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Como fazer uma boa Redação

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Como fazer uma boa Redação

Como fazer uma boa Redação

Uma boa redação é aquela que permite uma leitura prazerosa, natural, de fácil compreensão, e
que o leitor se sinta impactado. Para fazer bons textos é fundamental ter o hábito de leitura, e utilizar
todas as regras da Língua Portuguesa, e as técnicas de redação a seu favor.

Saber escrever é algo de grande importância, principalmente para redigir uma boa redação em
concurso público. Saber se expressar de forma adequada e precisa, respeitando a ideia solicitada na
prova e as normas da Língua Portuguesa, pode ser complexa para algumas pessoas, mas seguindo
algumas dicas de redação é possível aprender a redigir bem.

Aprenda as principais dicas de redação:

» Organize seus argumentos sobre o tema proposto, e os escreva de forma compreensível.


Organize os argumentos de forma crescente, ou seja, deixe o argumento mais forte para o final;
» Em dissertações que é necessário defender algo, não fique "em cima do muro", coloque claramente
sua posição, pois muitas vezes estão interessados em avaliar sua capacidade de opinar, refletir e
argumentar;
» Escreva com clareza;
» Seja objetivo e fiel ao tema;
» Escolha sempre a ordem direta das frases;
» Evite períodos e parágrafos muito longos;
» Elimine expressões difíceis ou desnecessárias do texto;
» Não use termos chulos, gírias e regionalismos;
» Esteja sempre atualizado em tudo que acontece no mundo;
» Além dessas dicas, é preciso saber principalmente as regras de Acentuação Gráfica, pontuação,
ortografia e concordância.

Clareza e Simplicidade

Evite o uso de palavras rebuscadas, longos períodos e prefira argumentar de maneira simples e
organizada. A clareza de uma redação se dá no momento em que você apresenta seus argumentos e
ideias para que seu leitor compreenda a mensagem do texto de forma clara.

Objetividade

Não dê voltas no texto e evite repetir as palavras; diga apenas o que é importante para seu tema
e sua redação. Quanto mais conhecimento você tiver, mais termo poderá usar no texto.

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Coerência Textual

A coerência é um item extremamente importante para escrever uma boa redação para
concursos ou qualquer processo seletivo. O texto corresponde a uma estrutura, com uma ordem de
ideias e o tema deve ser explicado apresentando teses, causas e consequências em uma sequência
lógica.

Evitando as contradições, você deixará seu texto coerente e com estruturas lógicas e coerentes com o
uso de conectivos, preposições, verbos, etc. Um erro que acontece muito nos textos feitos nas
redações de concursos públicos é usar comentários aleatórios em determinado parágrafo, sem
respeitar a estrutura dos argumentos. Evite comentar vários assuntos ao mesmo tempo e acabar
fugindo do tema principal.

A melhor maneira de evitar a fuga ao tema e um texto confuso é planejar seus argumentos e escrever
um texto que relacione esses assuntos. Não jogue vários temas acreditando que o leitor e examinador
irão compreender o que está escrito. Use a coerência a seu favor.

Estrutura da Redação

Um texto é composto de três partes essenciais: introdução, desenvolvimento e conclusão. O


correto é haver um elo entre as partes, como se formassem a costura do texto. Na introdução é onde
o tema abordado é apresentado, não deve ser muito extensa, e aconselha-se que tenha apenas um
parágrafo de quatro a seis linhas. O desenvolvimento é o “corpo” do texto, a parte mais importante
dele. É onde se expõe o ponto de vista, e argumenta de uma forma lógica para que o leitor
acompanhe seu raciocínio. Nesta parte do texto faz-se uso de, no mínimo, dois parágrafos. A
conclusão é o fechamento. Mas é válido lembrar que a introdução, desenvolvimento e conclusão são
ligados e dependentes entre si para que a coesão e coerência textual sejam mantidas e o texto faça
sentido.

