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Décio Krause
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
GT-Lógica
www.cfh.ufsc.br/∼dkrause
10 de Setembro de 2010
Abstract
Resumo
1
2 Krause - ANPOF 2010
1 Introdução
Há presentemente várias versões do chamado realismo estrutural (RE), como se
pode notar por exemplo em vários artigos em Rickles et al. [2006] (ver também
Ladyman [1998], [2009], French [2001], French [a aparecer], French & Ladyman [a
aparecer], dentre várias outras fontes disponı́veis na literatura). O realismo estrutu-
ral (RE) (ou realismo sintático) é uma forma de realismo cientı́fico que foi proposto
por John Worrall [1989] para dar conta das controversias entre aqueles que pro-
curam sustentar o realismo cientı́fico com base no argumento do não-milagre, e
anti-realistas, que o criticam com base no argumento da meta-indução pessimista.1
O realismo cientı́fico, em resumo, sustenta que a ciência nos conta a verdade sobre o
mundo, pelo menos parcialmente. Assim, as teorias nos contam o que são de fato as
correntes elétricas, com o que os átomos de parecem, como a matéria de distribui no
espaço, etc., e também que devemos acreditar nas entidades inobserváveis postula-
das por nossas melhores teorias, assim como que a natureza desses mesmos objetos,
os quais causam os fenômenos que observamos, é corretamente descrita por elas. O
argumento do não milagre diz que não pode ser um milagre que a ciência funcione;
ela deve fazer exatamente o que se disse acima. A meta-indução pessimista, por
outro lado, chama a atenção para o fato de que, tendo em vista que todas as teorias
cientı́ficas, mesmo as mais bem sucedidas, como a mecânica newtoniana, foram su-
plantadas, é de se esperar que as teorias presentes também irão se mostrar falsas.2
Como é fácil perceber, a saı́da de tal impasse é difı́cil, se não impossı́vel, mas Wor-
ral vai introduzir o realismo estrutural como sendo possivelmente ‘o melhor dentre
ambos esses dois mundos’.
Para Worrall, não necessitamos adotar o realismo cientı́fico, assim como não é pre-
ciso sermos anti-realistas acerca da ciência, pois podemos adotar o RE e ficarmos
comprometidos epistemicamente somente com o conteúdo matemático ou estrutu-
ral das nossas teorias. Na visão de Worrall, mesmo durante o cambio de teorias, a
estrutura matemática é preservada; em seu artigo [1989], ele fornece alguns exem-
plos, como da teoria da luz de Fresnel, que obteve relativo sucesso, mas acabou se
mostrando falsa (ela supunha que a luz era um fenômeno ondulatório propagando-
se no éter) e sendo suplantada pela teoria de Maxwell, que como se sabe trata a
luz como um fenômeno eletromagnético. No entanto, segundo Worrall, “houve um
importante elemento de continuidade”, uma continuidade não de conteúdo, mas
de forma, ou de estrutura (op.cit.). Com efeito, as equações de Fresnel podem ser
derivadas na teoria de Maxwell. Para Worrall, o RE não nos compele à crença na
descrição teórica correta da realidade, e nem compromete-nos com a afirmação de
que é a estrutura matemática de uma teoria que descreve o mundo. Assim, pelo
primeiro motivo, somos liberados da meta-indução pessimista e, pelo segundo, da
suposição de que o sucesso da ciência é um milagre.
1. Suas origens, no entanto, como reconhece o próprio Worrall, remontariam a Poincaré, Duhem
e outros —ver Worrall [1989], Ladyman [2009].
2. Este termo segue John Worral, para quem a fı́sica newtoniana, que apesar de ainda ser ampla-
mente utilizada, é falsa pois, como proposta, era para ser uma teoria universal que falava de todos
o corpos e de todas as velocidades, e não era (ou é) uma teoria acerca de um ‘referente pretendido’;
ver Worrall [op.cit.], nota 11). Trata-se de um tema interessante.
