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FLUXOGRAMA

1. CONCEITO
“Fluxograma é um tipo de diagrama, e pode ser entendido como uma representação
esquemática de um processo, muitas vezes feito através de gráficos que ilustram de
forma descomplicada a transição de informações entre os elementos que o compõem,
ou seja, fluxograma é um gráfico que demonstra a sequência operacional do desenvolvimento
de um processo, o qual caracteriza: o trabalho que está sendo realizado, o tempo necessário
para sua realização, a distância percorrida pelos documentos, quem está realizando o trabalho
e como ele flui entre os participantes deste processo”.

O fluxograma pode também ser definido como o gráfico em que se representa o percurso ou
caminho percorrido para alcançar um objetivo.

Portanto, Fluxograma é uma técnica de representação gráfica que se utiliza símbolos


previamente convencionados, permitindo a descrição clara e precisa do fluxo, ou sequência,
de um processo, bem como sua análise e redesenho.

A razão porque os fluxogramas funcionam tão bem é porque eles trabalham com a parte forte
que as pessoas têm. O que o cérebro faz de melhor é reconhecer imagens. Fluxogramas são
imagens. A maioria das companhias tem poucos fluxogramas ou nenhum. Normalmente elas
dependem de pastas cheias de procedimentos e instruções que não refletem realmente como a
empresa funciona e não conduz a identificação de melhorias.

Isto acontece porque a maioria destas pastas não é lida. Se alguém as lê, isto é feito uma vez e
em seguida são postas de lado. As pessoas não seguem estas instruções e fazem o seu trabalho
o melhor que podem, algumas vezes baseado em uma memória latente resultante desta leitura
única.

Em todos os processos de uma empresa, tanto administrativo quanto operacional, tem


um fluxo das operações, esse fluxo envolvem várias etapas como:

 Operações,
 Áreas da organização envolvidas,
 Recursos (humanos e materiais),
 Custos relativos a esses recursos,
 Volume de trabalho, os tempos de execução,
 Documentação que tramita pelo mesmo e a tecnologia de informação utilizada.

2. HISTÓRICO
Fluxogramas para documentar processos de negócios passaram a ser utilizados nos anos 1920 e
30. Em 1921, Frank e Lillian Gilbreth, engenheiros industriais apresentaram o “gráfico de fluxo
de processos” à Sociedade Americana de Engenheiros Mecânicos (ASME, em inglês). No início
dos anos 1930, o engenheiro industrial Allan H. Morgensen utilizou as ferramentas de Gilbreth
para dar palestras sobre como deixar o trabalho mais eficiente para pessoas de negócios em sua
empresa. Na década de 1940, dois alunos de Morgensen, Art Spinanger e Ben S. Graham,
difundiram os métodos. Spinanger apresentou os métodos de simplificação de trabalho à Procter
and Gamble. Graham, diretor da Standard Register Industrial, adaptou gráficos de fluxo de
processos ao processamento de informações. Em 1947, a ASME adotou um sistema de símbolos
para gráficos de fluxo de processos, inspirado no trabalho do casal Gilbreth.

Também no final dos anos 1940, Herman Goldstine e John Van Neumann usaram fluxogramas
para desenvolver programas de computador, e a diagramação foi cada vez mais utilizada em
programas de computador e algoritmos de todos os tipos. Fluxogramas ainda são utilizados para
a programação, embora o pseudocódigo, uma combinação de palavras e linguagem de
codificação destinadas à leitura humana, seja frequentemente usada para descrever níveis mais
profundos de detalhe e se aproximar de um produto final.

No Japão, Kaoru Ishikawa (1915-1989), figura importante nas iniciativas de qualidade de


produção, considerou fluxogramas como uma das principais ferramentas de controle de
qualidade, junto com ferramentas complementares, como o Histograma, folha de verificação e
diagrama de causa e efeito, muitas vezes chamado de diagrama de Ishikawa.

3. PRINCIPAIS ASPECTOS

 Padronizar a representação dos métodos e os procedimentos administrativos;


 Maior rapidez na descrição dos métodos administrativos;
 Facilitar a leitura e o entendimento;
 Facilitar a localização e a identificação dos aspectos mais importantes;
 Maior flexibilidade;
 Melhor grau de análise.

4. PRINCIPAIS VANTAGENS E DESVANTAGENS NA


UTILIZAÇÃO DO FLUXOGRAMA

Vantagens

 Aumenta a competência e influência de quem os elabora


 Seu desempenho afeta a maneira como outros usam determinada saída.
 Desenvolve o espírito da equipe
 Cria motivação pelas fontes de informações e apoio disponíveis
 Floresce a responsabilidade individual
 Facilita o estabelecimento de objetivos

Desvantagens

 Apresentam dificuldades no desenho e alterações;


 Depuração e testes não são fáceis, em geral;
 Dificuldade na decisão do nível de detalhes a serem colocados nos fluxogramas

5. COMO FAZER A ANÁLISE PELO FLUXOGRAMA

É muito comum fazerem a pergunta: “Como fazer a análise pelo fluxograma”? Para isso, é
necessário responder em primeiro lugar as seguintes questões:

 O que é feito?
 Para que serve essa fase?
 Por que essa fase é necessária?
 Onde essa fase deve ser feita?
 Quando essa fase deve ser feita?
 Quem deve executar a fase?
 Há alguém mais bem qualificado para executá-la?
 Como a fase está sendo executada?
Respondendo estas questões saberemos a resposta para a pergunta “Como fazer a análise pelo
fluxograma”?