Etapas da Redação

Chuva de Ideias

Em alguns minutos, respeitando seu tempo e o prazo dado para fazer a prova de concurso
público, anote todos os assuntos que surgirem na sua mente e que estão relacionados ao tema. Não
tenha receio e escreva tudo. Após esse processo, separe quatro ou cinco que considere mais
importante de acordo com o tema em que irá trabalhar.

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Elaborando o Rascunho

Comece a escrever o rascunho da redação, buscando apresentar a opinião do seu texto sobre o
tema logo no primeiro parágrafo, ou seja, na introdução. Evite o uso de clichês e jargões utilizados
exaustivamente. No desenvolvimento, argumente sua redação com hipóteses, fatos e citações,
sempre de forma consistente, organizando os assuntos nos parágrafos de desenvolvimento. Na
conclusão do texto, apresente uma solução ou reforce sua tese.

Revisando seu Rascunho

O ideal é adiar a revisão de seu rascunho, porque a leitura excessiva dos parágrafos faz com que
você deixe passar alguns erros. Portanto, resolva algumas questões da prova e depois volte para
corrigi-lo.

Redação Definitiva

A legibilidade de sua redação é essencial para que ela seja lida compreendida e corrigida pelo
examinador. Respeite os recuos, margem e alinhamento do seu texto. As palavras erradas devem ser
grafadas com apenas um traço simples, sem muitas rasuras.

Veja mais dicas para redigir um bom texto de redação para concursos:

• Leia muito, a leitura enriquece o vocabulário, você olha visualmente as palavras e envia para a
sua memória a forma correta de escrevê-las;

• Treine fazer redação com temas que poderão estar relacionados com as provas de concursos
públicos ou então faça com temas da atualidade, e notícias constantes nos meios de
comunicação;

• Seja crítico de si mesmo, revise os textos de treino, retire os excessos, deixe seu texto
“enxuto”;

• Cronometre o tempo que é gasto nas suas redações de treino e tente sempre diminuir o
tempo gasto na próxima;

• Não ultrapasse as margens, nem o limite de linhas estabelecidas na prova;

• Mantenha o mesmo padrão de letra do início ao fim do texto. Não inicie com letras legível e
arredondada, por exemplo, e termine com ela ilegível e “apressada”, isso dará uma péssima
impressão para o examinador da banca quando for ler;

• Não faça marcas, rabiscos, não suje e nem amasse sua redação; Tenha o máximo de asseio
possível;
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• Faça as redações de provas anteriores do concurso que você prestará;

• Fique focado no enunciado que a banca está pedindo, não redija um texto lindo, mas que está
totalmente fora do tema. Nunca fuja do tema proposto;

• Tenha seus argumentos fundamentados. Seja coeso e coerente;

• Evite o uso de abreviações. Ex.: "Vc" "pq";

• Use um estilo de escrita o mais simples possível, evitando assim o uso de palavras
demasiadamente rebuscadas;

• Evite o uso de aliterações. Ex1.: O rato, roeu a roupa do rei de Roma.


Ex.2: Anule aliterações altamente abusivas;

• Nunca esqueça as letras maiúsculas;

• Evite lugares-comuns, ditos populares, jargões e clichês. Ex.: Foge da matemática como o
diabo foge da cruz;

• Evite o uso de parênteses;

• Estrangeirismos também devem ser evitados. Ex.: Deixei um scrap (recado) na geladeira;

• Gírias nem pensar, muito menos escrever;

• Palavras de baixo calão poderão acabar com seu texto;

• Nunca generalize, você passará a impressão ao leitor que não domina o assunto abordado;

• Evite repetições, confira sempre o texto e verifique se a mesma palavra aparece muitas vezes e
procure cortá-la ou substituí-la por sinônimos;

• Não abuse das citações, procure mostrar ideias próprias, originais. Ex.: Como diria o famoso
poeta "..." ;

• Frases ou raciocínios incompletos causam péssima impressão;

• Não seja redundante fazendo círculos em torno do mesmo assunto;

• Procure ser o mais específico possível;

• Frase com apenas uma palavra não fica bem;

