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Introdução à Engenharia Civil

Universidade do Minho

Urbanismo

Grupo 7:

46904 – Tiago Pinto


46931 – Diogo Amorim
46882 – Pedro Pereira
46893 – José Silva
46224 – Rafael Martins
46884 – Pedro Dias

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Introdução

O planeamento urbanístico foi instituído com a finalidade de


desenvolver as diversas parcelas do território nacional, tendo em
conta a optimização do uso do espaço e o aproveitamento racional
dos seus recursos.
Os diferentes tipos de planos são constituídos por um conjunto de
peças escritas e desenhadas e regulamentos específicos que
estabelecem as regras para os diversos planos de intervenção no
território.
As obras de urbanização são obras de criação e remodelação de
infra-estruturas destinadas a servir directamente os espaços
urbanos ou as edificações, designadamente arruamentos viários e
pedonais, redes de esgotos e de abastecimento de água,
electricidade, gás e telecomunicações, e ainda espaços verdes e
outros espaços de utilização colectiva;
Os planos de urbanização e de pormenor são obrigatoriamente
elaborados por equipas técnicas multidisciplinares.
As equipas multidisciplinares incluem pelo menos um arquitecto, um
engenheiro civil ou engenheiro técnico civil, um arquitecto paisagista, um
técnico urbanista e um licenciado em Direito, qualquer deles com
experiência profissional efectiva, de pelo menos três anos.

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História das Cidades e do Urbanismo em


Portugal

É sabido que muitos dos Planos de Pormenor de Centros Históricos são


geralmente elaborados por equipas onde não se incluem especialistas em
História do Urbanismo, tendo como resultado planos pouco (ou mal)
fundamentados. Ora, não se conhecendo as causas históricas de
abandono e degradação, rua a rua, não se podem esperar propostas de
intervenção bem sucedidas. Não se conhecendo o efectivo valor dos
centros históricos como conjuntos e a importância da sua arquitectura
de carácter vernacular, não se podem esperar propostas de intervenção
com critérios adequados.
Em termos de bibliografia sobre História do Urbanismo em Portugal
existem sobretudo alguns estudos sobre cidades medievais concretas e
sobre alguns exemplos concretos de renovação no período renascença,
para além de algumas publicações sobre arte efémera no período
barroco. Sobre o período iluminista, quase só Lisboa, Porto e Vila Real de
Santo António foram já objecto de algum tratamento exaustivo. A
questão da cidade e da sua evolução é fundamental para a compreensão
do mundo em que vivemos e para a planificação de novas cidades e de
novas arquitecturas, que saibam inovar não contrariando a lógica orgânica
urbana, nem destruindo funcionalidades preexistentes (nomeadamente
no caso dos núcleos históricos).

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Fins e objectivos do urbanismo


Os principais objectivos dos planos urbanísticos são:

• Reforçar a coesão nacional, organizando o território, corrigindo as


assimetrias regionais e assegurando a igualdade de oportunidades dos
cidadãos no acesso às infra-estruturas, equipamentos, serviços e
funções urbanas;
• Assegurar o aproveitamento racional dos recursos naturais, a
preservação do equilíbrio ambiental, a humanização das cidades e a
funcionalidade dos espaços edificados;
• Assegurar a defesa e valorização do património cultural e natural;
• Promover a qualidade de vida e assegurar condições favoráveis ao
desenvolvimento das actividades económicas, sociais e culturais,
racionalizar, reabilitar e modernizar os centros urbanos e promover a
coerência dos sistemas em que se inserem;
• Salvaguardar e valorizar as potencialidades do espaço rural, contendo
a desertificação e incentivando a criação de oportunidades de
emprego;
• Acautelar a protecção civil da população, prevenindo os efeitos
decorrentes de catástrofes naturais ou da acção humana.
• A melhoria das condições de vida e de trabalho das populações, no
respeito pelos valores culturais, ambientais e paisagísticos;
• A distribuição equilibrada das funções de habitação, trabalho, cultura
e lazer;
• A criação de oportunidades diversificadas de emprego como meio
para a fixação de populações, particularmente nas áreas menos
desenvolvidas;
• A preservação e defesa dos solos com aptidão natural ou
aproveitados para actividades agrícolas, pecuárias ou florestais,
restringindo-se a sua afectação a outras utilizações aos casos em que
tal for comprovadamente necessário;
• A reabilitação e a revitalização dos centros históricos e dos
elementos de património cultural classificados;
• A recuperação ou reconversão de áreas degradadas;
• A reconversão de áreas urbanas de génese ilegal.

