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Argamassa polimérica em bisnaga

Escrito por: Simone Tagliani em 23/06/2017


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O setor da construção civil está sempre investindo em novas tecnologias e em materiais


de maior qualidade, principalmente aqueles que possam oferecer soluções mais viáveis
para a sustentabilidade. Alguns produtos lançados recentemente no mercado simplificam
as tarefas nos canteiros de obras, como é o caso da argamassa polimérica. Ela foi
difundida no Brasil somente a partir de 2011. Hoje, é fabricada e comercializada por
poucas empresas. Mas, mesmo assim, o material é bastante utilizado por engenheiros e
arquitetos em todo país. Um exemplo do seu emprego são as arenas do Parque Olímpico
2016, no Rio de Janeiro.

(imagem extraída de Dicas de Arquitetura)

+ Sobre a tecnologia

A argamassa do tipo polimérica, também conhecida como argamassa colante, é diferente


da tradicional. Ambas servem para o assentamento de tijolos e blocos de alvenaria.
Porém, a diferença é que ao invés de fazer grossas camadas entre as fiadas, o que
também ajuda a regularizar possíveis defeitos de superfície, a polimérica proporciona
uma melhor estética, muito mais limpa. É como se fosse argamassa e rejunte ao mesmo
tempo, em um único produto. Infelizmente, isso impede a utilização de peças de qualquer
tipo, irregulares.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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+ Aplicação do produto

A argamassa polimérica é ideal para o assentamento de tijolos ecológicos, de blocos


cerâmicos e de concreto; para alvenarias de vedação vertical, tanto interna quanto externa.
Ou seja, esse produto não pode ser utilizado para erguer elementos estruturais, por
exemplo. Em compensação, pode ser usado como revestimento de parede e de tetos,
revestimento de azulejos e de pisos e, no geral, em outros pequenos reparos em reformas.
Há exemplos disso em construções de pequeno ou grande porte, desde residências até
prédios industriais e galpões.

(imagem extraída de Jorge Blocos)

A utilização dessa argamassa é bastante simples e prática, sendo que a própria


embalagem já é o aplicador. Mas a principal inovação dessa técnica está, justamente, no
estado em que o produto é comercializado, pastoso e dentro de bisnagas. É considerada
ecológica porque não possui cimento e nem areia. Na composição estão cargas minerais
inertes; resinas sintéticas, como polímeros; aditivos, como os espessantes e os
impermeabilizantes; e agentes microbicidas, bactericidas.

Uma alvenaria contendo argamassa polimérica pode ser construída quatro vezes mais
rápida do que uma estrutura comum, feita com argamassa tradicional – podendo uma
única pessoa assentar até mil blocos por dia. As peças são posicionadas e pressionadas
firmemente sobre dois filetes retos e contínuos de massa, com aproximadamente um
centímetro de largura cada. Eles são feitos com a própria embalagem, com pistola ou
equipamento pneumático. Isso garante o bom espalhamento da substância e a estabilidade
da estrutura. Em quatro horas o conjunto já poderá estar firme. E o tempo de cura
completo em vinte e quatro horas.

(imagem extraída de Engarch Engenharia)

+ Características do material

Quando um produto apresenta boas características construtivas isso favorece o não


aparecimento de patologias típicas e graves, que podem comprometer a alvenaria. No
caso da argamassa polimérica, sua permeabilidade tem capacidade de absorção de 0,0
cm³. Já a sua resistência média característica à compressão é entre três e cinco mPa. Um
dos fatores que muito contribui para isso é o fato de que a mistura não necessita de água,
diminuindo em 95% o consumo de líquidos em uma obra.

O rendimento da bisnaga irá variar de acordo com a qualidade e o modelo dos blocos,
assim como a experiência da mão de obra disponível. No geral, para erguer uma alvenaria
precisa-se, em média, de 0,6m² por quilograma. Com blocos ecológicos pode-se
fazer 2,5m² por bisnaga. Com blocos cerâmicos, 1,8m² a 2,0m² por bisnaga. E em
concreto de 1,3m² a 1,5m² por bisnaga. Lembrando que cada embalagem vem com 3,0kg
de massa, o que dá em torno de 2,0m² de alvenaria, um rendimento vinte vezes maior do
que se consegue com a utilização da argamassa convencional.
(imagem extraída de Correta)

Sobre a conservação da argamassa polimérica no canteiro de obras:

– É indicado abrir a embalagem apenas quando for utilizar o produto.

– A massa foi desenvolvida para ser consumida de imediato. Então, o recomendado é não
guardar as sobras. Mesmo assim, sua validade pode chegar a um ano.

– Caso seja necessário fazer uma pausa na aplicação, basta fechar bem a bisnaga e guarda-
la em local fresco, seco e coberto.

– Não se aconselha empilhar as embalagens.

– O material não é inflamável. Porém, suas propriedades podem ser alteradas se o mesmo
ficar exposto a altas temperaturas.
(imagem extraída de Wikipedia)

+ Principais vantagens

A argamassa polimérica já vem pronta para o uso. Além de ser um produto de alta
resistência à compressão e à tração, de grande desempenho e secagem rápida, tem
aplicação mais prática do que a argamassa tradicional. Seu rendimento é superior, sem
dúvidas. E ainda tem a questão do custo logístico. Não se precisam carrinhos de mão,
betoneiras, energia elétrica e água. A obra fica mais limpa e organizada, o que reduz o
tempo de construção. No total, pode-se obter até 40% de economia nos custos finais
da obra.

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