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Protocolo Clínico para manejo de

pacientes adultos com infecção Revisão:


24.04.2020
pelo novo Coronavírus (SARS-
CoV-2) Versão 1 Data da Elaboração:
14/04/2020

A COVID 19 (Coronavirus-disease 2019), doença causada pelo vírus SARS-CoV-2, teve os primeiros casos
registrados na China, em dezembro de 2019. Com a rápida progressão na ocorrência de casos observada no mundo,
em 30 de janeiro de 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou que a doença representava uma
emergência de interesse internacional e, em 11 de março de 2020, a Covid-19 foi declarada uma pandemia.
No Brasil, os primeiros casos foram registrados em viajantes internacionais e seus contatos, a partir de
fevereiro de 2020; em março de 2020, o Ministério da Saúde considerou a existência de transmissão comunitária do
SARS CoV-2 no país e a COVID 19 passou a representar uma possibilidade em todo caso diagnosticado de Síndrome
Gripal (SG).
O novo coronavírus se transmite rapidamente por intermédio de gotículas eliminadas pelo indivíduo
infectado, bem como através de contato pessoal próximo ou através de objetos ou superfícies contaminadas, nas quais
a sobrevivência do vírus pode ultrapassar 72 horas. Evidências apontam que as fontes de transmissão podem ser tanto
os pacientes doentes como também os indivíduos com infecção assintomática.
O período de incubação da COVID 19 varia de 1 a 14 dias, com média de 5 dias. Os sintomas mais
importantes são tosse seca, febre, cefaléia, mialgia e desconforto respiratório. Os estudos mostram que pacientes com
COVID 19, em 80% dos casos apresentam doença leve, 15% doença moderada a grave, os quais precisam de
internação hospitalar e 5% doença crítica – estes precisarão de internação em UTI e ventilação mecânica. A letalidade
é maior nos pacientes com 60 anos ou mais e naqueles com comorbidades, notadamente diabetes mellitus e doenças
cardiovasculares.
O diagnóstico específico de COVID 19 pode ser realizado, na primeira semana após início dos sintomas,
através de RT PCR, em amostras respiratórias. Métodos sorológicos para identificação de anticorpos IgM e IgG,
através de testes rápidos imunocromatográficos podem ser úteis para identificação de casos ou indivíduos
possivelmente imunes, a partir do oitavo dia de início dos sintomas.
As boas práticas de higiene pessoal e as medidas de distanciamento social, ao lado do uso de equipamentos
de proteção individual (EPIs), nas situações recomendadas, representam as principais medidas de prevenção para a
COVID 19. Não existe vacina disponível.
O tratamento de pacientes com quadros leves de síndrome gripal (SG) é ambulatorial. Os pacientes com
quadro moderado e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) serão internados em leitos clínicos e de UTI,
respectivamente e tratamento incluirá medidas de suporte, sintomáticos e prevenção de complicações. O uso de
antibióticos para pneumonias bacterianas e oseltamivir para infecções por influenza seguirá as recomendações já
estabelecidas nos consensos existentes.
Não há evidências robustas de ensaios clínicos controlados que embasem recomendação universal de
tratamento específico para COVID 19 e o uso de hidroxicloroquina associada à azitromicina será facultado ao médico,
em determinados cenários clínicos, considerando os resultados dos poucos trabalhos realizados até o presente, a
indisponibilidade de melhores opções terapêuticas para essa infecção viral com reconhecido potencial de letalidade
até o presente momento e amparado por Parecer Conjunto CRM-PI n°01/2020 das Câmaras Técnicas de Infectologia
e de Medicina Intensiva do Conselho Regional de Medicina do Piauí e Parecer CFM nº4/2020.
Os pacientes que usarão hidroxicloroquina associada a azitromicina deverão assinar o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) – ANEXO 1, em duas vias, sendo uma retida pelo serviço. Na
impossibilidade de o próprio paciente assinar, o TCLE deve ser assinado pelo seu responsável legal.
Este documento versará sobre manejo clínico de pacientes adultos atendidos ambulatorialmente e admitidos
nos hospitais da rede municipal de Teresina. Ressalve-se que dada a dinâmica do conhecimento frente a uma doença
nova, a qualquer momento desde sua publicação, poderão ocorrer adequações baseadas nas atualizações periódicas
divulgadas pelas instituições oficiais de saúde, como o Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA) e organismos internacionais, como a OMS e a Organização Pan-americana da Saúde (OPAS).

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Elaboração:
Comitê̂ de Saúde
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1. OBJETIVOS.
Definir a classificação de risco e o manejo adequado dos casos suspeitos e confirmados de
pacientes adultos acometidos pela COVID 19, com os objetivos de:

● Orientar os exames complementares específicos para investigação diagnóstica e notificação;


● Definir a classificação de risco de acordo com o quadro clínico;
● Definir as medidas de suporte para cada paciente;
● Definir as melhores práticas em pacientes com quadro leve, moderado e grave.

