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(Subordinação).
Autor:
Décio Terror Filho
Aula 09
Décio Terror Filho
Aula 09
Sumário
3.1.3 Condicionais........................................................................................................................................................... 33
6 – Gabarito ..................................................................................................................... 74
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Décio Terror Filho
Aula 09
Olá, pessoal!
Preste muita atenção na origem de cada oração. Isso é muito importante para você compreender
sem ter que decorar.
Basicamente, são cobradas as funções sintáticas dessas orações, principalmente nas funções de
sujeito e objeto direto, por suas peculiaridades.
Além disso, é muito cobrado o reconhecimento da palavra “que”. É este vocábulo que normalmente
inicia a oração subordinada substantiva. Ela é chamada de conjunção integrante.
Para entendermos esse período, vamos retornar à estrutura básica da oração. Percebemos que os
termos sujeito, objeto direto, objeto indireto e complemento nominal são termos eminentemente
substantivos, pois seus núcleos devem ser substantivos ou palavras de valor substantivo. Os termos
predicativo e aposto podem ter núcleos substantivos ou adjetivos, mas cabe agora falarmos apenas de seu
valor substantivo.
Por exemplo, “isso” é um pronome. Por possuir valor substantivo, pode ocupar as funções sintáticas
faladas anteriormente.
Veja:
Isso é lindo. (Isso = sujeito)
Vi isso. (isso = OD)
Sei disso. (disso = OI)
Sou obediente a isso. (a isso = CN)
Ela é isso. (isso = predicativo)
Só quero uma coisa: isso. (isso = aposto)
Esse é um macete para sabermos se a palavra tem valor substantivo. Basta trocá-la pelo pronome
demonstrativo substantivo “ISSO”. Não é sempre que dá certo com o aposto, mas ele tem uma estrutura
bem característica.
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Décio Terror Filho
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Quando os termos sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicativo e aposto
(de valor substantivo) recebem um verbo, transformam-se numa oração subordinada substantiva.Veja:
Na frase 1, temos apenas uma oração (período simples), pois há apenas um verbo: “Era”. Esse verbo
é de ligação, seguido do predicativo “indispensável” e o sujeito “teu regresso”.
Na frase 2, o então sujeito “teu regresso” recebeu um verbo e foi modificado para “que tu
regressasses”. Assim, há duas orações (período composto). Note que esta oração recentemente formada
não produz sentido sozinha; por isso a chamamos de subordinada. Ela é considerada substantiva por ter sido
gerada de um termo substantivo. Para se reforçar isso, podemos trocá-la pelo pronome “isso”. Veja: Isso era
indispensável. O pronome “isso” continua na função de sujeito, então a oração sublinhada terá a função de
sujeito da oração principal.
Note que a oração subordinada substantiva será sempre o termo que falta na oração principal.
Confirme isso na frase 2: na oração principal só há verbo de ligação e predicativo, falta o sujeito, que é toda
a oração posterior. Esta oração é chamada de desenvolvida, pois possui conjunção (integrante “que”) e o
verbo está conjugado em tempo e modo verbal (regressasses).
Na frase 3, a oração sublinhada perdeu a conjunção integrante “que” e isso fez com que reduzíssemos
a quantidade de vocábulos da oração. Assim, o verbo que se encontrava conjugado passou a uma forma
infinitiva. Por esse motivo, dizemos que a oração sublinhada na frase é reduzida de infinitivo.
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Seguem agora outras estruturas em que o termo, ao receber o verbo, passa a ser uma oração
subordinada substantiva. Veja:
As orações subordinadas substantivas subjetivas são também denominadas de sujeito oracional. Vale
lembrar que o verbo da oração principal que tem como sujeito a oração subordinada substantiva subjetiva
deve ficar sempre na terceira pessoa do singular. Assim, mesmo que haja vocábulos no plural no sujeito
oracional, a oração principal permanecerá com o verbo no singular. Veja que os verbos “constava” e “Foi
anunciado” não se flexionaram no plural, mesmo o sujeito oracional possuindo vocábulos no plural.
Agora veremos o complemento verbal direto. Perceba a seguir que, nas orações principais, os verbos
possuem sujeito, são transitivos diretos e necessitam de um complemento, o qual será toda a oração
posterior.
Mas cabe uma peculiaridade da oração subordinada substantiva objetiva direta. Essas orações atuam
como objeto direto da oração principal:
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Nas frases interrogativas indiretas, as orações subordinadas substantivas objetivas diretas podem ser
introduzidas pela conjunção subordinada integrante “se” e por pronomes ou advérbios interrogativos:
Com os verbos deixar, mandar, fazer (chamados auxiliares causativos) e ver, sentir, ouvir, perceber
(chamados auxiliares sensitivos) ocorre uma forma peculiar de oração subordinada substantiva objetiva
direta reduzida de infinitivo:
Nesses três últimos casos, as orações destacadas são todas objetivas diretas reduzidas de infinitivo
e, o que é mais interessante, os pronomes oblíquos átonos atuam todos como sujeitos dos infinitivos verbais
e são conhecidos por sujeito acusativo. Essa é a única situação da língua portuguesa em que um pronome
oblíquo pode atuar como sujeito. Para perceber melhor o que ocorre, convém transformar as orações
reduzidas em desenvolvidas:
É bom esclarecer que os verbos causativos e sensitivos não formam locução verbal, porque fazem
parte de orações distintas, formando um período composto.
Agora, passemos às orações com função de objeto indireto e complemento nominal. Se o objeto
indireto e o complemento nominal (os quais são termos iniciados por preposição) recebem o verbo,
naturalmente vão continuar com a preposição antecedendo-os.
Perceba que, na completiva nominal, não é o verbo que exige o complemento, é o nome.
Teus pais estavam certos de tua volta. (Teus pais estavam certos disso.)
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Teus pais estavam certos de que tu voltarias. (Teus pais estavam certos disso.)
oração principal + oração subordinada substantiva completiva nominal
Teus pais estavam certos de voltares. (Teus pais estavam certos disso.)
oração principal + oração subordinada substantiva completiva nominal reduzida de infinitivo
Nossa maior preocupação era a chuva. (Nossa maior preocupação era isso)
sujeito + VL + predicativo
Nossa maior preocupação era que chovesse. (Nossa maior preocupação era isso)
oração principal + oração subordinada substantiva predicativa
Nossa maior preocupação era chover. (Nossa maior preocupação era isso)
oração principal + oração subordinada substantiva predicativa reduzida de infinitivo
Todas as orações até aqui elencadas puderam ser substituídas pela palavra “ISSO”. Apenas a oração
apositiva não transmite coerência com essa troca; porém, observe que a banca não cobra o nome, mas
pergunta se os dois pontos marcam o início de um aposto ou se marcam o início de um esclarecimento,
desenvolvimento de uma palavra anterior. Veja:
Agora que já vimos todas as orações substantivas, vem a pergunta: Por que temos de identificar esse
tipo de oração? Porque...
a) excetuando o aposto, vimos que esses termos substantivos não são separados por vírgula,
portanto também não podemos separar a oração subordinada substantiva de sua oração principal
por vírgula;
b) quando esse tipo de oração tiver a função de sujeito, objeto direto e predicativo, não deve haver
uso de preposição antecedendo-os;
c) a conjunção que as inicia é chamada de integrante (que, se), a qual não possui valor semântico,
nem função sintática;
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d) quando houver oração subordinada substantiva subjetiva (sujeito oracional), o verbo da oração
principal sempre ficará na terceira pessoa do singular.
