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[Ebook]

Acompanhe seus
investimentos
como um gestor

1
Índice
Por que acompanhar investimentos?........................................... 3
O que é acompanhar investimentos: .......................................................4
Vantagens de acompanhar seus investimentos.................................4
Como saber se a carteira condiz com seu perfil de risco?...............6
Benchmarks:............................................................................... 8
Benchmark Renda Variável....................................................................... 10
Benchmark Renda Fixa............................................................................... 14
Quando é a hora de agir?........................................................... 19
Categorias de investimento....................................................................... 19
Ativos................................................................................................................. 21
O que eu devo acompanhar?...................................................... 22
Balanceamento de liquidez ....................................................................... 23
Balanceamento de indexadores ............................................................. 23
Balanceamento de Renda Fixa e Renda Variável.............................. 24
Performance x Benchmarks..................................................................... 25
Entradas mensais x necessidade de geração de caixa.................. 26
Dificuldades de acompanhar seus investimentos....................... 28
Carteira com apenas um ativo................................................................. 28
Carteira diversificada................................................................................... 28
Carteira diversificada com aportes e saques..................................... 29
Como acompanhar seus investimentos?.................................... 30
Planilha de excel/ google sheets............................................................. 30
Aplicativos........................................................................................................ 31
O Real Valor............................................................................... 32
Por que acompanhar
investimentos?
Muitas pessoas se perguntam como medir se sua carteira de
investimento está indo bem ou mal. É justamente sobre isso que
vamos falar hoje.

“Investir e não acompanhar os investimentos


é como comprar um carro e não fazer
manutenção: vai chegar uma hora que você
vai ter problema.”

3
O que é acompanhar investimentos:
Antes de mais nada, vamos deixar claro o que é acompanhar
investimentos.

Quem não mede não gerencia. Para gerenciar seus investimentos


da melhor forma, é importante que você esteja medindo ele de
várias formas.

Com isso, você consegue ver claramente se o portfólio montado


está performando de forma desejada ou não.

Quando eu falo acompanhar investimentos não significa ficar


olhando o home broker o dia inteiro.

Estou falando de comparar os indicadores de performance da sua


carteira com o que você espera dela e caso esteja insatisfatório, usar
essa informação para tomar uma melhor decisão de investimento.

Vantagens de acompanhar seus investimentos


Não ser pego de surpresa
Quando você acompanha de perto os seus investimentos, comparando
com índices de mercado, você consegue compreender como a sua
carteira deveria estar performando e como ela realmente está.

4
Planejamento
Quem investe geralmente tem planos para usar esse dinheiro lá na
frente. Seja para uma aposentadoria mais cedo, para comprar um
apartamento, ou qualquer outro objetivo.

Ao acompanhar sua carteira, você consegue saber com base em


fatos e dados como o seu dinheiro está crescendo na velocidade
certa e fazer um planejamento mais realista de quando chegará aos
seus objetivos.

Existem vários índices do mercado que ajudam a medir se seus


investimentos estão indo bem.

É importante saber como a sua carteira está performando em relação


ao mercado porque caso seus investimentos estejam perdendo
para os índices, pode ser uma boa hora de mudar a alocação.

Além disso, como o mercado financeiro é muito dinâmico, não é


raro um ativo passar de um ótimo para um péssimo investimento.

5
Como saber se a carteira condiz com seu perfil
de risco?

Os seus investimentos devem refletir seus objetivos de vida.

A carteira ideal para uma pessoa de 30 anos não necessariamente é


a mesma para uma pessoa de 50 anos, seja por causa do momento
de vida, seja pelo montante que ele está investindo ou por qualquer
outra razão.

No final das contas, ninguém melhor para entender se está correndo


mais ou menos riscos do que está apto a correr do que você mesmo.

Mas como isso não é um assunto trivial, também existem algumas


heurísticas que podemos nos basear.

A que eu mais gosto é a lei dos 80.