2. APLICAÇÃO
Unidades Básica de Saúde/Ambulatórios
Unidades de Pronto Atendimento - UPAs
Hospitais da Rede Pública Municipal
Hospitais de Campanha Municipais
Unidades de Terapia Intensiva dos Hospitais da rede pública municipal
Maternidades municipais

3. ORIENTAÇÕES GERAIS
Os pacientes admitidos serão oriundos das unidades básicas de saúde, unidades de pronto atendimento,
pronto-atendimentos dos hospitais municipais e serviço de atendimento móvel de urgência (SAMU), e
seguirão o fluxo de triagem previamente estabelecido.

4. ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS
4.1 CLASSIFICAÇÃO
Manifestações Clínicas Febre, Dispnéia, Tosse, Cefaléia, Mialgia, Anosmia, Rinorréia, Diarréia,
Dor de garganta
Presença de pelo menos duas das manifestações clínicas, exceto
Quadro Leve
dispnéia mais: frequência respiratória < 24 irpm e SpO2 > 92% em ar
ambiente (usar oxímetro de dedo).
Dispnéia, Persistência de Febre por 48 – 72 horas, piora dos sintomas,
Sinais de Alarme oligúria, alteração do estado mental e hipotensão.

Presença de Dispnéia e qualquer outras das manifestações clínicas


Quadro Moderado anteriormente citadas e necessidade de oxigênio
suplementar (FiO2 até 30%*) para manter SpO2 > 92%.

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Presença de dispnéia e qualquer das manifestações clínicas


anteriormente citadas e pelo menos 1 dos seguintes critérios:
Quadro Grave - Necessidade oxigênio suplementar (FiO2 > 30%*) para manter SpO2
> 92 %;
- Uso de musculatura respiratória acessória;
- Disfunção orgânica (qSOFA** > 2#);
- Lactato > 2mmol/l ou > 18 mg/dl
- SpO2 / FiO2 < 315 (ideal coletar gasometria arterial com lactato)

*Relação oferta de O2 por sistema de baixo fluxo (catéter nasal) e FiO2:

Fluxo O2 (L/min) FiO2 (%)


1 24%
2 28%
3 32%
4 36%

**qSOFA

• Frequência respiratória> 22 irpm (1 ponto)


• Pressão arterial sistólica< 100 mmHg (1 ponto)
• Alteração do nível de consciência (1 ponto)

5. ABORDAGEM CLÍNICA
5.1 QUADRO LEVE
● Exame físico;
● Acompanhamento ambulatorial;
● Isolamento domiciliar durante 14 dias;
● Prescrever medicações sintomáticas (evitar uso de ibuprofeno - apesar de a OMS ter retirado a
advertência sobre o uso da droga, sugerimos outras opções como dipirona, paracetamol);
● Orientar sobre sinais de alarme (acima);
● Realizar notificação do caso suspeito e coletar pesquisa viral (até o 7° dia do início dos sintomas) ou teste rápido
(a partir do 8° dia do início dos sintomas), se disponíveis.
● Não coletar exames bioquímicos ou realizar exames de imagem.

Mesmo para pacientes com quadros leves, as seguintes condições/características aumentam a chance de
complicações:
● Definição de Grupo de Risco (estes pacientes têm possível benefício para prescrição de hidroxicloroqina –
detalhamento abaixo):
▪ Idade > 60 anos;
▪ Profissionais de Saúde;

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▪ Tabagistas;
▪ Hipertensão, diabetes, doença pulmonar prévia, doença cardiovascular, doença cerebrovascular,
imunossupressão (por medicação, imunodeficiências humorais, HIV +, renal crônico);
▪ Uso crônico de corticoides ou imunossupressores;
▪ Oncológicos (doenças hematológicas ou quimioterapia nos últimos 30 dias especialmente);
▪ Obesidade (IMC > 40);
▪ Para estes pacientes com quadros leves e que fazem parte do grupo de risco, considerar prescrever:
- Azitromicina 500mg – 1 comprimido, via oral, 1 vez ao dia, durante 5 dias;
- Oseltamivir 75 mg (pela possibilidade de diagnóstico diferencial com H1N1) – 1 comprimido,
via oral, 12/12 horas, durante 5 dias;
- Hidroxicloroquina 400mg – 1 comprimido, via oral, 12/12 horas no D01, e manter
1cp por dia até D05. Se intervalo QT<440ms (11 quadradinhos)*, uso mais seguro;

● Antes de prescrever Hidroxicloroquina:


▪ Realizar eletrocardiograma basal e avaliar o intervalo QT

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▪ Estimular a ingestão de frutas ricas em potássio e isotônicos;