• Evite o uso de voz passiva. Ex.1: Pedro foi ferido pelo animal. Voz Passiva Ex.2: O
animal feriu Pedro. Voz Ativa;

• Use a pontuação corretamente;

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• Não faça uso de perguntas retóricas, ou seja, não pergunte o óbvio;

• Se forem utilizar siglas, coloque o significado por extenso e a sigla entre parênteses, apenas na
primeira vez em que ela for citada, depois utilize somente a sigla. Ex.: Associação Bras ileira de
Normas Técnicas (ABNT);

• Evite exageros nas suas palavras;

• Evite mesóclises. Ex.: Se possível, contar-vos-ia o que se passou;

• Procure não fazer analogias. Ex.: Todos os seres vivos crescem. (A árvore, por exemplo, é um
ser vivo. Tem metabolismo, reproduz-se, e cresce.) O ser humano também é um ser vivo e, por
isso, o ser humano também cresce;

• Não abuse das exclamações;

• Não escreva frases, nem parágrafos demasiadamente longos, procure ser o mais claro e
objetivo possível na exposição de suas ideias;

• Seja sempre incisivo e coerente;

• Procure escrever as palavras de maneira correta, seja assertivo na ortografia. Dica: Na dúvida,
não escreva a palavra, ou então procure escrever um sinônimo.

Algo comum no mundo dos concurseiros é o grande temor pela redação nas provas. Muitas
vezes o candidato se prepara para a prova objetiva, e deixa a redação de lado, perdendo grandes
chances de passar. A única maneira eficaz de aprender a fazer uma boa redação é treinando. Faça
redações sobre diversos temas, leia e releia quantas vezes precisar, e lembre-se: a prática pode levar
à perfeição.

4 dicas para garantir excelentes notas em redação (valem para qualquer banca)

Redação deixa sempre um clima de suspense, no mundo dos concursos públicos. A verdade é
que muitos têm problemas ao escrever seus textos, e na maioria das vezes não sabem o que e por
que estão errando. Este artigo responderá as dúvidas de quem precisa garantir uma boa nota nas
discursivas.

A seguir, eu cito alguns problemas que os concurseiros de um modo geral enfrentam, quando
o assunto é redação:

• Fogem do tema como o diabo foge da cruz

• Não entendem por que seus textos não são considerados claros por outras pessoas

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• Tiram notas baixas, apesar de se considerarem bons em português

• Preocupam-se mais com a legibilidade da letra do que com o que vai escrever (esse é um dos
erros mais tristes)

• Escrevem sem pensar e, por isso, cometem erros básicos

• Não conseguem responder o que a banca pergunta

• Sabem escrever para outros meios, mas não sabem escrever para o examinador

• Acham que não sabem nada sobre o tema

• Têm medo de fugir do café com leite (e não acrescentam, ao texto, parágrafos essenciais para
aumentar a nota)

Se você se encaixa em pelo menos um dos “males da redação” citados na lista acima, então
este post é para você. Escrever bem se tornou uma obrigação para a maioria esmagadora de
concurseiros, e cometer qualquer gafe pode ser a diferença entre passar ou não.

É muito comum ver notas ZERO (ou notas muito baixas, até mesmo insuficientes para fazer o
mínimo que a banca pede), em redações de concursos. Eu já vi bons concurseiros tirando notas
altíssimas na parte objetiva da prova e reprovando na parte discursiva.

O propósito do meu artigo é evitar que você esteja na pele de concurseiros assim. Quero que
você tire a nota máxima. Por isso, eu trago, agora, 4 dicas matadoras para você melhorar sua redação
e tirar notas altas em seus textos. Em resumo, as dicas são:

1. Entre aspectos formais e aspectos de conteúdo, escolha os de conteúdo

2. Não deixe o examinador pensar

3. Citação: por que, quando e como fizer

4. O que fazer na hora da prova

5. Como colocar em prática

Dica #1. Entre aspectos formais e aspectos de conteúdo, escolha os de conteúdo

É verdade que se devem tomar alguns cuidados formais na hora de fazer uma redação, mas o
que mais importa é o seu conteúdo. Muito mais do que acertar na gramática ou fazer uma letra
legível na hora de passar a limpo um texto, a banca quer saber se você sabe mesmo sobre o tema.

