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AGENTE E ESCRIVÃO DA PF

Disciplina: Legislação Penal Especial


Prof. Silvio Maciel
Aula nº 12 de 17

MATERIAL DE APOIO - MONITORIA

Índice

1. Artigo Correlato
1.1 Uma questão penitenciária. Crimes hediondos e progressão de regime
2. Jurisprudência Correlata
2.1 STF HC 82959 / SP - SÃO PAULO
2.2 STF - HC 89976 / RJ - RIO DE JANEIRO
3. Assista!!!
3.1 Nos crimes hediondos, o réu poderá apelar em liberdade?
4. Leia!!!
4.1 STF Admite Progressão de Regime nos Crimes Hediondos
5. Simulados

1. ARTIGO CORRELATO

1.1 UMA QUESTÃO PENITENCIÁRIA. CRIMES HEDIONDOS E PROGRESSÃO DE REGIME

Autor: Eduardo Luiz Santos Cabette; delegado de polícia, mestre em Direito Social, pós-graduado com
especialização em Direito Penal e Criminologia, professor da graduação e da pós-graduação da Unisal

Publicação: Outubro de 2009

Sabiamente ensina um singelo dito popular que "a pior cegueira é a daquele que não quer ver". E como
exsurge verdadeiro seu conteúdo, quando se verifica o infeliz e – por que não dizer – "hediondo"
entendimento jurisprudencial que perdurou tanto tempo, inclusive no Supremo Tribunal Federal, sobre a
questão da progressão de regime nos casos abrangidos pela Lei 8072/90. Insistia-se em não enxergar a
flagrante violação ao princípio da individualização da pena. Isso até o momento em que uma alteração na
composição da corte constitucional brasileira possibilitou uma mudança, ainda que tardia, quanto ao
entendimento da questão, declarando o regime integral fechado inconstitucional. Em seguida, surge a Lei
11.464/07, que adapta a Lei 8072/90 ao sistema constitucional, passando a permitir a progressão de
regime, ainda que mediante regras mais restritivas do que nos casos que não envolvem crimes
hediondos.

Superada, pelo menos até o surgimento de mais um diploma de "terrorismo penal", a questão da
incompatibilidade do regime integral fechado predeterminado legalmente com o princípio da
individualização da pena, é oportuna uma abordagem do tema sob o ponto de vista da harmonia e
mesmo governabilidade do Sistema Prisional em confronto com essa espécie de restrição inconstitucional,
visando quem sabe "abrir os olhos" daqueles que insistem em não enxergar os malefícios de um direito
penal irracional, desenvolvido em afronta aos princípios básicos que o deveriam reger.

Mais do que qualquer aspecto, o problema da progressão de regime torna-se uma questão penitenciária.

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É claro que a Lei dos Crimes Hediondos e outras correlatas não puderam pôr cobro e nem mesmo reduzir
a criminalidade violenta (muito ao contrário). Seus efeitos foram funestos no Sistema Prisional,
aumentando a tensão e o grau de violência internos nos estabelecimentos penitenciários (sentido lato,
incluindo as Cadeias Públicas). Ensejaram o surgimento de uma categoria de presos que nada tinham a
perder, presos estes os mais perigosos, o que possibilitou o surgimento de lideranças internas que
conformaram verdadeiras organizações criminosas no próprio seio do Sistema Prisional erigido para
conter a criminalidade. E este é um cancro que demorará muito para ser curado, se é que um dia o será.

O aumento vertiginoso da superlotação, as rebeliões que se tornaram uma constante no cotidiano desses
estabelecimentos, foram continuamente minando a legitimidade do Estado ao impor a pena privativa de
liberdade, pois que esta não traduzia qualquer ação concreta que não fosse no sentido de deteriorar,
ainda mais, o delinquente. Por consequência, não havia proteção da sociedade nem a longo, nem a curto
prazo. A longo prazo, o egresso retornava ao seio social mais empedernido e perigoso. A curto prazo, as
constantes rebeliões colocavam, dia a dia, em perigo a incolumidade dos próprios presos, dos
funcionários, da população e do patrimônio público.