6. AS FORMAS DO FLUXOGRA

É de suma importância que as figuras usadas no processo do fluxograma sejam usadas


corretamente, pois cada forma no estêncil representa uma etapa diferente em um processo e
assim sendo, todos os envolvidos ou responsáveis pela execução do processo entendam onde
estão em cada momento.

Existe 28 formas diferentes como segue quadro abaixo:

Inicial ou Final Decisão

Processo Armazenamento

Dados Subprocesso

Referência na página Mudança na página


1

Referência fora da página Entrada de Manual


Cartão Fita

Fluxo Agrupar

Extrair Mesclar

Documento Vários Documentos

Somador Preparação

Operação Manual Exibir

Classificar Dados Armazenados

Armazenamento de acesso direto Armazenamento de Acesso Sequencial

Atraso Disco Magnético


Os mais utilizados nos processos administrativos são:

Símbolo Significado
Inicial - Final Use essa forma para a primeira e a última etapa do seu processo

Processo Essa forma representa uma etapa do processo

Documento Essa forma representa uma etapa que resulta em um documento

Vários Essa forma representa uma etapa que resulta em vários documentos
Documentos

Subprocesso Use essa forma para um conjunto de etapas que se combinam para criar um
subprocesso definido em outro lugar, com frequência em outra página do
mesmo desenho.

Documento Essa forma representa uma etapa que resulta em um documento

Dados Essa forma indica que informações estão entrando no processo a partir
do erior, ou deixando-o. Essa forma também pode ser usada para
representar teriais e às vezes é chamada de forma Entrada/Saída.
Referência na Esse pequeno círculo indica que a etapa seguinte (ou anterior) está
página em algum outro local do desenho. Isso é particularmente útil em
fluxogramas grandes, onde você teria que usar um conector longo, que pode
ser difícil de acompanhar.

Referência fora Quando você soltar essa forma na página de desenho será aberto uma caixa
da página de diálogo onde é possível criar um conjunto de hiperlinks entre duas
páginas de um fluxograma ou entre uma forma de subprocesso e uma
página separada de fluxograma que mostre as etapas do subprocesso
7. CRIANDO UM FLUXOGRAMA

Par construir um fluxograma, podemos seguir as seguintes etapas:

1. Primeiramente identifique e relacione todas as ações do processo ou procedimento a


ser representado no fluxograma em uma sequência lógica, de dependência,
coloque uma ação dentro de cada figura do fluxograma.
2. Interligue os blocos com setas mostrando a relação de sequência entre as ações. Na
figura acima você vê a “simbologia” usual para os blocos de fluxograma;

8. TIPOS DE FLUXOGRAMA:

 Diagrama de Blocos: Apresenta uma sequência de atividades contínua e sem


envolvimento de decisão, este tipo pode ser utilizado em processos simples ou macro
sendo que neste caso somente para demonstrar relações contínuas entre os processos.
 Fluxograma de Processo Simples: Este é um fluxo que mostra as relações entre as
fases e necessidades básicas de qualquer processo.
 Fluxograma Funcional: Mostra a sequência das atividades de um processo entre as
áreas ou seções por onde ele flui, este fluxo é bastante comum e útil para processos
que não se completam em uma única área pois indica também os responsáveis
por cada fase. Uma variante desse fluxograma apresenta também uma linha do
tempo cronológica que permite a identificação de gargalos do processo.
 Fluxograma Físico ou Geográfico: Mostra o caminho percorrido por um processo no
ambiente. É geralmente confeccionado sobre uma planta do setor ou da fábrica.
 Fluxograma ANSI: Este se for bem feito, apesar de o mais complexo deles, mas
também o mais completo, apresentando uma relação fiel da interação das etapas
do processo.
9. EXEMPLO DE FLUXOGRAMA:

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10. CONCLUSÃO

Os fluxogramas possibilitam às pessoas identificarem falhas inerentes dos


procedimentos, ao reconhecerem a falta de um fecho em uma descrição de processo ou mesmo
identificando processos redundantes. Identificar falhas em um documento de várias páginas
em texto torna-se muito mais difícil. A maior parte das companhias falha em manter a
revisão de documentos que não são lidos. Os documentos tornam-se desatualizados porque os
processos passam a ser definidos sem que haja atenção a esses documentos. Os
fluxogramas são documentos vivos. Eles são alterados com facilidade e podem ser usados
diariamente para ajudar a definir e refinar os processos.

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