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Na maioria dos casos, os aspectos formais contam apenas 10% da nota de sua redação,
enquanto os de conteúdo são distribuídos nos 90% restantes.

E por que isso acontece?

Existe essa Teoria, sabe – a Teoria do Iceberg –, segundo a qual os aspectos visíveis e palpáveis
são menos importantes do que os aspectos invisíveis e abstratos.

Vou explicar melhor.

Essa Teoria foi formulada por um dos maiores escritores da literatura norte-americana (Ernest
Hemingway). Ela é denominada “Teoria do Iceberg” porque, não importa o tamanho que seja
um iceberg acima da superfície marítima (com um pico visível), sua parte abaixo da linha do mar
(invisível) será sempre maior. Essa analogia foi feita por Hemingway para demonstrar que a parte
formal de um texto (como escrever) é menos importante do que sua parte informal (o queescrever).

A Teoria do Iceberg pode ser facilmente incorporada às questões discursivas de concursos


públicos. No gráfico a seguir, mostro essa teoria aplicada à maioria dos casos de provas subjetivas :

Gráfico da nota: dê mais valor ao conteúdo (Teoria do Iceberg adaptada para redações de
concurso).

Agora vou te mostrar alguns exemplos na prática. Abaixo, estão partes de alguns dos editais
mais cobiçados da administração pública, mais especificamente, as partes que trazem os critérios de
avaliação das bancas de concurso. Ao lado esquerdo de cada parte do edital, há um gráfico vermelho,
mostrando os aspectos “acima da superfície” do iceberg, e um gráfico verde, mostrando os aspectos
“abaixo da superfície” do iceberg.

Critérios de correção de uma das provas discursivas para Analista Legislativo do Senado Federal
(2012). Banca = FGV.

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Critérios de correção para a prova de Analista de Finanças e Controle da CGU (2012). Banca =
ESAF.

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Critérios de correção para a prova de Analista Judiciário do TRT 5ª região (2013). Banca = FCC.

Critérios de correção para a prova do BNDES (2013). Banca = Cesgranrio.

As mesmas observações que eu fizer abaixo (para o Cespe) valem para a Fundação Cesg ranrio, já
que ela também não coloca, no edital, critérios objetivos (em termos de pontos) de correção das
discursivas.

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Já que o Cespe não divide as notas em uma tabela, vou explicar melhor o critério de correção,
até porque essa é, de longe, a banca mais importante.

Quando você vai fazer uma redação do Cespe, a parte do iceberg “abaixo da superfície” vale
100% da nota (no caso, o 100% da discursiva do TJDFT foi de 10 pontos). Como é possível observar
(no item 9.7.4), o Cespe leva tão a sério a pertinência do conteúdo que zera a prova de quem foge do
tema! Cuidado.

Vale a pena destacar um ponto importantíssimo, que muitas pessoas desconsideram: o tópico
9.7.6 elimina qualquer candidato que tire menos de 50% na prova discursiva.

Ok, mas isso tudo significa que não existem erros formais, para o Cespe (acima da superfície)?

Existem! Eles são descontados da nota que você tirou na parte de conteúdo. Assim, caso você
tenha tirado 10 na parte de conteúdo, ainda podem ser descontados erros de translineação, margens,
legibilidade etc.

Ainda assim pode ser considerado que 90% da nota da prova seremos dadas pelos aspectos de
conteúdo?

Sim, sem dúvida. Principalmente no que diz respeito ao Cespe, o conteúdo vale muito mais do
que os detalhes formais. Claro que, quanto menos pontos descontados, melhor, mas você deve
SEMPRE estar atento ao conteúdo, ao tema. A relação entre a parte abaixo da superfície e a
parte acima da superfície é de causa e consequência.

