: finalizar, idealizar, moralizar, centralizar,
[Exceções: pajem, lajem, lambujem].
realizar, idealizar...
5) Desinência “triz” (feminina): embaixatriz, imperatriz, atriz,
Emprego da Letra J (fonema /j/)
geratriz...
6) Palavras oxítonas terminadas em “uz”: cuscuz, mastruz.
7) Sílaba inicial “a” usa-se “z”: azar, azia, azedo, azorrague. 1) Em palavras de origem tupi-guarani ou africana: jerivá,
[Exceções: Ásia, asa, asilo, asinino]. jibóia, jirau, pajé, jerimum, canjica, acarajé, lambujem...
2) Verbos terminados em “jar” e “jear”: viajar, arranjar,
Emprego da Letra S (fonema /z/) arejar, gorgear, pajear...
3) Nas terminações “aje”: laje, ultraje, traje...
1) Adjetivos que indicam origem: burguês, francês, inglês,
Emprego da Letra C (fonema /c/)
camponês....
2) Desinências de feminino esa/isa: baronesa, marquesa,
japonesa, poetisa, profetisa... 1) Em palavras de origem tupi-guarani ou africana: açaí,
3) Verbos “pôr” e “querer”: pus, pusesse, pusera, quis, quisesse, araçá, babaçu, paçoca, troça, caçula...
quisera... 2) Nos sufixos: barcaça, viração, cansaço, bonança, roliço...
4) Adjetivos terminados em oso(a): aquoso(a), meloso(a), 3) Depois de ditongos: louça, foice, beiço, afeição...
jeitoso(a), gostoso(a)... 4) Nos cognatos com "t": exceto (exceção), isento (isenção)...
5) Depois de ditongos: maisena, causa, coisa, lousa, Souza, 5) Na derivações do verbo "ter": deter (detenção)...
Neusa... Observação: Quando en for prefixo, prevalece a grafia da palavra
6) Depois das silabas iniciais “i”, “o”, “u”: isento, isolado, Isabel, primitiva: encharcar, enchapelar, encher, enxadrista...
Isaura, Hosana, Osório, Osíris, Oséias (Exceção: ozônio), usar,
EMPREGO DA LETRA INICIAL MAIÚSCULA
usina, usura, usufruto...
7) Se houver "s" na última sílaba da palavra primitiva:
1) Em citações: Diz o proverbio: “A agulha veste os outros, e vive
japonesinho, braseiro, parafusinho, camiseiro, extasiado...
nua”.
8) Se o fonema /z/ vier entre vogais: asa (casa, brasa), ase
2) Em nomes próprios: Antônio, Paulo, Bahia...
(frase, crase) aso [vaso, caso (Exceções: gaze, prazo), ês(a)
3) Nome de altos conceitos: a Igreja, a Pátria, a Republica...
(camponêsa, marquesa), esse (tese, catequese), esia
4) Nomes de épocas históricas: a Idade Média, o Fico...
(maresia, burguesia), eso (ileso, obeso, indefeso), isa
5) Nomes de festas religiosas: o Natal, a Pascoa...
(poetisa, pesquisa. Exceções: baliza, coriza, ojeriza), ise
6) Nomes de artes, ciências, disciplinas: a Pintura, a Música, a
[valise, análise, hemoptise (Exceção: deslize)], iso (aviso, liso,
Astronomia, o Latim, o Português...
riso, siso. (Exceções: guizo, granizo)], oso(a) [gostoso, jeitoso,
7) Nomes de cargos eminentes: Arcebispo, Presidente,
meloso, (Exceção: gozo)], ose (hipnose, sacarose, apoteose),
Governador...
uso(a) [fuso, musa, medusa. (Exceção: cafuzo(a))].
8) Nomes de lei, decretos, atos: a Lei de Responsabilidade Fiscal, o
Decreto 6.67, o Aviso 16...
Emprego da Letra S e SS (fonema /z/ e /s/)
9) Os pontos cardeais quando indicam região: o Norte, o Sul, o
Nordeste, o Leste...
Nas derivações, a partir das terminações verbais:
‒ ender: pretender (pretensão), ascender (ascensão)...
Não se emprega maiúsculas em:
‒ ergir: imergir (imersão), submergir(submersão)...
1) Nome de meses e dias da semana: janeiro, setembro,
‒ erter: inverter (inversão); perverter (perversão)...
dezembro, segunda-feira, sábado, domingo...
‒ pelir: repelir (repulsa); compelir (compulsão)...
2) Monossílabos átonos de títulos: Viagem ao Centro da Terra,
‒ correr: discorrer (discurso); percorrer (percurso)...
Histórias sem Data...
‒ ceder: ceder (cessão), conceder (concessão)...
3) Nomes de povos e línguas: os alemães, os baianos, o latim, o
‒ gredir: agredir (agressão), regredir (regresso)...
grego, o romano...
‒ primir: exprimir (expressão), comprimir (compressa)...
4) Nomes comuns que acompanhas os geográficos: o canal de
‒ tir: permitir (permissão), discutir (discussão)...
Suez, o rio Amazonas, o dique de Tororó.
5) Nomes de festas pagãs: o carnaval, o bumba-meu-boi, o
Emprego da Letra X (fonema /x/)
rodeio...
6) Substantivos compostos com nomes próprios: agrião-do-brasil,
1) Depois das sílabas iniciais: me [mexerico, mexicano, mexer joão-ninguém...
–(Exceção: mecha)]; Ia [laxante]; li [lixa]; lu [lixo]; gra 7) Nome de pontos cardeais: norte, sul, leste, oeste...

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SEPARAÇÃO SILÁBICA 2. ACENTUAÇÃO GRÁFICA
É o conjunto de um ou mais fonemas pronunciados de uma só vez.
REGRAS DE ACENTUAÇÃO BASEADAS NA TONICIDADE
1) Se separam TERMINAÇÕES
a) Consoantes repetidas rr, ss, sc, sç, xc: car-ro, as-sa-do, TONICIDADE
a(as) e(es) o(os) em (ens) outras(*)
des-cer, des-çam, ex-ces-so... 1. Oxítonas X X X X Não
b) Vogais dos hiatos: co-or-de-nar, gra-ú-do, hi-a-to, ra-i- 2. Monossílabas tônicas X X X Não Não
nha, ru-í-na... 3. Paroxítonas Não Não Não Não X
c) Duas ou mais consoantes seguidas: ap-to, af-ta, op-tar, 4. Proparoxítonas X X X X X
as-tro, es-tre-la, pers-pi-caz, sols-tí-cio, pers-cru-tar, (*) Terminadas em l, n, r x, ps, um, i(s), us, ã, ão, ditongos.
tungs-tê-nio...
Exemplos:
Obs.: Toda consoante que não vem seguida de vogal fica na sílaba
anterior. Oxítonas: araçá, lilás, dendê, revés, paletó, retrós, porém.
Monossílabas tônicas: trás, lá, fé, rés, mês, pó, cós, dá-lo.
2) Não se separam Paroxítonas: útil, éden, tórax, bíceps, álbum, ímã, sótão, júri.
a) Os dígrafos ch, lh, nh, gu, qu: cha-péu, lha-ma, mi-nha, Proparoxítonas: friíssimo, ínterim, anátema, bávaro, álibi,
man-gue, es-qui-lo... período.
b) Os encontros consonantais formados por consoante + L
e consoante + R: re-cla-me, fla-ma, glo-bo, pre-to, dra- Observações:
ma, cri-me... 1. Veja que só não são acentuadas as paroxítonas terminadas em
c) ditongos ou tritongos: pai-sa-gem, cau-sa, sé-rie , a-ve-ri- a(s), e(s), o(s), em(ens).
guei, sa-guão, Pa-ra-guai 2. Alguns gramáticos, entre eles Celso Cunha, consideram
proparoxítonos os vocábulos terminados em ditongos crescentes,
Obs.: Se a consoante for inicial, também não é separada. Exemplos: como glória, série, sábio, água, tênue, mágoa, gêmeo, etc.
pneu-má-ti-co, psi-co-lo-gi-a, gno-mo, psi-co-se.
OUTRAS REGRAS DE ACENTUAÇÃO
EMPREGO DOS PORQUÊS
1) Ditongos (éi, ói, éu): abertos e tônicos.
 Por que
‒ éi: réis, fiéis, idéia.
‒ ói: dói, faróis, jóia.
O por que tem dois empregos diferenciados:
‒ éu: céu, chapéu, mundéu.
1) por + pronome interrogativo ou indefinido que, = “por qual
razão” ou “por qual motivo”.
- Por que você não vai ao cinema? (por qual razão).
2) Hiatos
- Não sei por que não quero ir. (por qual motivo).
2) por + pronome relativo que = “pelo qual” e poderá ter as  Hiato êe: ocorre na pessoa do plural dos verbos.
flexões: pela qual, pelos quais, pelas quais. Ex.: dar – dêem / ver – vêem / ler – lêem / crer – crêem.
- Sei bem por que motivo permaneci neste lugar. (pelo qual). Obs.: O mesmo ocorre com derivados desses verbos:
desdêem, prevêem, antevêem, provêem, relêem, etc.
 Por quê
 Hiato ôo: ocorre na 1° pessoa do singular dos verbos terminados
Quando vier antes de um ponto, seja final, interrogativo, em:
exclamação, o por quê deverá vir acentuado e continuará com o ‒ oar: vôo, magôo, enjôo, abotôo, corôo, côo, etc.
significado de “por qual motivo”, “por qual razão”. ‒ oer: môo, rôo, remôo, condôo-me, etc.
- Vocês não comeram tudo? Por quê?
- Andar cinco quilômetros, por quê? Vamos de carro.  Hiatos em "i" e "u": quando tônicos, sozinhos ou seguidos de "s".
Ex.: ca-í, sa-ú-de, fa-ís-ca, ba-la-ús-tre.
 Porque Exceções (não são acentuados):
a) "i" seguido de nh: campainha, moinho, fuinha, tainha, etc.
É conjunção causal ou explicativa, com valor aproximado de b) "i" e "u" repetidos: xiita, vadiice, juuna, paracuuba, etc.
“pois”, “uma vez que”, “para que”.
- Não fui ao cinema porque tenho que estudar para a prova. (pois). 3) Acento Diferencial
- Não vá fazer intrigas porque prejudicará você mesmo. (uma vez
que).
 Vocábulos tônicos: pára, pêlo(s), pêra, pêlo(a)(as), péra, pôr,
 Porquê pôde, pêlo(s), pólo(s), póla(s), pôla(s), ás, côa(s).

É substantivo e tem significado de “o motivo”, “a razão”. Vem  Na 3ª pessoa do plural dos verbos: ter, vir (e seus derivados).
acompanhado de artigo, pronome, adjetivo ou numeral.
- O porquê de não estar conversando é porque quero estar Verbos Singular 3ª pes. plural
concentrada. (motivo) Ter tem têm
- Diga-me um porquê para não fazer o que devo. (uma razão) Vir vem vêm
Conter contém contêm

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Intervir intervém intervêm
FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS
4) Acentuação dos grupos gue, gui, que, qui:
Os substantivos podem variar em gênero (masculino e feminino),
número (singular e plural) e grau (aumentativo e diminutivo).
a) Trema: "u" sonoro e átono: tranqüilo;
b) Acento: "u" sonoro e tônico: averigúe.
Flexão de gênero, número e grau
Exemplos: arguo, argúis, argúi, argüimos, argüis, argúem.
Os substantivos fazem parte das classes gramaticais variáveis. Um
substantivo pode variar em gênero, número e grau. Entenda o que
quer dizer cada uma dessas flexões.
3. FLEXÃO NOMINAL E VERBAL
Gênero
SUBSTANTIVOS
 Substantivos masculinos: são antecedidos pelo artigo "o".
CONCEITO - Ex.: o lança-perfume, o tapa, o champanha, o dó, o diabetes.
Substantivo é a classe gramatical, ou morfológica, de palavras que  Substantivos femininos: são antecedidos pelo artigo "a".
nomeiam os seres - reais ou imaginários, concretos ou abstratos. - Ex.: a agravante, a bacanal, a fênix, a alface, a ênfase, a poetisa.
Além disso, inclui nomes de ações, estados, qualidades, sentimentos,  Substantivos biformes: com duas formas - uma para o masculino,
etc. Qualquer classe gramatical antecedida por artigo, pronome e outra para o feminino.
demonstrativo, pronome indefinido ou pronome possessivo vira - Veja algumas regras de formação do feminino:
substantivo: o amar, um amanhã, nosso sentir, um não sei quê, o 1) Substantivos terminados em -o mudam para -a.
sim, o não, algum talvez, este falar, um abrir-se, o querer, aquele - o sapo = a sapa, o canário = a canária, o piloto = a pilota.
claro-escuro. 2) Substantivos terminados em -ão mudam para -ã, outros
para -oa e ainda para -ona (neste caso, em aumentativos).
CLASSIFICAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS - o capitão = a capitã, o tecelão = a tecelã/teceloa, o chorão =
a chorona.
Os substantivos são classificados assim:
3) Substantivos terminados em -or formam o feminino com
 Comuns: nomeiam grupos de seres da mesma espécie. Ex: jornal, o acréscimo de -a.
país, cidade, animal, boca, beijo. - o doutor = doutora, o coletor = coletora, o trabalhador =
 Próprios: nomeiam seres particulares de uma determinada trabalhadora.
espécie. São os nomes de pessoas, cidades, equipes de futebol, 4) Alguns substantivos terminados em -or podem fazer
etc. Ex: Fortaleza, Salvador, Ceará, Brasil, América do Norte. feminino mudando essa terminação para -eira.
 Abstratos: nomeiam estados, qualidades, sentimentos ou ações - o arrumador = a arrumadeira, o lavador = lavadeira, o
cuja existência depende de outros seres. explica-se: a beleza, por trabalhador = trabalhadeira. O sufixo -eira pode indicar
exemplo, precisa de algo concreto (um vaso, um rapaz, uma qualidade e, portanto, adjetivação: mulher trabalhadeira;
árvore) para se manifestar. Ex: tristeza, cansaço, prazer, alegria, pessoa faladeira.
beleza, verdade, ironia 5) Alguns substantivos com terminação -e podem fazer o
 Concretos: nomeiam seres cuja existência é própria, feminino mudando a terminação para -a.
independente de outros. Ex: beija-flor, mulher, Deus, vento, o infante = infanta, o governante = a governanta, o elefante =
alma. a elefanta.
 Primitivos: são os nomes que não derivam de outros. Ex: dia, 6) Substantivos terminados em -ês, -L e -z fazem o feminino
noite, carroça, mar, água. com o acréscimo de -a.
 Derivados: são os nomes formados a partir de outros. Ex: diarista o freguês =a freguesa, o oficial = oficiala, o juiz = juíza.
(de dia), noitada (de noite), carroceiro (de carroça), maremoto
 Substantivos uniformes: apresentam uma só forma para os dois
(de maré), aguaceiro (de água).
gêneros.
 Simples: são os nomes que apresentam apenas um elemento 1) Comuns-de-dois. Ex: o/ a cliente, o/ a doente.
formador, um radical. Ex: caneta, pau, flor, couve, água, cheiro 2) Epicenos são os nomes de animais, insetos e plantas em
 Compostos: são os nomes formados de dois ou mais elementos. que se distingue o gênero mediante o emprego das palavras
Ex: caneta-tinteiro, couve-flor, água de cheiro macho e fêmea. Ex: a cobra macho/ fêmea, a onça macho/
 Coletivos: são os nomes comuns que servem para designar fêmea, o urubu macho/ fêmea.
conjuntos de seres de igual espécie. Ex: flora (de todas as plantas 3) Sobrecomuns são substantivos de um só gênero, usados
de uma região), tertúlia (conjunto de pessoas amigas), floresta para indicar homem e mulher, indistintamente. Ex: a
(conjunto de árvores), panapaná (conjunto de borboletas). Note criança, a pessoa, o indivíduo
que um substantivo tem, ao mesmo tempo, várias classificações.
Mesa, por exemplo, é um substantivo comum, concreto, simples  Há ainda substantivos que são masculinos ou femininos,
e primitivo. Acontecimento, por sua vez, é comum, abstrato, conforme o sentido com que se acham empregados:
simples e primitivo. - a cabeça (parte do corpo)/ o cabeça (o chefe), a grama (relva)/ o
grama (unidade de peso).