▪ Evitar uso de outras medicações que possam prolongar o intervalor QT nos pacientes nos
quais for ser utilizada hidroxicloroquina (sotalol, quinidina, amiodarona, levofloxacina,
eritromicina, ciprofloxacina, haloperidol, fluoxetina, sertralina, amitriptilina,
sumatriptano, domperidona, ondasentrona);

5.2 QUADRO MODERADO


● Exame físico;
● Acompanhamento em enfermaria;
● Prescrever medicações sintomáticas (evitar uso de ibuprofeno);
● Em todos os pacientes, independente se grupo de risco:
▪ Realizar eletrocardiograma basal e avaliar o intervalo QT;
▪ Realizar Raio X de tórax; caso possível, realizar tomografia de tórax de baixa dosagem;
▪ Realizar, se não houver sido feito, notificação do caso suspeito e coletar pesquisa viral (até o 7° dia do
início dos sintomas) ou teste rápido (a partir do 8° dia do início dos sintomas), se disponíveis;
▪ Coletar Hemograma, PCR, Potássio, Magnésio, Sódio, Cálcio, Uréia, TGO e TGP,
Creatinina, D-dímero, Ferritina, DHL, TAP, TTPa, CPK e Gasometria arterial com
lactato, caso disponíveis;

▪ Prescrever heparina não fracionada, 5000UI SC de 12/12h caso peso<60kg e heparina


5000UI SC de 8/8h caso peso>60kg;
▪ Considerar prescrever:
- Azitromicina 500mg – 1 comprimido, via oral, 1 vez ao dia, durante 5 dias;
- Oseltamivir 75 mg (pela possibilidade de diagnóstico diferencial com H1N1)– 1 comprimido,
via oral, 12/12 horas, durante 5 dias;
- Hidroxicloroquina 400mg – 1 comprimido, via oral, 12/12 horas no D01, e manter
1 cp até D05 (atenção às observações descritas acima);
- Ceftriaxona 1g + AD 10ml, IV, 12/12 horas, por no mínimo 07 dias;
- Se d-dímero > 6x valor de referência, Heparina não-fracionada 10.000UI 8/8h,
subcutâneo (atenção às contra-indicações: plaquetopenia < 70.000 ou sangramentos
ativos, ou coagulograma alterado);
▪ Estimular a ingestão de frutas ricas em potássio e isotônicos.
▪ Evitar uso de demais medicações que possam prolongar o intervalo QT (vide acima);

▪ Manter balanço hídrico equilibrado;

▪ Realizar manobra de prona espontânea, conforme descrito em item específico.


▪ Não prescrever corticoesteróides de forma rotineira, exceto nas situações descritas no
item específico.

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▪ Não realizar ventilação mecânica não-invasiva;
▪ Considerar ofertar oxigênio por cateter nasal (até 3L/min), máscara com reservatório (até
5L/min) ou através de cânula de alto fluxo nasal (até 30L/min) para manter SpO2 > 92%.;
▪ Manter vigilância em sinais de deterioração clínica e evolução para insuficiência
respiratória aguda, principalmente uso de musculatura acessória, necessidade de oferta
de FiO2 > 50% e taquipneia > 30 irpm;
▪ Realizar a cada 48 h, , durante período de internação, exames hematológicos e
bioquímicos de controle, bem como ECG após 72h para pacientes em uso de
hidroxicloroquina;

5.3 QUADRO GRAVE


● Exame físico;
● Acompanhamento em unidade de terapia intensiva.
● Prescrever medicações sintomáticas (evitar uso de ibuprofeno).
● Realizar, se não houver sido feito, notificação do caso suspeito e coletar pesquisa viral ou teste rápido, se
disponíveis;
● Em todos os pacientes, independente se grupo de risco:
▪ Realizar eletrocardiograma basal e avaliar o intervalo QT;
▪ Realizar Raio X de Tórax ou TC de tórax de baixa dosagem, caso disponível;
▪ Coletar Hemograma, PCR, Potássio, Magnésio, Sódio, Cálcio, Uréia, TGO e TGP,
Creatinina, D-dímero, Ferritina, DHL, TAP, TTPa, CPK e Gasometria arterial com
lactato.
▪ Considerar prescrever:
- Azitromicina 500mg – 1 comprimido, via oral, 1 vez ao dia, durante 5 dias;
- Oseltamivir 75 mg (pela possibilidade de diagnóstico diferencial com H1N1) – 1 comprimido,
via oral, 12/12 horas, durante 5 dias;
- Hidroxicloroquina 400mg – 1 comprimido, via oral, 12/12 horas no D01, e manter
1 cp até D05 (atenção às observações descritas acima);
- Ceftriaxona 1g + AD 10ml, IV, 12/12 horas, por no mínimo 07 dias;
- Se d-dímero > 6x valor de referência, Heparina não-fracionada 10.000UI 8/8 horas,
subcutâneo. (atenção às contra-indicações: plaquetopenia < 70.000 ou sangramentos
ativos, ou coagulograma alterado).

