Você está na página 1de 12

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL


CAMPUS DO PANTANAL
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO MESTRADO EM ESTUDOS FRONTEIRIÇOS

ELIZABETH DE LIMA PINTO ALVES

Trabalho da disciplina Seminário


de Pesquisa apresentado ao
Programa de Pós-Graduação
Mestrado em Estudos Fronteiriços
da Universidade Federal de Mato
Grosso do Sul, Campus do
Pantanal, sob orientação das Prof.ª
Dra. Marivaine da Silva Brasil e
Prof.ª Dra. Marivaine Amâncio.

Corumbá-MS
2009
Relatório do dia 22 de agosto de 2009
1. Relatório/critico

UMA PROPOSTA DE INTEGRAÇÃO NA FRONTEIRA: O IDIOMA COMO


FATOR SEGREGADOR E EXCLUDENTE DE CRIANÇAS E
ADOLESCENTES NA ESCOLA

Apresentação de Maria Lucia Ortiz Ribeiro

Orientador: Vilma Eliza Trindade


O tema abordado é de grande interesse, pois a educação continua
sendo uma grande transportadora de mudança social. Sendo a pesquisa
sobre a situação lingüística vivenciada nesta fronteira (Corumbá/Brasil –
Puerto Suarez/Bolívia) torna-se um exemplo de analise sobre as relações
cotidianas hora conflituosa, hora harmoniosa ou em conjunto. Apesar disso,
esse quadro pode configura-se no que Wong-González (1997) denomina de
super-regiões, ou seja, territórios comerciais (ou produtivos) que refletem
padrões históricos de migração e comércio, herança étnica e lingüística,
assim como costumes sociais, que se movem em direções aparentemente
contraditórias: uma que aponta para integração econômica e política das
nações e, outra que exige elevada autonomia em níveis micro-regionais, onde
prevalece a coesão social e cultural1.
Durante a leitura da pesquisadora no que se refere é o que considera
ser os fatores excludentes e segregadores dos alunos freqüentadores das
instituições de ensino. Ao esboço feito sobre o desenvolvimento da faixa2 de
fronteira, têm levantado hipóteses para a aplicabilidade da legislação como,
por exemplo, no “Plano Nacional de Desenvolvimento Regional” onde
percebemos que ainda poderá haver mudanças significativas para a Escola
de Fronteira.
No que tange os questionamentos, a referência se faz no cumprimento
da legislação que estabelece o ensino de Português e Espanhol nesses
educandários.
A apresentação fez-se de um modo bastante agradável, tornando-se
assim de fácil compreensão. Os conceitos nele contidos são de fácil
apreensão. Seria também interessante se a pesquisa pudesse abranger as
instituições particulares de Corumbá, pois os dados sobre a relação desses
alunos nesses respectivos educandários ainda são raros.
Dentro de um processo de ensino-aprendizagem que se deseja
seja crítico e criativo, são as atividades de pesquisa fundamentais
para o trabalho pedagógico de interação entre teoria e prática: sem
pesquisa não há análise adequada das práticas vigentes e nem novo
conhecimento que seja capaz de modificá-las.
É no geral um artigo interessante, real e actual, e ainda motivador para
novos pesquisadores.
1
WONG-GONZÁLEZ, Pablo. (1997). Globalización e integración internacional: nuevas
estratégias de desarrollo regional transfronterizo, Foro Regional de Desarrollo para América
Latina y el Caribe: desarrollo para el siglo XXI. Bogotá: 01-03 dec.
2
A lei que dispõe sobre a faixa de fronteira é a Lei nº. 6.634 de 2 de maio de
1979, regulamentada pelo Decreto Lei nº. 85.064 de 26 de agosto de 1980.
2 - Relatório/critico

