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Disciplina: Direito Empresarial.

Professor: Marcello Iacomini.


Aula: 04| Data: 26/04/2019

ANOTAÇÃO DE AULA

SUMÁRIO

ESPÉCIES DE EMPRESÁRIOS.

2.1.5. Requisitos do contrato societário.

SOCIEDADES EM ESPÉCIES.

ESPÉCIES DE EMPRESÁRIOS.

2.1.5. Requisitos do contrato societário.

b) Constituição do capital social.

Toda sociedade deve constituir seu capital social, que não se confunde com o patrimônio da sociedade. O capital
social é a primeira contribuição que os sócios fazem para que a sociedade inicie suas atividades e é regido pelo
princípio da intangibilidade, ou seja, ele só pode ser aumentado ou diminuído nas hipóteses legais (art. 1.081 e
1.082 do CC) com controle da Comissão de Valores Mobiliários. O capital social é (deveria ser) a garantia dos
credores. O patrimônio é o que vem depois.

Observação: o capital social subscrito é aquele em que os sócios prometeram entregar para a sociedade; já a
integralização é a efetiva entrega do que fora subscrito para a sociedade.

O capital social pode ser integralizado com bens que tenham valor econômico (dinheiro, bens imóveis, bens
móveis, etc.). Nas sociedades empresárias (não simples), não se admite a integralização com serviços.

Quando o contrato social é integralizado com bem imóvel, há imunidade em relação ao ITBI (art. 156, II e § 2º, I
da CF).

c) Affectio societatis

É, segundo o jurista romano Ulpiano, o liame que une os sócios entre si para a consecução do fim social. A affectio
societatis é um elemento que se encontra presente na sociedade de pessoas. São aquelas em que os sócios levam
em conta elementos pessoas uns dos outros para a constituição da sociedade. A sociedade limitada é, em regra,
sociedade de pessoas.

Contudo, não se vislumbra a affectio societatis na sociedade de capitais, como, por exemplo, a sociedade
anônima.

Observação: a doutrina majoritária entende que só é possível excluir um sócio, na sociedade de pessoas, por
quebra da affectio societatis, judicialmente. O Prof. Fábio Ulhôa Coelho, isoladamente, entende que o art. 1.085
do CC seria a permissão legal que autorizaria a exclusão extrajudicial por quebra da affectio societatis, ou seja,
mediante mera alteração do contrato social.

PROCURADORIAS
CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
Os Tribunais de Justiça do Estados, em geral, têm entendido que basta a alegação, por si só, da quebra da affectio
societatis para ensejar a exclusão do sócio (com pagamento das cotas). A doutrina mais atualizada do direito
empresarial tem entendimento diverso (Priscila Corrêa da Fonseca). Para estes, a exclusão por quebra da affectio
só seria possível mediante comprovação de motivo (justa causa). Admitir a exclusão sem justa causa seria um ato
arbitrário.

d) Participação nos lucros produzidos/obtidos pela sociedade.

A sociedade empresária, prevista no art. 981 do CC, é aquela que tem por característica distribuir os lucros
obtidos entre os sócios. O art. 1.008 do CC estipula que é nula a cláusula contratual que, porventura, vede alguns
sócios de participarem da distribuição dos lucros.

Fica vedada a sociedade leonina, na qual os lucros ficam com o leão.

SOCIEDADES EM ESPÉCIES.

1. Sociedade em comum (art. 986 do CC);


2. Sociedade em conta de participação (art. 991 do CC);
3. Sociedade em nome coletivo (art. 1.039 do CC);
4. Sociedade em comandita simples (art. 1.045 do CC);
5. Sociedade limitada (art. 1.052 do CC);
6. Sociedade anônima (Lei nº 6.404/1976);
7. Sociedade em comandita por ações (art. 1.090 do CC).

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