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Ela diz que você deve colocar um percentual de 80 menos a sua
idade em ativos de maior risco e o resto em ativos de baixo risco,
como renda fixa.

Digamos que você tenha 30 anos. A lei dos 80 diz para você investir
50% em renda variável e 50% em renda fixa.

O legal da lei dos 80 é que esses percentuais vão mudando a medida


que você vai envelhecendo. E esse é o comportamento natural das
coisas: reduzir o risco que se corre quando você tem mais em jogo.

Seguindo a mesma lei dos 80, um investidor de 50 anos teria 30%


em renda variável e 70% em renda fixa.

Eu gosto de seguir essas heurísticas porque além delas darem


um bom norte em qual balanceamento faz mais sentido, elas vão
mudando esse balanceamento com o tempo.

7
Benchmarks: por
que eles são seus
melhores amigos nos
investimentos?

Os benchmarks, ou índices de referência, são ferramentas que


os investidores usam justamente para medir quão bem ou mal um
investimento ou carteira está indo.

Toda vez que lhamos para a rentabilidade de um ativo surge uma


dúvida: Esse rendimento é bom ou ruim?

A verdade é que, como tudo no mundo dos investimentos, depende!

Tão importante quanto a rentabilidade do ativo, que vai dizer quanto

8
de dinheiro o investidor fez, é a rentabilidade em relação a um
benchmark do mercado. Esse vai te mostrar se você foi melhor ou
pior do que o mercado.

É como num boletim escolar. A rentabilidade do ativo é a sua média


e o benchmark é a média da turma.

Fazer 10% de rentabilidade parece ser um bom negócio. Mas e se


o mercado todo está fazendo 15%? Você poderia estar fazendo
15%, mas está fazendo 10%.

Os benchmarks devem ser relacionado ao ativo que você está


comparando. Não podemos comparar bananas com laranjas. É por
isso, inclusive, que existem inúmeros benchmarks. Tanto em renda
fixa quanto em renda variável.

Bons benchmarks geralmente são:


• Representantes de uma classe de ativos
• Uma possibilidade viável de investimento
• Construído de forma objetiva
• Criado com dados disponíveis publicamente
• Entendidos como o “neutro” para aquela classe de ativos

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Benchmark Renda Variável
Ibovespa: o mais famoso benchmark de ações

É o indicador mais famoso da bolsa brasileira. Ele é composto pelas


ações que se enquadram no critério de inclusão da B3. Basicamente
são as maiores e mais líquidas ações da bolsa. A B3 revê a listagem
do Ibovespa 4 vezes no ano para incluir novos entrantes e remover
os papéis que deixarem de seguir os seus critérios.

Lista de ações na B3

10
O Ibovespa é composto por ações. Por isso, ele é um dos indicadores
mais famosas para se comparar com a rentabilidade de ações. Fundos
de ações costumam ter Ibovespa como benchmark também. É comum
ouvir que um investidor está “batendo o Ibovespa”. Isso significa ter
rentabilidade superior ao índice, como no exemplo a seguir.

fonte: app Real Valor

Jeito mais fácil de reproduzir o Ibovespa: comprar os ETFs BOVA11


ou BOVV11

IBRX-100
Outro índice usado para medir as variações da bolsa é o IBRX-100. Ele
é composto pelas 100 empresas com maior volume de negociação
na bolsa brasileira. Ele é uma alternativa para o Ibovespa.

Alguns fundos de ação usam o IBRX-100 como benchmark ao invés


do Ibovespa. Jeito mais fácil de reproduzir o IBRX-100: comprar o
ETF BRAX11
11
IFIX: o mais famoso benchmark de Fiis
IFIX é o índice de fundos imobiliários feito pela B3. Ele é como se fosse
um Ibovespa, mas focado para FIIs. Assim como o Ibovespa, ele é revisto
4 vezes ao ano para incluir novos papéis que se adequam aos critérios
de inclusão e para remover os que atenderem aos critérios de exclusão.