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Número
Os substantivos no singular indicam um único ser, ou uma ideia
coletiva. Ex.: cão, coração, amor, pai, país, grupo.
Os substantivos no plural indicam mais de um ser (com exceção dos
coletivos). Ex.: cães, corações, amores, pais, países.
Vamos observar as regras gerais das flexões de número dos
substantivos.
1) Substantivos simples:
‒ Ex.: grão-duque = grão-duques / tique-taque = tique-taques /
beija-flor = beija-flores /alto-falante = alto-falantes / abaixo-
assinado = abaixo-assinados / bem-te-vi = bem-te-vis / ex-
namorado = ex-namorados / recém-nascido = recém-nascidos.
 Os dois elementos vão para o plural
‒ Nos compostos de substantivo + substantivo e substantivo +
adjetivo.
‒ Ex.: papai-noel = papais-noéis / amor-perfeito = amores-
perfeitos / bóia-fria = bóias-frias.

 Ficam invariáveis
Terminação Regra Exemplos
‒ Compostos por frases substantivas;
livro = livros ‒ Compostos por verbos + palavra invariável;
Vogal ou
Acrescenta-se -S cárie = cáries ‒ Compostos por verbos de sentido oposto
ditongo oral degrau - degraus ‒ Ex.: os bumba-meu-boi / os pisa-mansinho / os vai-e-volta/
hambúrguer = hambúrgueres os leva-e-traz.
-r ou –z Acrescenta-se -ES
estupidez = estupidezes
álbum = álbuns  Compostos com a palavra GUARDA
-m Troca-se por -NS bem = bens ‒ Guarda é substantivo: faz plural normalmente;
faisão = faisões ‒ Guarda é verbo: fica invariável.
Troca-se por: ‒ guarda-noturno = guardas-noturnos / guarda-sol = guarda-sóis.
-ão escrivão = escrivães
–ÕES, -ÃES, -ÃOS cristão = cristãos

-s (oxítonas ou Grau
ás = ases Os substantivos no grau aumentativo indicam grandeza, como nos
monossílabos Acrescenta-se -ES freguês = fregueses
tônicos) exemplos casarão, narigão, mulherão, boqueirão.
Os substantivos no grau diminutivo indicam pequenez, como nos
ônibus = ônibus
-s (paroxítonas) Ficam invariáveis exemplos casinha, narizinho, mulherzinha, boquinha.
lápis = lápis
São dois os graus do substantivo: o aumentativo e o diminutivo. Os
tórax = tórax dois podem aparecer na forma sintética, ou seja, numa só palavra, e
-x Ficam invariáveis
clímax = clímax
na forma analítica, isto é, em duas palavras.
-al varal = varais
-el túnel = túneis
Troca-se por -IS
-ol á lcool = álcoois
-ul azul = azuis

-il (oxítonas) Troca-se por -IS reptil = reptis

-il (paroxítonas) Troca-se por -EIS réptil = répteis

Observação: o plural dos substantivos no grau diminutivo terminados

em “-zinhos (as)” forma-se da seguinte forma:
- Bar = bares = barezinhos.
- Flor = flores = florezinhas.

2) Substantivos compostos:

 Só o primeiro elemento vai para o plural

‒ Substantivos ligados por preposição;
‒ Substantivos compostos por dois substantivos em que o Aumentativo de alguns substantivos:
segundo elemento dá idéia de finalidade ou limita o primeiro. ‒ Amigo: amigaço; amigalhaço; amigão.
‒ Ex.: pão-de-ló = pães-de-ló / mula-sem-cabeça = mulas-sem- ‒ Boca: bocarra; boqueirão.
cabeça / salário-família = salários-família / pombo-correio = ‒ Moça: mocetona.
pombos-correio. ‒ Mão: manzorra; mãozorra; manopla.
‒ Luz: luzerna.
 Só o último elemento vai para o plural ‒ Homem: homenzarrão.
‒ Nos compostos com os prefixos grão, grã e bel; ‒ Povo: povaréu.
‒ Nos compostos formados por palavras repetidas; ‒ Vaga: vagalhão.
‒ Nos compostos em que o primeiro elemento é um verbo ou ‒ Fedor: fedentina.
palavra invariável e o segundo é um substantivo ou adjetivo;
‒ Nos compostos de três ou mais elementos não ligados por Diminutivo de alguns substantivos:
preposição; ‒ Corpo: corpúsculo.
‒ Substantivos formados pelo acréscimo de um prefixo ligado por ‒ Canção: cançoneta.
hífen. ‒ Febre: febrícula.

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‒ Moça: moçoila.
‒ Homem: homúnculo; homenzinho; hominho.
‒ Rapaz: rapazote; rapazelho.
‒ Povo: poviléu.
‒ Beijo: beijote.
ADJETIVO
É a palavra que qualifica o substantivo, isto é, indica qualidade,
características ou origem.
CLASSIFICAÇÃO
Os adjetivos podem ser classificados em:
 Primitivos: radicais que por si mesmos apontam qualidades.
Ex: claro, triste, grande, vermelho.
 Derivados: são formados a partir de outros radicais.
Ex: infeliz, azulado.
 Simples: apresentam um único radical em sua estrutura.
Ex: apavorado, feliz.
 Compostos: apresentam pelo menos dois radicais em sua
estrutura.
Ex: ítalo-brasileiro, socioeconômico.
 Explicativos: qualidade inerente a todo ser.
Pedra dura, água mole, homem mortal.
 Restritivos: qualidade não-inerente a todo ser.
Ex: mulher sincera, homem fiel, maçã verde, carro veloz.
 Adjetivos pátrios ou gentílicos: são os adjetivos referentes a
países, estados, regiões, cidades ou localidades.
Ex: brasileiro, goiano, carioca, acreano, capixaba.
 Adjetivos eruditos: significam relativo a, próprio de, da cor de.
Ex: discente (aluno), plúmbeo (chumbo), ígneo (fogo).
FLEXÕES DOS ADJETIVOS
Os adjetivos apresentam flexões de gênero, número e grau.
Gênero
Os adjetivos assumem o gênero do substantivo do qual se referem.
- Uma mulher formosa – um homem formoso
- Uma professora ativa – um professor ativo
Quanto ao gênero, os adjetivos podem ser uniformes e biformes.
 Adjetivos biformes: apresentam uma forma para o gênero
feminino e outra para o masculino. As formas do feminino são
marcadas pelo acréscimo do sufixo “a” ao radical:
Ex: o homem honesto – a mulher honesta / o produtor inglês – a
produtora inglesa.
 Adjetivos uniformes: possuem uma única forma para o
masculino e o feminino:
Ex: pássaro frágil – ave frágil, escritor ruim – escritora ruim.
Número
Os adjetivos concordam em número com os substantivos que
modificam, assumem a forma singular e plural. Ex: político corrupto –
políticos corruptos / salário digno – salários dignos.
Adjetivos Compostos
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 Quando formados por dois adjetivos, apenas o segundo
elemento vai para o plural.
Ex: clínica médico-dentária - clínica médico-dentárias.
 Quando o segundo elemento é um substantivo são invariáveis
também em número.
Ex: recipiente verde-mar - recipientes verde-mar / tinta amarelo-
canário – tintas amarelo-canário.
Grau
Quando se quer comparar ou intensificar as características atribuídas
ao substantivo, os adjetivos sofrem variação de grau. Tem-se o grau
comparativo e o grau superlativo.
GRAU COMPARATIVO
Compara-se a mesma característica atribuída a dois ou mais seres ou
duas ou mais característica a um único ser. O grau comparativo pode
ser de igualdade, superioridade e de inferioridade, são formados por
expressões analíticas que incluem advérbios e conjunções.
a) Grau comparativo de igualdade
Ela é tão exigente quanto justa.
Ela é tão exigente quanto (ou como) sua mãe.
b) Grau comparativo de superioridade
Seu candidato é mais desonesto (do) que o meu.
c) Grau comparativo de inferioridade
Somo menos passivos (do) que eles.
GRAU SUPERLATIVO
A característica conferida pelo artigo é intensificada de forma relativa
ou absoluta.
a) Relativo: a intensificação da característica conferida pelo
adjetivo é feita em relação a todos os demais seres de um
conjunto que apresentam uma certa qualidade. Pode exprimir
superioridade ou inferioridade, e é sempre expresso de forma
analítica.
Este é o mais interessante dos livros que li. (superioridade)
Ele é o menos egoísta de todos. (inferioridade)
b) Absoluto: indica que determinado ser apresenta determinada
qualidade em alto grau, transmitindo idéia de excesso. Pode
assumir forma analítica ou sintética.
- analítico: é formado com a presença de um advérbio:
Você é muito crítico.
A prova de matemática estava extraordinariamente difícil.
- sintético: é expresso com a participação de sufixos.
A prova de matemática estava dificílima.
Este piloto é velocíssimo.
Muitos adjetivos ao receber um dos sufixos formadores dessa forma
de superlativo assumem a forma latina. Como, por exemplo, os
adjetivos terminados em “vel”, esses assumem a terminação “-
bilíssimo”. Ex.: Agradável: agradabilíssimo / volúvel: volubilíssimo.
4. PRONOMES
Palavras que representam ou acompanham um substantivo.
a) Pronomes adjetivos: quando acompanham um substantivo. Ex.:
Meus amigos adoram esta casa.
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Pronome não-reflexivo de 3ª pessoa.
b) Pronomes substantivos: quando representam um substantivo. Ex.: Ex.: Espere um pouquinho: quero falar com você.
Alguns se julgam melhores que outros.
5. O pronome o, a, os, as (e suas transformações)
• lo, Ia, los, Ias
PRONOMES PESSOAIS
ênclise em formas verbais terminadas em R, S. Z:
EMPREGO E FORMAS DE TRATAMENTO ‒ estudar + o > estudar-lo > estudá-lo,
‒ chamas + a > chamas-la > chama-Ia,
Designam as pessoas gramaticais: ‒ satisfez + os > satisfez-los > satisfê-los.
Pronomes Pessoas Funções
eu - nós 1ª pessoa emissor - quem fala. • no, na, nos, nas
tu - vós 2ª pessoa receptor - com quem se fala. ênclise em formas verbais terminadas em sons nasais:
ele - eles 3ª pessoa assunto - de quem se fala. ‒ dão + o > dão-no.
‒ compõe + as > compõe-nas.
‒ amam + a > amam-na.
Classificação:
‒ vendem + os > vendem-nos.
Retos Oblíquos
• combinações (O.I.+ O.D.)
Sujeito Outras funções Obs.
- os pronomes me, te, lhe, nos, vos, lhes (O.I.) combinam-se com o, a,
Eu me, mim, comigo 1. Os pronomes eu e tu são
os, as (O.D.), da seguinte forma:
Tu te, ti, contigo normalmente pronomes
Ele se, si, o/a, lhe, consigo retos. ‒ me + o, a, os, as > mo, ma, mos, mas.
Nós nos, conosco 2. Os demais pronomes: ele, ‒ te + o, a, os, as > to, ta, tos, tas.
Vós vos, convosco nós, vós, eles - serão ‒ lhe + o, a, os, as > lho, lha, lhos, lhas.
oblíquos quando em outras ‒ nos + o, a, os, as > no-lo, no-la, no-los, no-las.
Eles se, si, os/as, lhes, consigo
funções sintáticas. ‒ vos + o, a, os, as > vo-lo, vo-la, vo-los, vo-las.
‒ lhes + o, a, os, as > lho, lha, lhos, lhas
Nós seremos os primeiros colocados. Ex.1: Não perdoará os crimes aos maus.
Sujeito > pronome reto. obj. direto obj. indireto
O diretor convidará todos eles. Ex.2: Não lhos perdoará.
lhe (o.i.) + os (o.d.)
Objeto direto > pronome oblíquo.
6. Função sintática dos pronomes oblíquos
Emprego dos pronomes pessoais
• o, a, os, as
- objeto direto
1) Para eu / para tu - Para mim / para ti
Ex.: Jamais o acompanharei nesta loucura.
• Para eu - para tu
- sujeito de verbos causativos (mandar, deixar, fazer) e sensitivos
Antes de infinitivos na função de sujeito:
(ver, ouvir, sentir)
Ex.: Recomende um livro para eu ler. > sujeito do verbo ler.
• Para mim - para ti Ex.: Deixei-o sair em péssimas companhias.
Sempre que não forem sujeito da oração:
• lhe, lhes
Ex.1: Traga um presente para mim. > objeto indireto.
- objeto indireto (pessoa)
Ex.2: É fácil para mim trabalhar aqui. > complemento nominal.
Ex.: Não façam apenas o que lhes convém.
2) Entre mim e ti - adjunto adnominal ou objeto indireto de posse (valor de um
possessivo)
Os pronomes eu e tu não podem vir preposicionados.
Ex.: A flecha transpassou-lhe o coração.
Ex.1: O namoro acabou, nada mais há entre mim e ti.
- complemento nominal (acompanha verbo de ligação)
Ex.2: Pesam suspeitas sobre você e mim.
Ex.: Era-lhe impossível sorrir.
3) Conosco / convosco - Com nós / com vós
• me, te, nos, vos
• Conosco ou convosco
- objeto direto ou indireto
Os pronomes nós e vós combinam-se com a preposição com.
Ex.1: Todos os súditos me obedeciam cegamente. (o.i.)
Ex.: Os mestres ficaram satisfeitos conosco.
• Com nós e com vós Ex.2: Os peregrinos me acompanhavam eufóricos. (o.d.)
- adjunto adnominal ou objeto indireto de posse.
Não haverá combinação se os pronomes vierem determinados por
Ex.: Capitu captou-me as intenções. (minhas)
mesmos, próprios, outros, ambos e numerais cardinais.
Ex.: A autora dedicou o trabalho a nós todos. - complemento nominal
Ex.: A vitória parecia-me impossível.
4. Consigo - contigo - com você(s) - sujeito (verbos sensitivos / causativos)
Ex.: Deixei-me cair a seus pés...
• Consigo
Pronomes de Tratamento
Pronome pessoal reflexivo (indica que a ação verbal se refere ao
próprio sujeito). Referem-se às pessoas de modo cerimonioso ou oficial.
Ex.: O rapazinho trazia consigo a marca da intolerância.
• Contigo PRONOMES DE TRATAMENTO
Pronome não-reflexivo de 2ª pessoa do singular.
Ex.: Leva contigo tuas lembranças e segredos. Referem-se às pessoas de modo cerimonioso ou oficial.
• Com você(s) Pronomes Abreviaturas Autoridades