Comentário: A oração principal “é necessário” apresenta o verbo de ligação “é”, o predicativo “necessário”.
Assim, falta o sujeito, que é a oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo “mudar a
escandalosa cultura de desperdício do campo brasileiro”.
Gabarito: D
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Comentário: Para saber a função sintática da oração subordinada substantiva, basta analisar a oração
principal e perceber que termo da oração está faltando.
A oração principal apresenta o sujeito “A velha” o verbo transitivo direto e indireto “disse”, o objeto
indireto “lhe” e o objeto direto é toda a oração posterior.
Gabarito: E
Comentário: Vimos as peculiaridades da oração subordinada substantiva objetiva direta, a qual pode ser
iniciada por conjunção integrante, “ que” ou “se”, além de advérbio ou pronome interrogativos. Esse foi o
caso nesta questão. A oração principal apresenta o sujeito “Ninguém”, o verbo transitivo direto “sabe” e o
termo que está faltando é o objeto direto, o qual é a oração subordinada substantiva objetiva direta “como
ela aceitará a proposta”.
Note que podemos substituí-la pela palavra “isso” (Ninguém sabe isso). Houve apenas o advérbio
interrogativo de modo “como” iniciando tal oração.
Gabarito: C
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Aula 09
Comentário: Esta questão praticamente é a mesma do concurso de 2010. Como resolvemos anteriormente,
note que podemos trocar a oração “que pedíssemos ajuda” pela palavra “isso” (Isso era necessário). Assim,
temos uma oração subordinada substantiva e a conjunção que a inicia é a integrante.
Gabarito: C
Comentário: A oração sublinhada “que os inimigos foram derrotados” pode ser substituída por “isso” (Todos
os soldados viram isso).
Na oração principal, temos o verbo “viram”, o qual é transitivo direto e tem como sujeito “Todos os
soldados”. O termo “durante o combate” é apenas o adjunto adverbial de tempo. Assim, falta o objeto direto,
que é toda a oração sublinhada.
Dessa forma, a oração em destaque é subordinada substantiva objetiva direta e a alternativa correta
é a (D).
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Décio Terror Filho
Aula 05
Gabarito: D
Comentário: A oração “que ele venha a São Paulo” pode ser substituída por “isso” (Espero isso).
Na oração principal, temos o verbo “Espero”, o qual é transitivo direto e tem como sujeito oculto
“eu”. Assim, falta o objeto direto, que é toda a oração em negrito.
Dessa forma, a oração em destaque é subordinada substantiva objetiva direta e a alternativa correta
é a (A).
Gabarito: A
Comentário: Note que podemos trocar a oração “que atravessássemos o rio” pela palavra “isso” (Isso era
necessário). Assim, temos uma oração subordinada substantiva e a conjunção que a inicia é a integrante.
Gabarito: C
Sintaxe da Oração 11
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Décio Terror Filho
Aula 05
Comentário: Lembre-se de que, para termos certeza de que há uma oração substantiva, devemos trocar a
oração por isso. (a lembrança disso).
A palavra “disso” completa o sentido do substantivo “lembrança”. Assim, ela tem a função sintática
de complemento nominal.
Como a palavra “disso” substituiu a oração sublinhada “de que a chuva poderia demorar demais”,
esta oração é chamada de subordinada substantiva completiva nominal.
Gabarito: B
Comentário: Para saber a função sintática da oração subordinada substantiva, basta analisar a oração
principal e perceber que termo da oração está faltando.
A alternativa (A) é a correta, pois a oração principal apresenta o sujeito “A noiva”, o verbo transitivo
direto “exigia” e o objeto direto é toda a oração posterior. Assim, a oração em negrito é subordinada
substantiva objetiva direta.
Na alternativa (B), a oração principal apresenta o sujeito “Seu receio”, o verbo de ligação “era” e o
predicativo é toda a oração posterior. Assim, a oração em negrito é subordinada substantiva predicativa.
Sintaxe da Oração 12
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Décio Terror Filho
Aula 05
Na alternativa (C), a oração principal apresenta o imperativo “Lembre-se”, cujo verbo é transitivo
indireto, o pronome “se” é apenas uma parte integrante do verbo e não tem função sintática, o sujeito fica
subentendido como “você” e o objeto indireto é toda a oração posterior. Assim, a oração em negrito é
subordinada substantiva objetiva indireta.
Gabarito: A
Comentário: Reforçando: para saber a função sintática da oração subordinada substantiva, basta analisar a
oração principal e perceber que termo da oração está faltando.
A oração principal apresenta o verbo transitivo direto “perguntando”, o sujeito fica subentendido (a
irmã) e o objeto direto é toda a oração posterior.
Gabarito: C
Sintaxe da Oração 13
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Décio Terror Filho
Aula 05
Comentário: No período “A solução é que você desista logo.”, há a oração principal “A solução é”, a qual
apresenta o sujeito “A solução”, o verbo de ligação “é”. Assim, o termo que está faltando é o predicativo,
que é a oração subordinada substantiva predicativa “que você desista logo” (A solução é essa).
Na alternativa (A), há a oração principal “é bom”, a qual apresenta o verbo de ligação “é” e o
predicativo “bom”. Assim, falta o sujeito, que é a oração subordinada substantiva subjetiva “Que ele volte”
(Isso é bom).
A alternativa (B) é a correta, pois há a oração principal “A única alternativa era”. Ela apresenta o
sujeito “A única alternativa” e o verbo de ligação “era”. Assim, o termo que está faltando é o predicativo, o
qual é a oração subordinada substantiva predicativa “que ele voltasse para casa” (A única alternativa era
essa).
Na alternativa (C), a oração principal apresenta o sujeito subentendido (“eu”), o verbo transitivo
indireto “esqueço”, a parte integrante do verbo “me”, a qual não tem função sintática. Assim, o termo que
está faltando é o objeto indireto, que é a oração subordinada substantiva objetiva indireta “de que fiz muito
bem para você”.
Na alternativa (D), a oração principal apresenta o sujeito subentendido (“eu”), o verbo transitivo
direto “imaginava”, o adjunto adverbial de negação “não”. Assim, o termo que está faltando é o objeto
direto, que é a oração subordinada substantiva objetiva direta “que isso causaria tanto problema em nossa
relação”.
Gabarito: B
Sintaxe da Oração 14
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Comentário: No período 1, o substantivo “ordem” exige a preposição “de”, a qual inicia a oração subordinada
substantiva completiva nominal “de viajar imediatamente”. Assim, já sabemos que o número 1 fica no último
grupo de parênteses e a alternativa (C) é a correta.
No período 2, o verbo “urgia” é intransitivo e seu sujeito é toda a oração posterior: “comprar as
vacinas para os postos de saúde”. Assim, ela é subordinada substantiva subjetiva.
No período 3, as orações enumeradas após o sinal de dois pontos fazem parte da estrutura típica do
aposto. Assim, são orações subordinadas substantivas apositivas.
No período 4, o verbo “gostam” é transitivo indireto e rege a preposição “de”, a qual inicia a oração
subordinada substantiva objetiva indireta “de ficar sozinhos no camarim, antes das cenas”.
Gabarito: C
As orações subordinadas adjetivas têm esse nome porque equivalem a um adjetivo. Em termos
sintáticos, essas orações exercem a função que normalmente cabe a um adjetivo (a de um adjunto
adnominal). Perceba isso no exemplo abaixo.