POLITICAS PÚBLICAS DE SAÚDE NA FRONTEIRA BRASIL BOLÍVIA

Apresentação de Beth de Oliveira Fonseca


Orientador: Edgar Aparecido Costa

A estruturação de políticas públicas para a integração da fronteira


Brasil /Bolívia deve considerar sempre o reconhecimento de que os
problemas vividos pelas comunidades fronteiriças são peculiares e ainda que
os elementos culturais sejam comuns. A necessidade de novas estratégias
impôs diante da convicção de que os modelos de ações adotados
principalmente na área de Saúde, suscitam compreensão do funcionamento,
na prática das políticas públicas epidemiologias nessa fronteira Brasil /Bolívia.
Diante da pesquisa, sobre a área de saúde, pretende ainda identificar
acordos e o cumprimento do acordado em 2008. Porém, em Corumbá, existe
um trabalho continuado de apoio aos vizinhos bolivianos no combate a
leishmaniose, como está previsto na Carta dos Municípios da Fronteira
Pantaneira, entregue em janeiro/2008 aos presidentes Lula e Evo Morales.3
Também estão se desenvolvendo ações para controlar os casos
epidemia de dengue, doença que registra casos em toda região dessa
fronteira.
O projeto de pesquisa poderá ter como viés as ações já existentes
dessas Políticas tais como:4
• Realização do LIRA (Levantamento do Índice Rápido de Infestação por
Aedes aegypti) em Porto Quijarro e Porto Suárez;
• Borrifação de inseticida no País vizinho;
• Promoção de campanhas educativas e de limpeza na região fronteiriça
boliviana,com fornecimento de recursos humanos e veículos.
A pesquisa alinha-se ao propósito da aplicabilidade das políticas publicas
na busca de soluções para problemas de epidemiologias deflagradas pelos
municípios vizinhos. Ainda, possibilitar um processo de articulação para
efetivar a integração de forma sistemática junto aos fronteiriços.

3
Em 2008, a realização do “Encontro dos Municípios Pantaneiros da Fronteira Brasil-Bolívia”
resultou na “Declaración de Municípios Pantaneros de Bolyvia y Brasil”.
4
AÇÕES PARA INTEGRAÇÃO NA REGIÃO DE FRONTEIRA BRASIL / BOLÍVIA Corumbá /
Pantanal- Informe - Ruiter Cunha de Oliveira - Prefeito Municipal de Corumbá FEVEREIRO
DE 2009- BRASÍLIA
3 - Relatório/critico

PERCEPÇÃO DOS BOLIVIANOS E DE PUERTO QUIJARO PELOS


ALUNOS BRASILEIROS DA CIDADE DE CORUMBÁ.

Apresentação de Diane Sotilli


Orientador: Milton Augusto Pasquotto Mariani

A região fronteiriça desperta grande possibilidades de trocas culturais.


Desta forma, questões relacionadas à compreensão das relações existentes
entre os pares dessa mesma região de fronteira são levantadas, tais como: O
que um pensa em relação ao outro? Quais os desdobramentos que o
deslocamento populacional nesse espaço de fronteira se apresenta? Como
classificar essa relação se a proximidade geográfica e econômica para o
mercado de trabalho, tratamento de saúde e escola são facilitados? Como
definir o espaço de vida e as trocas cotidianas vivenciadas por esses alunos?
De que forma interage os fluxos provenientes das cidades da Bolívia em
Corumbá ou vice-versa? Para encontrar as respostas à essas questões e
demonstrar a relevância da pesquisa, propõem-se como hipótese, distinguir
escolas de classes sociais distintas.
Para tanto,percebi que essa pesquisa dependerá muito do tipo de
relações de vizinhança entre os seus atores, do desenvolvimento regional,
das populações locais e de diversos grupos presentes na fronteira, dos
condicionantes do ambiente natural e construído, entre outros, “a fronteira
seria, portanto, uma zona na qual seus habitantes vivem os efeitos da
proximidade entre dois ou mais países. Ela contém um conjunto de
instituições, práticas, sujeitos e modos de vida particulares”.5
O que pode ser observado é a existência de uma rede de relações
formais e informais, para a qual é relevante uma contextualização mais
abrangente, uma caracterização das diversas formas de como essa rede se
formou e inseriu-se na dinâmica da população das cidades fronteiriças.
Como o boliviano está presente no cotidiano de Corumbá, essa
pesquisa poderá levantar questionamentos diversos sobre a relação desses
vizinhos diante de grandes estigmas oriundos do contato entre as duas
cidades. Apesar de não terem se estranhado a ponto de se confrontarem
belicamente, a relação requer grande incentivo diplomáticos para guarnecer
esse conviver “pacifico”.

Dia 23 de agosto de 2009 – Manhã


5
MACHADO, Lia Osório. Limites, Fronteiras, Redes. in: T. M. Strohaecker, A. Damiani,
N.O.Schaffer, N.Bauth, V.S.Dutra (org.). Fronteiras e Espaço Global, AGB-Porto Alegre, Porto
Alegre, 1998,
1 - Relatório/critico

CRIME CONTRA A MULHER EM REGIÃO DE FRONTEIRA,


ASPECTO CULTURAL E SOCIAL.