Por ser o Ibovespa dos fundos imobiliários, o IFIX é o principal


benchmark usado para avaliar a performance de FIIs.

Ele é, inclusive, o benchmark mais usado pelos próprios FIIs para


definir taxa de performance (20% do que exceder o IFIX, por
exemplo).

Lista de Fiis do IFIX

12
Ao comparar sua carteira de FII com o IFIX, o mais importante é
saber se sua carteira está ganhando ou perdendo do índice. Se
estiver ganhando, ótimo! Isso significa que você escolheu bem os
seus investimentos e eles estão indo bem.

Caso esteja perdendo, ainda não é o fim do mundo. Mas é importante


entender quais são os fundos que estão sendo responsáveis por
essa queda e se eles têm condições de “darem a volta por cima”.
Muitas vezes o ativo simplesmente caiu, apesar de seus fundamentos
serem bons (geralmente esse é o momento de se comprar mais,
inclusive).

Se você está perdendo do IFIX e os fundos responsáveis por essa


queda não tem bons motivos para você acreditar que eles voltarão
a subir, o melhor a se fazer é se desfazer deles. Assim como o
Ibovespa e o IBRX-100, o investidor consegue investir num ETF de
IFIX, o RBFF11. Jeito mais fácil de reproduzir o IFIX: comprar o ETF
RBFF11.

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Benchmark Renda Fixa
Selic

Selic, ou Sistema Especial de Liquidação e Custódia, é a taxa de juros


básica do Brasil. É ela que dita quanto os títulos públicos vão pagar.

É por causa disso que muitos investidores olham para a SELIC como
um dos melhores benchmarks para avaliar renda fixa. A taxa Selic
é o quanto você poderia ter de rentabilidade se investisse em um
título público de baixíssimo risco.

É por isso que ao ver que sua carteira de renda fixa está perdendo
para a SELIC, você deve fazer uma reflexão: existe um bom motivo
para estar rendendo menos do que a SELIC? Se você não tiver
resposta para essa pergunta, pode ser uma boa ideia se desfazer
dos investimentos menos rentáveis e se expor a 100% da Selic com
os Tesouros Selic. Jeito mais fácil de reproduzir SELIC: Tesouro Selic

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CDI (Taxa DI): o mais famoso benchmark
de renda fixa

No Brasil, bancos não podem encerrar o dia com saldo negativo.


Para cumprir essa regra, muitos bancos pegam dinheiro emprestado
de outros bancos de um dia para o outro.

Esse empréstimos são chamados de Certificado de Depósito


Interbancário, o famoso CDI.

Os juros cobrados nesses empréstimos seguem a taxa DI, que


geralmente é bem próxima da SELIC.

O CDI é o benchmark mais famoso para se comparar investimentos


de renda fixa no Brasil. Muitos fundos de investimentos, inclusive
têm ele como benchmark a ser batido.

15
fonte: app Real Valor

Como hoje em dia existem diversos CDBs pagando mais do que


100% do CDI e com garantia do FGC, é importante que a sua carteira
de renda fixa esteja batendo o CDI. Caso ela não esteja, e não haja
uma explicação boa para isso, o melhor a se fazer é se livrar dos
ativos que estão rendendo mal e buscar investimentos melhores.

Não, eu não estou falando do caso de você comprar um Título do


tesouro direto e ele estar se desvalorizando e por isso você estar
perdendo para o CDI.

Estou me referindo a investimentos realizados com taxas ruins, como


um CDB 80% CDI, um LCI 85% do CDI e por aí vai. Como hoje existem
muitas opções boas de investimento de renda fixa protegidas pelo
FGC, não tem por que perder do CDI na carteira de renda fixa.

Jeito mais fácil reproduzir a taxa DI: CDBs 100% do CDI. Não é difícil
achar rentabilidades até maiores. Sendo que CDBs são cobertos
pelo FGC.