▪ Prescrever heparina não fracionada, 5000UI SC de 12/12h caso peso<60kg e heparina


5000UI SC de 8/8h caso peso>60kg;

▪ Manter balanço hídrico equilibrado;


▪ Ofertar oxigênio suplementar para manter SpO2 > 92%; se necessidade de FiO2 > 50%

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ou índice de oxigenação < 315, proceder com intubação orotraqueal por sequência rápida
de intubação, acoplar trachcare, filtro HEPA e HME.
▪ Não prescrever corticoesteróides; exceto se broncoespasmo grave, choque refratário ou
SDRA grave.
▪ Não realizar ventilação mecânica não-invasiva;
▪ Monitore de perto os pacientes com SRAG (síndrome respiratória aguda grave) quanto a
sinais de complicações clinicas como lesão cardíaca aguda (12% dos casos) e infecção
secundária (10% dos casos).
▪ Realizar a cada 48 h, , durante período de internação, exames hematológicos e
bioquímicos de controle, bem como ECG após 72h para pacientes em uso de
hidroxicloroquina;

6. MANEJO ESPECÍFICO
6.1 Tratamento da Insuficiência Respiratória Hipoxêmica e Síndrome do Desconforto
Respiratório Agudo (SDRA).

A) Intubação precoce

Indicação: pacientes que evoluem com necessidade de O2 nasal maior que 5 litros/minuto para
manter SpO2 > 92% e ou apresentarem FR > 30 irpm ou retenção de CO2 (PaCO2 >50 mmHg e ou
pH < 7,25), deverão ser prontamente intubados e ventilados mecanicamente. Recomenda-se não
utilizar Ventilação Não Invasiva (VNI).
Preparação da equipe: minimizar a exposição dos profissionais. Desse modo, participarão do
procedimento um médico, um enfermeiro e um fisioterapeuta. O médico desta equipe deve ser o
médico mais experiente em manejo de vias aéreas críticas, além de apto a realizar a
cricotireoidostomia caso necessário. Todos devem estar com os EPI adequados incluindo a máscara
N95 ou equivalente.

Checklist Materiais:
o Filtro bacteriano
o Material completo de aspiração
o Filtro de aspiração fechado
o Ambu com reservatório
o Látex
o Mascara facial
o Canula de Guedel 3,4 e 5
o Laringoscópio
o Tubo 7,0; 7,5; 8,0; 8,5
o Trachcare

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o Pinça reta
o Fio Guia
o Bougie
o Fixador ou Cadarço
o Esparadrapo
o Xilocaína spray
o Seringas:
o 2 de 5 mL
o 2 de 10 mL
o 2 de 20 mL
o Mascara Laringea 3,0; 4,0 e 5,0
o Fentanil 50 mcg/ mL - 1 ampola de 5 mL
o Lidocaína 2% sem vaso - 5 mL
o Cetamina 50 mg/ mL - 2 ampolas de 2 mL
o Midazolam 5 mg/ mL - 1 ampola de 3 mL
o Etomidato - 1 Frasco
o Propofol 10 mg/ mL - Frasco de 20 mL - 1 Frasco
o Succinilcolina - 100 mg em pó - 1 ampola
o Rocurônio - 10 mg/ mL - 5 mL - 2 ampolas
o Adrenalina 1 mg/ mL - 2 ampolas

Procedimento: A intubação deve seguir o proposto na sequência rápida de intubação orotraqueal.


Neste procedimento, realiza-se a indução de sedação em conjunto com bloqueio neuromuscular utilizando
agentes de ação rápida, visando facilitar a visualização e reduzir o risco de aspiração do conteúdo gástrico.
Algumas adaptações devem ser feitas para reduzir o risco de contaminação.

● Pré-oxigenação: utilizar máscara com reservatório com o menor fluxo de ar possível para
manter oxigenação efetiva. Evitar ao máximo qualquer ventilação assistida com o
dispositivo de Bolsa-Válvula-Máscara ou o uso de dispositivos supraglóticos, pelo
potencial de aerossolização e contaminação dos profissionais.
● Manejo pós intubação:
o Confirmar o posicionamento do tubo por meio de capnografia caso possível ou
por outras maneiras (ausculta atenta, ouvir estômago).
o Insuflar balonete
o Conectar o paciente ao ventilador
o Acoplar filtra apropriado no circuito expiratório;
o Instalar sistema de aspiração fechado (trach-care)
o Insuflar balonete coloca insuflar e mensurar a pressão do balonete (cuff) manter
entre 20-30 cmH2O.

