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JORGE MOREIRA
Tal como grande parte das cidades de Portugal, o Porto possui uma riqueza histórica e
cultural que seduz qualquer visitante/turista interessado nas peculiaridades desta
região. Também possui atrações turísticas interessantes e, em particular, uma vida
noturna agitada pelos seus bares, discotecas e locais de divertimento que contribui
para uma fabulosa atmosfera ao luar.
Há imensos locais e interesses do Porto que podíamos destacar, mas a nossa ideia
consiste em apresentar um roteiro lógico e bem estruturado da zona ribeirinha para
que o visitante possa usufruir do melhor que esta cidade tem para oferecer em termos
culturais.
ENQUADRAMENTO
A ideia do roteiro que aqui apresentámos, sobre o que nos foi proposto nesta UFCD,
passar por desenvolver as nossas capacidades e aprendizado sobre o que trata a
animação turística.
Esta ideia consiste principalmente num roteiro de 12 locais que mostrem a essência da
zona ribeirinha do Porto, com o intuito de atrair novos clientes, parceiros e
investidores de forma a maximizar lucros e a dinamizar atividades ao longo deste
trajeto. Oferecendo também, argumentos de atração turística nesta área em particular
para que se conjure uma experiência única e com interesse para públicos
diversificados.
ROTEIRO “A RIBEIRINHA”
A igreja de São Francisco é uma igreja Gótica situada na freguesia de São Nicolau no
centro histórico do Porto. A construção teve início no século XIV como parte de um
convento Franciscano. Tem a estrutura de um templo gótico com reminiscências do
estilo românico. É notável pelo seu interior, revestido a talha dourada dessa mesma
época. De realçar o retábulo do altar da capela de Nossa Senhora da Conceição,
representando a Árvore de Jessé esculpida em madeira polícroma, assim como a
capela de São João Baptista da autoria do arquiteto Diogo de Castilho, de finais do
século XV.
Foi projectada por Joaquim da Costa Lima em 1842 e, embora tenha uma
predominância do estilo neoclássico oitocentista também se pode ver traços da
arquitectura toscana assim como do neopaladiano inglês.
Os lustres foram desenhados por Soares dos Reis. Quem sobe essas escadas consegue
ver com mais clareza o Pátio das Nações, que tem pintado à volta da sua claraboia os
brasões dos países com que Portugal tem relações económicas. Também se encontram
lá marcadas quatro datas, a da criação da Associação, a da construção do Palácio, a da
construção do Mercado Ferreira Borges e a da criação do primeiro Tribunal do
Comércio. Este pátio também já funcionou como Bolsa de Valores.
A Sala do presidente já não é utilizada com essa finalidade, mas é onde se recebem
embaixadores. O primeiro presidente da Associação foi Arnaldo van Zeller, holandês, e
o que manteve o posto durante mais tempo, 32 anos, foi Calem. Na Sala Dourada
encontram-se duas placas com os nomes e duração de presidência de todos eles, e
pelo menos uma vez por mês há lá uma reunião.
Temos ainda a Sala das Assembleias Gerais, onde todos os anos o presidente é eleito.
O trabalho artístico conseguido nesta sala é notório, pois conseguiram com gesso
pintado recriar madeira, mármore e até mesmo bronze. Os veios da madeira foram
conseguidos usando rabos de bacalhau para pintar. O lustre desta sala pesa uma
tonelada e é feito em bronze.
A Sala dos Retratos é onde se encontra uma famosa mesa do entalhador Zeferino José
Pinto que levou três anos a ser construída, revelando-se um "exemplar altamente
qualificado em todas as exposições internacionais a que concorreu". Foi feita usando
apenas uma navalha e os restos das madeiras exóticas usadas no chão. Lá encontram-
se retratos de Diversas figuras da monarquia portuguesa, incluindo de D. Maria II, que
cedeu as ruínas do convento franciscano e do último rei de Portugal, D. Manuel II,
assim como do seu pai e irmão mais velho.
Tem em destaque o Salão Árabe, que demorou 18 anos a ser construído. É onde se
realizam as homenagens a chefes-de-estado que visitem a cidade.
Aqui podem-se encontrar estuques do século XIX, legendadas a ouro com caracteres
arábicos que preenchem as paredes e teto da sala. Há três frases a diferentes cores
(azul, vermelho e verde), "A vitória pertence a Alá", "Alá protege a rainha D. Maria II) e
"Alá acima de todos", todas as outras frases são meramente decorativas e desprovidas
de significado, ainda que alguns elementos decorativos o tenham. Toda a sala foi
decorada com gesso, madeira e 20 kg de ouro. Os únicos elementos que não possuem
estilo árabe são o Brasão Monárquico Português numa ponta da sala e o Brasão do
Porto, na outra.
5. FEITORIA INGLESA
O atual Edifício foi construída entre 1785 e 1790 de seguindo um projeto do consul
inglês John Whitehead. A construção foi financiada exclusivamente por contribuições
de comerciantes britânicos sediados no Porto e é a única Factory House que
sobreviveu até à atualidade.
A Feitoria inglesa é inspirada no estilo palladiano, que derivou da obra prática e teórica
do arquiteto italiano Andrea Palladio. A fachada principal, no piso térreo é formada
por sete arcos que dão acesso a uma galeria exterior e à entrada do edifício. No
interior são de salientar uma escadaria, com a respetiva claraboia, a sala de baile e a
monumental cozinha que ainda conserva todo o equipamento original. Dispõe, ainda,
de uma vasta biblioteca com um espólio notável.
A estátua, fundida em Paris, foi feita para homenagear o navegador infante Dom
Henrique, nascido na casa do infante e é também um simbolismo da vitória do
Liberalismo na Guerra Civil Portuguesa com a consequente extinção das ordens
religiosas masculinas, decretada em 1834.
8. POSTIGO DO CARVÃO
A Praça da Ribeira estava outrora separada do rio Douro por um troço da muralha
Fernandina, onde se abria a principal porta de ligação ao rio. Para esta praça se abriam
vários cobertos, restando apenas um, do lado oriental, ao longo da face interna da
muralha.
Supostamente, esta ponte foi construída como oferenda ao Rei Luís I, sendo batizada
como Ponte D. Luís I, em sua honra. Na altura da sua inauguração, em 1886, o rei não
compareceu para dignificar e agradecer a obra-prima. Na verdade, este Rei era
conhecido por não “abraçar” o poder real e raramente cumprir os seus deveres reais. E
como castigo pela sua conduta, a população local rebatizou a Ponte, ficando (apenas)
Ponte Luís I. Contradizendo tal situação, os jornais da altura da construção da ponte,
referiam-se à mesma como Ponte Luís I e não como Ponte Dom Luís I.
Próximo da Ponte Luís I, é possível avistar, para além desta, o Miradouro da Serra do
Pilar e os Cais da Ribeira e Gaia. À saída do ascensor encontra-se um passadiço de
madeira que dá acesso a uma escadaria (Escadas das Verdades) que leva até às
traseiras da Sé do Porto.