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IPCA

IPCA, ou índice de preços ao consumidor amplo, é o indicador mais


famoso usado para medir o fenômeno da inflação no Brasil. Ele
basicamente mostra o quanto o dinheiro se desvaloriza no tempo.

Se o IPCA está 5% ao ano, isso significa que se no começo do ano


você tem R$100, no final do ano, esse dinheiro vai ter um poder de
compra de apenas $95.

Investidores sempre ficam atentos para saber a rentabilidade REAL


da sua carteira, isto é, qual o balanço final entre a rentabilidade dos
ativos e a inflação no período.

Quer saber mais sobre rentabilidade real? Dá uma lida nesse post.

Essa é a rentabilidade real, porque diz respeito ao poder de compra


do dinheiro. Não adianta ter rentabilidade de 10% ao ano se a
inflação está na casa dos 15%.

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Nesse caso, o investidor vai estar ganhando dinheiro (10% ao ano),
porém perdendo poder de compra, porque esse dinheiro vai estar
desvalorizando numa taxa maior.

Não faz sentido falar em investimentos que acompanhem o IPCA,


porque na prática isso significaria que eles teriam retorno real é
igual a zero.

O jeito mais fácil de se expor a IPCA é comprar Tesouro Direto IPCA+.

IGPM
O IGPM, ou índice geral de preços do mercado é utilizado
primariamente para balizar aumentos de aluguel e da energia elétrica.
Ele é menos usado para os investimentos financeiros, embora ainda
existam em circulação alguns títulos do tesouro direto atrelados ao
IPGM.

Como o índice diz respeito a aluguel, alguns fundos imobiliários


usam ele como benchmark para definir o quanto devem ganhar
de taxa de performance.Muitos donos de apartamento reajustam o
preço do aluguel seguindo justamente o IGPM.

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Quando é a
hora de agir?

Categorias de investimento
Depois que você tem uma estratégia definida e fez o balanceamento
de sua carteira é importante acompanhar a performance dela. Por
exemplo, se a sua parcela de renda variável teve uma grande
valorização, ela vai representar um percentual maior na sua carteira
do que ocupava no início.

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Uma forma de corrigir esse efeito é simplesmente aportando mais
dinheiro do lado onde está faltando.

O que fazer se não tiver dinheiro sobrando para colocar mais? Você
pode optar por redistribuir sua carteira.

Nesse caso, você vende ativos da parcela que se valorizou mais e


compra ativos da outra categoria.

Para exemplificar, vamos supor que você investiu 60% em renda


variável e 40% em renda fixa.

Depois de um ano, você tem 70% em renda variável e 30% em renda


fixa. Sua renda variável se valorizou bastante e desbalanceou o seu
portfólio. Agora é hora de vender 10% de ativos de renda variável e
colocá-los em renda fixa.

A mesma lógica é aplicada quando acontece o contrário.

Vamos supor que você investiu os mesmos 60% em RV e 40% em

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RF. Depois de um ano terrível de bolsa, você tem 40% em RV e 60%
em RF. Essa estratégia diz que você deve vender 20% de renda fixa
e aplicar em renda variável.

A beleza dessa estratégia é forçar o investidor sempre a vender em


alta e comprar em baixa (o que é sempre muito difícil por causa do
psicológico). No exemplo 1, suas ações se valorizaram, o que fez
você vendê-las. No segundo caso, suas ações desvalorizaram, te
fazendo comprar mais porque estavam em baixa.

Ativos
Também pode fazer sentido se livrar de um ativo para comprar outro.

Mas quando é que isso faz sentido?

É importante sempre estar de olho na performance dos ativos em


relação a indicadores de mercado. O investidor geralmente tem
formas de investir replicando a rentabilidade desses indicadores.

Isso significa que caso o seu ativo esteja performando menos que o
indicador e você não tenha motivos claros para assumir que ele vai
voltar a subir mais rápido num futuro próximo, pode fazer sentido
sair desse ativo e escolher um melhor, ou simplesmente comprar
um ETF que replique aquele indicador em questão.