B) Ventilação mecânica protetora

▪ Modalidade: Volume Controlado

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▪ Volume corrente: 6-8 ml/kg de peso predito

▪ FiO2: 100%

▪ Frequência respiratória: 20 - 28 irpm (atenção para pacientes que estejam acidóticos antes da

intubação, pois precisarão de maior FR)

▪ Relação I/E: 1:2 (atenção ao auto peep)

▪ PEEP: 10-14 cmH2O (conforme tolerância hemodinâmica do paciente),

mantendo driving pressure ≤15 e pressão platô ≤ 30 cmHO2. Manter parâmetros

por1hora, ajustandoa FiO2conformeoximetria, objetivando Sat O2≥ 92%e<97%,

apóscoletargasometriaeajustarconformeabaixo:

▪ SerelaçãoP/F<150,procederajustedePEEPconformemelhorcomplacência,

mantendo o maior PEEP encontrado para melhor complacência, conforme

tolerânciahemodinâmicadopaciente),mantendodrivingpressure≤15e pressão

platô ≤ 30 cmHO2:

Titulação de PEEP

▪ Modalidade VCV;
▪ VC 6-8 ml/kg de peso predito;
▪ Paciente sedado e curarizado;
▪ Iniciar com PEEP 10, subir 2 pontos a cada 60 segundos até o valor de 20 (24 em obesos).
▪ Reduzir a PEEP 2 pontos a cada 60 segundos, verificando a complacência estática, pressão
de platô e drive pressure.
▪ Acompanhar a queda da drive pressure, quando ela voltar a subir, retomar para a última peep setada.

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Volume Corrente (ml/kg PEEP Pressão de Drive Pressure Complacência


PP) Platô
24
20
18
16
14
12
10
8
▪ SerelaçãoPaO2>150,permanecercomPEEPatual,mantendodrivingpressure
≤15 e pressão platô ≤ 30 cmHO2.
▪ Ajustar FiO2 para manter PaO2 ≥ 65 mmHge ≤ 100 mmHg, com Sat O2 Sat O2 ≥
92%e<97%
▪ Ajustar FRerelação I/Epara CO2 ≥ 35 e≤ 70 mmHg, compH ≥ 7,15 e≤ 7,45. Atenção
a presença de auto PEEP e para a possibilidade de hiperdistensão alveolar

C) Manobra de prona em VMI

Indicação: PaO2 /FIO2 menores que 150 após no mínimo 4 horas de ventilação mecânica protetora
com ajuste correto de PEEP, e sedoanalgesia adequada em conjunto com bloqueio neuromuscular
garantindo o perfeito sincronismo respiratório.

Duração: no mínimo, 16 horas. Podendo em alguns casos, a depender da disponibilidade da equipe e


resposta do paciente, ser prolongada até 22 horas.

Critérios de boa resposta: PaO2/FIO2 > 150 com PEEP < 10 e Fio2 < 60%.

Número de sessões: após o término de cada manobra, o paciente em posição supina deve conseguir
manter os parâmetros de boa resposta por no mínimo 4 horas, caso isso não ocorra o mesmo deve ser
pronado novamente. Sendo assim, não ha número limite de sessões.

D) Bloqueadores neuromusculares

Indicação: PaO2 /FIO2 menores que 150 após no mínimo 4 horas de ventilação mecânica protetora
com ajuste correto de PEEP, em pacientes com sedoanalgesia adequada, porém com assincronias
ventilatórias. Não manter por tempo superior à 48 horas, exceto se assincronias complexas.

E) Manobra Prona Espontânea

Indicação: necessidade de O2 suplementar para manter SpO2 > 92%

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Duração: manter pronado durante 04 horas, com O2 suplementar através de cateter nasal (até 3l/min),
máscara com reservatório (até 5l/min) ou alto fluxo nasal (até 30l/min). Durante a manobra, manter
posição de nadador em trendeleberg invertido, e acompanhar sinais vitais incluindo oximetria de pulso.

Critérios de boa resposta: aumento de 10 pontos na relação SpO2/FiO2. Caso o paciente apresente
piora da hipoxemia ou referir desconforto respiratório, DESPRONAR IMEDIATAMENTE.

Número de sessões: despronar durante 02 horas, e repronar. Se enfermaria, orientar o paciente a dormir
na posição prona, se assim se sentir confortável.

6.2 Avaliação Intervalo QT no Eletrocardiograma

O intervalor QT varia conforme a frequência cardíaca (FC). Quanto menor a FC, maior o intervalo.
Então, pacientes com FC menor que 60 em repouso, maior risco. Com FC maior que 60, intervalo QT até
11 “quadradinhos” ou seja, 440ms, é seguro iniciar a prescrição de hidroxicloroquina.

6.3 Ajuste de Alarmes

Indicação: todos os pacientes que estejam com monitorização multiparamétrica.

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Duração: ajustar os alarmes conforme o perfil de sepse, e checar a cada troca de plantão se osmesmo
continuam setados.

