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Gestão de

Pneus
SEST - Serviço Social do Transporte
SENAT - Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte

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desde que citada a fonte.

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Sumário
Apresentação 5

Unidade 1 | Conceitos Básicos da Gestão de Pneus 7

1 Gestão de Pneus 8

2 Tipos de Pneus 9

3 Estrutura e Nomenclatura dos Pneus 10

3.1 Estrutura 10

Glossário 13

Atividades 14

Referências 15

Unidade 2 | Escolha, Uso e Manutenção dos Pneus 17

1 Escolha dos Pneus 18

1.1 Dicas para a Seleção de Pneus 19

2 Uso Correto e Manutenção 20

2.1 Pressão de Ar Adequada 20

2.2 Rodízio dos Pneus 21

2.3 Alinhamento 22

2.4 Balanceamento 23

2.5 Inspeções de Manutenção 24

Glossário 25

Atividades 26

Referências 27

3
Unidade 3 | Destino para os Pneus Usados 29

1 Critérios para Descarte e Reforma de Pneus 29

1.1 Descarte de Pneus 29

1.2 Conserto e Reforma dos Pneus 31

2 Reciclagem dos Pneus 33

2.1 Recuperação 33

2.2 Regeneração ou Desvulcanização 34

Atividades 35

Referências 36

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Apresentação

Prezado aluno,

Seja bem-vindo ao curso Gestão de Pneus!

Neste curso você encontrará conceitos, situações extraídas do cotidiano e, ao final de


cada unidade, atividades para a fixação do conteúdo. No decorrer dos seus estudos
você verá ícones que tem a finalidade de orientar seus estudos, estruturar o texto e
ajudar na compreensão do conteúdo.

O curso possui carga horária total de 20h e foi organizado em 3 unidades, conforme a
tabela a seguir:

Unidade Carga horária


1 - Conceitos Básicos da Gestão de Pneus 7 horas
2 - Escolha, Uso e Manutenção dos Pneus 7 horas

3 - Destino para os Pneus Usados 6 horas

Fique atento! Para concluir o curso, você precisa:

a) navegar pelos conteúdos e realizar as atividades previstas nas “Aulas Interativas”;

b) responder à “Avaliação final” e obter nota mínima igual ou superior a 60;

c) responder à “Avaliação de Reação”;

d) acessar o “Ambiente do Aluno” e emitir o seu certificado.

Este curso é autoinstrucional, ou seja, sem acompanhamento de tutor. Em caso de


dúvidas entre em contato com a suporteead@sestsenat.org.br (0800 7282891).

Bons estudos!

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UNIDADE 1 | CONCEITOS
BÁSICOS DA GESTÃO DE PNEUS

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Unidade 1 | Conceitos Básicos da Gestão de Pneus

Você já trabalhou em garagem ou oficina de empresas, na área


de pneus ou na borracharia? Pneus exigem cuidados especiais?
Por que é necessário fazer uma boa gestão dos pneus dos
veículos de uma empresa transportadora? Discuta com seus
colegas.

Para uma transportadora o custo representado pela compra e gestão de pneus é


significativo, já que os veículos são os ativos mais importantes da empresa. Para realizar
uma boa gestão é necessário entender o que ela significa para, em seguida, conhecer
os aspectos técnicos e as características físicas dos pneus. É sobre esses aspectos que
trataremos nesta unidade do curso.

7
1 Gestão de Pneus

Você sabe no que consiste a gestão de pneus?

Pois bem, de maneira bastante simples, pode-se dizer que a


gestão de pneus consiste no acompanhamento e no controle
do uso dos pneus na frota de veículos, visando monitorar o
rendimento e a durabilidade dos pneus.

Caso o transportador queira ser competitivo nos preços que


cobra para ofertar seus serviços, deve obrigatoriamente
controlar gastos com combustível, com reposição de peças,
com manutenção e, também, com os pneus. Feito isso, terá
custos menores e, normalmente, maiores margens de lucro.

Um plano de acompanhamento racional e sistemático do rendimento dos pneus


permite efetivamente a redução dos custos e o aumento da segurança na rodagem
dos veículos. Isso é possível porque pode-se aumentar a vida útil dos pneus e detectar
possíveis falhas ou danos na sua estrutura com antecedência, prevenindo acidentes
ou avarias maiores na estrutura do pneu.