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Vossa Excelência V. Exª. Governamentais - “aonde” e “donde” (com verbos de movimento).
Vossa Magnificência V. Magª. Reitores Ex.: Visitaremos a casa onde nasceu Bilac.
Vossa Alteza V. A. Príncipes, duques Ex.: Ela sabe aonde você quer chegar.
Vossa Majestade V. M. Reis, imperadores quanto - após “tanto”, “todo” e “tudo”.
ma Ex.: Não gaste num dia tudo quanto ganhas no mês.
Vossa Reverendíssima V. Rev . Sacerdotes
Vossa Eminência V. Emª. Cardeais como - antecedentes: maneira, modo, forma.
Vossa Santidade V. S. Papa Ex.: Este é o modo como deves estudar gramática.
Vossa Senhoria V. Sª. As demais cujo - refere-se a um antecedente, mas concorda com o
consequente, indicando posse.
- sempre é pronome adjetivo.
Observação:
- não admite artigo (antes ou depois).
Vossa ______ - para falar com (2ª pes. gram. - o receptor). Ex.: Há pessoas cuja inimizade nos honra.
Sua _____ - para falar de (3ª pes. gram. - o assunto).
Regência
Os pronomes relativos vêm precedidos das preposições exigidas
PRONOMES POSSESSIVOS pelos verbos das respectivas orações.
Ex.: Este é o filme / a que assistimos ontem.
Indicam "posse" e "possuidor", posicionam os seres em relação às Ex.: Repudio o ideal / pelo qual lutas.
pessoas gramaticais.
PRONOMES DEMONSTRATIVOS
1ª pes. 2ª pes. 3ª pes. 1ª pes. pl. 2ª pes. Pl.
meu(s) teu(s) seu(s) nosso(s) vosso(s)
Demonstram a posição dos seres no tempo e no espaço.
minha(s) tua(s) sua(s) vossa(s) vossa(s)

Emprego dos pronomes demonstrativos

Emprego dos possessivos
este esse aquele
1) É erro a falta de correlação entre pronomes possessivos e isto isso aquilo
pessoais: a) Em relação às pessoas gramaticais:
teu(s), tua(s) > tu - 1ª pes. (o emissor) lugar: aqui. X
- 2ª pes. (o receptor) lugar: aí. X
seu(s), sua(s) > ele(s) / você(s)
- 3ª pes. (o assunto) lugar: ali, lá. X
Ex.: Se você vier à festa, traga o seu irmão. Logo, se tu vieres à festa,
Ex.1: Veja estes livros aqui nesta mesa.
traz o teu irmão. Ex.2: Não é leve essa culpa que carregas.
Ex.3: Os melhores cargos são aqueles que não alcançamos.
2) O pronome “seu” quase sempre traz ambigüidade: Ex.4: Aquilo que vês lá em alto-mar é a salvação e a benção.
Ex.1: Chegou Pedro, Maria e o seu filho. Logo, de quem é o filho? de b. Em relação ao tempo da mensagem:
Pedro? de Maria? ou seu?. - o que será comunicado X
- o que já foi comunicado X
- o que foi comunicado há muito X
3) Constitui pleonasmo vicioso usar pronome possessivo referindo- Ex.1: Sabemos apenas isto: nada somos.
se às partes do próprio corpo: Ex.2: Estudar muito? Isso não me emociona.
Ex.: Estou sentindo muita dor no meu joelho. Logo, poderia sentir dor Ex.3: O deputado não honrou aquilo que prometera.
no joelho de outra pessoa? c. Em relação ao tempo cronológico:
- o presente X
- passado e futuro próximos X
PRONOMES RELATIVOS - passado e futuro distantes X
Ex.: Este foi o século mais importante de todos.
Substituem um termo comum a duas orações, estabelecendo uma Ex.: Uma noite dessas irei à tua casa em Goiânia.
relação de subordinação entre elas. Ex.: “Naquele tempo disse Jesus a seus discípulos ...” .
Pronomes relativos: que, quem, o qual, onde, quanto, como, cujo. d. Localizando termos da oração:
- o último de uma série X
- o primeiro de uma série X
Exemplo: Ex.: Diálogo entre pais e filhos é difícil: estes não querem ouvir nada, e
Conheço o aluno. O aluno chegou atrasado. aqueles querem falar muito.
Conheço o aluno que chegou atrasado.
São também pronomes demonstrativos
Emprego dos pronomes relativos: a) o, a, os, as
Pronomes Características e emprego Ex.: Todos diziam o que queriam. (isso, aquilo)
quem - refere-se a pessoas. Ex.: Conheço o idioma latino e o grego. (idioma)
- prep. “a” com V.T.D.
Ex.: Conheça a mulher a quem tanto amas.
b) tal
que - refere-se a coisas ou pessoas.
- antecedente mais próximo.
Ex.: Jamais fiz tal assertiva. (essa, aquela)
Ex.: Você é a pessoa que sempre chega na hora.
Ex.: O estudo é o caminho que conduz ao sucesso. c) mesmo, próprio (com caráter reforçativo)
Ex.: Aquela é a mãe da menina que venceu a prova. Ex.: As carpideiras mesmas choraram de verdade.
qual - refere-se a coisas ou pessoas. Ex.: Esta é a mesma questão que foi impugnada.
- antecedente mais distante.
Ex.: Aquela é a mãe da menina a qual é muito gentil.
onde - equivalente a “em que” ou “no qual”.
- indica “lugar”.
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PRONOMES INDEFINIDOS 5. EMPREGO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS

Referem-se a verbos e a substantivos, dando-lhes sentido vago ou

quantidade indeterminada. VERBO
Ex.: Alguém virá procurá-lo mais tarde. (quem?)
Verbo é uma palavra que exprime ação, estado, fato ou fenômeno.
Ex.: Muitos candidatos serão chamados. (quantos?)
Dentre as classes de palavras, o verbo é a mais rica em flexões. Com
efeito, o verbo possui diferentes flexões para indicar a pessoa do
Relação dos principais pronomes e locuções:
discurso, o número, o tempo, o modo e a voz.
a) Pronomes indefinidos: algo, alguém, algum, bastante, cada, certo, O verbo flexiona-se em número e pessoa:
mais, menos, muito, nada, ninguém, nenhum, outro, outrem, pouco,
quem, qualquer, quanto, tanto, tudo, todo, um, vários. Singular Plural
1a pessoa: eu penso nós pensamos
b) Locuções pronominais: cada um, cada qual, seja quem for, todo 2a pessoa: tu pensas vós pensais
aquele que, qualquer um, quem, quer que... 3a pessoa: ele pensa eles pensam

Observação EMPREGO DE TEMPOS

Alguns podem pertencer a mais de uma classe gramatical:
Tempo é a variação que indica o momento em que se dá o fato
Vocábulos Pronome indefinido Advérbio de intensidade
expresso pelo verbo. Os três tempos naturais são o Presente, o
Muito Quando substituir ou Quando acompanhar e
Pouco modificar substantivo.
Pretérito (ou Passado) e o Futuro.
um modificar: O Presente designa um fato ocorrido no momento em que se fala; o
Mais - verbos
Menos Pretérito, antes do momento em que se fala; e o Futuro, após o
- adjetivos momento em que se fala.
Bastante
- advérbios
Ex.: Os jogadores do Brasil têm muito preparo físico. (pronome)
Ex.: Leio uma revista instrutiva. (Presente)
Ex.: O preparador físico trabalhou muito com os atletas. (advérbio)
Ex.: O técnico convocou atletas muito competentes. (advérbio) Ex.: Li uma revista instrutiva. (Pretérito)
Ex.: A Seleção jogou muito bem na semifinal. (advérbio) Ex.: Lerei uma revista instrutiva. (Futuro)

TEMPOS DO MODO INDICATIVO

PRONOMES INTERROGATIVOS 1) Presente: estudo
2) Pretérito:
Que, quem, qual e quanto, usados em frases interrogativas. - Imperfeito: estudava
- Perfeito: estudei
Exemplo:
- Mais-que-perfeito: estudara
Quem inventou a pinga?
3) Futuro:
Que loucura é essa?
- do Presente: estudarei
Qual é o plano?
- do Pretérito: estudaria
Quantos candidatos foram aprovados?
Dados os tempos do modo indicativo, veremos, em seguida, o
Os interrogativos são usados em perguntas diretas e indiretas.
emprego dos mesmos e sua correlação.
a. Pergunta direta: pronome no início da frase com ponto de PRESENTE
interrogação. O presente do indicativo emprega-se:
Ex.: Quem foi o maior jogador de futebol do Brasil? 1) Para enunciar um fato atual:
Ex.: Cai a chuva.
b. Pergunta indireta: pronome após verbos "dicendi", como, saber, Ex.: O céu está limpo.
responder, informar, indagar, ver, ignorar, etc...
2) Para indicar ações e estados permanentes:
Ex.: Não sei quem fez tal acusação. Ex.: A terra gira em torno do próprio eixo.
Ex.: Gostaria de saber qual é seu nome. Ex.: Deus é Pai!

Observação: 3) Para expressar uma ação habitual do sujeito:

Outras palavras usadas em frase interrogativa, serão, com certeza, Ex.: Sou tímido.
advérbios interrogativos. Ex.: Como muito pouco.

Ex.: Quando começaram as provas? (adv. de tempo) 4) Para dar vivacidade a fatos ocorridos no passado (presente
Ex.: Como tens vindo para o trabalho? (adv. de modo) histórico):
Ex.: Poderias dizer aonde queres ir? (adv. de lugar) "A Avenida é o mar dos foliões. Serpentinas cortam o ar..., rolam das
escadas, pendem das árvores e dos fios..." (M. Rebelo)

5) Para marcar um fato futuro, mas próximo; neste caso, para

impedir qualquer ambiguidade, se faz acompanhar geralmente de
um adjunto adverbial:

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"Outro dia eu volto, talvez depois de amanhã...”`(A. Bessa Luís) - Composto: tiver (ou houver) estudado

PRETÉRITO IMPERFEITO Quando nos servimos do modo indicativo, consideramos o fato

A própria denominação deste tempo - Pretérito Imperfeito - ensina- expresso pelo verbo como real, certo, seja no presente, seja no
nos o seu valor fundamental: o de designar um fato passado, mas passado, seja no futuro.
não concluído (imperfeito = não perfeito, inacabado). Podemos Ao empregarmos o modo subjuntivo, encaramos a existência ou não
empregá-lo assim: existência do fato como uma coisa incerta, duvidosa, eventual ou,
1) Quando, pelo pensamento, nos transportamos a uma época mesmo, irreal. Observemos estas frases:
passada e descrevemos o que então era presente:
Ex.: O calor ia aumentando e o vento despenteava meu cabelo. Ex.: Afirmo que ela estuda. (modo indicativo)
Ex.: Duvido que ela estude. (modo subjuntivo)
2) Pelo futuro do pretérito, para denotar um fato que seria Ex.: Afirmei que ela estudava. (modo indicativo)
consequência certa e imediata de outro, que não ocorreu, ou não Ex.: Duvidei que ela estudasse. (modo subjuntivo)
poderia ocorrer:
Ex.: Se eu não fosse mulher, ia também! PRESENTE DO SUBJUNTIVO
Pode indicar um fato:
PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO 1) Presente:
1) O Pretérito Mais-Que-Perfeito indica uma ação que ocorreu antes Ex.: Não quer dizer que se conheçam os homens quando se duvida
de outra já passada: deles.
Ex.: A conversa ficara tão tediosa, que o homem se desinteressou.
2) Futuro:
2) Na linguagem literária emprega-se, às vezes, o mais-que-perfeito Ex.: “No dia em que não faça mais uma criança sorrir, vou vender
em lugar: abacaxi na feira.” (A. Bessa Luís).
a) do futuro do pretérito (simples ou composto):
Um pouco mais de sol - e fora (= teria sido) brasa, IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO
Um pouco mais de azul - e fora (= teria sido) além, Para atingir ... (Sá Pode ter o valor de:
Carneiro) 1. Passado:
Ex.: Todos os domingos, chovesse ou fizesse sol, estava eu lá.
b) do pretérito imperfeito do subjuntivo:
Ex.: Quem me dera! (= quem me desse) 2) Futuro:
Ex.: Prouvera a Deus! (= prouvesse a Deus) Ex.: Aos sábados, treinava o discurso destinado ao filho que chegasse
primeiro.
FUTURO DO PRESENTE
1) O futuro do presente emprega-se para indicar fatos certos ou 3) Presente:
prováveis, posteriores ao momento em que se fala: Ex.: Tivesses coração, terias tudo.
Ex.: As aulas começarão depois de amanhã. Ex.: Como imaginar alguém que não precisasse de nada? (= precise)

2) Como forma polida de presente: PERFEITO DO SUBJUNTIVO

Ex.: Não, não posso ser acusado. Dirá o senhor: mas o que
aconteceu? E eu lhe direi: sei lá! (= digo)
3) Como expressão de uma súplica, desejo ou ordem; neste caso, o
tom de voz pode atenuar ou reforçar o caráter imperativo:
Ex.: Honrarás pai e mãe!
Pode exprimir um fato:
1) Passado (supostamente concluído):
Ex.: Espero que você tenha encontrado aquele endereço.
2) Futuro (terminado em relação a outro futuro):
Ex.: Espero que ela tenha feito a lição quando eu voltar.

FUTURO DO PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO DO SUBJUNTIVO

1) O futuro do pretérito emprega-se para designar ações posteriores Pode indicar:
à época em que se fala: 1) Uma ação anterior a outra passada.
Ex.: Depois de casado, ele se transformaria em um homem de bem. Ex.: Esperei-a um pouco, até que tivesse terminado seu jantar.