Estruturas como representação 3
O que nos importa é que para o REE, as estruturas descrevem aquilo que conhece-
mos, ou que podemos conhecer; este papel das estruturas reflete portanto aquilo que
sabemos. Já para o REO, as estruturas refletem aquilo que há. O que propomos é um
terceiro papel, o das estruturas como representação. Antes de prosseguir, devemos
salientar que nossa proposta independe de aderirmos seja a uma forma de realismo
ou de anti-realismo. Com efeito, podemos sustentar nosso ponto a partir da posição
anti-realista de Bas van Fraassen, denominada de empirismo construtivo ([1980)].
van Fraassen sustenta uma forma de estruturalismo, por ele chamada de estrutura-
lismo empiricista, ou empirismo estrutural (empiricist structuralism —van Fraassen
[2008], p.238). Segundo este autor, sua proposta diz respeito não ao que seja a na-
tureza, mas ao que seja a ciência, e refere-se ao fato de que toda a representação
cientı́fica é matemática (op.cit., p.239). Em sı́ntese, ele diz que sua tese pode ser
resumida no seguinte slogan: “tudo o que sabemos através da ciência são estrutu-
ras” (op.cit., p.238, ênfase no original). Este slogan será importante para nós mais
à frente. Mais especificamente, van Fraassen aponta para dois pontos essenciais:
”I. A ciência representa os fenômenos empı́ricos como mergulhados em certas
estruturas abstratas (modelos teóricos).
”II. Essas estruturas abstratas são descritı́veis a menos de um isomorfismo es-
trutural.”3 (idem, ibidem.)
Ainda que uma análise mais detalhada de sua proposta fosse necessária, vamos nos
restringir a essas poucas observações para dizer que concordamos com a tese geral
anti-realista de que seria pretensioso querermos dizer em que consiste a natureza,
e que devemos nos contentar em descrever os fenômenos, ainda que devamos fazer
várias qualificações a esse respeito (ver abaixo). Concordamos também com o item
I, mas temos considerações a fazer, como também veremos à frente. Porém, o item
II permanece (a meu ver) obscuro. Aliás, é recorrente entre os filósofos afirmações
como a de haver ‘isomorfismo’ entre entidades que não são estruturas matemáticas.
Em seu livro [2008], van Fraassen faz essa consideração, assumindo um mea culpa
por ter entrado nessa falácia em seu livro [1980] (cf. [2008], p.386, n.8). Presen-
Dado este fato, que não me parece poder ser facilmente contestado, ocorre o se-
guinte: se a teoria que estamos considerando for uma teoria de primeira ordem,
4. Um isomorfismo entre duas estruturas (ver a seção seguinte para as definições) A = hD1 , Ri i
e B = hD2 , Sj i de mesma assinatura é uma função bijetiva f : D1 7→ D2 tal que, para todos
x1 , . . . , xn ∈ D1 , Rk (x1 , . . . , xn ) se e somente se Sk (f (x1 ), . . . , f (xn )), para Rk e Sk relações n-
árias que se correspondem na ordem das relações de ambas as estruturas. Assim, um isomorfismo
é uma função entre conjuntos.
Estruturas como representação 5
como insiste (não sei qual o real motivo) a maioria dos filósofos, então, se ela tiver
um modelo infinito (e qualquer teoria das ciências empı́ricas mais avançadas irá
certamente utilizar coisas como os números reais), ela terá modelos de todas as car-
dinalidades infinitas, como resulta do célebre teorema de Löwenheim-Skolem. Ou
seja, a classe de modelos assim alcançada não será uma classe de modelos isomorfos
ou, como se diz, a teoria não será categórica. Ademais, invariavelmente aparecerão
modelos não-standard, o que complica bastante a sua classificação para os objeti-
vos da ciência empı́rica. Portanto, o item II não é claro, a meu ver. Um alternativa
(talvez seja isso que ele queira dizer) é a de que as estruturas consideradas devam se
fechadas por isomorfismos. Isso significa, por exemplo, que quando uma estrutura
modela, digamos, uma boa-ordem, toda estrutura a ela isomorfa é também uma
boa ordem.