Sintaxe da Oração 15
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Aula 05
A conexão entre a oração subordinada adjetiva e a oração principal é feita pelo pronome relativo
que. Esse vocábulo não pode ser confundido com a conjunção integrante “que”, vista anteriormente, a qual
inicia uma oração subordinada substantiva. Portanto vamos às formas de se evitar o erro:
No período “Detesto gente que mente”, desenvolvem-se duas ideias, relacionadas à palavra “gente”:
a primeira é a de que eu a detesto e a segunda a de que ela mente. Assim:
Sintaxe da Oração 16
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Veja:
sujeito
Se fosse pedido para substituirmos “gente” por “pessoas”, permaneceria a semântica, mesmo um
estando no singular e o outro no plural. Mas essa substituição implicaria mudança na concordância do verbo
“mente”, que deveria flexionar-se no plural, haja vista que o pronome relativo “que” é sujeito e retomaria
“pessoas”. Assim:
Adjetivo explicativo: é aquele que denota qualidade essencial do ser, característica inerente, ou seja,
qualidade que não pode ser retirada do substantivo. Por exemplo, todo homem é mortal, todo fogo é quente,
todo leite é branco, então mortal, quente e branco são adjetivos explicativos, em relação a homem, fogo e
leite.
Adjetivo restritivo: é o adjetivo que denota qualidade adicionada ao ser, ou seja, qualidade que pode
ser retirada do substantivo. Por exemplo, nem todo homem é inteligente, nem todo fogo é alto, nem todo
leite é enriquecido, então inteligente, alto e enriquecido são adjetivos restritivos, em relação a homem, fogo
e leite.
Sintaxe da Oração 17
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Aula 05
Quando o adjetivo estiver imediatamente após o substantivo qualificado por ele, teremos o seguinte:
se ele for adjetivo explicativo, deverá estar entre vírgulas; se for adjetivo restritivo, não poderá estar entre
vírgulas. Por exemplo: “O homem, mortal, age como um ser imortal.” Nessa frase, mortal é adjetivo
explicativo, pois indica uma qualidade essencial do substantivo, por isso está entre vírgulas. Já, na frase “O
homem inteligente lê mais.”, inteligente é adjetivo restritivo, pois se entende que nem todo homem lê muito,
por isso não está entre vírgulas.
Assim, o adjetivo pode ter o valor restritivo (especifica o sentido do termo antecedente,
individualizando-o) e explicativo (realça um detalhe ou amplifica características básicas sobre o antecedente,
que já se encontra suficientemente definido). Como aprofundamento disso, vejamos o adjetivo “inteligente”.
Na frase 1, esse adjetivo possui valor básico do homem: ser pensante, que raciocina. Essa é a condição
básica para que ele possa ter a capacidade cognitiva e então através dos séculos ter a possibilidade de isso
ser ampliado. Esse adjetivo está entre vírgulas para marcar o valor explicativo.
Na frase 2, esse mesmo adjetivo possui valor semântico diferente, pois se sabe que nem todos os
homens deixam de jogar o lixo no chão. Então esse não é um princípio só do poder de raciocínio, mas da
virtude, da educação. Assim, inteligente, neste caso, é o mesmo que educado. Como sabemos que nem
todos são educados, há certamente um valor restritivo. Por isso esse vocábulo não está separado por
vírgulas.
Portanto, se o adjetivo explicativo é trocado por um verbo, tornar-se-á uma oração subordinada
adjetiva explicativa. Se o adjetivo restritivo é trocado por um verbo, tornar-se-á oração subordinada
adjetiva restritiva. O uso de vírgula continua da mesma forma como explicado anteriormente. Veja:
O homem, que é inteligente, dobra sua capacidade cognitiva através dos séculos.
período composto
Sintaxe da Oração 18
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Aula 05
Dependendo do uso da vírgula numa oração adjetiva, haverá mudança de sentido. Em determinados
momentos, a vírgula poderá ser inserida ou retirada, isso fará com que a oração mude o sentido, mas não
quer dizer que haverá incoerência com os argumentos do texto. Exemplo:
Uma forma prática de se enxergar melhor a restrição é subentendendo a expressão somente aquele
que.
Assim, no primeiro período, observa-se que somente o irmão de Angélica o qual mora em Paris foi
encontrado por mim, os outros irmãos dela não foram citados no contexto. Portanto, sem vírgulas, entende-
se que ela tem mais de um irmão.
Já, no segundo período, entende-se que a característica básica de irmão de Angélica é ser morador
de Paris, pois ele é o único irmão. Veja outros:
No primeiro período, entende-se que somente oitocentos alunos do curso farão a prova da OAB, os
outros não. Então o curso possui mais de oitocentos alunos. No segundo período, percebe-se que todo o
efetivo discente do curso fará a prova da OAB. E sua totalidade é de oitocentos alunos.
No primeiro período, alguém foi convidado a escolher uma joia ainda não apreciada, conhecida pela
felizarda. A joia da qual gostar poderá ser escolhida. Ao passo que, no segundo período, a pessoa
presenteada já conhecia a joia e já gostava dela, por isso passou a haver a característica explicativa.
Quando são introduzidas por um pronome relativo e apresentam verbo conjugado em modo e tempo
verbal, as orações subordinadas adjetivas são chamadas de desenvolvidas. Além delas, existem as orações
subordinadas adjetivas reduzidas, que não são introduzidas por pronome relativo (podem ser introduzidas
por preposição) e apresentam o verbo numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio).
Sintaxe da Oração 19
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No primeiro período, há uma oração subordinada adjetiva desenvolvida, já que é introduzida pelo
pronome relativo “que” e apresenta verbo conjugado no pretérito perfeito do indicativo. No segundo, há
uma oração subordinada adjetiva reduzida de infinitivo: não há pronome relativo e seu verbo está no
infinitivo.
Comentário: A palavra “que” pode ser substituída por “os quais”. Assim, sabemos que é pronome relativo e
a oração “que visitam um blog” é subordinada adjetiva restritiva e naturalmente particulariza, restringe o
termo ao qual se refere, isto é, “Os internautas”.
Gabarito: B
Sintaxe da Oração 20
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e) Pode-se usar um travessão no lugar da primeira vírgula e manter as demais sem prejuízo.
Comentário: A primeira vírgula separa toda a estrutura adverbial antecipada, que é “No eterno criar e recriar
da atividade verbal”. As demais vírgulas separam os núcleos enumerados do sujeito composto “a
criatividade, a semanticidade, a intersubjetividade, a materialidade e a historicidade”. Veja:
Gabarito: B
Comentário: Os parênteses marcam uma apreciação, um julgamento do autor, o qual pode ser entendido
como comentário à parte do autor. Dessa forma, a alternativa (D) é a correta.
Gabarito: D
Comentário: Para encontrarmos a oração adjetiva, devemos identificar o pronome relativo “que”,
substituindo-o por “o qual” e suas variações.
Sintaxe da Oração 21
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Aula 05
A alternativa (A) é a correta, pois não há oração adjetiva. Note que o verbo “dizer” é transitivo direto,
por isso a oração “que... tento provar-lhe” é subordinada substantiva objetiva direta. A oração “desde que
esse menino nasceu” é subordinada adverbial temporal. Como o verbo “provar” é transitivo direto e indireto,
o pronome “lhe” é objeto indireto e a oração “que já não estamos” é subordinada substantiva objetiva direta.