Apresentação de Cintia H. R. Gomes


Orientador: Arnaldo Sakamoto

A violência contra a mulher se refere a qualquer ato de violência que


tenha por base o gênero, e que resulta ou pode resultar em dano ou
sofrimento de natureza física, sexual ou psicológica. Coerção ou privação
arbitrária da liberdade quer se reproduzam na vida prática ou privada, podem
ocorrer como formas de violência. Não escolhendo lugar, pessoa ou hora
marcada. A região fronteiriça não fica de fora dessa estatística, porém a luta
contra a violência ao longo do tempo tem alcançado avanços e retrocessos,
em nível institucional e governamental do lado brasileiro.
Porém, indago as seguintes questões: como combater essa violência?
Ou até mesmo, não há como combater a violência contra a mulher? Onde as
vitimas recebem apoio judicial? No caso da fronteira, as mulheres bolivianas e
brasileiras estão recebendo tratamento adequado? Quando o agressor é
estrangeiro quais os procedimentos? As Leis são aplicadas igualmente para
brasileiros e bolivianos? Existe política de enfrentamento da violência de
gênero do outro lado da fronteira?
Está é uma análise mais localizada no campo da jurisdição ou da
jurisprudência que pode fornecer elementos para se compreender os
processos de criminalização impetrados sobre os migrantes que adentram as
fronteiras dos países limítrofes.

Talvez a imagem mais corrente que se faz da fronteira


seja aquela que amostra como lugar onde o
contrabando, o tráfico de produtos ocorre com maior
freqüência em virtude do aproveitamento das
diferenças dos regimes fiscais, legais inerentes a cada
Estado-nacional. Mas não só isso. A
subordinação do cidadão às leis, aos códigos de seu
Estado torna-o cidadão de um Estado, cujas leis são
limitadas espacialmente. Assim, a fronteira acaba
sendo um lugar privilegiado de refúgio aos agentes
das atividades ilícitas (NOGUEIRA, 2005, p. 182).6

Embora exista uma vontade mundial, no sentido de se combater a


violência de gênero, o problema encontra-se longe de ser erradicado. A
pesquisa é importante, pois poderá ser analisado na sua complexidade.
As Leis brasileiras e bolivianas serão analisadas podendo ainda ao final
da pesquisa colaborar para melhor combater esse crime. Cultivando a vida,
denunciando todos os tipos de agressões sofridas.

2 - Relatório/critico

6
NOGUEIRA, Ricardo J. Dinâmica territorial na fronteira Brasil-Colômbia. Somanlu ano 5, n.
1, jan./jun. 2005.
CIDADES GEMEAS NA FRONTEIRA BRASIL- BOLIVIA

Apresentado por: Alcindo do Valle Junior


Orientador: Prof. Antônio Fermino

O fortalecimento das cidades gêmeas suscita um estudo voltado para


sua viabilidade. Porém, estar diante de uma região fronteiriça onde os
interesses e a realidade criam barreiras ilusórias para o seu desenvolvimento,
predomina os questionamentos de preparação dessa fronteira.
Para tanto, pensar em desenvolvimento envolve um estudo detalhado
no que rege os Tratados. O conhecimento sobre esse documento muitas
vezes são esquecidos ou até mesmo desconhecidos pelas autoridades e
população residente. As cidades gêmeas são relacionadas pelo seu cotidiano
num sistema vibrante de relações, mas, quais são as desigualdades que
registram essa fronteira? Cada lado tem sua própria Lei estabelecida pela
soberania nacional de seu país. Porém, é na fronteira que eles se encontram.
Pode haver a viabilidade entre as cidades gêmeas Corumbá-Puerto Suarez?
Nessa visão, a pesquisa analisará a possibilidade de ambas estarem
em comum desenvolvimento. Para tanto, percebi que analisar os documentos
existentes é necessário, haja vista que, muitas Leis e Acordos já foram
sancionados como o de 8/07/2004 - Residência, estudo e trabalho a nacionais
fronteiriços brasileiros e bolivianos. O instrumento foi devidamente ratificado
pelo governo brasileiro mais que o governo boliviano ainda não o fez.
A região poderá apresentar-se como um promissor de desenvolvimento
para as gerações futuras. Contemplando ainda todas as interações que as
caracterizam como uma região de interesses e interações. Como é descrita
pelos autores a seguir:
A zona de fronteira do Brasil com a Bolívia é um importante
espaço de articulação e de comunicação entre as lógicas
territoriais dos dois Estados. As características e os
processos que ocorrem em um lado da fronteira não são
detidos pelo limite internacional, formando um espaço de
interações transfronteiriças.7