7. CRITÉRIO DE ALTA HOSPITALAR

Paciente clinicamente estável apresentando melhora dos sintomas e estando no mínimo entre 24-72h sem
suporte de O2 e afebril (sem uso de antitérmico);

8. MANEJO DE PACIENTES GESTANTES E PUÉRPERAS INTERNADAS COM SUSPEITA OU


CONFIRMAÇÃO DE INFECÇÃO PELO SARS-COV-2 (COVID 19)

8.1- ADMISSÃO
- Seguir critérios do Protocolo Clínico para manejo de pacientes adultos com infecção pelo novo Coronavírus
- Exame físico geral e obstétrico
* Frequência cardíaca
* Frequência respiratória
* SatO2
* Temperatura
* BCF
* Metrossístoles
* Toque vaginal (se indicado)

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8.2- EXAMES COMPLEMENTARES
- Seguir Protocolo Clínico para manejo de pacientes adultos com infecção pelo novo Coronavírus
- Cardiotocografia (conforme avaliação clínica, caso disponível)
- US gestacional / transvaginal

8.3- MONITORIZAÇÃO DIÁRIA


- Avaliação materna
* Sinais vitais 6/6 hs (SatO2, temperatura, FC, FR, PA)
- Avaliação fetal
* BCF 1x/dia (ou mais frequente se necessário)
* Corticóide para maturação pulmonar fetal (conforme idade gestacional)

8.4- TRATAMENTO
- Ceftriaxona: 1 g Ev 12/12 hs por 7dias
- Hidroxicloroquina 400 mg:
* 1 comprimido VO 12/12 hs (D1) – dose de ataque
* 1 comprimido VO 1x/dia por 4 dias (D2 a D5)
- Azitromicina: 500 mg VO (ou EV) 1x/dia por 5 dias
- Oseltamivir 75 mg (pela possibilidade de diagnóstico diferencial com H1N1) VO 12/12 hs por 5 dias
- Suplementação de O2 conforme descrito no Protocolo Clínico para manejo de pacientes adultos com infecção pelo novo
Coronavírus

8.5- PARTO
- Indicação obstétrica
- Clampeamento precoce do cordão
- Alojamento conjunto
- Precaução de contato e gotículas
- Paciente deve usar máscara cirúrgica
- Amamentação pode ser mantida
- Higiene das mãos antes e após contato com o RN
- Não recomendado contato pele a pele

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Comitê̂ de Saúde
Protocolo Clínico para manejo de
pacientes adultos com infecção Revisão:
24.04.2020
pelo novo Coronavírus (SARS-
CoV-2) Versão 1 Data da Elaboração:
14/04/2020
8.6- ALTA

- Critérios:
* Igual ao do protocolo pacientes adultos
* Avaliação obstétrica favorável

8.7 - OBSERVAÇÕES
Diante da pandemia do novo Coronavirus (Covid-19), e conforme determinações da Fundação Municipal de Saúde, as
maternidades da rede municipal passam a adotar as seguintes regras visando a implementação e reforço das precauções de contato
no âmbito de suas instalações:
 Terão direito a acompanhante apenas as pacientes puérperas (pós parto normal e pós cesárea), pessoas com
deficiência e pessoas com idade < 18 anos, respeitadas as normas internas de precauções de contágio.
 Não serão permitidos acompanhantes com idade ≥ 60 anos ou < 18 anos.
 Não serão permitidos acompanhantes com sintomas gripais ou que sejam contactantes de pessoas com sintomas
gripais.
 O acompanhante deve usar máscara cirúrgica durante toda a permanência hospitalar.
 Restringir a troca de acompanhante para 1 vez ao dia, mediante comunicação prévia à (ao) enfermeira (o) do
plantão.
 Suspender as visitas à todas as pacientes internadas, salvo, no caso de puérpera, no qual será permitida visita do
pai do recém-nascido, respeitadas as normas internas da instituição.

8. REFERÊNCIAS

Chih-Cheng Lai , Tzu-Ping Shih , Wen-Chien Ko , Hung-Jen Tang , Po-Ren Hsueh , Severe acute
respiratory syndrome coronavirus 2 (SARS-CoV-2) and corona virus disease-2019 (COVID-19): the
epidemic and the challenges, International Journal of Antimicrobial Agents (2020).

Li Hui , Wang Yeming , Xu Jiuyang , Cao Bin . Center of RespiratoryMedicine, China-


Japan Friendship Hospital; Institute of Respiratory Medicine, Chinese Academy of
Medical Sciences; National Clinical Research Center for Respiratory Diseases,Beijing
2
100020, China; Department of Basic

Medical Sciences, Tsinghua University SchoolofMedicine,Beijing 100084, China

Alexander E. Gorbalenya, Susan C. Baker, Ralph S. Baric, et al. Severe acute respiratory syndrome-
related coronavirus: The species and its viruses-a statement of the Coronavirus Study Group, bioRxiv
2020.