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Os recursos naturais

O planeamento urbanístico é feito tendo por base o levantamento dos


recursos naturais do solo e do subsolo, nomeadamente, a floresta, os
aquíferos, os minérios, as rochas ornamentais, etc..
A informação de base geológica pode contribuir, também, para a escolha
fundamentada para certos usos do solo e actividades, tendo em vista o
aproveitamento racional do espaço e a defesa de recursos naturais,
nomeadamente a:
• protecção de recarga de aquíferos;
• delimitação de exploração de materiais de construção e de outros
recursos minerais;
• recuperação de explorações abandonadas: pedreiras, galerias
subterrâneas, etc;
• prospecção de locais para cemitérios e aterros sanitários;
• previsão e prevenção de riscos naturais tendo em conta a segurança
de pessoas e bens;
• delimitação de áreas inundáveis, identificação de zonas
potencialmente instáveis, zonas onde são necessárias fundações
especiais;
• protecção contra a erosão;
• carta de sismicidade;

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Princípios gerais

A política de ordenamento do território e urbanismo, assenta na


sustentabilidade e solidariedade inter-geracional, assegurando a
transmissão às gerações futuras de um território e de espaços
edificados correctamente ordenados, sem contudo, deixar de olhar à
economia, proporcionando uma utilização ponderada e parcimoniosa dos
recursos naturais e culturais.
Assenta também numa coordenação, articulando e compatibilizando o
ordenamento com as políticas de desenvolvimento económico e social,
bem como as políticas sectoriais com incidência na organização do
território, no respeito por uma adequada ponderação dos interesses
públicos e privados em causa.

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O uso do solo
A classificação dos diferentes usos do solo é feita para dar
prioridade às necessidades socioeconómicas do desenvolvimento
urbano, defender os recursos naturais, demarcar os espaços
florestais, os espaços agrícolas, os espaços não urbanizáveis da
faixa litoral, etc.
a) A alteração do uso ou da ocupação dos solos para fins
urbanísticos, incluindo os industriais, carece de prévia aprovação da
administração pública. Esta aprovação visa o adequado ordenamento
do território para um equilibrado desenvolvimento sócio-económico
das suas diversas regiões e inclui o controle e superintendência dos
empreendimentos da iniciativa privada.
Classificação e qualificação dos solos

A classificação do solo determina o destino básico dos terrenos


e assenta na distinção fundamental entre solo rural e solo
urbano, entendendo-se por:
• Solo rural, aquele para o qual é reconhecida vocação
para as actividades agrícolas, pecuárias, florestais ou minerais, assim
como o que integra os espaços naturais de protecção ou de lazer, ou que
seja ocupado por infra-estruturas que não lhe confiram o estatuto de
solo urbano;
• Solo urbano, aquele para o qual é reconhecida
vocação para o processo de urbanização e de edificação, nele se
compreendendo os terrenos urbanizados ou cuja urbanização seja
programada, constituindo o seu todo o perímetro urbano.
• A qualificação dos solos regula, com respeito pela
sua classificação básica, o aproveitamento dos terrenos em função da
actividade dominante que neles possa ser efectuada ou desenvolvida,
estabelecendo o respectivo uso e edificabilidade.

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Plano geral de urbanização

Fig. Extracto de um plano geral de urbanização

Elaboração do Plano

A elaboração do Plano Geral de Urbanização começa por uma fase


de inquérito e por estudos preliminares sobre:
• Caracterização do sitio, do seu enquadramento sócio-
económico, etc;
• Previsão da população para o ano horizonte do plano com base
em estudos demográficos;
• Coeficientes de ocupação do solo;
• Zonamento primário, definindo as áreas destinadas à
habitação, à industria, ao comércio, à agricultura, a espaços livres
públicos e a outros usos;
• Traçado proposto para rede geral das vias de comunicação;

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• Elementos essenciais das redes de abastecimento de água,


de saneamento e de electricidade e indicação da sua viabilidade
técnico-económica;
• Organização geral da circulação rodoviária e dos
transportes;
• Principais zonas urbanas ou naturais a proteger;
• Informação acerca da localização adequada dos
equipamentos e do traçado das principais infra-estruturas;

Elementos constituintes do Plano Geral de


Urbanização

O plano geral de urbanização deve ser constituído pelo menos


pelos seguintes elementos:
• Uma planta representando um espaço territorial
geograficamente delimitado onde vêm desenhadas as fronteiras
cadastrais de cada edifício;
• Uma segunda planta representando o mesmo território na
qual surge desenhada uma divisão deste em várias áreas afectadas
a distintas utilizações humanas;
• Uma peça escrita;
• Finalmente, uma segunda peça escrita da qual constam as
razões justificativas da divisão territorial idealizada.

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Conclusão

As operações de loteamento urbano e as obras de


urbanização constituem, seguramente, uma das formas
mais relevantes de ocupação do solo, quer pelas
incidências que possuem ao nível do ordenamento do
território, do ambiente e dos recursos naturais, quer
pelas repercussões que delas resultam para a qualidade
de vida dos cidadãos. Na verdade, tais operações estão na
origem da criação de novos espaços destinados à
habitação ou ao exercício das mais diversas actividades
humanas, pelo que imperioso se torna que sejam
projectadas e realizadas de forma a proporcionar aos
futuros utentes o necessário conforto e bem-estar

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Bibliografia

Internet:
www.google.pt
www.urbanismo.pt
Livro sobre urbanismo, da Porto Editora

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Índice
Introdução -------------------------------------------------2

História das cidades e do Urbanismo em Portugal -------3

Fins e objectivos do urbanismo ---------------------------4

Os recursos naturais --------------------------------------5

Princípios gerais -------------------------------------------6

O uso do solo ----------------------------------------------7

Classificação e qualificação dos solos --------------------7

Plano geral de urbanização --------------------------------8

Elaboração do plano -------------------------------------8, 9

Elementos constituintes do plano -------------------------9

Conclusão --------------------------------------------------10

Bibliografia ------------------------------------------------11

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