Na alternativa (B), podemos trocar “que” por “a qual”, pois retoma “manta escocesa”, por isso a
oração “que a mãe da gente trouxe embaixo do braço” é subordinada adjetiva.
Na alternativa (C), podemos trocar o segundo “que” por “a qual”, pois retoma “gente”, por isso a
oração “que gosta” é subordinada adjetiva.
Na alternativa (D), podemos trocar “que” por “o qual”, pois retoma “guarda-roupa”, por isso a oração
“que é para você” é subordinada adjetiva. Além disso, podemos trocar o outro “que” por “o qual”, pois
retoma “você”, por isso a oração “que é provido de cabides” é subordinada adjetiva.
Na alternativa (E), podemos trocar “que” por “os quais”, pois retoma “chinelos”, por isso a oração
“que ficam sempre emborcados” é subordinada adjetiva.
Gabarito: A
Comentário: A primeira oração apresenta a preposição “para”, a qual pode ser substituída pela locução
prepositiva “a fim de”. Assim, temos certeza de que inicia uma oração subordinada adverbial final reduzida
de infinitivo. Com isso, eliminamos as alternativas (A), (D) e (E).
Gabarito: B
Sintaxe da Oração 22
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Comentário: A alternativa (A) está errada, pois a oração “que podem comprar alimentos no mercado
interno” é subordinada adjetiva explicativa.
A alternativa (B) está errada, pois a oração “de que a prisão é a privação da liberdade” é subordinada
substantiva completiva nominal.
A alternativa (C) está errada, pois a oração “que está totalmente reabilitado” é subordinada
substantiva objetiva direta.
A alternativa correta é a (D), pois a oração principal apresenta o sujeito “A diferença do sistema de
execução penal norueguês em relação ao brasileiro”, o verbo de ligação “é” e a oração sublinhada é
subordinada substantiva predicativa.
A alternativa (E) está errada, pois a oração “de que bandido bom é bandido morto” é subordinada
substantiva completiva nominal.
Gabarito: D
Comentário: A palavra “que” é pronome relativo, porque podemos substituí-la por “o qual”.
Sintaxe da Oração 23
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“Há pai o qual nunca viu o próprio filho. Marido o qual nunca viu a própria mulher.”
Sabemos que o pronome relativo retoma o nome anterior e cumpre uma função sintática. Assim,
dentro da oração “que nunca viu o próprio filho”, o verbo “viu” tem como sujeito o pronome relativo “que”,
o qual retoma “pai”. Assim, entendemos que algum pai nunca viu o próprio filho. O mesmo ocorre no período
seguinte, pois entendemos que algum marido nunca viu a própria mulher.
Gabarito: C
Comentário: O pronome relativo “que” é aquele que conseguimos substituir por “o qual” ou suas variações.
Na alternativa (A), a palavra “que” está associada ao intensificador “tão”. Assim, “tão...que” é
expressão de valor consecutivo (consequência), o qual será visto adiante. O que importa agora é que não
conseguimos substituir esse “que” por “o qual” ou suas variações.
Na alternativa (B), a palavra “que” é conjunção integrante, pois inicia uma oração subordinada
substantiva objetiva direta. Veja que conseguimos substituir toda a oração substantiva “que a mulher foi
feita para você” por “isso” (reconhecer isso).
A alternativa (C) é a correta, pois podemos substituir “que” por “o qual”, haja vista que o pronome
relativo retoma a palavra “homem”. Veja:
Na alternativa (D), a palavra “que” é conjunção integrante, pois inicia uma oração subordinada
substantiva objetiva direta. Veja que conseguimos substituir toda a oração substantiva “que era ela” por
“isso” (sabia isso).
Sintaxe da Oração 24
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Na alternativa (E), há apenas uma locução de valor adverbial de lugar (“onde quer que”).
Gabarito: C
Comentário: Na alternativa (A), realmente o vocábulo “que” é um pronome relativo, porém ele não retoma
a expressão “futuras gerações”; primeiro, porque esta se encontra bem distante; segundo, porque o próprio
contexto nos indica que quem pode apoiar a prosperidade das comunidades humanas e ecológicas da Terra
são “os valores, tradições e instituições”.
A alternativa (B) é a correta, pois o vocábulo “que” realmente é pronome relativo e retoma os dois
termos sublinhados abaixo, haja vista que entendemos que são a “diversidade biológica” e os “processos
naturais” que sustentam a vida. Veja:
“Proteger e restaurar a integridade dos sistemas ecológicos da Terra, com especial preocupação pela
diversidade biológica e pelos processos naturais que sustentam a vida.”
A alternativa (C) está errada, pois o vocábulo “que” pode ser substituído por “os quais”. Assim, é
pronome relativo, e não conjunção integrante.
A alternativa (D) está errada, pois a locução conjuntiva “de forma que” inicia oração subordinada
adverbial consecutiva. Assim, não cabe conjunção integrante.
Gabarito: B
Sintaxe da Oração 25
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Aula 05
Comentário: Foram destacadas abaixo as orações subordinadas adjetivas. Note que apenas uma está
precedida de vírgula. Esta é explicativa. As demais são restritivas.
Note também que há duas orações adjetivas coordenadas entre si: “que não sabem ler” e “morrem
de fome aos vinte e sete anos”. Assim, conforme abaixo sublinhado, há 5 orações subordinadas adjetivas
restritivas e uma explicativa e a alternativa (C) é a correta. Confirme:
O branco açúcar que adoçará meu café/ nesta manhã de Ipanema/ não foi produzido por mim/ nem surgiu
dentro do açucareiro por milagre./ [...] Este açúcar era cana/ e veio dos canaviais extensos/ que não nascem
por acaso/ no regaço do vale./ Em lugares distantes, onde não há hospital nem escola,/ homens que não
sabem ler e morrem de fome/ aos vinte e sete anos/ plantaram e colheram a cana que viraria açúcar.
Gabarito: C
Comentário: Para saber identificar a oração adjetiva, basta trocar o pronome relativo “que” por “o qual” e
suas variações.
Sintaxe da Oração 26
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Aula 05
Sabendo-se que a oração substantiva é aquela que podemos substituir por “isso”, a alternativa (A) é
a correta. A oração principal apresenta o sujeito “O problema”, o verbo de ligação “é” e a oração “que sua
proposta não me agrada” é subordinada substantiva predicativa.
As demais alternativas apresentam orações adjetivas, pois podemos substituir o pronome relativo
“que” por “o qual” e suas variações:
Gabarito: A
Comentário: Vimos que as orações subordinadas adjetivas são iniciadas pelo pronome relativo.
Fica fácil perceber isso porque podemos substituir o “que” por “o qual”, “a qual”, “os quais”, “as
quais”. Assim, sabemos que as frases acima apresentam orações adjetivas justamente porque podemos fazer
tal substituição. Veja:
Todos os brasileiros que desejam ingressar na Força Aérea Brasileira devem gastar longas horas de estudo e
dedicação.
Sintaxe da Oração 27
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Todos os brasileiros os quais desejam ingressar na Força Aérea Brasileira devem gastar longas horas de
estudo e dedicação.
Todos os brasileiros, que desejam ingressar na Força Aérea Brasileira, devem gastar longas horas de estudo
e dedicação.
Todos os brasileiros, os quais desejam ingressar na Força Aérea Brasileira, devem gastar longas horas de
estudo e dedicação.