O estudo nas Leis, Tratados e Acordos, em referência, a pesquisa


poderá contribuir para que as cidades gêmeas construam seus referenciais de
desenvolvimento. Não deixando de lado a historicidade que envolve a relação
fronteiriça. Como a carta que foi entregue ao aos presidentes Lula e Evo
Morales em 16 de janeiro de 2009 onde os prefeitos da fronteira se unem na
reinvidicação de que a integração é uma realidade sul-americana pautada no
desenvolvimento sustentável do pantanal e na solidariedade entre os povos
irmãos do Brasil e da Bolívia.8
3 - Relatório/critico
3 - Relatório/critico

7
OLIVEIRA, Marco A. M.de, e ALVES, Elizabeth L. Pinto. O professor na fronteira: desáfios e
possibilidades - Artigo apresentado no II Seminário Internacional de Estudos Regionais
Sul-americanos: contrastes socioterritoriais e perspectivas de integração regional –
Auditório da Coordenação de Cultura/UFMT Cuiabá- Mato Grosso 23 a 28/10/2006
8
http://www.noticias.ms.gov.br - Acessado em: 26/08/2009
TRATADO DE ROBORÉ NATUREZA JURIDICA E REFLEXOS NAS
RELAÇÕES FRONTEIRIÇAS BRASIL-BOLIVIA

Apresentado por: Roberto Lins


Orientador: Marco Aurélio Machado de Oliveira

Em 29 de março de 1958, foram assinadas as chamadas Notas


Reversais, atualizando o Tratado de Roboré que, assinado em 1938 pela
Bolívia e o Brasil, autorizava este último a explorar o petróleo boliviano. Na
elaboração dessas notas, a posição acatada foi a do coronel Alexínio
Bittencourt, presidente do Conselho Nacional do Petróleo, que defendia a
exploração do petróleo boliviano por grupos privados nacionais com o apoio
da Petrobrás.
Porém, não foi somente sobre o petróleo que este documento foi
cunhado. É nessa busca de estudá-lo que permeara a pesquisa. Qual é a sua
importância? Origem, natureza jurídica? Quais seus impactos jurídicos e
sociais nesta fronteira? Ainda, estudar a estruturas dos Tratados
Internacionais. O que trás de benefícios para sociedade?
O que entendi da apresentação do colega foi que se faz necessário
uma análise documental de todo desfecho desses documentos. Ainda antes
de abordar diretamente as relações entre Brasil e Bolívia, se fazer uma
incursão pelos antecedentes das políticas expansionista e imperialista na
América do Sul, cujo marco pode ser identificado como se convencionou
chamar de Guerra do Paraguai. Em meio a esta guerra, inclusive, Bolívia e
Brasil assinaram seu primeiro tratado de fronteiras, num momento em que a
diplomacia brasileira tentava consolidar a hegemonia do país na região. 9 Os
principais documentos internacionais que trataram de sua definição foram os
seguintes:

- Tratado de Amizade, Navegação, Limites e Comércio (27/3/1867)

- Tratado de Petrópolis (17/11/1903)

- Tratado de Natal (25/12/1928)

- Notas Reversais (29/04/1941) - Instruções para as Comissões de Limites

- Acordo de Roboré - Nota Reversal Nr.1 C/R (29/3/1958)

Há uma interdependência entre Brasil e Bolívia, e que essa


interdependência foi construída ao longo de mais de um século de
negociações bilaterais envolvendo os dois Estados, mas a grande questão é
que o Brasil, com a sua tradicional política externa pacífica, elegeu a Bolívia
como parceira preferencial.

4- Relatório/critico

9
COMITE CÍVICO: “Puerto Suárez”. Puerto Suárez su pasado, su presente y sus grandes
perspectivas. Santa Cruz de La Sierra: 1979.
O ORDENAMENTO TERRRITORIAL TRANSFRONTEIRIÇO SOB A ÓTICA
DA MOBILIDADE E DOS FLUXOS EM CORUMBÁ MS.