2) Como forma polida de presente, em geral denotadora de desejo. 2) Uma ação irreal no passado:
Ex.: Desejaríamos cumprimentar os noivos. Ex.: Se a sorte os houvesse coroado com os seus favores, não lhes
faltariam amigos.
3) Em certas frases interrogativas e exclamativas, para denotar
surpresa ou indignação: FUTURO DO SUBJUNTIVO SIMPLES
Ex.: O nosso amor morreu... Quem o diria? Este tempo verbal marca a eventualidade no futuro e emprega-se em
orações subordinadas:
TEMPOS DO MODO SUBJUNTIVO Ex.: Se quiser, irei vê-lo.
1) Presente: estude Ex.: Farei conforme mandares.
2) Pretérito: Ex.: Quando puder, venha ver-me.
- Imperfeito: estudasse
- Perfeito: tenha (ou haja) estudado FUTURO DO SUBJUNTIVO COMPOSTO
- Mais-que-perfeito: tivesse (ou houvesse) estudado Indica um fato futuro como terminado em relação a outro fato futuro
3) Futuro: (dentro do sentido geral do modo subjuntivo):
- Simples: estudar

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Ex.: D. Flor, não leia este livro; ou, se o houver lido até aqui,
abandone o resto. Cada conjugação se caracteriza por uma vogal temática: A (1ª
conjugação), E (2ª conjugação), I (3ª conjugação).
MODOS VERBAIS
Obs.:
Os modos indicam as diferentes maneiras de um fato se realizar. São - Num verbo devemos distinguir o radical, que é a parte geralmente
três: invariável e as desinências, que variam para denotar os diversos
1º) Indicativo: acidentes gramaticais.
Exprime um fato certo, positivo: Vou hoje. Sairás cedo.
Radical Desinências Radical Desinências
cant- ar cant- o
2º) Imperativo:
bat- er bat- Ias
Exprime ordem, proibição, conselho, pedido: part- ir part- Imos
Ex.: Volte logo. Não fiquem aqui. Sede prudentes. diz- er diss- eram

3°) Subjuntivo: Há a desinência modo-temporal, indicando a que modo e tempo a

Enuncia um fato possível, duvidoso, hipotético: flexão verbal pertence e há a desinência número-pessoal indicando a
Ex.: É possível que chova. Se você trabalhasse... que pessoa e número a flexão verbal pertence.
Além desses três modos, existem as formas nominais do verbo
(infinitivo, gerúndio, particípio), que enunciam um fato de maneira Ex.: canta – re – mos DNP
vaga, imprecisa, impessoal. DMT
A DNP (desinência número-pessoal) indica que o verbo está na 1a
1º) Infinitivo: plantar, vender, ferir. pessoa do plural. A DMT (desinência modo-temporal) indica que o
2º) Gerúndio: plantando, vendendo, ferindo. verbo está no futuro do presente do indicativo.
3º) Particípio: plantado, vendido, ferido.
Dividem-se os tempos em primitivos e derivados.
Chamam-se formas nominais porque, sem embargo de sua São tempos primitivos:
significação verbal, podem desempenhar as funções próprias dos 1) o Infinitivo Impessoal.
nomes substantivos e adjetivos: o andar, água fervendo, tempo 2) o Presente do Indicativo (1a e 2 a pessoa do singular e 2 a pessoa
perdido. do plural).
3) o Pretérito Perfeito do Indicativo (3 a pessoa do plural).
O Infinitivo pode ser Pessoal ou Impessoal.
1) Pessoal, quando tem sujeito: FORMAÇÃO DO IMPERATIVO
Ex.: Para sermos vencedores é preciso lutar. (sujeito oculto nós) O imperativo afirmativo deriva do presente do indicativo, da segunda
2°) Impessoal, quando não tem sujeito: pessoa do singular (tu) e da segunda do plural (vós), mediante a
Ex.: Ser ou não ser, eis a questão. supressão do “s” final; as demais pessoas (você, nós, vocês) são
tomadas do presente do subjuntivo.
O infinitivo pessoal ora se apresenta flexionado, ora não flexionado: O imperativo negativo não possui, em Português, formas especiais;
Flexionado: andares, andarmos, andardes, andarem. suas pessoas são iguais às correspondentes do presente do
Não flexionado: andar eu, andar ele. subjuntivo.
Atente para o seguinte quadro da formação do imperativo:
Quanto à voz, os verbos se classificam em:
1) Ativos: O sujeito faz a ação: Indicativo Subjuntivo
Ex.: O patrão chamou o empregado. Pessoas Afirmativo Negativo
Imperativo Imperativo
Tu dize digas não digas
dizes (-s)
2) Passivos: O sujeito sofre a ação. Você diga diga não diga
Ex.: O empregado foi chamado pelo patrão. Nós digamos digamos não digamos
Vós dizeis (-s) dizei digais não digais
Vocês digam digam não digam
3) Reflexivos: O sujeito faz e recebe a ação.
Ex.: A criança feriu-se na gangorra.
FORMAÇAO DOS TEMPOS COMPOSTOS
Verbos Auxiliares
São os que se juntam a uma forma nominal de outro verbo para Eis como se formam os tempos compostos:
constituir os tempos compostos e as locuções verbais: ter, haver, ser, 1) Os tempos compostos da voz ativa são formados pelos verbos
estar. auxiliares ter ou haver, seguidos do particípio do verbo principal:
Ex.: Tenho estudado muito esta semana. Ex.: tenho falado.
Ex.: Jacinto havia chegado naquele momento. Ex.: Haviam saído.
Ex.: Somos castigados pelos nossos erros.
Ex.: O mecânico estava consertando o carro. 2) Os tempos compostos da voz passiva se formam com o concurso
Ex.: O secretário vai anunciar os resultados. simultâneo dos auxiliares ter (ou haver) e ser, seguidos do particípio
do verbo principal:
Os verbos da língua portuguesa se agrupam em três conjugações, de Ex.: Tenho sido maltratado.
conformidade com a terminação do infinitivo: Ex.: Tinham (ou haviam) sido vistos no cinema.
1) Os da primeira conjugação terminam em - ar: cantar
2) Os da segunda conjugação terminam em - er: bater
3) Os da terceira conjugação terminam em - ir: partir.
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Outro tipo de conjugação composta - também chamada conjugação
perifrástica - são as locuções verbais, constituídas de verbo auxiliar
mais gerúndio ou infinitivo:
Ex.: Tenho de ir hoje.
Ex.: Hei de ir amanhã.
Ex.: Estava lendo o jornal.
Quanto à conjugação, dividem-se os verbos em:
1) Regulares: os que seguem um paradigma ou modelo comum de
conjugação. Cantar, bater, partir, etc.
2) Irregulares: os que sofrem alterações no radical e nas
terminações afastando-se do paradigma. Dar, ouvir, etc.
Entre os irregulares, destacam-se os anômalos, como o verbo pôr
(sem vogal temática no infinitivo), ser e ir (que apresentam radicais
diferentes). São verbos que possuem profundas modificações em
seus radicais.
3) Defectivos: os que não possuem a conjugação completa, não
sendo usados em certos modos, tempos ou pessoas: abolir, reaver,
precaver, etc.
6. VOZES DO VERBO
Voz do verbo é a forma que este toma para indicar que a ação verbal
é praticada ou sofrida pelo sujeito. Três são as vozes dos verbos: a
ativa, a passiva e a reflexiva.
1. Voz Ativa
Um verbo está na voz ativa quando o sujeito é agente, isto é, faz a
ação expressa pelo verbo. Ex.: O caçador abateu a ave.
2. Voz Passiva
Um verbo está na voz passiva quando o sujeito é paciente, isto é,
sofre, recebe ou desfruta, a ação expressa pelo verbo. Ex.: A ave foi
abatida pelo caçador. Obs.: Só verbos transitivos podem ser usados
na voz passiva.
FORMAÇAO DA VOZ PASSIVA
A voz passiva, mais frequentemente, é formada:
1) Pelo verbo auxiliar ser seguido do particípio do verbo principal
(passiva analítica).
Ex.: O homem é afligido pelas doenças.
Na passiva analítica, o verbo pode vir acompanhado pelo agente da
passiva. Menos frequentemente, pode-se exprimir a passiva analítica
com outros verbos auxiliares.
Ex.: A aldeia estava isolada pelas águas. (agente da passiva)
2) Com o pronome apassivador “se” associado a um verbo ativo da
terceira pessoa (passiva pronominal).
Ex.: Regam-se as plantas.
Ex.: Organizou-se o campeonato.
(sujeito paciente)
(pronome apassivador ou partícula apassivadora)
3) Voz Reflexiva
Na voz reflexiva o sujeito é, ao mesmo tempo, agente e paciente: faz
uma ação cujos efeitos ele mesmo sofre. Ex.: O caçador feriu-se. / A
menina penteou-se.
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O verbo reflexivo é conjugado com os pronomes reflexivos me, te,
se, nos, vos, se. Estes pronomes são reflexivos quando se lhes podem
acrescentar: a mim mesmo, a ti mesmo, a si mesmo, a nós mesmos,
etc., respectivamente. Ex.: Consideras-te aprovado? (a ti mesmo)
pronome reflexivo
Uma variante da voz reflexiva é a que denota reciprocidade, ação
mútua ou correspondida. Os verbos desta voz, por alguns chamados
recíprocos, usam-se geralmente, no plural e podem ser reforçados
pelas expressões um ao outro, reciprocamente, mutuamente. Ex.:
Amam-se como irmãos. / Os pretendentes insultaram-se. (Pronome
reflexivo recíproco)
Conversão da Voz Ativa na Passiva
Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar substancialmente o
sentido da frase: Ex.: Gutenberg inventou a imprensa? A imprensa foi
inventada por Gutenberg.
Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o sujeito da
ativa passará a agente da passiva e o verbo ativo revestirá a forma
passiva, conservando o mesmo tempo.
Ex.: Os calores intensos provocam as chuvas? As chuvas são
provocadas pelos calores intensos. / Eu o acompanharei? Ele será
acompanhado por mim.
Obs.: Quando o sujeito da voz ativa for indeterminado, não haverá
complemento agente da passiva. Ex.: Prejudicaram-me? Fui
prejudicado.
7. CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL
CONCORDÂNCIA NOMINAL
FLEXAO NOMINAL: PRLAVRAS VARIÁVEIS E INVARIAVEIS
Os adjuntos adnominais, isto é, artigos, pronomes, numerais e
adjetivos, concordam em gênero e número com o nome a que se
referem.
As nossas duas principais cidades já estão superpovoadas.
art. pron. num. adi. subst.
O predicativo também concorda com o nome a que se refere.
A ciência sem consciência é desastrosa.
sujeito predic.
O advogado considerou indiscutíveis os direitos da herdeira.
predic. objeto direto
PRINCIPAIS CASOS DE CONCORDÃNCIA
1. UM ADJETIVO COM MAIS DE UM SUBSTANTIVO
a) Adjetivo posposto:
1) concorda com o mais próximo em gênero e número.
Os concursandos passam por problemas e provas complicadas.
masc. fem. fem. plural
2) vai para o plural no gênero predominante (em caso de gêneros
diferentes, predomina o masculino).
Os concursandos passam por problemas e provas complicados.
masc. fem. masc. plural
b) Adjetivo anteposto:
1) o adjunto adnominal concorda apenas com o mais próximo.
O cavalheiro oferecera-lhe perfumadas rosas e lírios.
adj. adn.
2) o predicativo vai para o plural no gênero predominante.
O vencedor considerou satisfatórios a nota e o prêmio.
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predic. Seguem, separadas, as cópias das notas fiscais.

Observação: Observação:
Segundo alguns autores, o predicativo anteposto pode também As locuções em anexo e em separado são invariáveis.
concordar com o núcleo mais próximo. Em anexo, seguirão as duplicatas correspondentes.
É preciso que se mantenham limpas as ruas e os jardins. Seguem, em separado, as cópias das notas fiscais.
predic.
Mantenha acesas as lâmpadas e os lampiões. h) Possível
predic. Concorda com o nome a que se refere.
Estava deserta a vila, a casa e o templo. Já fizemos todas as tentativas possíveis.
predic.
No singular, com as expressões superlativas o mais, o menos, o
2. OUTROS CASOS DE CONCORDÂNCIA
melhor, o pior.
a) Mesmo
Mantenha os alunos o mais ocupados possível.
Concorda com o nome a que se refere.
As mulheres mesmas exigiram igualdade.
No plural, com essas expressões no plural: os / as mais, os / as
Elas querem os mesmos direitos e quase as mesmas obrigações.
menos, os / as melhores, os /as piores.
Na Suíça, fabricam-se os melhores relógios possíveis.
Observação:
Invariável, quando se referir a verbos ou denotar inclusão.
Observação:
As mulheres exigiram mesmo igualdade de direitos.
A expressão (o) quanto possível é invariável.
Mesmo as mulheres querem tirar vantagem de sua condição.
Gosto de cervejas tão geladas (o) quanto possível.
b) Bastante
i) É bom, é proibido, é necessário, etc.
Concorda com o nome a que se refere.
Ficarão invariáveis tais expressões e outras equivalentes quando o
O estudo gera bastantes ansiedades e poucas certezas.
substantivo a que se referem, estiver sendo usado em sentido geral,
isto é, não determinado por artigo ou pronome.
Observação:
É necessário paciência para aturar suas maluquices.
Invariável, quando se referir a verbos, adjetivos ou advérbios.
Mulher é talhado para secretária.
Não a procuramos bastante para encontrá-la.
Todos parecem bastante ansiosos.
Observação:
O ancião, na noite anterior, passara bastante mal.
Com determinante a concordância será obrigatória.
Aquela mulher é talhada para secretária.
c) Meio
Nenhuma bebida é boa como a água.
Concorda com o substantivo a que se refere (indicando fração).
Não serei homem de meias palavras.
j) Um e outro, um ou outro, nem um nem outro
Quando seguidas de substantivo e/ou adjetivo terão a seguinte
Observação:
sintaxe: substantivo no singular e adjetivo no plural.
Invariável, quando advérbio (referindo-se a adjetivos).
Nem um nem outro político demagogos votaram a emenda.
A funcionária sentiu-se meio envergonhada com a situação. subst. adj.

d) Leso l) Menos, alerta, pseudo, salvo

Concorda em gênero e número com o 2° vocábulo do composto. São invariáveis.
Seu comportamento revela desvios de lesos-caracteres. Os policiais estão alerta, embora haja menos greves hoje.
Salvo as enfermeiras, todas as demais são suspeitas.
e) Quite No Brasil, temos pseudopoetas e pseudo-romancistas.
Concorda com o nome a que se refere.
Os eleitores ficaram quites com suas obrigações cívicas. m) A olhos vistos
Só fará prova o aluno quite com a tesouraria do colégio. Na linguagem contemporânea, invariável.
A menina emagrecia a olhos vistos.
f) Só
Adjetivo (só = sozinho), concorda com o nome a que se refere. Observação:
Merecem elogios os meninos que se fazem por si sós. Em linguagem já arcaica, o particípio "visto" concorda com o sujeito
(aquilo que se vê).
Denotando circunstância adverbial (só = somente), invariável. A menina emagrecia a olhos vista.
Só os deuses são imortais.
n) Tal qual
Observação: Em função predicativa, concordam com os respectivos sujeitos.
A locução a sós é invariável. Os jogadores do Flamengo são tais qual o próprio time.
Nesses casos, nada melhor que uma conversa a sós. suj. suj.

g) Anexo, incluso, separado

Concordam com o nome a que se referem.
Anexas à carta seguirão as duplicatas correspondentes.
Remeteremos inclusos os autos pertinentes ao inquérito.