Como vimos que a oração adjetiva sem vírgula é restritiva e a com vírgula é explicativa, na primeira
oração, entendemos que nem todos os brasileiros desejam ingressar na Força Aérea Brasileira. Com a vírgula,
todos os brasileiros desejam ingressar na Força Aérea Brasileira. Assim, a alternativa correta é a (C).
Gabarito: C
A oração acima possui a estrutura básica S V O: “O candidato passou no concurso”. O termo “devido
ao seu esforço no estudo” é o adjunto adverbial. Esse termo transmite a causa de o aluno ter passado no
concurso. Por isso, podemos inserir a vírgula facultativamente. Esta estrutura não foi obrigatória, ela foi
inserida para que houvesse mais clareza e situasse melhor o leitor sobre a circunstância que levou o
candidato à aprovação.
Agora, perceba o seguinte: se disséssemos somente “Devido ao seu esforço no estudo”, alguém
entenderia o enunciado?
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Por isso, dizemos que esta estrutura é dependente da estrutura S V O, isto é: subordinada à principal:
vírgula facultativa
Quando esse adjunto adverbial recebe um verbo, observamos que passaremos a ter duas orações: a
principal e a subordinada adverbial causal.
vírgula facultativa
Diferentemente das orações coordenadas que são independentes umas das outras e por isso o nome
da primeira é oração inicial, a oração principal é a base para que a oração subordinada possa se apoiar nela,
para transmitir coerência.
A oração subordinada é aquela que depende da principal para ter sentido, assim como aconteceu
com o adjunto adverbial, no exemplo acima.
Porque foi gerada de um adjunto adverbial. Veja, bastou inserir o verbo “esforçou”, para que
houvesse a oração adverbial.
Tanto o adjunto adverbial quanto a oração adverbial podem deslocar-se para o início ou para o meio
da estrutura principal. E, com isso, a vírgula será empregada.
Via de regra, a oração subordinada adverbial, quando posposta à oração principal, será iniciada por
vírgula facultativamente. Mas, se for antecipada ou intercalada, receberá vírgula ou vírgulas
obrigatoriamente.
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Agora, intercalando...
vírgulas obrigatórias
vírgulas obrigatórias
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As orações subordinadas podem ser divididas também em dois tipos: desenvolvidas (aquelas que
possuem conjunção e verbos conjugados em modos e tempos verbais);
reduzidas (aquelas que perdem a conjunção e por isso os verbos passam a uma das formas nominais:
gerúndio, infinitivo e particípio).
Muitas vezes a banca pede para desenvolver a oração reduzida, inserindo a conjunção adequada à
sua circunstância (valor semântico), por isso veremos os valores das orações adverbiais.
3.1.1 Causais
Exprimem causa, motivo, razão. Esta oração faz parte da estrutura causa-consequência, em que a
origem ocorre temporalmente antes. E a consequência, por ser o resultado, ocorre depois. As principais
conjunções causais são: porque, pois, que, como (quando a oração adverbial estiver antecipada), já que, visto
que, desde que, uma vez que, porquanto, na medida em que, que, etc:
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Observações:
I - A conjunção se também pode transmitir valor de causa a orações que funcionam como base ou
ponto de partida de um raciocínio, em construções como:
II - Vimos anteriormente que as conjunções porque, porquanto e pois podem ser coordenativas
explicativas. Agora, percebemos que elas também podem ser causais. A diferença básica entre elas é que a
oração subordinada adverbial causal transmite a origem, a base de um resultado posterior, por isso dizemos
que o processo verbal nela veiculado é anterior ao da oração principal.
Veja:
A razão (causa) de o carro ter parado foi a falta de combustível. Note que a conjunção causal “porque”
inicia a oração “porque ficou sem combustível”, a qual ocorreu antes de o carro ter parado, por isso é
entendida como causa, razão, motivo.
Aquele carro deve ter ficado sem combustível, pois está parado na rodovia.
oração principal + oração coordenada sindética explicativa
(ocorreu depois)
Veja que, agora, a oração iniciada pela conjunção “pois” (“pois está parado na rodovia”) não ocorreu
antes de o combustível supostamente ter acabado. Isso ocorreu depois. Por esse motivo, esta oração iniciada
pela conjunção “pois” não é a causa, mas a explicação de alguém ter achado que o combustível acabou.
3.1.2 Consecutivas
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Nesta estrutura, os intensificadores tal, tamanho, tão, tanto podem ficar subentendidos.
II – locuções conjuntivas “de maneira que”, “de jeito que”, “de ordem que”, “de sorte que”, “de modo
que”, etc:
“As notícias de casa eram boas, de maneira que pude prolongar minha viagem.” (Domingos
Paschoal Cegalla)
Lúcia não pode ver uma roupa bonita na vitrine sem que a queira comprar.
Lúcia não pode ver uma roupa bonita na vitrine sem que a queira comprar.
Lúcia não pode ver uma roupa bonita na vitrine, que não a queira comprar.
Perceba que, na primeira estrutura, a preposição sem tem valor de negação; na segunda, sua
ausência é substituída pelo advérbio de negação “não”.
3.1.3 Condicionais
Nesta relação de condição, hipótese, é muito cobrada a correlação de modo e tempo verbal. Veja:
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Se uma condição é expressa no futuro ou presente, há condições de cumpri-la; por isso o resultado
expresso na oração principal é provável. Não há certeza de o candidato ser aprovado, mas há grande
possibilidade.
Já numa condição expressa no passado, não há condições de cumpri-la; por isso o resultado expresso
na oração principal é pouco provável, ou mesmo improvável. A banca normalmente pede para substituir as
conjunções ou os verbos.
Algumas vezes, por motivo de ênfase e reforço motivacional, o autor do texto troca o tempo verbal
da oração principal de futuro do presente para presente do indicativo e futuro do pretérito para pretérito
imperfeito do indicativo. Veja a diferença:
Além das conjunções condicionais se e caso, há também as locuções conjuntivas contanto que, desde
que, salvo se, sem que (=se não), a não ser que, a menos que, dado que.
“A carinha podia ser de chinesa, fossem os olhos mais enviesados.” (Raquel de Queirós)
Note a última construção. A conjunção condicional fica subentendida, e com isso é imprescindível
entender a correlação verbal para que não haja dúvida neste valor semântico.
As locuções conjuntivas condicionais desde que, dado que, uma vez que podem ser confundidas com
as causais. Para não ficar com dúvida, verifique que os verbos nas orações condicionais ficam no modo
subjuntivo, enquanto os das orações causais ficam no modo indicativo. Compare esses exemplos nos
respectivos valores adverbiais vistos anteriormente.
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3.1.4 Concessivas
Exprimem um fato que se concede, que se admite, em oposição ao da oração principal. As conjunções
são: embora, conquanto, que, ainda que, mesmo que, ainda quando, mesmo quando, posto que, por mais
que, por muito que, por menos que, se bem que, em que (pese), nem que, dado que, sem que (=embora não).
Em que pese à autoridade deste cientista, não podemos aceitar suas afirmações. (Domingos
Paschoal Cegalla)
Deve-se tomar muito cuidado quando a banca pedir a substituição de conjunção ou locução
conjuntiva por preposição ou locução prepositiva. Veja:
Ao se substituir a conjunção embora pela preposição mesmo, o verbo é obrigado a sair da forma
conjugada em modo e tempo verbal para a forma nominal gerúndio. Isso fará com que esta oração seja
reduzida de gerúndio:
Se fosse substituída pela locução prepositiva “apesar de”, a oração seria reduzida de infinitivo:
3.1.5 Comparativas
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Como a flor se abre ao sol, assim minha alma se abriu à luz daquele olhar.