O acompanhamento sistemático permite coletar informações periódicas sobre os


pneus, viabilizando a realização de rodízios e o aumento da vida útil, por exemplo.
As informações coletadas podem ser mais bem utilizadas no processo de tomada de
decisões na empresa — contribuindo com o aumento da segurança do veículo, da
carga e das pessoas; permitindo melhor programação e regularidade nos processos
de aquisição do produto; e possibilitando uma melhoria no processo de gestão dos
estoques de pneus da empresa.

8
Consulte o site www.sofit4.com.br, que traz um guia interessante
com sugestões práticas para o controle dos pneus.

2 Tipos de Pneus

Os tipos mais utilizados de pneus são: diagonal, diagonal cintado e radial.

O uso do pneu diagonal vem diminuindo, mas ele foi


amplamente usado até a década de 70, e ainda é possível
encontrá-lo equipando alguns veículos. É fabricado com várias
lonas de nylon e um par de talão, e normalmente possui cintas
amortecedoras de nylon.

O pneu diagonal/cintado possui uma carcaça de lonas de nylon,


com cintas que possuem cabos de aço de baixa angulação. Essas
cintas enrijecem a área da banda de rodagem e proporcionam
maior resistência a cortes, danos e impactos.

Consulte o site das principais produtoras de pneus (Michelin,


Goodyear, Continental, Pirelli etc.) e verifique se ainda
produzem pneus diagonais:

http://www.goodyear.com.br/

http://dealer-locator.michelin.com.
br/?cid=PSH|br-01-michelin-marca2|google-
adwords:s|322914775:72510888175|c|pneus%20
michelam|b|&gclid=CND-656a_MgCFYWAkQodo5oKug

https://www.pneuline.com.br/?gclid=CKq_5cOa_
MgCFRQEkQodcGsJ0w

http://www.bridgestone.com.br/

9
Já o pneu radial é o tipo mais utilizado atualmente, tanto em veículos de passeio como
em veículos de transporte.

Esse tipo de pneu possui uma lona com cabos que correm de talão a talão no sentido
do raio da circunferência. O pneu radial tem um pacote de cintas de aço que enrijecem
a carcaça, dando estabilidade às manobras e fazendo com que os costados sejam
flexionados de forma adequada.

Os pneus radiais possuem maior maleabilidade e, portanto,


maior vida útil, melhor aderência ao piso, maior maciez e menor
atrito durante o rolamento do veículo.

3 Estrutura e Nomenclatura dos Pneus

3.1 Estrutura

A estrutura dos pneus possui diversos componentes formados por vários tipos de aços
e de compostos de borracha.

A maioria das partes do pneu é feita por meio de calandragem (compressão da borracha
através de rolos) ou extrusão (compressão da borracha através de moldes que dão o
formato aos componentes).

A estrutura é muito complexa e tem diversos elementos.

10
Acesse o site abaixo e conheça a estrutura de um pneu:

http://www.michelin.com.br/tudo-sobre-carros/Conheca-seu-
pneu/michelin-por-dentro

3.2 Nomenclatura Básica


E como é que se conhece e se identifica um pneu? Ora, um pneu é identificado pela
nomenclatura que vem gravada no seu flanco ou costado. Essa nomenclatura traz
informações importantes, tais como:

- Nome do fabricante, marca e tipo de construção

- Dimensões, índice de carga

- Desenho do pneu, calibragem máxima, uso ou não de câmara de ar

Vamos a seguir descrever as características


de um pneu hipotético, como exemplo, a
partir das informações relacionadas em seu
flanco.

Largura do Pneu

O primeiro número do pneu que pegaremos como exemplo (245/45) indica a largura
da seção do pneu medida de flanco a flanco, expressa em milímetros (245 mm). O
segundo número fornece a percentagem da altura do costado em relação à largura
(45%).

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Tipo de construção

Uma letra R indica que é um pneu de tipo radial. A informação tubeless indica que é
um pneu sem câmara.

Diâmetro

Esse código indica o diâmetro total do aro em polegadas (por exemplo, o número 20
indica um diâmetro de 20 polegadas).

Índice de carga

O índice de carga informa o peso máximo que o pneu pode suportar em sua pressão
máxima de calibração. O número indicado é um código e não o real valor de carga. Uma
tabela de conversão permite conhecer o peso exato de carga máxima do pneu. Se o
código 8 estiver gravado no pneu, isso equivale a uma carga máxima de 580 kg.