21
O que eu devo
acompanhar?

Você já percebeu a importância de acompanhar, conheceu os


indíces de mercado e percebeu que um bom balanceamento de
carteira é o ideal. Dentro de tantas possibilidades e dados, o que é
mais importante acompanhar?

22
Balanceamento de liquidez
Você já deve saber que fazer balanceamento da carteira é de extrema
importância para definir onde vai aplicar seu dinheiro, certo?

Uma questão importante é ver se sua carteira está com um bom


balanceamento em relação à liquidez.

Se você tem todos os seus ativos um fundo cuja liquidez é D+30


(isso é, que você só pode sacar seu dinheiro 30 dias depois de
pedir por ele), você pode se colocar numa situação em que não tem
dinheiro numa emergência.

Por isso é importante verificar como está o balanceamento da liquidez


do patrimônio. O foco é ter parte dos seus ativos com liquidez diária
– que te dá maior flexibilidade quando precisar sacar rapidamente - e
outra parte em ativos com uma “menor liquidez” (que levam mais tempo
para resgatar) – que geralmente te dão uma rentabilidade maior.

Balanceamento de indexadores
Outro caso é o balanceamento de indexadores. Se você tiver todos
os seus investimentos atrelados, por exemplo, ao CDI, um corte da
taxa de juros faz com que toda a sua carteira passe a render menos.

É sempre uma boa ideia equilibrar alguns ativos atrelados ao CDI


e outros ativos prefixados. Assim, qualquer que seja a mudança
no mercado, ela só vai afetar negativamente parte dos seus
investimentos, enquanto outra vai se valorizar.

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Balanceamento de Renda Fixa e Renda Variável
Existem inúmeras formas de você balancear sua carteira, desde
métodos mais simples até alguns bem avançados. Cada um tem os
seus prós, mas o mais importante aqui é sempre investir com base
no seu planejamento.

O balanceamento ideal para você vai depender basicamente de:

• Seu perfil de investidor;


• Seu momento de vida;
• Seus objetivos com seus investimentos;
Pode parecer complicado mas juro que não é. E você, definitivamente,
deve ter uma estratégia antes de escolher em qual ativo vai aplicar.
E uma boa notícia: uma vez definido seu balanceamento ideal, fica
muito mais fácil decidir na hora de escolher seu próximo investimento.
A gente já falou da Lei dos 80 aqui no começo do ebook, mas ela
se originou na Lei dos 60. Ela segue a mesma logica da lei dos 80,
mas é mais conservadora

Lei dos 60
A Lei dos 60 foi cunhada por Gustavo Cerbasi, um dos maiores
especialistas em finanças pessoais do Brasil. A regra basicamente
diz que você deve alocar 60 – a sua idade em renda variável. O
restante deve ser alocado em renda fixa.

Isso significa que o investidor de 26 anos deve investir 34% em renda


variável (60-26=34) e 66% em Renda Fixa. No ano seguinte, ele deve
ter 33% em Renda Variável e 67% em Renda Fixa e assim por diante.

24
Quem vai dizer qual a melhor estratégia de balanceamento é o
próprio investidor. Não necessariamente ele tem que seguir uma
estratégia já existente, mas é importante que os seus investimentos
devem refletir seus objetivos de vida.

Performance x Benchmarks
Faz sentido comparar a sua carteira de renda fixa com o CDI, a sua
carteira de ações com o Ibovespa, a sua carteira de FIIs com o IFIX
e por ai vai.

Mas qual é o benchmark que você deveria usar para comparar a


sua carteira como um todo?

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fonte: app Real Valor

Claro que você pode comparar com o CDI e olhar essa situação sob
a ótica de custo de oportunidade: “eu poderia estar investindo em
100% do CDI ou ter essa carteira”. O problema dessa abordagem é
não olhar para risco, só para rentabilidade.

Ao comparar uma carteira diversificada e o CDI, você está


comparando riscos e retornos potenciais muito diferentes.