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Se o seu conteúdo está bom (pertinente, coeso e bem conectado), então a parte formal de seu
texto está boa. E por que isso acontece? Simplesmente porque, ao treinar conteúdo, você treina,
automaticamente, o que está na superfície de seu texto.

Você não pode, entretanto, afirmar o seguinte: “se eu treinar a forma, estará treinando o
conteúdo”. Ãhn ãhn. É possível treinar forma fazendo até receita de bolo. Como sabemos que com
receita de bolo não é possível passar em concursos públicos, o jeito é arregaçar as mangas e estudar
– muito – como organizar as ideias e entregar um texto de extrema qualidade, ao examinador. E é isso
o que vamos fazer.

Dica #2. Como fazer introdução, desenvolvimento e conclusão (o café com leite das discursivas
para concursos)

É claro que existem alguns aspectos formais muito importantes, que contam pontos como se
fizessem parte do conteúdo. São como aspectos “quase que-formais” da redação: não chegam a ser
formais, nem fazem parte do conteúdo, mas ajudam a criar o conteúdo. Esses aspectos são:
introdução, desenvolvimento conclusão.

Para prosseguirmos, eu só quero que você vá com um conhecimento prévio: o significado


de período. Período é uma frase que possui pelo menos uma oração (ou seja, pelo menos um verbo).
Um período começa com letra maiúscula e termina com um ponto final. Beleza? Vamos continuar.

Já é lugar-comum dizer que uma redação precisa de introdução, desenvolvimento e conclusão.


Isso é o básico, o café com leite de seu texto, então entenda melhor para que sirva cada uma dessas
três partes:

A introdução

Serve para dizer ao examinador que, hey, você entendeu o tema! Além disso, você tem que
afirmar alguma coisa em relação ao tema, e também tem que dizer como vai desenvolver esse tema.

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Peraí, Carol, agora eu me confundi forte, aqui.

Vou te explicar melhor.

Você vai dividir sua introdução em 2 partes:

Primeira parte (um ou dois períodos)

• Dizer ao examinador que entendeu o tema. Você faz isso ao repetir os aspectos gerais do
tema. Isso não pode tomar mais do que uma linha.

• Afirmar alguma coisa sobre esse tema. Você faz isso se posicionando acerca do tema,
concordando, discordando, falando de sua importância etc. Também deve tomar, no máximo,
uma linha.

Essa primeira parte é o que os professores geralmente denominam “tese”.

Segunda parte (um a quatro períodos)

• Dizer ao examinador como seu tema será desenvolvido.

Isso é muito fácil de ser feito. O desenvolvimento tem, geralmente, 3 ou 4 parágrafos, como
veremos a seguir. Você vai usar esses parágrafos para construir sua introdução.

Considere que você vai fazer algumas promessas ao examinador: “ei, examinador, vou falar
disso, isso e daquilo outro!”.

Você faz isso da seguinte maneira: na introdução, em até três linhas, indique o que haverá nos
parágrafos de seu texto. Seja claro ao fazer isso: separe cada assunto de cada parágrafo por vírgulas
ou pontos.

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Mapa mental 1: como fazer uma introdução.

Tranquilo, né? Então vamos para o desenvolvimento.

O desenvolvimento

Agora é hora de explicar tudo o que você falou na introdução, só que com detalhes.

Para o desenvolvimento, tenho três regras a te passar:

• Cumpra o que você prometeu: na introdução, você fez algumas promessas. Você disse que iria
falar sobre alguns assuntos, no decorrer do seu texto. Então, cumpra o que você prometeu,
exatamente na ordem colocada na introdução.

• Não faça nada além do prometido: há pessoas que prometem, na introdução, falar de “ABC” e
acabam explicando o alfabeto inteiro. Você não deve fazer nem mais nem menos, mas
a medida certa.