Apresentado por: Andréia R. L. M. Rodrigues


Orientador: Arnaldo Sakamoto

Ordenamento territorial é a regulação das ações que têm impacto na


distribuição da população, das atividades produtivas, dos equipamentos e de
suas tendências10. O território urbano é um espaço social resultante de uma
rede complexa de relações, que envolve nesta pesquisa a influencia da
cidade de Corumbá/MS em relação às cidades adjacentes de fronteira.
(Puerto Quijarro e Puerto Suarez), e também a cidade de Ladário, operando a
escala de conformidade polarizadora e central, a composição de ordenamento
territorial trans-fronteiriço Brasil/Bolívia.

Sob uma perspectiva histórica, o ordenamento territorial pode ser visto


como um conjunto de arranjos formais, funcionais e estruturais que
caracterizam o espaço apropriado por um grupo social ou uma nação,
associados aos processos econômicos, sociais, políticos e ambientais que
lhes deram origem.

A pesquisa tem como objetivo levantar a quantidade de veículos que


circulam (entram e saem) diariamente do limite fronteiriço de Corumbá MS.
Ainda operar o grau de dependência, entre as cidades circunvizinhas.

Entendi que a pesquisa resulte em contribuições, sugestões e críticas


ao uso do território, com o objetivo de aprimorá-lo, visando à formulação de
uma Política Nacional de Ordenamento Territorial. Por assim dizer que o
ordenamento do território, o planejamento têm grande importância no
desenvolvimento local, neste caso, bem como outras atividades e em outros
níveis também podem utilizar-se destes pressupostos para melhor
desenvolverem-se.

Ainda, a região de fronteira poderá atingir o tão desejado


desenvolvimento sustentável, condição indispensável para a promoção da
justiça social e da cidadania. Ordenar o território faz-se necessário para a
existência de planejamentos visando o desenvolvimento dos lugares e da
convivência em sociedade.
Essa parte da fronteira do Brasil é objeto de intensas trocas comerciais,
por rotas formais e informais, e carece de um monitoramento mais eficaz,
coordenado entre si. 11
Dia 23 de agosto de 2009 – Tarde

1- Relatório/critico
10
HAESBAERT, Rogério. Ordenamento territorial l - Instituo de Estudos Sócio-Ambientais.
Boletim Goiano de Geografia. v. 6 n 1. jan./jun. de 2006
11
ALVES, ELIZABETH L P. BOLIVIANOS EM CORUMBÁ-MS: UMA HISTORIA DE CONMÉRCIO INFORMAL.
Pesquisa voluntária de Iniciação Cientifica CNPq - PIBIC2007/08 – Orientada pelo professor.
Marco Aurélio M. de Oliveira – UFMS-CPAN
A ATIVIDADE TURISTICA E A ABORDAGEM DAS POLITICAS PUBLICAS
DE ENFRENTAMENTO À EXPLORAÇÃO SEXUAL CONTRA CRIANÇAS E
ADOLESCENTE EM CORUMBÁ - MS E NA REGIÃO DA FRONTEIRA
BRASIL/BOLIVIA

Apresentado por: Ligia Magalhães Braga


Orientador: Milton Augusto Pasquotto Mariani

O tema da pesquisa enfocada é a atividade turística e as abordagens


das políticas públicas de enfrentamento à exploração sexual contra crianças e
adolescente em Corumbá MS, fronteira com a Bolívia. Trata-se de uma grave
forma de violação aos direitos da população infanto-juvenil, que devido à
complexidade dos fatores envolvidos vem desafiando não apenas os gestores
públicos, mas também o trabalho cotidiano das relações fronteiriças.
Como reconhecer o fenômeno em todas as suas peculiaridades? A pesquisa
poderá servir de subsídio para o planejamento, execução, monitoramento e
ainda fortalecer as políticas públicas.
A complexidade é inaceitável, uma vez que emerge da crise entre
mercado, Estado e sociedade e se materializa em crime organizado,
associado à corrupção institucional, que entranha a cultura da administração
do que é público, e explicita a simbiose entre legalidade e ilegalidade,
acirrando a discriminação, a xenofobia e a violência na região fronteiriça.
No que tange aos direitos humanos, configura-se como relação
criminosa de violação de direitos, exigindo, um enfrentamento que
responsabilize não somente o agressor, mas também o Estado, o mercado e
a própria sociedade.
Entendi que esse enfoque poderá deslocar a visão para um fator antes
centrado na relação vitima/vitimizador, para a de sujeito portador de direitos, o
que permite desmistificar, nas análises e enfrentamento da questão, a
hegemônica concepção mecanicista do discurso repressivo, moralista e
vitimizador.
Trabalhar-se-á o referencial dos direitos humanos, afirmando-o como marco
orientador da explicitação e do enfrentamento de crianças e adolescentes
para fins de exploração sexual.
O artigo 244-A (submissão de crianças e adolescentes à prostituição e à
exploração sexual) do Estatuto da Criança e do Adolescente também pode
ser um referencial para que a pesquisa assegure um tratamento com
arcabouço legal.12
As questões são de suma importância para o desenvolvimento da
região, assegura e fortalece, no âmbito do debate público, a devida prioridade
em relação aos direitos das novas gerações, prevista na Constituição Federal,
no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e nos diversos acordos
internacionais firmados pelos Países.