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CONCORDÂNCIA VERBAL
O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa.
SUJEITO SIMPLES
Regra geral: o verbo concorda com o núcleo do sujeito.
Exs.: Os povos constroem sua História. / A virtude aromatiza e
purifica o ar, os vícios o corrompem. / Aos maus e aos poderosos só
interessa a vantagem pessoal.
SUJEITO COMPOSTO
Regra geral: verbo no plural e (caso seus núcleos sejam de pessoas
gramaticais diferentes) na pessoa de número mais baixo.
O candidato e seus eleitores acreditavam nas reformas.
3ª pes. 3ª pes. 3ª pes. pl. (eles)
Eu, tu e tua madrinha faremos a visita ao comendador.
1ª pes. 2ª pes. 3ª pes. 1ª pes. pl. (nós)
Tu e as melhores alunas representareis nosso colégio.
2ª pes. 3ª pes. 2ª pes. pl. (vós)
Observação:
Na linguagem moderna, ocorre, cada vez mais, a substituição do
tratamento "vós" por "vocês" (uma forma de silepse de pessoa).
"Juro que tu e tua mulher me pagam." (Coelho Neto)
2ª pes. 3ª pes. 3ª pes. pl. (vocês)
Casos especiais com o sujeito composto
1. Posposto ao verbo: o verbo vai para o plural, mas pode concordar
também com o núcleo mais próximo.
À festa, compareceram / compareceu o prefeito e sua comitiva.
Passareis / Passarás tu e todos aqueles que estudarem.
2. Seguido do aposto resumitivo: o verbo concorda com o aposto.
Vinho, dinheiro, mulheres, nada o alegrava mais.
sujeito composto aposto
3. Núcleos em gradação: o verbo concorda com o núcleo mais
próximo, podendo também ir para o plural.
Um século, um ano, um mês não fará / farão diferença.
4. Núcleos sinônimos: o verbo concorda com o núcleo mais próximo,
podendo também ir para o plural.
A dor e o sofrimento sempre nos acompanha / acompanham.
5. Núcleos ligados pela preposição "com": o verbo de preferência no
plural, podendo concordar com o 1° núcleo para realçá-lo.
O professor com seus alunos realizaram / realizou a pesquisa.
Observação:
Se o núcleo preposicionado vier separado por vírgulas, o verbo
deverá concordar com o 1° núcleo (suj. simples).
O professor, com seus alunos, realizará a pesquisa.
suj. simples adv. companhia
6. Núcleos ligados pela conjunção "ou"
a) havendo exclusão: concorda com o núcleo mais próximo.
O Flamengo ou o Fluminense será campeão carioca em 2012.
Os estrangeiros ou eu vencerei a maratona.
b) não havendo exclusão: vai para o plural na pessoa gramatical
predominante.
O calor ou o frio excessivos prejudicam os atletas.
Tu ou a mulher dele sereis sempre mal vistos nesta casa.
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c) havendo função retificativa: concorda com o mais próximo.
O professor ou os professores elaboraram as questões.
Os professores ou o professor elaborou as questões.
7. Núcleos infinitivos: o verbo fica no singular.
Fazer e escrever é para mim a mesma coisa.
Observação:
Verbo no plural se os infinitivos estiverem determinados por artigo
ou se forem antônimos.
Em sua vida, à porfia, rir e chorar se alternam.
O amar e o sofrer tornam os homens mais humanos.
8. Núcleos ligados por conjunção comparativa: o verbo concorda
com o 1° núcleo, se quisermos destacá-lo (o 2° núcleo vem separado
por vírgulas).
Na realidade, a felicidade, como o paraíso, não existe.
- o verbo concorda com os dois núcleos, isto é, no plural (nesse caso
não há vírgulas).
O homem como todos os seres humanos são mortais.
CASOS PARTICULARES
a) Um ou outro: verbo no singular.
Um ou outro vaga-lume tornava mais vasta a escuridão.
b) Um e outro, nem um nem outro, nem... nem ...: verbo no singular
ou plural, facultativamente.
Uma e outra possibilidade aconteceu / aconteceram.
Nem um nem outro policial fez / fizeram a ronda costumeira.
Nem concurso nem loteria daria / dariam maior felicidade.
Observação:
Essa regra será quebrada se houver:
1) reciprocidade: verbo somente no plural.
Um e outro carro chocaram-se na pista.
2) exclusão: verbo somente no singular.
Nem Fernando nem Paulo se elegerá presidente.
c) Mais de um: verbo no singular.
Mais de um jornal publicou a sensacional notícia.
Observação:
Essa regra será alterada se ocorrer:
1) reciprocidade: verbo no plural.
Mais de um deputado se agrediram verbalmente.
2) repetição: verbo no plural.
Mais de um professor, mais de um aluno ficaram surpresos.
d) Um dos que: verbo no singular ou no plural, facultativamente.
Camões foi um dos poetas que fez / fizeram escola na Literatura.
Não serei eu um dos que lutará / lutarão por muitas reformas.
e) Sujeito coletivo, partitivo ou percentual: o verbo concorda com o
núcleo do sujeito ou com seu determinante, se houver.
O bando pousou no varal.
O bando de pássaros pousou / pousaram no varal.
A maioria estuda seriamente para o concurso.
A maioria dos alunos estuda / estudam para o concurso.
Dez por cento vivem na miséria.
Dez por cento da população vivem / vive na miséria.
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Observação: Às vezes se parecia calmo, mas era apertas aparente.
Se o percentual vier determinado por artigo ou pronome, o verbo i.i.s. v. lig.
concordará apenas com o núcleo do sujeito (o percentual).
Meus dez por cento do lucro sumiram. Observação:
Quando se empregar o objeto direto preposicionado, o verbo ficará,
f) Locução pronominal com pronome pessoal preposicionado: também, na 3ª pessoa do singular, sujeito indeterminado.
podem ocorrer duas estruturas: Louva-se a Deus, porque se teme ao demônio.
v.t.d. o.d. prep. i.i.s. v.t.d. o.d. prep.
i.i.s. i.i.s.
1) pronome inicial no singular: verbo na 3ª pessoa do singular.
Nenhum de nós faria tamanha tolice. l) Pronome de tratamento: verbo na 3ª pessoa.
Qual de vós comunicou o resultado da pesquisa? V. Exª. assistirá ao fim do Governo, se persistirem suas atitudes.

2) pronome inicial no plural: verbo na 3a pessoa do plural ou
concordando com o pronome pessoal.
Poucos de nós fariam / faríamos tamanha tolice.
Quais de vós comunicaram / comunicastes o resultado?
g) Nomes pluralícios: podem ocorrer duas construções:
1) nomes determinados por artigo no plural: verbo no plural.
Os Estados Unidos apoiaram o México.
2) não havendo artigo: verbo no singular.
Minas Gerais produz muitos trens.
Observações:
1) Com títulos de obras vacilam os escritores, ora deixando o verbo
no singular, ora no plural, alegando-se uma concordância com um
termo implícito.
Os Sertões imortalizaram Euclides da Cunha. (indiscutível)
Os Sertões (o romance) imortalizou Euclides da Cunha.
2) Com o verbo ser é facultativa a concordância com o sujeito ou com
o predicativo.
As Cartas Persas são / é um livro genial. (Evanildo Berchara)
sujeito predicativo
h) Haja vista - a expressão é invariável.
Não viajaremos, haja vista o / ao problema surgido.
Não viajaremos, haja vista os / aos problemas surgidos.
m) Pronome "que": o verbo concorda com o antecedente.
Não seremos nós que assumiremos a responsabilidade.
n) Pronome "quem": o verbo fica na 3ª pessoa do singular, mas pode
concordar, também, com o antecedente.
Fui eu quem resolveu a questão.
Fui eu quem resolvi a questão. (Rocha Lima)
o) Sujeito oracional: verbo na 3ª pessoa do singular.
Convém que todos estudem muito para a prova.
or. subord. subst. subjetiva
Com certeza ainda falta definir os objetivos.
or. subord. subst. subjetiva
p) Verbos impessoais: na 3ª pessoa do singular.
1) os que indicam tempo cronológico ou meteorológico: haver,
fazer, ser, estar, ir.
2) os que indicam fenômenos da natureza (sentido denotativo):
chover, nevar, relampejar; gear, trovejar, etc.
3) o verbo haver, significando existir, ocorrer.
Exemplos:
O povo, há alguns anos, acreditou em sua prosperidade.
Faz mais de dez dias que se publicou o edital.
No Sul fazia dias constantemente frios.
Trovejava noites a fio, mas não chovia nenhuma gota.
Como havia poucas vagas, o povo fazia filas na escola.

Observação: Observação:
O verbo pode flexionar-se (hajam vista), havendo nome no plural Nas locuções verbais, formadas com esses verbos, a impessoalidade
sem preposição: (3ª pessoa do singular) recai no verbo auxiliar.
Não viajaremos, hajam vista os problemas surgidos. Os lugares eram poucos e, por isso, começou a haver brigas.

i) Verbo "parecer" seguido de infinitivo: flexiona-se o verbo parecer CONCORDÂNCIA DO VERBO SER
ou o outro verbo, nunca os dois. O verbo ser concorda com o sujeito, cora o predicativo ou,
As crianças parecem estar felizes. facultativamente, com o sujeito ou com o predicativo.
As crianças parece estarem felizes.
CONCORDÂNCIA COM O SUJEITO
j) A partícula "se": a concordância verbal depende de dois fatores. O sujeito é pessoa (pronome pessoal ou substantivo).
Partícula apassivadora (se + v.t.d.): o verbo concorda com o sujeito: Tua irmã era as alegrias do bairro.
trata-se da voz passiva sintética. Nós somos a Pátria.
Nem sempre se avaliam os resultados.
p.a. v.t.d. sujeito CONCORDÂNCIA COM O PREDICATIVO
Elogiou-se o trabalho, mas o rendimento continuou igual. O predicativo é pessoa (pronome ou substantivo).
v.t.d. p.a. sujeito Sua maior alegria eram as crianças.
O principal culpado foste tu.
Índice de indeterminação do sujeito [se + (v.i. / v.t.i. / v. lig.)]: verbo
na 3ª pessoa do singular, sujeito indeterminado. O predicativo indica horas, distâncias e datas
Quando forem dez horas, sairemos.
Aqui, vive-se feliz: lá, só Deus sabe. Daqui à cidade serão 20 quilômetros a pé.
v.i. i.i.s. Hoje são dez de maio.
Na escola, assistiu-se a filmes instrutivos.
v.t.i. i.i.s.
Observação:

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Em relação às datas, admitem-se três construções:
1) Concordando com o numeral:
Amanhã serão vinte de abril.
2) Concordando com a palavra "dia", expressa:
Hoje é dia quatro de janeiro.
3) Concordando com a palavra "dia", elíptica:
Hoje é (dia) quatro de janeiro.
O predicativo indica quantidade (muito, pouco, mais, menos)
Dez mil reais é mais do que eu preciso.
O sujeito é pronome interrogativo que ou quem
Quem teriam sido os primeiros colocados?
Que são ideais?
Observação:
O pronome “lhe” será usado quando o objeto indireto for palavra
que indique pessoa; caso contrário, usar-se-á o pronome ele com a
respectiva preposição.
Assistir (a) - (v.t.d. ou v.t.i.) - dar assistência.
O Governo assiste as populações carentes.
O Governo assiste-as.
O Governo assiste às populações carentes.
O Governo assiste a elas.
Observação:
Se ocorrer ambiguidade, deve ser usado apenas como v.t.d.
A enfermeira assistiu ao transplante. (viu ou deu assistência?)
A enfermeira assistiu o transplante.

O sujeito é expressão partitiva (a maioria, o resto, a maior parte, Assistir a (v.t.i. - ver, estar presente; ou caber, ter direitos, deveres)
etc.) Queremos assistir ao jogo.
A maior parte eram pobres ou desempregados. Queremos assistir a ele.
Esse direito só assistia ao Presidente.
O predicativo é o pronome demonstrativo "o". Esse direito só lhe assistia.
Produção era o que pedíamos aos nossos operários.
Assistir em (v.i. - morar, residir).
CONCORDÂNCIA FACULTATIVA D. Pedro assistia em Petrópolis. (a. adv. lugar)
Sujeito pronome indefinido (tudo ou nada)
Na juventude, tudo é / são flores. Atender (v.t.d. - deferir um pedido, conceder algo).
Deus atenderá nossas súplicas.
Sujeito pronome demonstrativo (isto, isso, aquilo). Deus as atenderá.
Aquilo eram saudades que o tempo apagaria.
Atender (a) (v.t.d. ou v.t.i. - dar atenção - complemento "pessoa")
Sujeito e predicativo em números diferentes (indicando "coisas"). O professor atende os / aos alunos.
A vida é / são ilusões. O professor atende-os / lhes.

8. REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL Observação: Alguns gramáticos dão preferência ao uso do pronome
"o".
Regula a complementação verbal ou nominal e suas preposições.
Atender a (v.t.i. - dar atenção - complemento "coisa")
Por favor, atenda ao telefone.
REGÊNCIA VERBAL Atenda a ele.

É a maneira de o verbo relacionar-se com seus complementos.
VERBOS COM MAIS DE UM SIGNIFICADO
Agradar (v.t.d. - fazer agrados, carinhos).
Não agrade os meninos com doces.
Não os agrade com doces.
Agradar a (v.t.i. - ser agradável, satisfazer).
Chamar (v.t.d. - convidar, convocar, atrair)
Chamei meus amigos e pedi discrição.
Chamei-os e pedi discrição.
Aquele fato chamou a atenção da polícia.
Chamar por (v.t.i. - invocar, chamamento veemente).
O Negrinho chamou por sua madrinha, a Virgem.
Chamou por ela.

Desagradar a Chamar a (v.t.d.i. - repreender).

O resultado não agradou aos concursandos. Chamei à atenção os alunos.
O resultado não lhes agradou. Chamei-os à atenção.