Consulte o site http://www.zettel.com.br/site/index.


php?option=com_content&view=article&id=242:entendendo-
as-informacoes-dos-pneus&catid=58:saiba-mais&Itemid=101
para conhecer a tabela de códigos e carga máxima do pneu.
Veja também as outras informações sobre a velocidade máxima
que o pneu suporta.

Índice de velocidade

O índice de velocidade é fornecido na forma de código alfabético (de A a Z) e informa


a velocidade máxima que o pneu pode rodar.

Para manter ótima capacidade de manobra e de controle do


veículo deve-se utilizar sempre pneus com índice de velocidade
igual ou superior à recomendada pelo fabricante.

12
Resumindo

• Os pneus mais usados atualmente são do tipo radial, e isso é uma


tendência para o futuro.

• Os pneus podem ser classificados e conhecidos por seus componentes


e por sua nomenclatura.

• A gestão de pneus consiste no acompanhamento e no controle do uso


dos pneus na frota de veículos, visando monitorar o rendimento e a
durabilidade dos pneus.

Glossário

Antecedência: condição daquilo que acontece primeiro; que precede.

Costados: parte lateral exterior de algo

Ttubeless: que significa que o pneu não usa uma câmara de ar por dentro.

13
Atividades

1. A parte do pneu que entra em contato com o solo é


chamada de:

( ) Lona carcaça

( ) Banda de rodagem

( ) Tales

( ) Costado ou flanco

2. As lonas são as zonas entre a banda de rolamento e os


talões do pneu e têm a função de suportar a carga e de dar
resistência às fricções e aos impactos.

( ) Certo ( ) Errado

3. Um código como 215/65 indica que:

( ) O pneu tem uma largura de seção de 215 mm e uma altura


de 65 mm.

( ) O pneu tem uma largura de seção de 215 mm e uma altura


de 65% da largura.

( ) O pneu tem uma altura de 215 mm e uma largura de 65


mm.

( ) O pneu tem uma altura de 215 mm e uma largura de 65%


da altura.

4. Os tipos de pneus são: radial, pneu sem câmara, diagonal


e lameiro.

( ) Certo ( ) Errado

14
Referências

GOODYEAR. Pneus ideais para seu veículo. Portal da internet, 2016. Disponível em:
<http://www.goodyear.com.br/>. Acesso em: 3 nov. 2016.

CONTINENTAL. O caminho mais rápido para o pneu perfeito. Portal da internet, 2016.
Disponível em: <http://www.conti.com.br/ligeiros>. Acesso em: 3 nov. 2016.

MICHELIN. Michelin Brasil. Portal da internet, 2016. Disponível em: <http://www.


michelin.com.br/home.html>. Acesso em: 3 nov. 2016.

PIRELLI. Pneus para Carros, Motos, Caminhões e Ônibus. Portal da internet, 2016.
Disponível em: <https://www.pirelli.com/tyres/pt-br/index>. Acesso em: 3 nov. 2016.

SOFIT4. Controle de Frota Sofit - Software para Controle e Gestão de Frota. Portal
da internet, 2016. Disponível em: <http://www.sofit4.com.br/>. Acesso em: 3 nov. 2016.

ZETTEL. Página Oficial. Portal da internet, 2016. Disponível em: <http://www.zettel.


com.br/site/>. Acesso em: 3 nov. 2016.

15
UNIDADE 2 | ESCOLHA, USO E
MANUTENÇÃO DOS PNEUS

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Unidade 2 | Escolha, Uso e Manutenção dos Pneus

Como escolher o pneu correto para cada uso se existe uma


infinidade de tipos de pneu no mercado? O que deve ser feito
para o uso correto dos pneus na sua frota de veículos?

Essas perguntas normalmente são respondidas pelos diversos fabricantes, mas o


transportador precisa conhecer os critérios para efetuar a escolha dos seus pneus
e também a forma de usá-los para garantir um melhor aproveitamento. É disso que
trataremos nesta unidade.

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1 Escolha dos Pneus

Os pneus são as únicas peças do veículo que têm contato direto com o pavimento.
Juntamente com o sistema de suspensão, absorvem os choques e irregularidades
do asfalto, e em conjunto com o sistema de direção, garantem a boa dirigibilidade
do veiculo. Já em conjunto e junto com o sistema de freio, permitem frear e parar o
veículo. A escolha de pneus adequados gera economia de combustível e redução dos
desgastes, reduzindo a frequência de troca e proporcionando segurança na operação
de transporte.