2- Relatório/critico

12
ECA Estatuto da Criança e do Adolescente. LEI N° 8.069 de 13/07/90. Brasília: Conselho
dos Direitos da Criança e do Adolescente do DF, 1995.
ESTUDO COMPARATIVO NO ENFRENTAMENTO DA EPDEMIA DE
DENGUE NOS MUNICIPIOS DE FRONTEIRA BRASIL/BOLIVIA NAS
CIDADES DE CORUMBÁ (BR) LADÁRIO (BR), PUERTO SUAREZ (BO) E
PUERTO QUIJARRO (BO)
Apresentado por: Cleber Colleone
Orientadora: Sonia Jurado

A região fronteiriça de Corumbá e cidades circunvizinhas no ano de


2008 foram acometidas por um surto de dengue alarmante. As providencias
necessárias para o enfrentamento dessa epidemia foram tomadas dois lados
dessa fronteira. As características desse episódio serão analisadas e
referenciadas para um futuro surto dessa magnitude.
A dengue (Classificação CID 10 A90 e A91) é uma doença febril aguda,
de etiologia viral e que se manifesta de maneira variável, desde uma forma
assintomática até quadros graves hemorrágicos, podendo levar ao óbito.13 É a
mais importante arbovirose que afeta o homem e vem se apresentando,
juntamente com as outras chamadas doenças tropicais negligenciadas, como
um sério problema de saúde pública.
No Brasil, e também em outros países tropicais, as condições do meio
ambiente favorecem o desenvolvimento e a proliferação do Aedes aegypti,
principal mosquito vetor. A pesquisa centrada na área de saúde busca
conhecer os problemas específicos de cada país. Ainda como estão
organizados os sistemas de saúde.
Conhecer a realidade e dificuldade de epidemia de dengue na região
de fronteira Brasil/Bolívia e o principal objetivo. Podendo assim colabora para
um futuro enfrentamento da doença.
Para tanto, entendi que a atenção dessa pesquisa para a ocorrência
desse período onde foi registrado um índice elevado de casos, chama-nos a
atenção por ser uma doença que nos últimos anos vem acometendo à óbito
um expressivo número de infectados.
Poderá ser levado em conta o Acordo de Cooperação para o
enfrentamento da dengue. Já ratificado verbalmente entre os países. Esses
fatos têm a possibilidade de servirem de exemplo para a necessidade da
intensificação das ações de vigilância em saúde e assistenciais referenciadas
em informações para a tomada de decisões em tempo hábil. De forma
coordenada e articulada com outros setores do poder público e da sociedade
civil organizada no que tange o acontecimento de uma epidemia envolvendo
dois países.

3- Relatório/critico

13
Referencial da SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DE MINAS GERA. Linha – Guia de
Saúde – Dengue 1ª edição Belo Horizonte – MG Março / 2009 /www.saude.mg.gov.b
Ascesso: 28/08/09
ROMPENDO FRONTEIRAS E UNINDO TERRITÓRIOS PARA A
CONSERVAÇÃO DO PANTANAL