Aspirar (v.t.d. - sorver, respirar). Chamar (a) (v.t.d. ou v.t.i. + predicativo - tachar, considerar).
Como é gostoso aspirar seu perfume. Chamaram o aluno inteligente.
Como é gostoso aspirá-lo. o.d. predic. o.d.
Há máquinas que aspiram o pó. Chamaram-no inteligente.
Há máquinas que o aspiram. o.d. predic. o.d.
Chamaram o aluno de inteligente.
Aspirar a (v.t.i. - pretender, almejar). o.d. predic. o.d.
Quem não aspira a uma vida saudável? Chamaram-no de inteligente.
Quem não aspira a ela. o.d. predic. o.d.
Chamaram ao aluno, inteligente.
o.i. predic. o.i.
Chamaram-lhe inteligente.
o.i. predic. o.i.
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Chamaram ao aluno de inteligente.
o.i. predic. o.i.
Chamaram-lhe de inteligente.
o.i. predic. o.i.
Comparecer a (v.t.i. - complemento "atividade").
Os magistrados não compareceram ao júri.
Comparecer a (em)- (v.i. - complemento "lugar').
Os concursandos compareceram ao / no local na hora prevista.
Constar - (v.i. - dizer-se, passar por certo).
Consta que Cristo fez maravilhosos portentos.
Constar de (v.t.i. - ser composto ou formado, constituir-se).
Esta obra consta de dois volumes.
Constar em (v.i. - estar registrado, escrito).
Algumas palavras nem constam no dicionário.
Custar (v.t.d.i. - acarretar).
O remorso custava lágrimas ao pecador.
O remorso custou-lhas.
Custar a (v.t.i. - ser custoso, difícil, demorado).
Custa aos alunos entender tais assuntos.
o i. sujeito
Deparar (com) (v.t.d. ou v.t.i. - dar com, encontrar).
Quando deparou (com) o erro, procurou corrigi-lo imediatamente.
Deparar a (v.t.d.i. - fazer aparecer, apresentar).
Nem a ciência deparava solução ao mistério.
Deparar-se a (v.t.i. pronominal - apresentarse, oferecer-se, surgir).
Uma nova situação deparou-se aos alunos.
Implicar (v.t.d. - acarretar).
Contratação de pessoal implica despesas.
Implicar com (v.t.i. - ter implicância).
Não sei por que implicas com as crianças.
Implicar em (v.t.d.i. - envolver).
Cacilda implicara o namorado em crimes.
Implicar-se em (v.t.i. pronominal -envolver-se).
Implicou-se em conspirações.
Lembrar (v.t.d. - não esquecer).
Não lembramos de datas de aniversários.
Lembrar-se de (v.t.i. pronominal - não se esquecer de).
Lembre-se dos fatos marcantes da vida.
Lembrar a (v.t.d.i. - advertir, recordar).
Lembramos aos presentes a necessidade do convite.
Lembrar a (v.t.i. - vir à lembrança).
Lembrou a todos aquele fato inusitado.
o.i. sujeito
Observação:
Essa é construção clássica que tem como sujeito o ser lembrado.
Esquecer, recordar e admirar apresentam idêntica regência.
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Precisar (v.t.d. - indicar com exatidão).
O guarda não precisou o local da infração.
O guarda não o precisou.
Precisar de (v.t.i.) (ter necessidade, carecer).
Quem não precisa de dinheiro?
Quem não precisa dele?
Observação:
Alguns autores clássicos o empregaram como v.t.d. - porém, na
linguagem atual, esse procedimento não tem mais trâmites.
Proceder (v. i. - comportar-se, provir, ter fundamento).
Vivia com austeridade, e procedia como rei.
Os retirantes procediam de longínquas terras.
Infelizmente, seu pleito não procede.
Proceder a (v.t.i. - realizar, fazer).
A polícia procederá ao inquérito.
A polícia procederá a ele.
Querer (v.t.d. - desejar).
Quero sucesso imediato.
Quero-o.
Querer a (v.t.i. - amar, estimar, bem-querer).
Quero muito a meus pais.
Quero-lhes muito.
Responder (v.t.d. - exprimindo a resposta).
O homem respondeu qualquer coisa ininteligível.
Responder a (v.t.i. e v.t.d.i. - dizer em resposta).
Todos deveriam responder ao questionário.
Os alunos responderam ao professor que não tinham estudado.
Visar (v.t.d. - apor visto, apontar para).
Não te esqueças de visar teu passaporte.
Não te esqueças de visa-lo.
Apontou o arcabuz, mas não visava o alvo.
Não o visava.
Visar a (v.t.i. - pretender, almejar, ter em vista).
Os políticos visam apenas aos seus interesses.
Visam apenas a eles.
Observações:
a) Seguido de infinitivo, pode a preposição ficar subentendida.
O pequenino visava conquistar a simpatia de todos.
b) Apesar de exemplos clássicos como transitivo direto, não se
recomenda tal procedimento na linguagem hodierna.
VERBOS COM PROBLEMAS (decorrentes do linguagem coloquial)
Chegar (v. i. - exige as preposições a ou de).
Amanhã chegaremos cedo ao colégio.
Elas chegavam de Taguatinga e iam a Sobradinho.
Observação:
O erro comum é o uso da preposição “em” em vez de “a”.
Quando cheguei em Brasília. (incorreto)
Ir (v. i. - exige as preposições “a” ou “para”).
Nessas férias, iremos a Fortaleza. (ida e retorno).
Fui transferido, estou indo para o Canadá. (ida e permanência)
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Observação: Avisei-os que a prova fora transferida. (incorreto)
O erro comum é usar a preposição “em”. o.d. o.d. > dois objetos diretos
Com licença, preciso ir no banheiro. (incorreto)
Avisei-os de que a prova fora transferida. (correto)
Namorar (v.t.d.) o.d. o. i.
Paula namorava todos os rapazes da rua.
Observação: Avisei-lhe de que a prova fora transferida. (incorreto)
O erro comum é usar-se com a preposição “com”. o.i. o.i. > dois objetos indiretos
Raimunda só foi feliz namorando com Ricardo. (incorreto)
Avisei-lhe que a prova fora transferida. (correto)
o.i. o.d.
Obedecer - desobedecer (v.t.i. - exigem a preposição “a”).
Seria bom obedeceres aos teus estímulos.
Não desobedeças ao teu pai. REGÊNCIA NOMINAL

Observação: É a relação de subordinação entre o nome e seus complementos,

O erro comum tem sido usá-los como transitivos diretos. devidamente estabelecida por intermédio das preposições
Pedrinho, não desobedeças teu pai! (incorreto) correspondentes.

Pagar - perdoar (v.t.d.i. - o.d. "coisa", o.i. "pessoa"). Acostumado (a, com)
Já paguei a prestação ao cobrador. Estava acostumado a / com qualquer coisa.
Observação: Afável (a, com, para com)
O erro comum é a construção com objeto direto "pessoa". Parecia afável a / com / para com todos.
Amanhã pagaremos os funcionários. (incorreto) Afeiçoado (a, por)
Afeiçoado aos estudos. Afeiçoado pela vizinha.
Preferir (v.t.d.i.) Aflito (com, por)
Há indivíduos que preferem o sucesso fácil ao triunfo meritório. Aflito com a notícia. Aflito por não ter notícia.
Observação: Amizade (a, por, com)
O erro comum é o uso redundante de "reforços" (antes, mais, muito Amizade à / pela / com a irmã mais velha.
mais, mil vezes, etc) e de "comparativos" (que ou do que). Analogia (com, entre)
Prefiro mil vezes um inimigo do que um falso amigo. (incorreto) Não há analogia com / entre os fatos históricos.
Apaixonado (de, por)
Residir (v. i. - exige a preposição “em”). Era um apaixonado das / pelas flores.
Ela reside na Avenida das Nações. Apto (a, para)
Observações: Estava apto ao / para o desempenho das funções.
Têm a mesma regência os verbos morar, situar-se, estabelecer-se e Ávido (de, por)
os adjetivos derivados sito, residente, morador, estabelecido. Um homem ávido de / por novidades.
Ela reside na SQN 315, estabeleceu-se na QNG, sito na casa 10. Constituído (de, por)
O erro comum é usar-se a preposição “a”. Um grupo constituído de / por várias turmas.
Todos estarão tio local determinado, sito a SCLN 314. (incorreto) Contemporâneo (a, de)
Um estilo contemporâneo ao / do Modernismo.
Simpatizar - antipatizar (v.t.i. - exigem a preposição “com”). Devoto (a, de)
Alguns não simpatizavam com o treinador. Um aluno devoto às / das artes.
Observação: Falho (de, em)
O erro comum é usá-lo como verbo pronominal, reflexivo. Um político falho de / em caráter.
Nunca me simpatizei com modas. (incorreto) Imbuído (de, em)
Imbuído de / em vaidades.
TRANSITIVOS DIRETOS E INDIRETOS Incompatível (com)
A verdade é incompatível com a realidade.
Aconselhar, autorizar, avisar, comunicar, certificar, cientificar, Passível (de)
dissuadir, ensinar, incumbir, informar, lembrar, notificar, participar, O projeto é passível de modificações.
etc. Propenso (a, para)
Sejam propensos ao / para o bem.
Alguns desses verbos admitem alternância, isto é, objeto direto e Residente (em)
indireto de "coisa" ou "pessoa", indiferentemente. Os residentes na Capital.
Vizinho (a, de)
Informei o fato aos alunos. ou Um prédio vizinho ao / do meu.
o.d. o. i.
Informei os alunos do fato. 9. OCORRÊNCIA DE CRASE
o.d. o. i.

Observação: Do grego krâsis (mistura, fusão). Em gramática normativa, significa a

O erro comum, com esses verbos, é a construção em que aparecem contração ou fusão de duas vogais em uma só (aa > à). Esse
dois objetos diretos ou dois indiretos, isto é, por excesso ou omissão fenômeno é indicado pelo acento grave.
de preposição. A crase vai ocorrer quando houver a fusão da preposição “a” com:

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1. O artigo feminino “a” ou “as”; O povo não obedecia a estas leis.
Ex.1: Refiro-me a a concorrência. O povo não obedecia àquelas leis.
prep. + art.
Ex.2: Refiro-me à concorrência. Ninguém aceitou aquilo (?).
crase
Ninguém aceitou isto.
Ninguém aceitou aquilo.
2. O pronome demonstrativo "a" ou "as";
Ex.1: Perdoarei a as que quiserem.
prep. + pron. demonstrativo
4. Crase antes de nomes de lugares
Ex.2: Perdoarei às que quiserem. Só haverá crase com nomes determinados pelo artigo a.
crase Quando formos à Bahia. (determinado por artigo)
Quando formos a Belém. (não é determinado por artigo)
3. Os pronomes demonstrativos "aquilo", "aquele" e flexões.
Ex.1: Assistirei a aquele filme. Método prático para saber se há artigo. "Versinho da Tia Júlia".
prep. + pron. demonstrativo Se estou na ou volto da, pode haver crase no a;
Ex.2: Assistirei àquele filme. Se estou em ou volto de, crase pra quê."
crase

Ex.: Os turistas dirigiam-se a (?) Califórnia.

CASOS EM QUE PODE OCORRER CRASE prep. a + art. a (Estou na Califórnia)
1. Antes de palavras femininas, claras ou subentendidas. Ex.: Os turistas dirigiam-se à Califórnia.
Dirijam-se à secretaria.
Usava bigodes à Salvador Dali. (à moda de) Observação: Nomes de lugares determinados por adjetivos, locuções
adjetivas e alguns pronomes, sempre serão determinados por artigo.
Método prático: Ex.: Ainda voltarei à Roma eterna.
Substituir a palavra feminina por masculina e observar a
consequência (a > ao = à). CASOS PARTICULARES
O orador aspirava a(?) fama.
O orador aspirava ao sucesso. 1. Com a palavra "casa"
O orador aspirava à fama. a) Significando lar (nossa própria casa). Aparece sozinha, isto é, sem
Os críticos elogiaram as(?) poesias. adjetivos, pronomes ou locuções. Nesse caso, não há crase porque
Os críticos elogiaram os poemas. não há artigo.
Os críticos elogiaram as poesias. Ex.: Ao chegarmos a casa, já era noite alta.

2. Antes dos pronomes relativos que, a qual e as quais. b) Indicando ser a casa de outrem ou estabelecimento comercial,
Dirigiu-se à que estava ao seu lado. aparece acompanhada de adjetivos, pronomes ou locuções. Nesse
As pessoas às quais aludimos moram no Sul. caso, pode haver crase: há artigo, mas depende de preposição.
Ex.: Falta pouco para chegarmos à casa dos noivos. (chegar a)
Método prático: Todos querem comprar a casa própria. (comprar - v.t.d.)
Substituir o antecedente por palavra masculina e observar a
conseqüência (a > ao > à). 2. Com a palavra "terra"
Esta caneta é igual a(?) que perdi. a) Significando terra firme (o oposto de mar, água, bordo), aparece
Este livro é igual ao que perdi. sem adjetivos, pronomes ou locuções. Nesse caso, não há crase
Esta caneta é igual à que perdi. porque não há artigo.
Ex.: Os turistas foram a terra comprar flores.
Vi a peça (?) que te referes.
Vi o filme a que te referes. b) Significando lugar (cidade, estado, país), aparece com adjetivos,
Vi a peça a que te referes. pronomes ou locuções. Nesse caso, pode haver crase: há artigo, mas
depende de preposição.
A glória a(?) qual aspirei, era efêmera. Ex.1: Os marujos retornaram à terra dos piratas. (retornar a)
O êxito ao qual aspirei, era efêmero. Ex.2: Gostaria de conhecer a terra de meus antepassados. (conhecer -
A glória à qual aspirei... v.t.d.)

3. Com os pronomes demonstrativos aquilo, aquele (e flexões) 3. Com a palavra "distância"

Não chegarás àquele patamar. A única locução adverbial formada com palavra feminina em que não
Sempre visou àquilo mesmo. ocorre crase é "a distância"; entretanto, se estiver determinada,
teremos locução prepositiva, acentuada: "à distância de".
Método prático: O povo ficou a distância do congresso.
Substituir os pronomes, respectivamente, por "isto" ou "este", O povo ficou à distância de cem metros do incêndio.
observando a presença ou não da preposição.
4. Crase Facultativa
aquilo > isto = aquilo a) Antes de nomes personativos femininos
aquele > este = aquele Os diretores dirigiram elogios a (à) Maria Helena.
aquilo > a isto = àquilo Se fosse um nome personativo masculino: Os diretores dirigiram
aquele > a este = àquele elogios a (ao) Paulo Miguel.
Como se vê o uso do artigo é facultativo.
O povo não obedecia aquelas (?) leis.