Os motins e fugas logicamente não foram motivados somente pela eliminação do Sistema Progressivo nos
Crimes Hediondos. No entanto, este foi certamente um fator importantíssimo no fomento dessas
condutas. Qualquer um que tenha tido contato com o Sistema Prisional na década de 90 e faça uma breve
comparação com a situação atual pode perceber uma nítida mudança na frequência de rebeliões e motins.

Destaca-se a dificuldade no tratamento com esse tipo de preso, o qual nada tinha a perder com seu
procedimento intramuros. De qualquer modo, cumpriria a pena no regime integral fechado, independente
de seu bom ou mau proceder.

A não ser que se pretenda retornar à barbárie e impingir penalidades corporais nos estabelecimentos
penitenciários [01] para manter a ordem e a autoridade, com que espécie de controle pode contar a
direção no trato com esse tipo de detento?

Ao mencionar o tema em brilhante palestra proferida no "6º Simpósio Justiça Penal: Críticas e Sugestões"
[02], Miguel Reale Júnior expôs a criação de presos incontroláveis pelo excesso ou "voluptuosidade"
repressiva do legislador contaminado por um "Direito Penal Simbólico".

Parece que se cumpriu o pensamento de Galileu ao sentenciar que "a verdade é filha do tempo, não da
autoridade", caminhando o entendimento no sentido da retomada do regime progressivo, se não em
virtude dos argumentos legais, ao menos pela visão contundente da realidade.

Já ensinava Beccaria [03] que "a moral política não pode proporcionar à sociedade nenhuma vantagem
durável, se não for fundada sobre sentimentos indeléveis do homem. Toda lei que não for estabelecida
sobre esta base encontrará uma resistência à qual será constrangida a ceder."

Ora, o regime integral fechado, aplicado àqueles criminosos considerados, ao menos em tese, mais
perigosos em face da gravidade das infrações cometidas, eliminando-lhes qualquer esperança de
progresso na recuperação escalonada da liberdade, só produz verdadeiros "monstros", transformando-os
em homens que nada têm a perder. A natureza humana nessas situações conduz a uma liberdade de
ação em antagonismo frontal ao que se pretende impor ao criminoso (restrição dessa mesma liberdade),
pois quem nada tem a perder, tudo pode.

Ilustra com maestria o acima exposto uma passagem literária do escritor Rubem Alves [04], com a qual
encerramos, na esperança de que, talvez um dia, os juristas possam alcançar a sensibilidade dos artistas
na compreensão do ser humano:

"Tive um amigo, Hans HoeKendijk, um holandês que esteve prisioneiro num campo de concentração
alemão. Contou-me de sua experiência com a morte. A guerra já chegava ao fim e os prisioneiros
acompanhavam num rádio clandestino o avanço das tropas aliadas e já faziam o cálculo dos dias que os
separavam da liberdade. Até que o comandante da prisão reuniu a todos no pátio e informou que, antes
da libertação, todos seriam enforcados. ''Foi um grito de lamentação e horror... seguido da

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mais extraordinária experiência de liberdade que jamais tive em minha vida'', ele disse. ''Se vou morrer
dentro de dois dias, então nada mais importa. Não há sentido em me guardar, não há sentido em ser
prudente. Não preciso pretender ser outra coisa do que sou. Posso viver minha verdade, pois nada pode
me acontecer. Não preciso de máscaras. Tenho permissão para a honestidade total. Posso ir ao guarda
nazista, que sempre me aterrorizou, e dizer a ele tudo o que sinto e penso...Que é que ele pode me
fazer?'' "

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVES, Rubem. O quarto do mistério. Campinas, Papirus, 1995.

BECCARIA, Cesare. Dos delitos e das penas. Trad. Paulo M. Oliveira. Rio de Janeiro, Ediouro, 1996.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir - História da violência nas prisões. Trad. Raquel Ramalhete. Petrópolis,
Vozes, 1996.

Notas

Michel FOUCAULT, Vigiar e Punir - História da Violência nas Prisões , passim .

Realizado pelo Centro de Extensão Universitária em 21 de Novembro de 1998, em São Paulo/SP.