Apresentado por Viviane Fonseca


Orientador: Dra.Emiko de Resende

No entorno da Serra do Amolar estão, no Brasil, o Parque Nacional


do Pantanal Mato-Grossense e três Reservas Particulares do Patrimônio
Natural - RPPNs. Na Bolívia, existem o Parque Nacional de Otuquis e a Área
Natural de Manejo Integrado San Matías14.
A Serra, considerada como uma área prioritária para conservação,
faz parte do Maciço do Amolar que inclui também a Ilha Ínsua e as morrarias
Novos Dourados, Santa Tereza, Castelo e outras. O Maciço regula a umidade
local, beneficiando a vida de suas florestas que servem de abrigo para
animais que fogem das águas durante a cheia pantaneira.
A rede de proteção e conservação da Serra do Amolar é uma
parceria entre organizações proprietárias de terras destinadas a ações de
conservacionistas ao longo do eixo do rio Paraguai em MS e MT.
A pesquisa tem como objetivo analisar as ações de gestão integrada
para a conservação e contribuir para a proteção das áreas nos entorno do
Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense, criando ações integradas.
Ainda, avaliar como as instituições que compõem a rede de Proteção e
Conservação da Serra do Amolar. Como tratam suas semelhanças e
diferenças? Conflitos existem? Há ribeirinhos nas imediações dessas áreas?
Como é a convivência deles com as organizações de conservação?
Pelo trato da pesquisa, entendi que os resultados poderão permear a
vivencia dos ecovitimas resultante das interferências no seu modo de vida.
Pois, são diretamente ligados ao sistema natural de seu habitat. Ainda, que as
ações não são apenas na preservação mais ao que abrange o seu entorno,
também gerar e melhorar a qualidade de vida das populações Pantaneira
locais. Se de algum modo os ribeirinhos ficaram excluídos ou esquecidos
pelos programas de governos e sem acesso aos direitos básicos do cidadão,
a partir de fomentos como esses poderão contar com novos parceiros e
ganhar voz junto às políticas públicas e em ações de desenvolvimento
integral.

4- Relatório/critico

BRASBOL IDENTIDADE E CULTURA SUA ORIGEM E SEU DESTINO


14
ECOA- Em defesa da vida /www.riosvivos.org.br/canal.php?c=374 Acesso: em 26/08/2009
Apresentado por Davi Lopes
Orientador: Carlos Martins Junior

A fronteira representa hoje muito mais um espaço de compartilhamento


de culturas, de trocas comerciais e de comunicação que um limite territorial e
divisório entre os países, se examinarmos sob o ponto de vista das trocas e
das relações existente entre os povos que vivem e trabalham nas fronteiras.
Brasil e Bolívia representam a dinâmica dos fluxos migratórios visto que a
zona fronteiriça entre ambos os países, especialmente a região de Corumbá,
porta de entrada dos bolivianos no Brasil, possuem um grande fluxos de
imigrantes bolivianos.15

A peculiaridade dessa região suscita em desfechos com características


únicas. O espaço criado para atender o comerciantes fronteiriços é chamado
de feira BrasBol. Porém, não é uma feira de hortifrutigranjeiros e sim um
espaço onde encontramos diversos artigos de vestuário, brinquedos, eletro-
eletrônicos entre outros. Podemos ainda encontrar uma das mais requisitadas
pastelaria da cidade. Sua clientela disputa as vagas para saborearem o
quitute em companhia do famoso Mate Chimarrão autentico corumbaense.
É visitada pelos turistas e moradores locais. È possível notar a
diversidade cultural que esse espaço revela. Os comerciantes se misturam
entre bolivianos, brasileiros, peruano, palestinos, colombianos, entre outros,
formando uma verdadeira colcha de etnicidades.
Diante das colocações do colega, entendi que as indagações referente
a feira seriam a localidade de origem dos mercadorias e o caminho que elas
percorreram até chegarem as prateleiras de sua banca.
Nessa relação, ainda compreender as dinâmicas mercantis que
ocorrem na Feira Brasbol (feirinha) desde a aquisição da mercadoria no
atacado e a sua venda no varejo. O preço é atrativo na maioria das vezes,
ficando assim no preferencial de muitos fregueses que se tornam fiéis a esse
tipo de negócio.
As mercadorias têm procedência brasileira (Goiânia e São Paulo) e
produtos importados na maioria de Taiwan, China.
A pesquisa poderá contribuir para um melhor desenvolvimento desse
tipo de comércio, uma vez que entrelaça diversos elementos formadores
culturais de uma identidade fronteiriça.

15
SANDES, Cintiene Monfredo. Entre a legalidade e a ilegalidade & ndash; as migrações
bolivianas na fronteira com o Brasil. Rio de Janeiro: Revista Eletrônica Boletim do TEMPO,
Ano 4, Nº04, Rio, 2009

Você também pode gostar