3.1.6 Conformativas
Exprimem acordo ou conformidade de um fato com outro. Suas conjunções são: como, conforme,
segundo, consoante. Geralmente é usado para reforçar argumento. A oração principal é a declaração feita
pelo autor e a oração subordinada adverbial conformativa é a base de sustentação do argumento, muito
marcado por leis, regulamentos, fala de especialistas, etc. Esse valor adverbial é vastamente explorado como
argumento de autoridade:
“Digo essas coisas por alto, segundo as ouvi contar.” (Machado de Assis)
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3.1.7 Proporcionais
Iniciam ideia de proporção, com as locuções conjuntivas à proporção que, à medida que, ao passo
que, quanto mais ... tanto mais, quanto mais ... tanto menos, quanto mais ... tanto menos, quanto menos ...
tanto mais, quanto mais ... mais, quanto menos ... menos, tanto ... quanto (como).
Não são corretas as locuções à medida em que, na medida que, a medida que, com valor de
proporção, cabendo apenas à medida que. Outro detalhe, não há crase em locuções conjuntivas de outro
valor, somente há nas proporcionais: “à medida que” e “à proporção que”.
3.1.8 Finais
Indicam finalidade, objetivo, com as locuções conjuntivas: para que, a fim de que, que (= para que),
porque (= para que):
3.1.9 Temporais
Indicam o tempo em que se realiza o fato expresso na oração principal, podendo ser um tempo geral,
concomitante, antes ou depois de um referente. Suas conjunções: quando, enquanto, logo que, mal (= logo
que), sempre que, assim que, desde que, antes que, depois que, até que, agora que, ao mesmo tempo que,
toda vez que.
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Vamos às questões!
Comentário: A palavra “como” é uma conjunção conformativa, pois entendemos que as forças navais podem
se valer das características geográficas locais, conforme fez o comandante naval grego Temístocles, em 480
a.C. quando atraiu as forças persas para a baía de Salamina”. Assim, a conjunção “como” pode ser substituída
por “conforme”, “segundo”, “consoante”.
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Gabarito: D
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois a oração “ao atrair as forças persas para a baía de Salamina”
é subordinada adverbial temporal reduzida de infinitivo.
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A alternativa (B) está errada, pois a oração “dificultando fainas e manobras e, não poucas vezes” é
subordinada adjetiva reduzida de gerúndio. Note que podemos desenvolvê-la da seguinte forma: que
dificultam fainas e manobras e, não poucas vezes.
A alternativa (C) está errada. É certo que a oração “atingido pelo fogo da artilharia do Bismarck” é
subordinada adjetiva reduzida de particípio. Note que podemos desenvolver para “que foi atingido pelo fogo
da artilharia do Bismarck”. Porém, como tal oração é precedida de vírgula, é adjetiva explicativa, e não
restritiva.
A alternativa (D) está errada, pois a oração “sofrendo o calor tropical escaldante ou o frio intenso” é
subordinada adverbial consecutiva reduzida de gerúndio. Note que podemos desenvolvê-la para “de modo
que sofrem o calor tropical escaldante ou o frio intenso”.
Gabarito: E
Comentário: Na alternativa (A), a oração “porque cortei uma iba de assa-peixe” é subordinada adverbial
causal.
A alternativa (C) é a que devemos marcar, pois “onde” é um pronome relativo, o qual pode ser
substituído por “em que” ou “na qual”, pois retoma “areia”. Assim, a oração “onde o sol dourado atravessa
a água rasa” é subordinada adjetiva. Na aula de regência falaremos bastante deste pronome relativo.
Na alternativa (D), a oração “como aquela menina rica” é subordinada adverbial comparativa.
Na alternativa (E), a oração “até não poder mais” é subordinada adverbial temporal.
Gabarito: C
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A alternativa (A) está correta, pois “Ainda que” é uma locução conjuntiva concessiva.
A alternativa (C) está correta, pois a conjunção “que” tem valor concessivo. Para ficar mais claro, note
que podemos substituir “por muito prolongado que tenha sido” por “embora tenha sido muito prolongado”.
Assim, confirmamos o valor adverbial concessivo.
A alternativa (D) está correta, pois a preposição “antes” tem valor temporal. Assim, a oração “Antes
de adormecer” é subordinada adverbial temporal reduzida de infinitivo.
A alternativa (E) é a errada, pois a oração subordinada adverbial consecutiva é “que trabalhavam na
telha negra”, e não o trecho “tão insignificante e miúdo como as aranhas”, que se encontra na oração
principal.
Gabarito: E
Comentário: Notamos que as alternativas (A), (B), (D) e (E) apresentam a conjunção condicional “se”.
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Porém, na alternativa (C), na oração principal “O homem não me perguntava”, há o verbo transitivo
direto e indireto “perguntava”, o pronome “me” é objeto indireto e a oração “se eu tinha guardado a
miserável correia” é subordinada substantiva objetiva direta. Observe que a palavra “se” é uma conjunção
integrante.
Gabarito: C
Comentário: É importante notar que a locução conjuntiva “ao passo que” transmite valor proporcional, mas,
a depender do contexto, pode ter valor de oposição, de contraste.
Notamos entre as orações o contraste nas expressões “trabalhador” e “não gostam de trabalhar”.
Assim, a locução conjuntiva “ao passo que” transmite valor de contraste e a alternativa (E) é a correta.
Gabarito: E
Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois a locução conjuntiva “sem que” tem valor condicional.
Entendemos deste período que a condição para sair daqui é tudo ficar esclarecido: Só sairá daqui se tudo
ficar esclarecido.
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Na alternativa (B), a conjunção “que” é precedida do intensificador “tanto”, por isso a oração “que
mal escreveu o seu nome” é subordinada adverbial consecutiva.
Na alternativa (C), o verbo “ignoramos” é transitivo direto e a oração “que a vida passa depressa” é
subordinada substantiva objetiva direta.
Na alternativa (E), a conjunção “Como” transmite circunstância de causa. Assim, a oração “Como
morava na cidade vizinha” é subordinada adverbial causal.
Gabarito: A
Comentário: A locução conjuntiva “para que” é adverbial de finalidade. Assim, a alternativa (E) é a correta.
Gabarito: E
Comentário: A conjunção “mas” transmite a ideia de oposição, logo é uma conjunção coordenativa
adversativa.
Sintaxe da Oração 43
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A alternativa (A) está errada, pois “onde” introduz uma ideia de lugar.
A alternativa (B) está errada, pois “conforme” introduz uma ideia de conformidade (“de acordo
com”).
A alternativa (C) está errada, pois “porque” introduz uma ideia de causa.
A alternativa (D) está errada, pois “a fim de” introduz uma ideia de finalidade.
A alternativa (E) é a correta, pois a conjunção “embora”, apesar de ser uma conjunção subordinativa
adverbial concessiva, também transmite uma ideia de oposição.
Gabarito: E
Comentário: Na alternativa (A), a oração subordinada adverbial intercalada “ao mostrarem respeito” é
separada por dupla vírgula obrigatoriamente. Veja:
A alternativa (B) é a correta, pois a oração subordinada adverbial que se encontra após a oração
principal recebe vírgula facultativa.
"O detento é obrigado a mostrar progressos, para provar que pode ser reincluído na sociedade."
Na alternativa (C), a vírgula marca a omissão da locução verbal “chega a registrar”. Assim, a vírgula é
obrigatória. Veja:
Na alternativa (D), a oração subordinada adverbial antecipada “Para controlar o ócio” deve ser
separada por vírgula.