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 Curso Preparatório Brasil
Observação: Vindo o nome determinado como de pessoa amiga,
parente, a crase não mais será facultativa, porque nesse caso o uso
do artigo se fará mister.
Os diretores dirigiram elogios à Maria Helena, minha irmã.
b) Antes de pronomes possessivos adjetivos (no singular)
Antes de tudo viso a (à) minha salvação.
Se fosse um pronome masculino:
"Antes de tudo viso a (ao) meu bem-estar.", também o uso do
artigo é facultativo.
Observação: Em se tratando de pronome substantivo (e havendo a
preposição) a crase será de rigor.
Viso a (à) minha salvação e não à tua.
c) Depois da preposição "até"
Esta alameda vai até a (à) fazenda do meu pai.
Se houvesse um nome masculino:
"Esta alameda vai até o (ao) sítio do meu pai.", pode-se inferir
que é facultativa a combinação das preposições até e a para ressaltar
a idéia de limite ou exclusão.
5. Crase nas locuções formadas com palavras femininas
Acentua-se o a das locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas,
formadas com palavras femininas.
a) Locuções adverbiais
À primeira vista, o trabalho pareceu-nos bem simples.
Sempre estudei à noite e nem por isso fiquei obscuro.
b) Locuções prepositivas
Quem vive à espera de facilidades, encontra falsidades.
Triunfaremos à custa de nossos méritos.
c) Locuções conjuntivas
O flagelo aumentava à medida que as chuvas continuavam.
A proporção que subíamos, o ar tornava-se mais leve.
Observações:
1. Segundo alguns dos principais autores, às vezes, o acento grave no
"a" (à) representa a pura preposição que rege substantivo feminino,
formando locução adverbial. Se tal procedimento não fosse adotado;
teríamos, então, muitas frases ambíguas.
O rapaz cheirava a bebida. (aspirava o cheiro da bebida)
O rapaz cheirava à bebida. (exalava o cheiro da bebida)
2. Em relação à crase nas locuções adverbiais, há certa divergência
entre alguns gramáticos; porém há consenso nos casos em que possa
haver ambiguidade:
Fique a vontade na sala. Sujeito ou a. adv. modo?
10. PONTUAÇÃO
A VÍRGULA
É o sinal que indica pequena pausa na leitura. Separa termos de uma
oração e certas orações no período.
A VÍRGULA SEPARANDO TERMOS DA ORAÇÃO
a) Termos coordenados, isto é, de mesma função sintática.
Era um rapagão corado, forte, risonho.
A terra, o mar, o céu, tudo glorifica Deus.
Observação:
Normalmente não se separam termos unidos por e, nem e ou.
Possuía lavouras de trigo, arroz e linho.
Não aprecia cinema, teatro nem circo.
Os mendigos pediam dinheiro ou comida.
b) Vocativo, aposto, predicativo, palavras repetidas.
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Brasília, Capital da República, foi fundada em 1960.
Senhor, eu queria saber quem foi o poeta que inventou o beijo.
Lentos e tristes, os retirantes iam passando pela caatinga.
As paredes do hospital eram brancas, brancas.
c) Termos explicativos, retificativos, conclusivos, enfáticos...
Quer dizer que você, então, não voltou mais.
Elas, aliás, não saíam de casa.
Pois sim, faça como quiser.
Em suma, a pontuação é um problema.
Portanto, usa-se a vírgula nas expressões denotativas.
d) Termos antepostos (e repetidos pleonasticamente).
Essas palavras, eu não as disse jamais.
Aos poderosos, nada lhes devo.
e) Conjunções adversativas e conclusivas deslocadas.
O sinal estava fechado; os carros, porém, não pararam.
Já lhe comprei balas, sorvete; convém, pois, ficar calado agora.
f) Adjunto adverbial anteposto ao verbo.
Com mais de setenta anos, andava a pé.
Os convidados, depois de algum tempo, chegaram ao clube.
Observação:
Adjunto adverbial de pequeno corpo costuma dispensar a vírgula.
Amanhã, o Presidente viajará.
Quando usada, serve para dar ênfase.
g) Datas (Local e data - número e data, em documentos)
Brasília, 5 de junho de 1994.
O Decreto n° 5.765, de 18 de dezembro de 1971.
h) Zeugma (supressão do verbo constante da oração anterior)
O pensamento é triste; o amor, insuficiente,
i) Depois do "sim" e do "não", usados nas respostas.
Não, porque fui embora mais cedo.
Sim, passaremos no concurso.
A VÍRGULA SEPARANDO ORAÇÕES NO PERIODO
a) Orações coordenadas assindéticas.
O tempo não para, não apita na curva, não espera ninguém.
b) Orações coordenadas sindéticas
Você já sabe bastante, porém deve estudar mais.
Não solte balões, porque causam incêndio.
O mal é irremediável, portanto conforma-te.
Exceção: As aditivas com a conjunção "e".
O agricultor colheu o trigo e vendeu-o ao Banco do Brasil.
Observação:
Usa-se vírgula com a conjunção "e":
(1) Orações coordenadas aditivas com sujeitos diferentes:
Afinal vieram outros cuidados, e não pensei mais nisso.
O concurso foi difícil, e a prova não correspondeu ao programa.
(2) Orações coordenadas adversativas (e=mas)
Morava no Brasil, e votava na Espanha.
(3) Quando se quiser enfatizar o último termo de uma série
coordenada
Deitou-se tarde, custou-lhe dormir, pensou muito nela, e sonhou.
(4) No polissíndeto (facultativa)
 Curso Preparatório Brasil
Os dias passavam, e as águas, e os versos, e com eles ia passando a
vida.
c) Orações subordinadas adverbiais antepostas ou intercaladas.
Embora estivesse muito cansado, compareci à reunião.
Quando chegar o verão, iremos ao Sul.
As viúvas inconsoláveis, quando são jovens, sempre são consoladas.
Observações:
Com orações adverbiais pospostas, só é recomendável usar vírgula:
(1) Se a oração principal for muito extensa;
O ar poluído corrói a saúde do povo, embora não se perceba a curto
prazo.
(2) Se a oração principal vier seguida de outra qualquer.
Os alunos declararam ao diretor que estavam satisfeitos, quando o
curso acabou.
d) Orações substantivas antepostas.
Que venham todos, é preciso: estou saudoso.
e) Orações interferentes.
A História, disse Cícero, é a grande mestra da vida.
f) Orações adjetivas explicativas.
O Sol, que é uma estrela, aquece a Terra.
g) Orações reduzidas equivalentes a adverbiais.
Terminada a aula, todos saíram felizes.
h) Idéias paralelas dos provérbios.
Casa de ferreiro, espeto de pau.
Mocidade ociosa, velhice vergonhosa.
O PONTO-E-VÍRGULA
Assinala pausa maior que a vírgula e menor que o ponto.
Usa-se o ponto-e-vírgula nos seguintes casos:
a. separando os itens de uma enumeração;
A gramática normativa trata dos seguintes assuntos:
1) fonética; 2) morfologia; 3) sintaxe; 4) estilística.
b. separando as partes principais de um período, cujas secundárias
já foram separadas por vírgula;
Na volta da escola, alguns brincavam; outros, no entanto, vinham
sérios; quando chegamos. Todos riam.
c. separando orações coordenadas com a conjunção deslocada;
A aula já terminou; vocês, porém, não devem sair.
d. separando orações coordenadas (adversativas) assindéticas.
Há muitos modos de acertar, há um só de errar.
OS DOIS-PONTOS
Assinalam uma pausa para indicar que a frase não foi concluída, isto
é, há algo a se acrescentar.
Usam-se dois-pontos nos seguintes casos:
1. introduzindo citação ou transcrição;
Diz um provérbio árabe: "A agulha veste os outros, e anda nua".
2. introduzindo enumeração;
Os meios legítimos de adquirir fortuna são três: ordem, trabalho e
sorte.
3. em oração explicativa com a conjunção subentendida;
Você fez tudo errado: gritou quando não devia e calou quando não
podia.
4. com oração apositiva.
Disse-me algo horrível: que ia casar.
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10. REDAÇÃO OFICIAL
REDAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA
A Prova de Redação em Língua Portuguesa tem o objetivo de avaliar
a capacidade de expressão na modalidade escrita da Língua
Portuguesa. O candidato deverá produzir texto dissertativo, com
extensão mínima de 25 linhas e máxima de 30 linhas, legível,
caracterizado pela coerência e coesão, com base em um tema
formulado pela banca examinadora. Com a função de motivar o
candidato para a redação, despertando ideias e propiciando o
enriquecimento de informações, poderá haver, na prova, textos e
outros elementos correlacionados ao assunto em questão.
Os critérios de avaliação mais abrangentes referem-se ao
desenvolvimento do tema, à observância da apresentação e da
estrutura textual e ao domínio da expressão escrita. Em termos
restritos, estabelecem-se critérios específicos ligados a cada item que
esteja envolvido com o tema em questão.
NARRAÇÃO, DESCRIÇÃO E DISSERTAÇÃO
NARRAÇÃO: Desenvolvimento de ações. Tempo em andamento.
DESCRIÇÃO: Retrato através de palavras. Tempo estático.
DISSERTAÇÃO: Desenvolvimento de idéias. Temporais/Atemporais.
Texto
Em um cinema, um fugitivo corre desabaladamente por uma floresta
fechada, fazendo zigue-zagues. Aqui tropeça em uma raiz e cai, ali se
desvia de um espinheiro, lá transpõe um paredão de pedras
ciclópicas, em seguida atravessa uma correnteza a fortes braçadas,
mais adiante pula um regato e agora passa, em carreira vertiginosa,
por pequena aldeia, onde pessoas se encontram em atividades
rotineiras.
Neste momento, o operador para as máquinas e tem-se na tela o
seguinte quadro: um homem (o fugitivo), com ambos os pés no ar, as
pernas abertas em larguíssima passada como quem corre, um
menino com um cachorro nos braços estendidos, o rosto contorcido
pelo pranto, como quem oferece o animalzinho a uma senhora de
olhar severo que aponta uma flecha para algum ponto fora do
enquadramento da tela; um rapaz troncudo puxa, por uma corda,
uma égua que se faz acompanhar de um potrinho tão inseguro
quanto desajeitado; um pajé velho, acocorado perto de uma choça,
tira baforadas de um longo e primitivo cachimbo; uma velha gorda e
suja dorme em uma já bastante desfiada rede de embira fina,
pendurada entre uma árvore seca, de galhos grossos e retorcidos e
uma cabana recém-construída, limpa, alta, de palhas de buriti muito
bem amarradas...
Antes de exercitar com o texto, pense no seguinte:
Narrar é contar uma história. A Narração é uma sequência
de ações que se desenrolam na linha do tempo, umas após outras.
Toda ação pressupõe a existência de um personagem ou actante que
a prática em determinado momento e em determinado lugar, por
isso temos quatro dos seis componentes fundamentais de que um
emissor ou narrador se serve para criar um ato narrativo:
personagem, ação, espaço e tempo em desenvolvimento. Os outros
dois componentes da narrativa são: narrador e enredo ou trama.
Descrever é pintar um quadro, retratar um objeto, um
personagem, um ambiente. O ato descritivo difere do narrativo,
fundamentalmente, por não se preocupar com a sequência das
ações, com a sucessão dos momentos, com o desenrolar do tempo. A
descrição encara um ou vários objetos, um ou vários personagens,
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uma ou várias ações, em um determinado momento, em um mesmo
instante e em uma mesma fração da linha cronológica. É a foto de
um instante.
A descrição pode ser estática ou dinâmica.
• A descrição estática não envolve ação. Exemplos:
"Uma velha gorda e suja."
"Arvore seca de galhos grossos e retorcidos."
• A descrição dinâmica apresenta um conjunto de ações
concomitantes, isto é, um conjunto de ações que acontecem todas
ao mesmo tempo, como em uma fotografia. No texto, a partir do
momento em que o operador para as máquinas projetoras, todas as
ações que se veem na tela estão ocorrendo simultaneamente, ou
seja, estão compondo uma descrição dinâmica. Descrição porque
todas as ações acontecem ao mesmo tempo, dinâmica porque inclui
ações.
Dissertar diz respeito ao desenvolvimento de idéias, de juízos, de
pensamentos. Exemplos:
"As circunstâncias externas determinam rigidamente a
natureza dos seres vivos, inclusive o homem..."
"Nem a vontade, nem a razão podem agir independentemente
de seu condicionamento passado."
Nesses exemplos, tomados do historiador norte-americano Carlton
Hayes, nota-se bem que o emissor não está tentando fazer um
retrato (descrição); também não procura contar uma história
(narração); sua preocupação se firma em desenvolver um raciocínio,
elaborar um pensamento, dissertar. Quase sempre os textos, quer
literários, quer científicos, não se limitam a ser puramente
descritivos, narrativos ou dissertativos. Normalmente um texto é um
complexo, uma composição, uma redação, onde se misturam
aspectos descritivos com momentos narrativos e dissertativos e, para
classificá-lo como narração, descrição ou dissertação, procure
observar qual o componente predominante.
Procedimentos para fazer uma boa redação
Dominar a arte da escrita é um trabalho que exige prática e
dedicação. No entanto, conhecer seu lado teórico é muito
importante. Aqui você encontra um resumo desta teoria. Aplique-a
em seu trabalho mas não se esqueça: você precisará fazer a sua
parte, isto é, escrever.
Simplicidade
Use palavras conhecidas e adequadas. Escreva com simplicidade.
Para que se tenha bom domínio, prefira frases curtas. Amarre as
frases, organizando as idéias. Cuidado para não mudar de assunto de
repente. Conduza o leitor de maneira leve pela linha de
argumentação.
Clareza
O segredo está em não deixar nada subentendido, nem imaginar que
o leitor sabe o que você quer dizer. Evidencie todo o conteúdo da sua
escrita. Lembre-se: você está comunicando a sua opinião, falando de
suas idéias, narrando um fato. O mais importante é fazer-se
entender.
Objetividade
Você tem que expressar o máximo de conteúdo com o menor
número de palavras possíveis. Por isso não repita idéias, não use
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21
palavras demais ou outras coisas que só para aumentem as linhas.
Concentre-se no que é realmente necessário para o texto. A pesquisa
prévia ajuda a selecionar melhor o que se deve usar.
Unidade
Não esqueça, o texto deve ter unidade, por mais longo que seja. Você
deve traçar uma linha coerente do começo ao final do texto. Não
pode perder de vista essa trajetória. Por isso, muita atenção no que
escreve para não se perder e fugir do assunto. Eliminar o
desnecessário é um dos caminhos para não se perder. Para não errar,
use a seguinte ordem: introdução, argumentação e conclusão da
idéia.
Coerência
A coerência entre todas as partes de seu texto, é fator primordial
para se escrever bem. É necessário que elas formem um todo. Para
isso, é necessário estabelecer uma ordem para as idéias se
completem e formem o corpo da narrativa. Explique, mostre as
causas e as consequências.
Exemplos
Obedecer uma ordem cronológica é um maneira de se acertar
sempre, apesar de não ser criativa. Nesta linha, parta do geral para o
particular, do objetivo para o subjetivo, do concreto para o abstrato.
Use figuras de linguagem para que o texto fique interessante. As
metáforas também enriquecem a redação.
Ênfase
Procure chamar a atenção para o assunto com palavras fortes, cheias
de significado, principalmente no início da narrativa. Use o mesmo
recurso para destacar trechos importantes. Uma boa conclusão é
essencial para mostrar a importância do assunto escolhido. Remeter
o leitor à idéia inicial é uma boa maneira de fechar o texto.
Leia e Releia
Lembre-se, é fundamental pensar, planejar, escrever e reler seu
texto. Mesmo com todos os cuidados, pode ser que você não consiga
se expressar de forma clara e concisa. A pressa pode atrapalhar. Com
calma, verifique se os períodos não ficaram longos, obscuros. Veja se
você não repetiu palavras e idéias. À medida que você relê o texto,
essas falhas aparecem, inclusive, erros de ortografia e acentuação.
Não se apegue ao escrito. Refaça se for preciso. Não tenha preguiça,
passe tudo a limpo quantas vezes forem necessárias. No computador,
esta tarefa se torna mais fácil. Faça sempre uma cópia do texto
original. Assim você se sentirá à vontade para corrigir quanto quiser,
pois sabe que sempre poderá voltar atrás.
TECNICAS DE REDAÇÃO
A redação divide-se em tema, título, introdução, desenvolvimento e
conclusão e pode ser em primeira ou terceira pessoa, ou mista.
O tema é o foco do trabalho, o assunto que será desenvolvido.
O título deve ser condizente com o tema. Ex: Se o tema for ecologia,
o título deve ser a respeito dele, tipo “A fauna brasileira”.
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A introdução deve, na forma clássica, versar sobre três itens que
serão desdobrados nos três parágrafos seguintes, no caso; um item
por parágrafo. Ex: A fauna brasileira possui uma intrínseca relação
com o meio ambiente. É nesse meio entre o homem e a fauna que
estabelece-se a relação homem-natureza.
No caso, fauna brasileira, meio-ambiente e homem-natureza serão
as três primeiras palavras-chave, uma para cada parágrafo.
O desenvolvimento consiste em dois ou três parágrafos após a
introdução, um parágrafo por palavra-chave, na ordem em que
surgiu.
A média de linhas para cada parágrafo da redação fica em torno de
08, sendo 05 linhas o mínimo. Procure nunca ultrapassar 08 linhas
por parágrafo.
A conclusão é a síntese, resumo sintético da introdução e do
desenvolvimento. Na conclusão é obrigatório um início técnico, como
por exemplo: “De acordo com o acima exposto, concluo que...”,
“dado o desenvolvimento posto, chego à conclusão de que...”,
“Sendo assim, concluímos que...”, etc...
Após o início da conclusão, coloca-se o resumo das palavras-chave,
na ordem em que foram desenvolvidas, é um resumo do
desenvolvimento.
Esquema de Redação
Abaixo veremos um passo-a-passo exemplificativo para se construir
uma redação.
1-Tema.
2-Título.
3-Introdução
- com 1 parágrafo;
- com 5-6 linhas.
- com as palavras-chave da introdução.
4-Desenvolvimento( Três parágrafos).
- com 2 ou 3 parágrafos.
- parágrafo com:
- 6-8 linhas para 2 parágrafos ou;
- 5-6 linhas para 3 parágrafos.
- com a palavra-chave em cada parágrafo.
5-Conclusão (uma reflexão ou consideração final).
- com 1 parágrafo.
- parágrafo com 5-6 linhas:
EXEMPLOS DE REDAÇÕES
A seguir veremos algumas exemplos de redações feitas por alguns
alunos com suas devidas correções e competências avaliadas
conforme tabela abaixo.
Desempenho do aluno em cada competência
Nota 2,0 - Satisfatório Nota 0,5 - Fraco
Nota 1,5 - Bom Nota 0,0 - Insatisfatório
Nota 1,0 - Regular
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REDAÇÃO 01
Humanos e animais: seres de um mesmo reino
Desde os tempos remotos os seres humanos estabelecem
relações com os animais, seja ela econômica, cultural ou afetiva. Isso
repercutiu durante toda a história da humanidade, sendo que, nas
últimas décadas , cresceu o número de pessoas que possuem animais
de estimação, relacionando-se com os mesmos [eles] de diversas
maneiras.
O relacionamento ser- humano animal [entre seres humanos e
animais]de estimação deve ser amigável e equilibrado, para que
possa trazer benefícios a ambas as partes. Através de
respeito, consegue - se[conseguem-se] bons resultados, como os
obtidos com o uso de cachorros no tratamento de pacientes que
tenham depressão e/ou câncer. Nesse caso, os animais ajudam a
elevar e qualificar a autoestima da pessoa, ajudando-a a enfrentar o
tratamento com mais alegria e, em troca, recebem carinho e
atenção.
Todavia, há alguns absurdos, muitos deles divulgados
pela mídia, [mídia:]maus tratos, agressões covardes aos animais,
práticas ilícitas como rinha de galo, excesso de mimos e cuidados,
fatos esses que causam, na maioria da população, revolta e
indignação, além de poder trazer como consequência atitudes
inesperadas por parte de animais de estimação, comportamento
agressivo, fobias.
O verdadeiramente [O] necessário é reprimir os excessos e mostrar
às pessoas a maneira certa [mais adequada] de relacionar-se com
seu respectivo bicho de estimação, um convívio que, como tudo na
vida, deve estar embasado no respeito mútuo e estar inserido dentro
de certos limites de comportamento e de zelo, para que se torne
uma interação prazerosa e que traga felicidade.
Comentário geral
A estrutura dissertativa bem marcada, o bom nível de linguagem e a
argumentação coerente garantiram a eficiência do texto.
Aspectos pontuais
1) Título: é importante especificar, no título, que o paralelo
mencionado é entre humanos e animais de estimação (já
que todos são classificados como animais).
2) Segundo parágrafo: é preciso cuidar da concordância do
verbo na voz passiva sintética.
3) Terceiro e quarto parágrafos: foram compostos por frases
únicas, gerando um aglomerado de dados. É preciso
melhorar a ordenação dos dados para dar objetividade e
clareza ao texto.
Competências avaliadas
1. Demonstrar domínio da norma culta da língua escrita. 2,0
2. Compreender a proposta da redação e aplicar conceito
das várias áreas de conhecimento para desenvolver o
2,0
tema, dentro dos limites estruturais do texto
dissertativo-argumentativo.
 Curso Preparatório Brasil
Aspectos pontuais
3. Selecionar, relacionar, organizar e interpretar
informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de 2,0 1) Título: o título deve ser criativo e pessoal. O autor apenas
um ponto de vista.
copiou o tema proposto.
2) Terceiro parágrafo: a) não se usa vírgula entre sujeito e
4. Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos verbo; b) use esse para referir-se a itens já citados no texto.
1,0
necessários para a construção da argumentação.
3) Quarto parágrafo: é preciso manter o paralelo entre os
termos que nomeiam os prejuízos dos excessos.
5. Elaborar a proposta de solução para o problema
abordado, mostrando respeito aos valores humanos e 2,0 Competências avaliadas
considerando a diversidade sociocultural.