Uma carteira que rende 200% do CDI pode ser composta na sua
grande maioria por ações e estar perdendo do Ibovespa. Mas
quando você olha a carteira como um todo, está batendo o CDI.
Olhando para a comparação com o CDI, essa carteira está indo
bem embora na verdade não esteja.

Uma forma de diminuir essas distorções é usar um benchmark


composto. Ele leva em consideração os pesos de alocação para
cada tipo de ativo.

Quer um exemplo de um benchmark composto?

Vamos supor que você tem 60% da sua carteira investido em ações

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e 40% em renda fixa. O benchmark composto seria uma soma do
Ibovespa com o CDI, mas com o Ibovespa tendo peso de 60% e o
CDI de 40%. Dessa forma, você consegue compreender melhor o
risco e recompensa da sua carteira.

O maior problema do benchmark composto é a dificuldade de se


criar um benchmark para cada investidor. Por isso, a maioria dos
investidores continua comparando a sua carteira com o CDI.

Outra maneira de conseguir olhar para benchmarks que fazem sentido


é simplesmente olhar as performances das categorias de forma
segregada.

fonte: app Real Valor

No exemplo acima, isso significaria olhar para a carteira de ações


contra o ibovespa e a carteira de renda fixa contra o cdi. Esse
approach é de fácil visualização e mostra exatamente qual carteira
ou ativo está segurando a sua rentabilidade. No Real Valor é
simples de visualizar os ativos sob essa ótica.
Entradas mensais x necessidade de
geração de caixa
Muitos investidores têm uma fonte de receita que vem do trabalho.
De lá, ele gasta um percentual e investe o outro. Esses investidores

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não têm tanta necessidade de investir pensando em entradas
mensais advindas de dividendos, cupons, etc.

Existem outros investidores que não têm uma receita mensal


recorrente e usam os investimentos como uma forma de receita
mensal para cobrir seus custos.

Esses investidores precisam ter uma estratégia em que os dividendos


e cupons mensais somem mais dinheiro do que o custo mensal dele.

Se for menor que o custo mensal dele e ele não tiver uma receita de
outro lugar, ele vai ter que encostar nos investimentos para resgatar
algo, o que pode ser um movimento pior.

Por isso, o investidor que não tem uma receita mensal recorrente,
mas tem um custo mensal recorrente deve ficar de olho sempre em
quanto de dinheiro sua carteira rende por mês na forma de proventos
e cupons e qual é o seu custo mensal.

O objetivo deve ser sempre fazer mais em dividendos do que o


custo mensal.

fonte: app Real Valor

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Dificuldades de
acompanhar seus
investimentos
Desde o começo da nossa vida como investidor sempre ouvimos
que devemos diversificar nossos investimentos para diminuir os
riscos. Isso faz bastante sentido.

O problema é que quanto mais diversificamos, mais difícil fica de


acompanhar a nossa carteira.

Carteira com apenas um ativo


Vamos supor que você começa a investir agora e a sua carteira só é
composta por Petrobras (PETR4). Se PETR4 sobe, sua carteira sobe.
Se PETR4 desce, sua carteira desce. Tudo é muito fácil nesse caso.

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Carteira diversificada
Com o tempo, você decide diversificar. Além de comprar mais
ações, decide investir em renda fixa e em fundos também.

Agora já é muito mais difícil entender se sua carteira está subindo


ou descendo.

Isso acontece porque cada ativo desses tem uma quantidade


diferente de dinheiro alocado e varia de forma diferente. PETR4 pode
estar caindo e mesmo assim a sua carteira pode estar subindo. Já
ficou bem mais complicado né?

Carteira diversificada com aportes e saques


Agora vamos para o caso do mundo real: você recebe um salário.
Quando sobra um dinheiro, você faz novas alocações. Além disso,
em determinados momentos você decide vender alguns ativos.

Agora você tem uma carteira com ativos que variam de forma
diferente, com quantidades diferentes de dinheiro alocado. Com o
detalhe que essas quantidades variam porque você aporta e saca
dinheiro.