Veja os critérios que o gestor de pneus da empresa ou


transportador deve avaliar na escolha dos pneus:

- Pneu correto: é comum substituir um pneu por outro do


mesmo tamanho. Mas, em geral, melhorias significativas na
vida/valor do pneu são obtidas quando se escolhe o maior pneu
que se adapta ao equipamento.

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- Pneu que suporta a carga: o pneu escolhido precisa ter o
tamanho adequado e a carcaça resistente para transportar o
índice máximo de carga requerido pelo serviço.

- Pneu adequado às condições do solo: deve-se escolher um


desenho de tração para superfícies macias e escorregadias, e
um desenho de tração rocha para áreas com alta exposição a
cortes etc.

1.1 Dicas para a Seleção de Pneus

Os fabricantes de pneus oferecem uma grande variedade de tamanhos, construções


e tipos de desenho, e são os mais aptos para aconselhar o usuário na escolha do pneu
mais adequado.

Os melhores resultados são obtidos quando se monta, num


mesmo veículo, conjuntos completos de pneus radiais ou
diagonais. No entanto, as montagens mistas não provocarão
nenhum problema de operação do veículo se as seguintes
precauções forem observadas:

a) Jamais montar pneus de construções diferentes num mesmo


eixo.

b) Em veículos motores que possuam dois eixos de tração, não


montar pneus de construções diferentes.

19
2 Uso Correto e Manutenção

O ar presente nos pneus suporta 95% do peso do veiculo.

Vamos agora estudar algumas orientações dadas pelos fabricantes de pneus para
aumentar a durabilidade e melhorar o rendimento dos pneus, mantendo-os seguros
para a operação de transporte?

Inicialmente, vamos resumir os benefícios da gestão correta dos pneus por meio de
procedimentos como a pressão do ar, o alinhamento do veículo, o rodízio dos pneus e
o balanceamento. Isso pode ser observado na Tabela a seguir.

Vantagens econômicas e de segurança da manutenção dos pneus

Procedimentos Troca de pneus Ganho no Aumento da Melhor


reduzida consumo de segurança conforto
gasolina
Pressão de ar 33 33 33 33

Alinhamento 33 33 33 33
Rodízio pneus 33 33

Balanceamento 33 33 33 33

2.1 Pressão de Ar Adequada

O uso dos pneus com calibração correta é primordial, pois uma pressão adequada traz
os seguintes benefícios:

• Melhora a segurança, otimizando a manobra e controle do veiculo.

• Aumenta a vida útil.

20
• Diminui o consumo de combustível e emissão de gazes de escapamento.

• Reduz os riscos de acidentes.

A pressão de ar correta pode ser encontrada por meio de uma


consulta à tabela de carga/pressão disponibilizada pelos
fabricantes de pneus, nos seus sites e manuais.

2.2 Rodízio dos Pneus

Os pneus dianteiros e traseiros dos veículos trabalham com cargas e frenagens


diferentes e, por isso, têm desgastes desiguais. Para aumentar a vida útil e o
desempenho dos pneus é essencial realizar o rodízio.

O rodízio consiste em trocar a posição dos pneus dianteiros e


traseiros, garantindo que cada pneu passe o mesmo período
de tempo nas posições de maior desgaste. Dessa maneira, os
diversos pneus do veículo desgastam-se igualmente.

21
Alguns modelos de rodízio recomendados para caminhões e
ônibus, com pneus diagonais ou radiais, podem ser encontrados
no manual de segurança da Associação Latino-Americano de
Pneus e Aros, no site seguinte: http://www.alapa.com.br/
alapav01/portugues/manuais/segurancaAuto.aspx.

2.3 Alinhamento

As rodas dianteiras de um veículo devem manter-se paralelas durante a rodagem e


perfeitamente apoiadas no solo, para serem obtidas melhor estabilidade do veículo e
maior vida útil dos pneus. Isso é possível se os parâmetros de alinhamento estiverem
com seus valores dentro das especificações do fabricante do veículo.