Cesare BECCARIA, Dos Delitos e das Penas , p. 24/25.

Rubem ALVES, O quarto do mistério , p. 222/223.

Fonte: http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=14172

2. JURISPRUDÊNCIA CORRELATA

2.1 STF HC 82959 / SP - SÃO PAULO

HABEAS CORPUS
Relator: Min. MARCO AURÉLIO
Órgão Julgador: Tribunal Pleno
Julgamento: 23/02/2006

Ementa: PENA - REGIME DE CUMPRIMENTO - PROGRESSÃO - RAZÃO DE SER. A progressão no regime


de cumprimento da pena, nas espécies fechado, semi-aberto e aberto, tem como razão maior a
ressocialização do preso que, mais dia ou menos dia, voltará ao convívio social. PENA - CRIMES
HEDIONDOS - REGIME DE CUMPRIMENTO - PROGRESSÃO - ÓBICE - ARTIGO 2º, § 1º, DA LEI Nº
8.072/90 - INCONSTITUCIONALIDADE - EVOLUÇÃO JURISPRUDENCIAL. Conflita com a garantia da
individualização da pena - artigo 5º, inciso XLVI, da Constituição Federal - a imposição, mediante norma,
do cumprimento da pena em regime integralmente fechado. Nova inteligência do princípio da
individualização da pena, em evolução jurisprudencial, assentada a inconstitucionalidade do artigo 2º, §
1º, da Lei nº 8.072/90.

2.2 STF - HC 89976 / RJ - RIO DE JANEIRO

HABEAS CORPUS
Relator: Min. ELLEN GRACIE
Órgão Julgador: Tribunal Pleno

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Julgamento: 26/03/2009

Ementa: DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA
DE LIBERDADE. CRIME DE TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTE. FATO ANTERIOR À LEI 11.343/06.
PROGRESSÃO DO REGIME PRISIONAL. CONCESSÃO DA ORDEM. 1. Trata-se de habeas corpus impetrado
contra ato do Superior Tribunal de Justiça que, no julgamento de writ anteriormente aforado perante
aquela Corte, denegou a ordem. 2. A questão de direito debatida neste writ envolve a possibilidade (ou
não) de incidência do art. 44, do Código Penal, às hipóteses relacionadas aos crimes hediondos e a eles
equiparados, como é o caso do crime de tráfico ilícito de substância entorpecente (Lei n° 6.368/76, art.
12; Lei n° 11.343/06, art. 33). 3. O Pleno desta Corte já teve oportunidade de apreciar a questão no HC
n° 85.894-5/RJ (rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 28.09.2007). 4. Entendo que não haveria aplicação
retroativa da regra contida no art. 44, caput, da Lei n° 11.343/06, ao presente caso, eis que o sistema
jurídico anterior ao seu advento já não permitia a substituição da pena corporal por pena restritiva de
direito em relação aos crimes hediondos e a eles equiparados. A esse respeito, estou convencida acerca
da impossibilidade de substituição da pena privativa de liberdade por penas restritivas de direito, mesmo
no período anterior ao advento da Lei n° 11.343/06. 5. Contudo, na linha do precedente desta Corte já
referido (HC nº 85.894-5, rel. Min. Gilmar Mendes), não encontro razão para tratar o presente caso de
modo diferente, ainda que atualmente esteja em vigor o art. 44, da Lei nº11.343/06. Adotando-se o
raciocínio já desenvolvido nos votos vencedores do referido julgamento, a norma do art. 44, da Lei nº
11.343/06, não pode retroagir para atingir fatos pretéritos, sob pena de violação ao princípio da reserva
absoluta de lei formal em matéria penal. 6. E, no tema referente à progressão do regime prisional,
levando em conta que - considerada a orientação que passou a existir nesta Corte à luz do precedente no
HC 82.959/SP - o sistema jurídico anterior à edição da lei de 2007 era mais benéfico ao condenado em
matéria de requisito temporal (1/6 da pena), comparativamente ao sistema implantado pela Lei n°
11.646/07 (2/5 ou 3/5, dependendo do caso), deve ser concedida a ordem para que haja o exame do
pedido de progressão do regime prisional do paciente, levando em conta o requisito temporal de 1/6 da
pena fixada. 7. Ordem concedida para que se proceda ao exame, pelo juízo competente, da presença (ou
não) dos requisitos do art. 44, do Código Penal, e da progressão do regime prisional.