Sintaxe da Oração 44
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Na alternativa (E), a vírgula é obrigatória para separar a oração coordenada assindética aditiva
“comida fornecida pela prisão” da anterior.
"Cada bloco contém uma cozinha, comida fornecida pela prisão e preparada pelos presos."
Gabarito: B
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois a preposição “para” nunca terá valor condicional, mas de
finalidade.
A alternativa (B) é a correta, pois a conjunção “e” é coordenativa aditiva, por isso adiciona a ação de
projetar e instalar o genoma.
A alternativa (C) está errada e pode ter trazido dúvida na interpretação, pois, ao simplesmente trocar
pela conjunção “conforme”, pareceria estar correta a construção.
Porém, há de se observar a intenção de comparação neste conectivo. Prova disso é que conseguimos
subentender a expressão “da mesma forma como”, no lugar da conjunção “como”. Isso reforça bem o valor
comparativo.
A alternativa (D) está errada, pois “porém” é conectivo coordenativo adversativo, e não concessivo.
Note que as orações coordenadas não se referem a oração principal, mas a outra oração coordenada ou
também chamada de inicial.
Sintaxe da Oração 45
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A alternativa (E) está errada, pois a preposição “para que” nunca terá valor explicativo, mas de
finalidade.
Gabarito: B
Comentário: No primeiro período, o vocábulo “que” tem valor adverbial concessivo, pois podemos substituí-
lo por “embora”. Compare:
A segunda ocorrência do “que” é advérbio, haja vista que ele intensifica o adjetivo “bom” e podemos
trocá-lo pelo também advérbio de intensidade “muito”. Compare:
A terceira ocorrência do “que” é substantivo, pois foi precedido do artigo indefinido “um”, o que o
forçou a ser um monossílabo tônico terminado em “e”, por isso foi acentuado.
Sintaxe da Oração 46
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Aula 05
A quarta ocorrência é uma conjunção coordenativa adversativa, pois podemos substituí-la por “mas”.
Compare:
A quinta ocorrência faz parte da locução conjuntiva adverbial consecutiva “de tal modo que”.
Gabarito: D
Comentário: A locução conjuntiva “se bem que” é subordinativa adverbial concessiva, pois podemos notar
o valor de contraste. Assim, dentre as alternativas, a correta é a (C), pois “posto que” só pode ter valor
adverbial concessivo.
As conjunções “porque” e “porquanto” têm valor de causa, “para que” tem valor de finalidade e “sem
que”, mesmo tendo a noção de concessão, nega a ideia de ter estado, por causa da preposição “sem”. Já o
contexto pede a ideia de estar presente: tenhas estado no local dos acontecimentos.
Gabarito: C
Sintaxe da Oração 47
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Comentário: A locução conjuntiva “Ainda que” só pode ter valor adverbial concessivo, assim como a
conjunção “embora”, “conquanto”.
Gabarito: E
Comentário: Já havíamos visto esta questão na aula anterior, quando destacamos a diferença entre a causa
e a explicação. Porém, você ainda não tinha visto os valores adverbiais das demais alternativas. Após termos
vistos todas nesta aula, fica mais fácil identificá-las.
A alternativa (A) é a correta, pois a oração “porque amanhã haverá uma prova” é coordenativa
sindética explicativa tendo em vista que amenizou a ordem “Estude”, soando como conselho.
Na alternativa (B), a oração “que teve um ótimo desempenho na prova” é subordinada adverbial
consecutiva. Basta notar o intensificador “tanto”, na oração principal.
Na alternativa (C), a oração “desde que estude” é subordinada adverbial condicional. Bastaria trocar
pela conjunção “caso” para confirmar esse valor.
Na alternativa (D), a oração “assim que chegaram na escola” é subordinada adverbial temporal. A
locução conjuntiva “assim que” só pode ter esse valor. Assim fica mais fácil.
Na alternativa (E), a oração “porque viajou” é subordinada adverbial causal e você pode substituir
por “já que” para ter a confirmação.
Gabarito: A
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Comentário: Vimos que a locução conjuntiva “uma vez que” inicia oração subordinada adverbial causal. Para
reforçar isso, veja que podemos substituir essa locução por “já que”, “porque” dentre outras de mesmo
valor. Veja:
O desafio consiste em garantir o abastecimento às grandes cidades brasileiras nos próximos anos, uma vez
que é previsto crescimento populacional e, consequentemente, aumento das demandas de consumo.
O desafio consiste em garantir o abastecimento às grandes cidades brasileiras nos próximos anos, já que é
previsto crescimento populacional e, consequentemente, aumento das demandas de consumo.
O desafio consiste em garantir o abastecimento às grandes cidades brasileiras nos próximos anos, porque é
previsto crescimento populacional e, consequentemente, aumento das demandas de consumo.
Gabarito: C
Comentário: A locução conjuntiva “uma vez que” é subordinativa adverbial causal e pode ser substituída
pelos conectivos de mesmo valor “porque”, “visto que”, “porquanto” e “já que”.
Sintaxe da Oração 49
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Porém, a locução conjuntiva “apesar de que” tem valor adverbial concessivo, por isso devemos
marcar a alternativa (C).
Gabarito: C
Comentário: A questão pede a função sintática das orações. Observando as alternativas, percebemos que
cada oração em negrito possui uma função sintática diferente. Porém, uma é adjetiva e as demais são
adverbiais. É justamente isso que a banca queria que você percebesse.
A alternativa (A) é a que devemos marcar, pois a oração em negrito é subordinada adjetiva restritiva
reduzida de gerúndio. Veja que podemos desenvolvê-la substituindo “comprovando” por “que comprovam”.
Confirme:
A alternativa (B) apresenta a oração subordinada adverbial condicional “Se você é mulher”.
A alternativa (C) apresenta a oração subordinada adverbial temporal “quando há exposição a altas
doses”.
A alternativa (D) apresenta a oração subordinada adverbial temporal reduzida de infinitivo “Ao se
depararem com uma informação”. Para ter certeza, basta desenvolver a oração da seguinte forma: Quando
se deparam com uma informação.
A alternativa (E) apresenta a oração subordinada adverbial final reduzida de infinitivo “para roê-los”.
Nem precisamos transpor para a desenvolvida, haja vista que a preposição “para” é realmente característica
de finalidade.
Gabarito: A
Sintaxe da Oração 50
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Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois “do que as outras raças” é a oração subordinada adverbial
comparativa. Como ocorre normalmente nas orações comparativas, podemos subentender um verbo ou
locução verbal da oração principal, como neste caso com a locução verbal “vão desaparecer”.
A alternativa (B) está errada, pois há apenas uma oração subordinada substantiva apositiva (“o nosso
Deus é o mesmo Deus”). Já a oração “que o homem branco talvez venha a um dia descobrir” é subordinada
adjetiva explicativa e você percebe isso quando substitui o pronome relativo “que” por “a qual”. Houve
apenas na oração principal a inversão dos termos, pois o objeto indireto “de uma coisa” é retomado pelo
pronome relativo “que”. Veja na ordem normal:
Sabemos de uma coisa, que o homem branco talvez venha a um dia descobrir: o nosso Deus é o mesmo Deus.
Sabemos de uma coisa, a qual o homem branco talvez venha a um dia descobrir: o nosso Deus é o mesmo
Deus.