Os elementos importantes no processo de alinhamento são:

Caster: ângulo formado pela inclinação longitudinal do pino


mestre ou da linha imaginária que passa pelos pivôs em relação
a um plano vertical. Tal ângulo tem a finalidade de permitir o
retorno das rodas dianteiras à sua posição primitiva, depois de
efetuada uma curva.

Se o ângulo caster estiver irregular e seu valor de inclinação não for correto para as
duas rodas dianteiras, o veículo tende a sair para o lado cuja roda estiver mais atrasada,
provocando o arrastamento da roda e, consequentemente, reduzindo a vida útil do
pneu.

King Pin: ângulo formado pela inclinação transversal do pino


mestre. Tal ângulo tem a função de reduzir o esforço na direção
nas manobras de estacionamento, e de diminuir no volante as
repercussões provocadas em trajetos irregulares.

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Se esse ângulo não estiver de acordo com as especificações, pode ocorrer uma variação
na geometria do sistema de direção.

Convergência (TOE-IN) ou Divergência (TOE-OUT): durante a marcha em linha reta


do veículo, é indispensável que haja um perfeito paralelismo tanto entre as rodas
dianteiras como entre as traseiras, para que os pneus não sofram arrastamentos.

Assista aos dois vídeos a seguir sobre dicas e importância do


alinhamento de veículos: https://www.youtube.com/
watch?v=qfDcC5NpXjo e https://www.youtube.com/
watch?v=seWy6gn1bzc

2.4 Balanceamento

O balanceamento de rodas consiste em procurar o equilíbrio


ideal do conjunto pneu e roda por meio da fixação no conjunto
de contrapesos de chumbo.

O balanceamento das rodas ajuda a minimizar


o desgaste desigual e a estender a vida útil
dos pneus. As rodas devem ser balanceadas
normalmente a cada 10.000 km rodados.
Os pneus e as rodas devem também ser
balanceados quando for feito o rodízio de
pneus e quando forem colocados pneus novos
nos veículos.

23
Assista ao vídeo para conhecer melhor o processo de
balanceamento de rodas de veículos pesados.

https://www.youtube.com/watch?v=Q5MjNkGPI2A

2.5 Inspeções de Manutenção


Outras inspeções são recomendadas para assegurar a conservação dos pneus em
bom estado. Assim é importante realizar a inspeção visual dos pneus para observar os
seguintes aspectos:

• a presença de desgastes irregulares nos pneus, ou o surgimento de vibrações;

• analisar a banda de rodagem para detectar se existem eventuais desgastes


anormais, perfurações, deformações ou objetos estranhos presos na borracha;

• avaliar os flancos, para observar eventuais cortes, rachaduras ou quebras por


choques (devido a buracos, meio-fio, obstáculos etc.), o desgaste por raspagem
contra o meio-fio (guias) e outras formas de avaria que podem ser provocadas
durante o uso;

• verificar a profundidade do desenho (frisos/sulcos) da banda de rodagem dos


pneus, regularmente. Recomenda-se que os sulcos não tenham profundidade
restante inferior a 1,6 mm. Este é o limite máximo de desgaste permitido, senão
a substituição dos pneus é obrigatória.

Quando os veículos rodam em estradas de chão ou em más


condições de conservação do pavimento, é aconselhável trocar
os pneus antes de atingirem o limite estabelecido, em função
da maior vulnerabilidade a cortes na banda de rodagem, o que
pode danificar a carcaça do pneu e comprometer a segurança
do veículo.

24
Resumindo

• Seguir corretamente os critérios de uso dos pneus e estabelecer


um programa de manutenção, além de permitir maior economia de
combustível, também diminui a frequência de troca ou conserto dos
pneus, reduzindo custos para a empresa.

• Alinhamento, balanceamento, rodízio e controle da pressão do ar são


fundamentais para garantir a durabilidade e o rendimento dos pneus.

• A escolha do pneu deve considerar aquele correto para cada operação


e veículo, o que suporta o peso a ser transportado, e a adequação do
pneu ao solo onde o veículo vai rodar.

Glossário

Geometria: é o ramo da matemática que estuda as formas, planas e espaciais, com as


suas propriedades.

Paralelismo: correspondência entre duas coisas ou situações

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Atividades

1. Alinhamento, balanceamento, pressão de ar e rodízio são


cuidados que devem ser tomados para o uso correto dos
pneus.

( ) Certo ( ) Errado

2. São critérios para a escolha do pneu: o tamanho, as


condições do solo e a capacidade de suportar a carga
requerida.