3. ASSISTA!!!

3.1. NOS CRIMES HEDIONDOS, O RÉU PODERÁ APELAR EM LIBERDADE? (ASSISTA: 01'56'' -
RICARDO SCHIMITT)

Fonte: http://www.lfg.com.br/public_html/article.php?story=2009062013323193

4. LEIA !!!

4.1 STF ADMITE PROGRESSÃO DE REGIME NOS CRIMES HEDIONDOS

Autores: Luiz Flávio Gomes;


Data: 13/03/2006

Em 1990, para combater a chamada criminalidade (clássica), que mais preocupa a população (estupro,
latrocínio etc.), o legislador brasileiro, com fundamento na Constituição Federal (art. 5º, inc. XLIII), aprovou
a Lei 8.072/1990, que introduziu no nosso ordenamento jurídico infraconstitucional a figura dos crimes
hediondos e equiparados. Cuida-se de texto legal que constitui um marco na legislação simbólica e punitivista
(que vem sendo adotada, nas duas últimas décadas, com grande amplitude, em toda América Latina).
Daí para cá, apesar de todo rigor da lei, a criminalidade clássica ou convencional só aumentou. Pouco ou
nada foi feito para combater as suas causas (educação para todos, socialização do menor e do adolescente,
moradia, emprego, integração familiar, menos desorganização social etc.). Sem que o governo

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e a sociedade civil cumpram (integralmente) suas responsabilidades básicas, é pura ilusão supor qualquer
alteração séria no quadro de violência endêmica que estamos vivendo. Com leis penais novas muito menos
chance haverá de resolver o problema.

Em lugar de se fazer o que deve ser feito, adotam-se medidas ilusórias e simbólicas, em todo momento,
contando-se com o apoio de grande parte da mídia. A promessa de que leis penais duras acabam ou
diminuem as taxas da criminalidade constitui a base dessa política simbólica e punitivista.

Ocorre que o legislador brasileiro também comete equívocos. Ele acabou capitulando como crime hediondo
uma série de fatos que não possuem essa natureza. Por exemplo: toque nas nádegas, beijo lascivo,
falsificação de cosméticos etc. Nesses casos, o rigor da lei e sua desproporcionalidade são patentes. A
proibição da progressão de regime configura um desses instrumentos carentes de razoabilidade. O diploma
legal, com seus critérios abstratos, nem sempre se apresenta como instrumento justo nos casos concretos.

É bem provável que ninguém como Alberto Silva Franco (Crimes hediondos, 4. ed., São Paulo: RT, p. 161 e
ss.) tenha lutado tanto pelo reconhecimento da inconstitucionalidade do § 1º do artigo 2º da Lei 8.072/1990,
que impõe o cumprimento da pena (por crime hediondo) integralmente em regime fechado. Sabemos que
esse "integralmente" não nasceu verdadeiro, porque também os crimes hediondos admitem livramento
condicional, ressalvando-se o reincidente específico em crime hediondo (pois nesse caso, como se sabe, não
cabe livramento condicional).

Nossa Corte Suprema, até o ano de 2004, consolidou clássica jurisprudência no sentido de que era
constitucional o citado dispositivo legal. Difusamente, entretanto, alguns poucos juízes do país, com base no
princípio da razoabilidade (CF, art. 5º, inc. LIV), flexibilizavam o texto legal para, em casos concretos, afastar
o seu rigor. De um modo geral, todavia, até 2004, seguiu-se a férrea posição do STF: crimes hediondos não
permitem progressão de regime.