No que segue, vamos modificar o slogan acima mencionado de van Fraassen (apre-
sentado justamente antes das condições I e II) a fim de destacar um outro papel
para o conceito de estrutura que não só complementa os seus já aludidos papéis no
REE e no REO, mas que também serve ao empirismo estrutural, pois permite dar
um sentido preciso para o item I acima. Para alcançar maior precisão, iniciamos
por uma revisão não detalhada do conceito de estrutura tal como usado em ciência
(e em matemática); para mais detalhes, ver da Costa & Rodrigues [2007], Krause
[2010], Arenhart & Moraes [a aparecer].
Uma estrutura, assim concebida, pode ser tomada como um par ordenado
onde D é um conjunto não vazio (na verdade, pode haver vários conjuntos; neste
caso, D representa a união não vazia desses conjuntos) e as Ri formam um conjunto
ordenado de relações sobre os elementos desses conjuntos, ou sobre subconjuntos
desses conjuntos ou outras entidades ‘de ordem mais alta’ deles resultantes por
5. Importante salientar as aspas na palavra ‘modelar’; como é sabido, a palavra ‘modelo’ tem
várias acepções em filosofia da ciência, ainda que nem sempre destacadas.
6 Krause - ANPOF 2010
Antes, cabe notar que, na nossa notação, as relações Ri encerram não somente as
relações e propriedades (relações de 1-árias) mas operações (relações de aridade
n + 1) e elementos distinguidos (operações de aridade zero). Tomemos um exemplo
conhecido. De acordo com McKinsey, Suppes e Sugar, uma estrutura que ‘modela’
uma mecânica clássica de partı́culas é, simplificadamente, uma sextupla ordenada
P = hP, T, m, f, g, si, (2)
onde P é um conjunto não vazio cujos elementos são denominados de partı́culas, T
é um conjunto de ‘instantes de tempo’ (pode ser um intervalo fechado da reta real),
m é uma função de P no conjunto dos reais não negativos, de modo que se p ∈ P ,
então m(p) representa a massa da partı́cula p, f é uma função de P × P × T em R3
(aqui, f (p, q, t) representa a força interna que a partı́cula p exerce sobre a partı́cula
q no tempo t), g é uma função de P × T no R3 (g(p, t) representa a somatória das
forças externas que a partı́cula p sobre no instante t), e s é uma função de P × T no
R3 que representa a posição da partı́cula p no instante t. Esses conceitos são sujeitos
a axiomas bem especı́ficos, que refletem a base da mecânica clássica de partı́culas,
e que não precisam ser lembrados aqui (ver Krause [2002], p.44). É patente que
esse tipo de estrutura não é de ordem-1, pois os elementos da estrutura não são
meramente relações (ou funções, ou elementos) entre os elementos do domı́nio.
Vê-se assim de que forma a dita mecânica pode ser ‘modelada’ estruturalmente.
Um outro exemplo pode ser útil. Tomemos um caso um pouco mais elaborado, ti-
rado das ciências biológicas, tratando a teoria sintética da evolução. Os detalhes
podem ser vistos em Magalhães & Krause [2001]. Os elementos básicos da estru-
tura que consideraremos são os seguintes: um conjunto não vazio B cujos elementos
denominaremos de entidades biológicas; um subconjunto não vazio G ⊆ B cujos
elementos chamaremos de genes; duas relações de equivalência sobre G, denotadas
6. Essencialmente, tomar o conjunto das partes e efetuar produtos cartesianos. A definição, por-
tanto, cobre estruturas que não são unicamente de ordem-1 —ver à frente.
Estruturas como representação 7
7. Claro que ao invés de uma teoria de conjuntos, poderı́amos (dependendo da situação) utili-
zar uma lógica de ordem superior ou a teoria das categorias para erigir as estruturas. Porém, a
abordagem conjuntista é a mais comum e será sobre ela que faremos nossas considerações.
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8. Um operador A é limitado se existe um número natural n > 0 tal que, para todo vetor α,
tem-se que ||A(α)|| ≤ n.||α||; caso contrário, A é não-limitado.
9. Não importam aqui os detalhes.
10. Matemáticas não-cantorianas, como as denonimava Paul Cohen, grosso modo falando, resultam
quando adicionamos a ZF alguma forma de negação do axioma da escolha.