Pontuação máxima obtida: 9,0 1. Demonstrar domínio da norma culta da língua escrita. 1,5

2. Compreender a proposta da redação e aplicar conceito das

REDAÇÃO 02 várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro 2,0
dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.

Como devem ser as relações entre as pessoas e seus animais de

3. Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações,
estimação? 1,5
fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
Cada vez mais, tem sido comum acompanharmos nos noticiários
pessoas ricas que deixam suas fortunas para seus animais de 4. Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos
1,5
estimação como uma forma, ainda que exagerada, de amor e estima. necessários para a construção da argumentação.

Infelizmente, numa proporção um pouco maior,

5. Elaborar a proposta de solução para o problema abordado,
temos observados [observado]também que nem sempre esse amor mostrando respeito aos valores humanos e considerando a 2,0
se manifesta, pelo contrário, os atos de agressão violenta [física] , diversidade sociocultural.
abandono e descaso chocam a todos, a todo o momento.
A relação afetiva entre o homem e seu bicho de Pontuação máxima obtida: 8,5
estimação as [às] vezes beira a falta de bom senso. Foi noticiado
recentemente que, na Europa, uma senhora, detentora de uma REDAÇÃO 03
fortuna, deixou para seu gato uma quantia de um pouco mais de 10
milhões [de] euros, aproximadamente 30 milhões de reais. No caso A ligação entre as pessoas e seus animais de estimação
em questão, para o felino, essa herança em nada vai mudar sua vida.
Nos últimos anos, a ligação entre pessoas e seus animais de
Todavia, tal gesto quis mostrar o quão importante aquele animal
estimação está se tornando cada vez mais desequilibrada.
representava para sua dona, ainda que a iniciativa da mulher seja
Há pessoas que tratam seus animais como membros da família,
incompatível com o senso comum.
com todos os cuidados necessários que um animal precisa [de que
Recentemente, tivemos notícia na imprensa nacional, de um caso
eles precisam] , porém algumas exageram. Pintam os pelos e as
de extrema violência. Uma enfermeira, espancou [enfermeira
unhas de seus bichos, constroem quarto só para eles, fazendo com
espancou]e torturou até a morte seu cãozinho de estimação e, como
que os bichos venham a ser dependente [dependentes] de seus
se não bastasse tamanha barbárie, ainda o fez na presença se seu
donos e desenvolver[desenvolvam] problemas de comportamento,
filho de apenas 3 anos. Este [Esse] episódio teve repercussão não só
como fobias, agressividade e timidez.
no Brasil mas como [também] em todo o mundo, dada tamanha
Os animais não precisam de luxo, sapatos, roupas, joias e
crueldade empregada contra o animal indefeso.
quarto decorado, [decorado;] eles precisam de amor, carinho,
Criar um animal não é o mesmo que cultivar uma planta. Há,
afeto, água e comida. Há pessoas que maltratam seus animais
neste caso, necessidades físicas e afetivas de caráter mútuo que
jogando no rio, na rua e até mesmo espancando.
precisam ser respeitadas dentro de um equilíbrio racional. Dosar o
Vimos o caso da enfermeira que matou um cão da raça yorkshire
amor dispensado na medida certa e dar um tratamento digno é o
na frente da filha de apenas três anos. Esperamos que a justiça possa
caminho mais acertado tanto para o dono quanto para seu bicho de
resolver esse caso com seriedade e dar a ela pena [a
estimação. Os excessos sempre trazem consigo prejuízos, sejam eles
pena] merecida.
a desvirtuação do ser animal, quando o tratamos erroneamente
Devemos estar cientes ao comprar ou adotar um animal de
como pessoas, ou mesmo,quando a relação é pautada na
estimação temos [de que temos] que tratá-los da melhor forma
violência. [a violência em que se pautam algumas relações.] Para
possível, pois são seres vivos como nós e merecem todo respeito,
este último caso, deve-se aplicar, sem a menor dívida, os rigores da
porém nada de exageros e atitudes fúteis.
lei.
Comentário geral
Comentário geral
Texto dentro do tema e sem problemas gramaticais significativos,
A análise poderia ser fundamentada nos casos citados na coletânea, mas com falha no encadeamento de ideias, já que o desenvolvimento
desde que não se limitasse a eles, como aconteceu neste texto. De possui frases soltas, desarticuladas. A análise deveria apresentar uma
modo geral, a redação está muito bem redigida. progressão.

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 Curso Preparatório Brasil
Aspectos pontuais Comentário geral

1) Primeiro parágrafo: parágrafo curto, muito superficial, com pouco Antes de mais nada, deve-se notar que o autor não seguiu a
conteúdo para compor a introdução, e ainda com a repetição do proposta: tomou-a como ponto de partida para expor o que lhe
título. parece inadequado em relação aos animais, sejam eles domésticos
ou selvagens. Também não há propriamente uma argumentação,
2) Terceiro e quarto parágrafos: não passam de frases soltas, mas declarações avulsas, que terminam com uma proposta
desarticuladas, o que não dá sustentação suficiente ao excessivamente genérica de solução dos problemas.
desenvolvimento do texto.
Aspectos pontuais
Competências avaliadas 1) Primeiro parágrafo: o uso de estética aí só será explicado no
parágrafo posterior e está no limite da correção. O que o autor quer
1. Demonstrar domínio da norma culta da língua escrita. 1,5 dizer é que o cão não é um brinquedo, em que a boa aparência possa
prevalecer sobre outras qualidades de maior importância, como a
2. Compreender a proposta da redação e aplicar conceito saúde.
das várias áreas de conhecimento para desenvolver o
1,0
tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo- 2) Segundo parágrafo: notar que a criação ilegal de animais selvagens
argumentativo. não está relacionada diretamente ao tema da redação. Notar
também que é a criação que é ilegal, não os animais. Não existem
3. Selecionar, relacionar, organizar e interpretar animais legais e ilegais.
informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de 1,0
um ponto de vista. 3) Terceiro parágrafo: em que medida cadastrar os animais evitaria
os maus tratos? Os brasileiros são cadastrados pelo RG, mas isso não
4. Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos impede a ocorrência de crimes. Trata-se de uma proposta genérica
1,0
necessários para a construção da argumentação. cuja eficácia é só aparente.

5. Elaborar a proposta de solução para o problema Competências avaliadas

abordado, mostrando respeito aos valores humanos e 1,5
considerando a diversidade sociocultural.
1. Demonstrar domínio da norma culta da língua escrita. 1,0

Pontuação máxima obtida: 6,0 2. Compreender a proposta da redação e aplicar conceito

das várias áreas de conhecimento para desenvolver o
0,5
tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-
REDAÇÃO 04
argumentativo.

Animais não são de brinquedo

3. Selecionar, relacionar, organizar e interpretar
A questão fundamental quando o assunto é a relação entre os informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de 0,5
animais deestimações [estimação] e seus donos é entender que o um ponto de vista.
carinho deve existir, porém respeitando a natureza de cada um,
4. Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos
principalmente a do animal. 0,5
necessários para a construção da argumentação.
O cão, por exemplo, não é um boneco, em que prevalece a
estética em detrimento da saúde e da qualidade de vida. Ele é um 5. Elaborar a proposta de solução para o problema
ser vivo, sente dor, alegria, fome. Uma polêmica que envolve esse abordado, mostrando respeito aos valores humanos e 0,0
assunto é [a] da amputação da cauda e das orelhas de cães, que é considerando a diversidade sociocultural.
algo meramente estético, por isso é proibido por lei. Pontuação máxima obtida: 2,5
Outro caso que é combatido por orgãos [órgãos] como
o ibama[IBAMA] é a criação de animais selvagens, principalmente
os ilegais. Esses muitas vezes não estão preparados para viver entre BOA SORTE!
humanos ou seus instintos não os permitem ter uma vida doméstica,
o que acaba trazendo sérios problemas pro [para o] animal ou até
sua morte.
Um meio mais prático de combater o desrespeito a [à] natureza
dos animais de estimação é a regulamentação desses com um
cadastro nacional. Porém uma solução a longo prazo e menos
burocrática seria a conscientização das pessoas com cartilhas e
campanhas educativas fazendo-as entender qual o tipo certo de
animal para seu estilo de vida e como cuidar dele.

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