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Herculano Pires, saudoso estudioso da nossa doutrina, j� nos ensinava que a postura
do esp�rita consciente deve ser t�o ousada quanto prudente. Nem nos maravilharmos
com as luzes fe�ricas das novidades, nem escondermos nossas cabe�as tal qual
avestruzes que se protegem do desconhecido deixando-se ridiculamente descobertos.
Kardec, que nos ensinava ser prefer�vel rejeitar noventa e nove verdades do que
aceitar uma s� mentira, tamb�m nos dizia que, se a ci�ncia demonstrasse estar o
espiritismo errado em um ponto, ele se modificaria neste ponto.
A falta de apoio recebido, bem como a defici�ncia no estudo por parte dos
envolvidos, aliada a embriaguez pela ofuscante novidade, tem levado muitos grupos
esp�ritas que utilizam a apometria � distor��es que poderiam ser facilmente
evit�veis. Com todo respeito aos nossos"primos" umbandistas, que executam trabalho
s�rio e �til, faz-se necess�rio definir algumas fronteiras que devem ser t�o
n�tidas quanto fraternas. N�o h� porque criarmos grupos de umbanda t�cnico-
cient�fica nas casas esp�ritas. Ao inv�s do cl�ssico e necess�rio" DI�LOGO COM AS
SOMBRAS" t�o preconizado por Herm�nio de Miranda, passamos a ouvir o cont�nuo
estalar de dedos seguido de verdadeiras expuls�es dos esp�ritos obsessores ou
simplesmente sofredores. O di�logo construtivo e fraterno passou a ser considerado
pe�a de museu. Ao inv�s de amor e filosofia, muita sonoridade e gesticula��o
espalhafatosa, sob o argumento de que som serve de ve�culo para a energia. Ent�o,
bater palmas e gritar alto seriam t�o �teis quanto mais ruidosos forem...
Naturalmente, o impacto energ�tico seria cada vez mais produtivo quanto mais
escandalosa for a sess�o... � necess�rio que acordemos para que logo n�o estejamos
admitindo outras atitudes materiais e perif�ricas totalmente incompat�veis com
nossa filosofia. O trabalho espiritual �, acima de tudo, mental. Nem tanto ao mar,
nem tanto � terra: equil�brio...