Estruturas como representação 9
Este é, portanto, o papel das estruturas que desejamos ressaltar, de certo modo
concordando com a condição I de van Fraassen, mas com o adendo de que temos
um conceito perfeitamente claro de ‘estrutura’ (ou de ‘estrutura abstrata’, em seus
termos). Ou seja, em resumo, nosso conhecimento cientı́fico é inicialmente mapeado,
ou representado, por meio de estruturas matemáticas. Porém, dada a dependência
que essa suposição tem da (meta)matemática utilizada, ela está longe de ser trivial.
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4 Evolução do conhecimento
Do nosso ponto de vista, o papel das estruturas como representação pode ser su-
marizado no seguinte slogan: nosso conhecimento cientı́fico se organiza por meio
da elaboração de estruturas. Esta visão pode ser sumarizada pelo seguinte quadro
(para mais detalhes, ver Krause [2010]):
Iniciamos pela teoria da ‘realidade velada, que foi proposta por Bernard d’Espagnat,
fı́sico e filósofo francês, em várias de suas obras, como Veiled Reality, The Reality
and the Physicist, e outras, algumas encontráveis na web. Por exemplo, vejamos a
frase com a qual ele inicia o Prefácio de seu livro Uma Incerta Realidade:
“Existem duas realidades . . . Ou, mais exatamente (mas é também
mais longo dizê-lo), a fı́sica atual convida-nos a separar bem duas
noções outrora designadas pela palavra ‘realidade’. Uma é a da reali-
dade independente. Pela própria definição, a noção em questão cobre
o conjunto daquilo que é (se Deus existe, ou se o mundo existe em
si, eles são iguais nesse sentido). Esta realidade —como nos indica a
fı́sica atual —é longı́nqua, até mesmo velada. A outra noção é a de
realidade empı́rica, ou conjunto dos fenômenos: o homem aborda-a
cada vez melhor.” (d’Espagnat [1995], p.9)
Em linhas gerais, d’Espagnat rejeita o realismo convencional como sendo incom-
patı́vel com a mecânica quântica, defendendo um ‘realismo velado’ (algo idealista),
aceitando que há uma realidade independente, mas cuja estrutura não pode ser
por nós conhecida. A realidade, para ele, pode ser descrita apenas ‘alegoricamente’
por meio de nossas teorias. Posição bastante semelhante foi defendida em tempos
recentes por vários pensadores, como Erwin Schrödinger, para quem é impossı́vel
descrever o mundo como ele é ‘objetivamente’, independentemente de observações
e interferências; porém, para ele, a experiência intersubjetiva é um dos mais sérios
problemas na elaboração das teorias, o que o faz rejeitar o relativismo e o subjeti-
vismo (Ben-Mehagem [1992]). De uma suposta Realidade (um domı́nio do conheci-
mento que desejamos investigar, sejam entidades abstratas, como na matemática,
seja no domı́nio das ciências empı́ricas ou sociais), obtemos (racionalmente, em-
piricamente, por intuição, não importa como) informações que chamamos de uma
Realidade Fenomênica, e que encerra aquilo que apreendemos do ‘Real’ de algum
Estruturas como representação 11
Uma vez alcançado este estágio, que basicamente se estabelece pela representação
via estruturas, tem-se não somente uma (ou várias) teoria informal do domı́nio em
apreço, mas também uma (ou várias) teoria sobre ele, e um (ou vários) modelo.
Alcança-se, assim, ao que tudo indica, um maior conhecimento do domı́nio em
questão, pois podemos (em princı́pio) explicá-lo por meio de conceitos e listar uma
coleção de postulados que fornecem uma descrição de suas leis básicas. O processo
então eventualmente reinicia; tendo uma nova visão do domı́nio, proporcionada pelo
avanço teórico, somos levados a reanalisar os dados fenomênicos, talvez destacando
coisas que não vı́amos antes, e tudo inicia novamente.
Agradecimentos
Agradeço a Steven French por sugestões valiosas.
Referências
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