SIMBOLISMO DO NATAL. Palestra proferida no Sindicato dos astrólogos por Graça Carvalho.

(A segunda parte
por Mércia Andrade, sobre o Simbolismo da Estrela, que divulgarei na próximo semana).

Trabalhar com simbolismo é juntar duas coisas que, aparentemente, estão separadas. Símbolo, significa, “signo de
reconhecimento”, juntar, unir, reunir. O termo se referia primeiramente a “um objeto partido em duas partes, cada
pessoa conservava uma parte e que transmitam a seus filhos”. Estas duas metades uma vez reunidas se ajustavam
exatamente uma cm a outra, para formar de novo o objeto primitivo. Quando reunidas essas duas partes, as pessoas
que as possuíam, mesmo que não se conhecessem, haveria um “reconhecimento” e demonstravam as mesmas
relações de hospitalidade que havia existido anteriormente.
Ora, para que isso acontecesse é preciso ter encontrado o que estamos anunciando; “só se pode comunicar uma
verdade a medida em que a vivenciamos.” Pois todo símbolo é vivo. E como tal deverá ser vivenciado e efetivado
em nossas vidas.
O símbolo é o que é e significa o que significa. O símbolo não pertence a nenhuma religião, ele apenas É.
O Natal é um símbolo vivo, não é um fato histórico, uma lembrança histórica do nascimento de Cristo. O Natal é um
acontecimento cósmico, ele acontece no cosmos e, portanto, a cada ano, em todos os anos, temos a oportunidade
de viver esse Natal. O Natal não aconteceu, ele vai acontecer, tanto interiormente como exteriormente.
Interiormente quando é acolhido e exteriormente, quando é compartilhado. O Natal é compartilhar uma vivência
única que se oferece a toda uma criação. O Natal é um fato cósmico porque acontece num ciclo de temporalidade,
justamente para nos tirar de tempo e nos dar uma perspectiva do Eterno.
Nosso interesse é levar a todos numa aventura, levar ao reconhecimento que existe de fato o objeto único e
principal do Natal que é o encontro com a luz e a verdade, pois Cristo é o fato fundamental. Vamos na aventura
dos /reis Magos, ao encontro daquilo que eles buscavam e porque buscavam é que encontraram.
No simbolismo do Natal, Deus se fez homem para o homem se fazer Deus.
Foi a partir dessa separação que iniciou a história, da humanidade, e foi com essa “ideia” de união que a vida teve
início. Então o Natal é um convite para fazermos esse percurso ao encontro daquilo que os Reis Magos buscaram,
seguir nessa grande aventura até o reconhecimento que existe, de fato, o objeto único e principal do Natal que é o
encontro com a Luz e a Verdade. Porque Kristo é o fato fundamental.
OS REIS MAGOS.
René Guenón em seu livro o “Rei do Mundo” levanta a possibilidade de os Reis Magos serem pertencentes a CASTAS
SACERDOTAIS ANTIQUÍSSIMAS, eles seriam os três chefes espirituais de AGARTTHA, misterioso centro iniciático.
MAHÂNGA – Oferece o OURO, saúda-o como REI
MAHÂTMÂ – Oferece INCENSO, saúda-o como SACERDOTE
BRAHÂTMÂ. – Oferece MIRRA, saúda-o como PROFETA E MESTRE ESPIRITUAL
O SIGNIFICADO DOS PRESENTES
Cada presente tem relação com uma VIRTUDE e seu oferecimento é a REALIZAÇÃO dessa virtude em nós mesmos.
OURO, virtude da OBEDIÊNCIA, não no sentido comum da palavra, mas é a liberdade do homem que se torna LIVRE
DAS PAIXÕES, o homem que vencendo o MEDO assume sua VERDADEIRA ESTATURA, atinge a PERFEIÇÃO OU
REALIZA SATURNO, que limita, escraviza, é nossa cruz enquanto o medo nos dominar, e é realização quando o
vencemos. Atingir a perfeição é o caminho da divinização do homem (ADQUIRE O PODER TEMPORAL)
INCENSO, virtude da CASTIDADE, casto porque é INTEIRO e oferecido a Deus, é a totalidade de quem vence a
DUVIDA. Realiza JÚPITER, o PODER SACERDOTAL, A SABEDORIA (ADQUIRE O PODER ATEMPORAL)
MIRRA, a virtude da POBREZA, pobreza de EGO, ou seja, aquele que dirige sua vontade as energias superiores e
TORNA-SE CANAL DO DIVINO, o DESAPEGO a tudo que vem do ego, a vontade dirigida ao poder superior, ofertada.
Torna-se PROFETA, porque anuncia e PROCLAMA O REINO DO CÉU, a tarefa do profeta é ver aquilo que os outros
não vêm. MARTE REPRESENTA A FORÇA MATERIAL E GEURREIRA NECESSÁRIAS AO PROFETA.
SIMBOLISMO DA ESTRELA.
“VIMOS SUA ESTRELA NO ORIENTE E VIEMOS ADORÁ-LA” – Mateus 2.2
Grande parte dos teólogos sustenta que se tratava de uma APARIÇÃO EXCEPCIONAL que nunca havia acontecido e
que provavelmente jamais aconteceria. Do ponto de vista simbólico o que se apresenta mais rico é a versão de que
tenha sido uma CONJUNÇÃO ENTRE MARTE, JÚPITER E SATURNO.