• Obedeça ao princípio da igualdade entre os parágrafos: ok, eu inventei esse princípio, mas vou
explicar melhor meu ponto de vista. O que mais vejo, em textos de concurseiros, é se começar
o desenvolvimento com um parágrafo de 8 linhas e fizer mais dois parágrafos de 2 linhas. Não
estou dizendo que deve haver exatamente a mesma quantidade de linhas, mas é sempre bom

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manter uma diferença de, no máximo, duas linhas, entre um parágrafo e outro, para você
conseguir explicar toda a sua introdução.

O seu desenvolvimento ocupará pelo menos 60% do seu texto, e é responsável pela maior parte
de sua nota na questão discursiva, então é melhor que o faça com carinho.

Mapa mental 2: como elaborar o desenvolvimento da redação.

A conclusão

Retome tudo o que foi dito, inclusive (e principalmente) sua tese.

Como você vai retomar (em dois períodos):

• Relembre ao examinador tudo o que você disse no desenvolvimento.

• Reafirme sua tese, ou seja, “reafirme sua afirmação” da introdução.

A conclusão é simples assim :)

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Mapa mental 3: como fazer a conclusão de sua discursiva.

Dica #3. Se a banca te der limões, faça uma limonada

Não brigue com a banca: se ela te mandar fazer alguma coisa, obedeça. Em outras palavras, não
invente de fazer um suco de morango se a banca te der limões.

O que a banca pode te pedir:

• “Coloque um título” – só faça isso se a banca pedir formalmente.

• “Assine seu texto com o nome Tal” – só faça isso se a banca pedir formalmente.

• “Coloque uma data” – só faça isso se a banca pedir formalmente.

• “Responda à seguinte pergunta” – nesse caso, basta responder à pergunta (sem introdução,
desenvolvimento e conclusão).

• “Use tal ordem, ao escrever seu texto” – importante e obrigatório (vou explicar a seguir).

• “Coloque, necessariamente, introdução, desenvolvimento e conclusão” – importante e


obrigatório (vou explicar a seguir).

Quero que você dê muita atenção aos dois últimos “tipos de pedidos” das bancas, acima. Aqui,
há pegadinhas que podem te tirar do páreo.

A banca geralmente faz esses pedidos em uma estrutura de tópicos. Abaixo há um


exemplo clássico de questão do tipo “estrutura de tópicos”.

(Cespe, MDIC, Analista Técnico-Administrativo, 2014)

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Nesse tipo de situação, você terá que sair do café com leite. Perceba, no enunciado da questão
discursiva, que a banca coloca a palavra “necessariamente”. Para você entender o que a banca
realmente quer, troque a expressão “necessariamente” por “obrigatoriamente e NESTA ORDEM”.

Você fará um texto com apenas três parágrafos, sem introdução e sem conclusão.

Sei que pode parecer estranho, mas é assim que é. Quando há essa estrutura de tópicos,
dizendo para que você atenda “necessariamente” ao que se pede, o examinador quer que você faça
um parágrafo para o que é pedido no primeiro tópico, um parágrafo para o que é pedido no segundo
tópico e um parágrafo para o que é pedido no terceiro tópico.

Dica #4. Conheça os mitos que te fazem errar e os use para acertar (o quinto mito é cruel)

A preocupação exacerbada com os aspectos formais leva a mitos. Mitos levam a erros. Erros te
prejudicam.

Abaixo, trago uma lista com os principais mitos, e como os superar.

Mito #1. “A letra tem que ser cursiva”

A sua letra pode ser letra de forma, desde que seja capitulada, ou seja, desde que dê para
diferenciar as minúsculas das maiúsculas.

Mito #2. “Isso é para o que se falou e isto é para o que se vai falar”

Tanto faz: na hora de escrever, “isto” ou “isso” têm o mesmo significado. Não precisa se
preocupar com a diferença entre um e outro.

Mito #3. “Eu não posso repetir palavras de jeito nenhum”

O seu texto tem de ser claro. Você não pode exagerar na repetição de alguns vocábulos (como
‘que’ e ‘de’), mas, se for necessário fazer a repetição, não se acanhe.