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Elaboração:
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Protocolo Clínico para manejo de
pacientes adultos com infecção Revisão:
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pelo novo Coronavírus (SARS-
CoV-2) Versão 1 Data da Elaboração:
14/04/2020
Zhu N, Zhang D, Wang W, et al. A Novel Coronavirus from Patients with Pneumonia in China, 2019.
N Engl J Med 2020.

Rasmussen SA, Smulian JC, Lednicky JA, Wen TS, Jamieson DJ, Coronavirus Disease 2019 (COVID-
19) and Pregnancy: What obstetricians need to know, American Journal of Obstetrics and Gynecology
(2020)

Jianjun Gao , Zhenxue Tian , Xu Yang. Breakthrough: Chloroquine phosphate has shown apparent
efficacy in treatment of COVID-19 associated pneumonia in clinical studies, Bioscience Trends (2020).

Expert consensus on preventing nosocomial transmission during respiratory care for critically ill
patients infected by 2019 novel coronavirus pneumonia]. Respiratory care committee of Chinese
Thoracic Society, Zhonghua Jie He He Hu Xi Za Zhi. 2020.

Expert consensus on chloroquine phosphate for the treatment of novel coronavirus pneumonia. The
multicenter collaboration group of Department of Science and Tchnology of Guandong Province and
Health Commision of Guangdong Province for chloroquine in the treatment of novel coronavirus
pneumonia Jiang Shanping, Sun Yat-sen Memorial Hospital, Sun Yat-sen University, Guangzhou
510120, China.

Documento elaborado em 14/04/2020 por:

1- Marcelo Luiz Floriano Melo Martins, CRM PI 2774, Cardiologista pelo Instituto do Coração
da Faculdade de Medicina da USP (RQE 864), Intensivista pela Faculdade de Medicina da USP
(RQE 1584);
2- Marcelo Barbosa Nunes, CRM PI 5174, Intensivista pela Universidade Federal de São
Paulo/Escola Paulista de Medicina (RQE 3218);
3- Felipe Veiga de Carvalho, CRM PI 5057, Intensivista pela Universidade Federal de São
Paulo/Escola Paulista de Medicina (RQE 3651).

Documento revisado com sugestões em 20/04/2020 por:


1. Tatiana Santos Malheiros Nunes, CRM-PI 2759, Pneumologista pela Sociedade Brasileira de
Pneumologia e Tisiologia (RQE 577), Membro técnico do Programa Municipal de Tuberculose de
Teresina, Pneumologista da Referência Secundária em Tuberculose do Instituto de Doenças Tropicais
Natan Portela (IDTNP), Membro do COE Teresina;
2. Raimundo Félix dos Santos Júnior, CRM-PI 2918, Infectologista pela Sociedade Brasileira de
Infectologia, Mestre em Medicina Tropical pela FIOCRUZ, Membro do COE Teresina, Infectologista
plantonista e Presidente da CCIH do Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela (IDTNP), Médico
plantonista da UPA do Promorar e Presidente da CCIH do Hospital do Promorar, Membro do COE
Teresina;

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14/04/2020
3. Kelsen Dantas Eulálio, CRM-PI 1740, Infectologista, Doutor em Medicina Tropical pela FIOCRUZ
Infectologista do Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela (IDTNP), Membro do COE Teresina;
4. Walfrido Salmito de Almeida Neto, CRM-PI 3565, Infectologista do Centro Integrado Lineu Araújo e do
Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela (IDTNP), Mestre em Medicina Tropical pela FIOCRUZ,
Membro do COE Teresina.