A primeira fissura legislativa nessa hermética disciplina jurídica ocorreu com a lei de tortura (Lei 9.455/1997,
art. 1º, § 7º), que passou a permitir a progressão de regime nos crimes de tortura. Tentou-se (sobretudo a
partir dos votos do Min. Cernicchiaro, no STJ) estender sua incidência para todos os crimes hediondos. Mas
mais uma vez o STF fulminou qualquer esperança de liberdade (antes do cumprimento de dois terços da
pena) para os autores de crimes hediondos. Firmou jurisprudência no sentido de que a lei de tortura só se
aplica à tortura.

Com a nova composição do STF, esse quadro foi se alterando rapidamente (sobretudo no ano de 2005). No
HC 82.959-7, rel. Min. Marco Aurélio, onde se discutiu em profundidade a questão, o placar final foi de seis
votos (Marco Aurélio, Carlos Britto, Gilmar Mendes, Cezar Peluso, Eros Grau e Sepúlveda Pertence) a cinco
(Carlos Velloso, Nelson Jobin, Ellen Gracie, Joaquim Barbosa e Celso de Mello), pela inconstitucionalidade do
1º do art. 2º da Lei 8.072/1990. A decisão do Pleno do STF foi proferida em 23.02.2006.

Observe-se que o STF não concedeu a pretendida progressão de regime no caso concreto. Apenas removeu o
obstáculo legal que impedia a análise da progressão em crimes hediondos. Ou seja, dentro de um HC,
proferiu-se um julgamento da lei em tese, proclamando sua inconstitucionalidade "urbi et orbis".

Aliás, antes mesmo do julgamento final do HC 82.959 (cujos efeitos práticos serão examinados em outro
artigo), o STF já vinha concedendo inúmeras liminares para afastar o óbice legal proibitivo da progressão de
regime nos crimes hediondos. Dentre outros, podem ser mencionados os seguintes HCs.: 85.270, 85.374,
86.131, 84.122. A decisão de 23.02.06, como se vê, foi o coroamento dessa tendência do Tribunal, cuja
Primeira Turma, no HC 86.224, em 07.03.06, resolveu questão de ordem no sentido de que pode cada
Ministro decidir individualmente (monocraticamente) os habeas corpus com pedido de progressão de regime.

Fonte: http://www.lfg.com.br/public_html/article.php?story=2006031320274346

5. SIMULADOS

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5.1 De acordo com a nova redação da Lei dos Crimes Hediondos, a pena será sempre cumprida em regime
inicialmente fechado, cabendo a progressão de regime após o cumprimento de dois quintos da pena, se o
apenado for primário.

( ) Certo ( ) Errado

5.2 Os crimes hediondos ou a eles assemelhados não incluem

a) o atentado violento ao pudor.


b) a extorsão mediante sequestro.
c) a falsificação de produto destinado a fins terapêuticos.
d) a associação permanente para o tráfico ilícito de substância entorpecente.
e) a tentativa de genocídio.

5.3 Marque a afirmação correta que se aplica seja aos crimes hediondos (Lei 8.072/90), seja ao tráfico ilícito
e ao uso indevido de substâncias entorpecentes (Lei 11.340/2006), seja aos crimes de tortura (Lei
9.455/97).

a) As penas aplicadas ao usuário de substâncias entorpecentes são: a advertência sobre os efeitos das
drogas, a prestação de serviços à comunidade e a medida educativa de comparecimento a programa ou
curso educativo. Estas, nos casos de descumprimento injustificado, podem ser convertidas em pena privativa
de liberdade.
b) O crime de associação para o tráfico ilícito de entorpecente é um crime de concurso necessário, devendo
ter no mínimo 2 (dois) sujeitos ativos.
c) Os crimes de tortura, assim como os crimes hediondos, não admitem a anistia, a graça e o indulto.
d) O roubo qualificado pelo resultado (lesão corporal grave e morte), estabelecido no art. 157 § 3°, é crime
hediondo.
e) Quem, sendo usuário de substância entorpecente, oferece droga, eventualmente e sem objetivo de lucro,
a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem, pratica o crime de uso de substância
entorpecente, com uma causa especial de aumento de pena pelo oferecimento da droga a terceira pessoa.

GABARITO:

5.1 – Certo
5.2 – D
5.3 – B

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