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Mito #4. “Rascunho é perda de tempo”

Fazer o texto diretamente na folha definitiva é como dar um tiro no próprio pé. E eu falo isso por
experiência própria. Use sua folha de rascunhos, nem que seja para fazer uma ficha do que você
pretende falar.

Para fazer este texto, por exemplo, eu usei um super mapa mental, que me ajudou na hora
de organizar as ideias, olha só:

Meu mapa mental para escrever este texto.

É claro que, para sua prova, o mapa mental seria muito menor.

E a boa notícia é: com o tempo, criando muitos mapas antes de escrever seu texto, você
aprenderá a fazer rascunhos em menos de 5 minutos.

Mito #5. “Escrever bem significa escrever palavras difíceis”

Não! Não deixe o examinador pensar! Seja claro, evite termos técnicos (mesmo que seu texto
seja para um cargo relacionado a alguma área cheia de jargões). Se precisar usar algum termo
técnico, explique-o.

Mito #6. “Não existe mais a regra de colocar aspas em palavras estrangeiras”

Ouvi muito esse mito quando a ESAF, uma vez, cobrou o assunto “accountability”. As pessoas
insistiam que esta palavra estrangeira não precisava de aspas porque ela já tinha sido escrita no
enunciado da questão. Balela pura. Quem não colocou as aspas perdeu pontos, na prova.

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O fato é que ainda é obrigatório utilizar aspas em quaisquer palavras estrangeiras. Claro que, se
fosse a um texto no computador, o certo seria colocar itálico. Como não é, coloque aspas e fica tudo
certo.

As palavras (e expressões) estrangeiras mais comuns são: internet, a priori, email, output,
software, online, site, blackout, internet, checks and balances, accountability, best seller,
ticket, management.

Mito #7. “Quando eu não sei a grafia certa da palavra, o jeito é chutar”

Quando você não souber a grafia de uma palavra, faça o máximo de esforço para encontrar um
sinônimo. Eu selecionei algumas palavras que deixam dúvidas, mas, se ainda assim você não
conseguir lembrar ou tiver o mínimo de dúvida, procure um sinônimo.

Grafia de algumas palavras comuns, em redações de concursos públicos:

• Exceção

• Assessor

• Cálculo

• Enchente

• Excepcional

• Sessão (usada para designar reuniões ou assembleias separadas em determinados períodos de


tempo) – exemplo: “A sessão da Câmara dos Deputados iniciar-se-á às 10h” ou “A sessão do
filme ainda não começou”

• Seção (parte de um todo) – exemplo: “Seção XIX” ou “Seção de roupas”

• Cessão (substantivo que vem do verbo ceder)

• Norte-americano

• Frisar

• Perda: substantivo

• Perca: verbo

Esses são os mitos, de maneira geral. Você lembra-se de mais algum? Comente!

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Resumindo: o que você aprendeu?

• A verdadeira razão de ser do seu texto está no conteúdo (90% da nota), não na forma (10% da
nota);

• A introdução serve para você construir sua tese e montar três argumentos, que serão
explicados no desenvolvimento;

• No desenvolvimento, faça parágrafos com tamanhos parecidos, e explique o que foi prometido
na introdução;

• A conclusão deve retomar o que foi dito no desenvolvimento e reafirmar a tese da introdução;

• Se a banca te der uma estrutura de tópicos, responda a esta estrutura na ordem pedida pela
banca;

• Defenda-se dos mitos sobre redação, principalmente dos seguintes:

• “Escrever bem significa escrever palavras difíceis”;

• “Rascunho é perda de tempo”.

E aí? Deu para entender?

Agora você me diz: entendeu como é possível melhorar sua redação e torná-la muito mais
clara? Estude redação, escreva frequentemente e siga as dicas que dei. Com o tempo, você sentirá
bem mais facilidade ao redigir textos para a banca de seu concurso.

“A verdadeira motivação vem de realização, desenvolvimento pessoal, satisfação no trabalho e


reconhecimento”.

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