Isso torna a tarefa de acompanhar a carteira bastante complicada


para quem não trabalha no mercado financeiro.

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Como acompanhar
seus investimentos?

Planilha de excel / Google sheets


É comum os investidores migrarem para as planilhas de excel ou
google sheets para fazer um acompanhamento mais próximo de
seus investimentos.

Com o excel, o investidor consegue criar os gráficos e análises que


ele acha que fazem mais sentido, além de acompanhar todos os
seus investimentos em um só lugar. Com as planilhas, o investidor
não está mais limitado às informações que as corretoras mostram
em suas plataformas.

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Se por um lado o excel traz um leque quase infinito de análises que
você pode fazer, ele também tem algumas desvantagens:

Tempo
Para manter uma planilha atualizada, você precisa atualizá-la com
frequência. Isso significa atualizar cotação de fundos, de ações,
tesouro direto, renda fixa, etc. além de adicionar novas transações.
Quando se tem muitos investimentos, essa tarefa começa a se tornar
inviável.

Complexidade
Para se fazer uma planilha realmente completa, é necessário ter
um conhecimento tanto de excel quanto de mercado financeiro.
Isso acaba afugentando muitos investidores no momento que eles
percebem o quão complexa essa tarefa pode ser.

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Aplicativos
Como acompanhar os investimentos é tão importante e tão difícil,
algumas pessoas decidiram criar ferramentas que facilitam esse
trabalho. É aí que surgiram os apps de acompanhamento de carteira.
Eles foram criados para suprir os pontos fracos das corretoras e do
excel.

Eles conseguem consolidar todos os investimentos num só lugar,


além de mostrar análises muito mais ricas do que a plataforma da
corretora.

Como eles atualizam as cotações, o investidor não precisa gastar


tempo atualizando nada.

Além disso, o investidor não precisa ser um expert em excel e nem


no mercado financeiro para ter acesso a informações ricas de como
sua carteira está performando.

33
O Real Valor

Lá em 2015 eu tinha a dificuldade de acompanhar os investimentos


e decidi, em 2017, junto com meu sócio Gabriel Farias, criar o Real
Valor para facilitar a vida de quem sofria com o mesmo problema.
Ganhar mais tempo para poder dedicar seu tempo a outras
prioridades, que não fosse atualizar planilha de excel.

A gente vem construindo o app de acordo com o feedback dos


nossos próprios usuários, porque são eles que vivem diariamente
com essa dor.

Ele existe para quem tem uma carteira diversificada em mais de


um tipo de ativo ou em diferentes corretoras ou bancos. A ideia é
sempre mostrar a carteira consolidada para você ver o patrimônio
como um todo.

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Com o Real Valor você acompanha cotação, histórico, evolução
de tudo que você investiu e sempre quis ver. Ainda compara seus
investimentos com os principais benchmarks do mercado financeiro.

Para começar a usar o app, você pode importar renda fixa e variável
automaticamente ou adicionar manualmente. A partir daí, o app mostra
a carteira consolidada que depois é destrinchada em categorias:
• Renda fixa
• Ações e ETFs
• FIIs
• Fundos
• Moedas e Criptomoedas
• Ações americanas
• Subscrição
• Entre outros

35
Também é possível ter uma visão ainda mais detalhada ao olhar
para os produtos separadamente.

Seguindo essa lógica, existe um gráfico de performance da carteira


global comparada com os principais benchmarks do mercado (CDI,
Poupança, Ibovespa, IFIX, IPCA, Bitcoin, Dólar).

Quando a performance global não está indo bem como esperado,


é só procurar quais investimentos estão sendo responsáveis por
isso. Com isso você toma melhores decisões para aumentar seu
patrimônio.

O aplicativo também traz o histórico de dividendos, bonificações,


desdobramentos e agrupamentos de ações e FIIs.

36
Obrigado por ter
lido nosso ebook!

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