A alternativa (C) está errada, pois não há período simples, mas composto. Há a oração principal “é”,
a oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo “Causar dano à terra” e a oração
subordinada substantiva predicativa reduzida de infinitivo “demonstrar desprezo pelo Criador”.
A alternativa (D) está errada, pois o período se inicia pela oração subordinada adverbial condicional
“Se te vendermos a nossa terra”, é seguida pela oração principal “ama-a” e pela oração subordinada
adverbial comparativa “como nós a amávamos”.
Gabarito: A
Sintaxe da Oração 51
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A alternativa (B) está errada, pois a oração “mesmo sendo o resultado de uma combinação de
ingredientes” é subordinada adverbial concessiva reduzida de gerúndio.
A alternativa (C) está errada, pois a oração “Para se tornar um membro dos Doutores da Alegria” é
subordinada adverbial de finalidade reduzida de infinitivo.
A alternativa (D) está errada, pois a oração “mesmo que não houvesse tantos benefícios no bom
humor” é subordinada adverbial concessiva.
Gabarito: A
Comentário: Na alternativa (A), a conjunção “como” pode ser substituída por “conforme”. Assim, tem valor
adverbial de conformidade.
A alternativa (B) é a correta, pois “por mais que” é locução conjuntiva concessiva. Para termos
certeza, basta trocarmos pela conjunção “embora”. Veja:
Sintaxe da Oração 52
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Na alternativa (C), a conjunção “se” é condicional. Para termos certeza, basta trocarmos pela
conjunção “caso”.
Na alternativa (D), a locução “tal qual” é comparativa de igualdade. Para termos certeza, basta
trocarmos por “tal como”.
Gabarito: B
Comentário: Grifei abaixo as orações subordinadas adverbiais para ficar mais clara a nossa interpretação da
questão.
A oração “Quando nos comunicamos” é subordinada adverbial temporal, “para que os enunciados
sejam formados” é subordinada adverbial final e “À medida que as frases são criadas” é subordinada
adverbial proporcional.
Assim, a alternativa (B) é a que devemos marcar, pois não houve no texto uma oração subordinada
adverbial causal. Confirme:
Quando nos comunicamos, selecionamos e combinamos as palavras para que os enunciados sejam formados.
À medida que as frases são criadas, vamos incorporando a elas recursos próprios da língua oral, como pausas,
altura da voz, entonação, interrupções bruscas.
Gabarito: B
Sintaxe da Oração 53
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Comentário: A locução conjuntiva “À medida que” só pode ter valor adverbial de proporção. Assim, já
sabemos que a alternativa (C) é a correta. A conjunção “Embora” só pode ter valor adverbial concessivo e
“como”, neste contexto, é conjunção comparativa, pois entendemos que se comparou uma pessoa ser
arrastada pela vida com uma folha ser arrastada ao vento.
Gabarito: C
Comentário: O texto original apresenta a pontuação correta e devemos observar tal pontuação para verificar
a alternativa correta.
A oração “que recusava a se render” é subordinada adjetiva explicativa, por isso está isolada por duas
vírgulas. A oração “depois que os Estados Unidos lançaram uma bomba atômica sobre Hiroshima e outra
sobre Nagasaki” é subordinada adverbial temporal. Como tal oração se encontra após a principal, a vírgula
é facultativa.
“O império japonês, que recusava a se render, só capitulou três meses mais tarde, depois que os Estados
Unidos lançaram uma bomba atômica sobre Hiroshima e outra sobre Nagasaki.”
Sintaxe da Oração 54
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A alternativa (A) está errada, pois não pode haver vírgula entre o sujeito “que” e o verbo “recusava”.
A vírgula deve estar antes do pronome “que”.
A alternativa (C) está errada, pois não pode haver vírgula entre o núcleo “império” e o adjunto
adnominal “japonês”. Além disso, a oração subordinada adjetiva explicativa intercalada “que recusava a se
render” deve ser separada por dupla vírgula.
A alternativa (D) está errada, pois a oração subordinada adjetiva explicativa intercalada “que recusava
a se render” deve ser separada por dupla vírgula. Além disso, não pode haver vírgula dentro da locução
conjuntiva “depois que”, nem entre o sujeito “os Estados Unidos” e o verbo “lançaram”.
Assim, sobra a alternativa (B) como a correta. A única mudança entre o período original e este é que
a oração subordinada adverbial temporal “depois que os Estados Unidos lançaram uma bomba atômica
sobre Hiroshima e outra sobre Nagasaki” está precedida de ponto e vírgula, não apenas a vírgula.
Como as alternativas apresentam erro, é esta que devemos marcar, mesmo sabendo que não é ideal
que orações subordinadas sejam separadas por ponto e vírgula. Isso é típico das orações coordenadas, como
vimos na aula anterior. Porém, a banca admitiu como correta.
Gabarito: B
Sintaxe da Oração 55
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Aula 05
1) Causais: porque, pois, que, como (quando a oração adverbial estiver antecipada), já que, visto
que, desde que, uma vez que, porquanto, na medida em que, que, etc:
II – locuções conjuntivas de maneira que, de jeito que, de ordem que, de sorte que, de modo
que, etc:
3) Condicionais: se, caso, contanto que, desde que, salvo se, sem que (=se não), a não ser que,
a menos que, dado que.
4) Concessivas: embora, conquanto, que, ainda que, mesmo que, ainda quando, mesmo
quando, posto que, por mais que, por muito que, por menos que, se bem que, em que pese, nem que, dado
que, sem que (=embora não).
5) Comparativas: como, (tal) qual, tal e qual, assim como, (tal) como, (tão ou tanto) como, (mais) que
ou do que, (menos) que ou do que, tanto quanto, que nem, feito (=como, do mesmo modo que), o mesmo
que (=como):
7) Proporcionais: à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto mais ... tanto mais,
quanto mais ... tanto menos, quanto menos ... tanto menos, quanto menos ... tanto mais, quanto mais ...
mais, quanto menos ... menos, tanto ... quanto (como).
8) Finais: para que, a fim de que, que (= para que), porque (= para que):
9) Temporais: quando, enquanto, logo que, mal(= logo que), sempre que, assim que, desde que, antes
que, depois que, até que, agora que, ao mesmo tempo que, toda vez que.
Sintaxe da Oração 56
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Sintaxe da Oração 57
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e) Pode-se usar um travessão no lugar da primeira vírgula e manter as demais sem prejuízo.
Sintaxe da Oração 63
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Sintaxe da Oração 66
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D) "[...] sofrendo o calor tropical escaldante ou o frio intenso [...]" (4°§) - subordinada adverbial causal
E) "[...] de conduzir homens e armas até o cenário da guerra." (5°§) - subordinada substantiva completiva
nominal
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A) Tempo.
B) Exclusão.
C) Concessão
D) Proporção.
E) Contraste.
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d) “Se te vendermos a nossa terra, ama-a como nós a amávamos.” – Período composto por uma oração
principal, intermediada, respectivamente, por uma condicional e outra conformativa.
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6 – Gabarito
1. D 17. B 34. B
2. E 18. D 35. B
3. C 19. C 36. D
4. C 20. C 37. C
5. D 21. B 38. E
6. A 22. C 39. A
7. C 23. A 40. C
8. B 24. C 41. C
9. A 25. D 42. A
10. C 26. E 43. A
11. B 27. C 44. A
12. C 28. E 45. B
13. B 29. C 46. B
14. B 30. E 47. C
15. D 31. A 48. B
16. A 32. E
33. E
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