__________________________________
Marcelo Luiz Floriano Melo Martins
CRM PI 2774

__________________________________
Marcelo Barbosa Nunes
CRM PI 5174

__________________________________
Felipe Veiga de Carvalho
CRM PI 5057

___________________________________
Tatiana Santos Malheiros Nunes
CRM-PI 2759

___________________________________
Raimundo Félix dos Santos Júnior
CRM-PI 2918

_____________________________________
Kelsen Dantas Eulálio
CRM-PI 1740

_____________________________________
Walfrido Salmito de Almeida Neto
CRM-PI 3565

_______________________________________
Moura neto presidente da FMS

______________________________________
Firmino da Silveira Soares Filho
Prefeito de Teresina

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14/04/2020
ANEXO 1

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE) PARA A UTILIZAÇÃO DE


HIDROXICLOROQUINA NO TRATAMENTO DA COVID-19

Eu, , RG nº , CPF
, declaro que fui devidamente informada pelo(a) médico (a)
que a hidroxicloroquina não tem evidências científicas
robustas que comprovem sua eficácia no tratamento da COVID-19. Expresso minha concordância e espontânea
vontade de submeter-me ao referido tratamento, estando ciente dos riscos, efeitos indesejáveis e possíveis
complicações relacionadas à medicação. Fui claramente informada a respeito das contraindicações e efeitos adversos:
Contraindicações: hipersensibilidade à droga, insuficiência hepática, retinopatia, maculopatia, miastenia gravis,
psoríase, porfiria. Efeitos adversos: hipoglicemia, opacificação da córnea, retinopatia, ceratopatia, visão borrada,
agranulocitose, anemia aplástica, neutropenia, trombocitopenia, alterações emocionais, psicose, neuromiopatia,
ototoxicidade, convulsão, miocardiopatia, arritmias cardíacas, diarreia, anorexia, náusea, vômitos, epigastralgia,
cólicas, cefaleia, prurido, alopecia, descoloração do cabelo e da pele, hiperpigmentação, coloração azulada das unhas,
tontura, nervosismo, erupção cutânea, disfunção hepática. Estou ciente de que este medicamento somente pode ser
utilizado por mim, comprometendo-me a devolvê-lo caso não queira ou não possa utilizá- lo ou se o tratamento for
interrompido. Reconheço que, nesse momento, estamos vivenciando uma situação de emergência de saúde pública
mundial causada pela pandemia por COVID-19 e que recebi as informações acima baseadas em normas das
autoridades de saúde.

Local e Data Assinatura do Médico

Assinatura do Paciente ou Responsável Registro no CRM

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REFERÊNCIAS ADICIONAIS

1- FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE SAÚDE. Diretoria de Vigilância em Saúde – DVS. Gerência de Epidemiologia –


GEEPI. Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública – COE. Teresina-PI. 2020.
2- MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico 07. Especial: Doença pelo
Coronavirus 2019. Abril, 2020.
3- SOGIMIG. Coronavirus na Gravidez: Considerações e Recomendações SOGIMIG. Março, 2020
4- MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde.
Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. NOTA INFORMATIVA Nº 5/2020-
DAF/SCTIE/MS. Março, 2020.
5- MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. NOTA TÉCNICA Nº6/2020-
COSMU/CGCIVI/DAES/SAPS/MS. 2020.
6- ALBERT EINSTEIN. Sociedade Beneficente Israelita Brasileira. Serviço de Controle de Infecção Hospitalar. MANEJO
DO NOVO CORONAVIRUS (COVID 2019). Março, 2020.
7- AMERICAN COLLEGE OF CARDIOLOGY. Cardiology Magazine. Ventricular Arrhythmia Risk Due to
Hydroxychloroquine-Azithromycin Treatment For COVID-19. March 29, 2020.
8- CRM-PI. PARECER CONJUNTO CRM-PI N° 01/2020 DAS CÂMARAS TÉCNICAS DE INFECTOLOGIA E DE
MEDICINA INTENSIVA DO CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO PIAUÍ. Abril, 2020.
9- MINISTÉRIO DA SAÚDE. PROTOCOLO DE MANEJO CLÍNICO DO CORONAVÍRUS (COVID-19) NA
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE – Versão 7. Abril, 2020.

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ANEXO II

** Pacientes com indicação de uso de Oseltamivir nos casos de síndromes gripais

• Grávidas em qualquer idade gestacional, puérperas até duas semanas após o parto (incluindo as que tiveram aborto
ou perda fetal).
• Adultos ≥ 60 anos.
• Crianças < 5 anos (sendo que o maior risco de hospitalização é em menores de 2 anos, especialmente as menores
de 6 meses com maior taxa de mortalidade).
• População indígena aldeada ou com dificuldade de acesso.
• Indivíduos menores de 19 anos de idade em uso prolongado de ácido acetilsalicílico (risco de síndrome de Reye).
• Indivíduos que apresentem:
› Pneumopatias (incluindo asma).
› Pacientes com tuberculose de todas as formas (há evidências de maior complicação e possibilidade de reativação).
› Cardiovasculopatias (excluindo hipertensão arterial sistêmica).
› Nefropatias.
› Hepatopatias.
› Doenças hematológicas (incluindo anemia falciforme).
› Distúrbios metabólicos (incluindo diabetes mellitus).
› Transtornos neurológicos e do desenvolvimento que podem comprometer a função respiratória ou aumentar o risco
de aspiração (disfunção cognitiva, lesão medular, epilepsia, paralisia cerebral, síndrome de Down, acidente vascular
encefálico – AVE ou doenças neuromusculares).
› Imunossupressão associada a medicamentos (corticoide ≥ 20 mg/dia por mais de duas semanas, quimioterápicos,
inibidores de TNF-alfa) neoplasias, HIV/aids ou outros.
› Obesidade (especialmente aqueles com índice de massa corporal – IMC ≥ 40 em adultos).

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