( ) Certo ( ) Errado

3. O rodízio consiste em trocar a posição dos pneus dianteiros


e traseiros, garantindo que cada pneu passe o mesmo
período de tempo nas posições de maior desgaste.

( ) Certo ( ) Errado

4. O alinhamento de rodas consiste em procurar o equilíbrio


ideal do conjunto pneu e roda por meio da fixação no conjunto
de contrapesos de chumbo.

( ) Certo ( ) Errado

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Referências

GOODYEAR. Pneus ideais para seu veículo. Portal da internet, 2016. Disponível em:
<http://www.goodyear.com.br/>. Acesso em: 3 nov. 2016.

CONTINENTAL. O caminho mais rápido para o pneu perfeito. Portal da internet, 2016.
Disponível em: <http://www.conti.com.br/ligeiros>. Acesso em: 3 nov. 2016.

MICHELIN. Michelin Brasil. Portal da internet, 2016. Disponível em: <http://www.


michelin.com.br/home.html>. Acesso em: 3 nov. 2016.

PIRELLI. Pneus para Carros, Motos, Caminhões e Ônibus. Portal da internet, 2016.
Disponível em: <https://www.pirelli.com/tyres/pt-br/index>. Acesso em: 3 nov. 2016.

SOFIT4. Controle de Frota Sofit - Software para Controle e Gestão de Frota. Portal
da internet, 2016. Disponível em: <http://www.sofit4.com.br/>. Acesso em: 3 nov. 2016.

ZETTEL. Página Oficial. Portal da internet, 2016. Disponível em: <http://www.zettel.


com.br/site/>. Acesso em: 3 nov. 2016.

27
UNIDADE 3 | DESTINO PARA OS
PNEUS USADOS

28
Unidade 3 | Destino para os Pneus Usados

A figura acima sugere-lhe uma atitude correta por parte das


empresas? Você já ouviu falar em reciclagem de produtos?

A decisão de descartar e de reformar pneus é de suma


importância numa empresa. A reposição de pneus representa
um alto custo e, portanto, a empresa deve possuir os
elementos necessários para decidir quando comprar ou
reformá-los, e escolher qual tipo de reciclagem a adotar.
Ainda, a empresa precisa ter uma postura ambientalmente
responsável, evitando deixar os resíduos de sua operação
jogados na natureza. Vamos refletir um pouco sobre esses
problemas nesta unidade, apresentando as alternativas de
reaproveitamento e descarte de pneus?

1 Critérios para Descarte e Reforma de Pneus

1.1 Descarte de Pneus

A vida útil de um pneu é limitada. Apesar das boas condições de manutenção e de


uso contribuírem para aumentá-la, há um momento em que os pneus precisam ser
descartados, pois não há mais possibilidade de reforma. As situações relacionadas a
seguir exigem o descarte definitivo dos pneus:

• Separação de lonas além dos limites de reparo

• Separação de rodagem que não pode ser removida durante a raspagem

29
• Talo quebrado, amassado, torto

• Oxidação excessiva em função da exposição prolongada do pneu no tempo

• Pneus diagonais que tiveram desgaste excessivo atingindo o corpo de lonas.

• Pneus radiais que tiveram desgaste expondo as cintas de aço, a não ser que a
cinta protetora seja removida e as cintas estabilizadoras não estejam danificadas.

• Rachadura circunferencial nos sulcos

• Qualquer sinal de contaminação com produtos petroquímicos

• Quebra radial

• Cordonéis aparentes nas lonas internas, evidenciando que o pneu rodou com
baixa pressão ou sobrecarga.

• Danos não reparáveis no liner e no talo em pneus sem câmara

• Quebra por flexionamento ou por impacto

A Resolução nº 416 de 30 de setembro de 2009 do Conselho


Nacional de Meio Ambiente explicita que para cada pneu novo
comercializado para o mercado de reposição, as empresas
fabricantes ou importadoras deverão dar destinação adequada
a um pneu inservível. O pneu inservível é o pneu usado
que apresenta danos irreparáveis em sua estrutura, não se
prestando mais à rodagem ou à reforma. É válido ressaltar que
pneus abandonados, além de provocarem sérios problemas
ambientais, especialmente quando queimados ao ar livre com
emissões tóxicas, são depósitos de mosquitos que causam
doenças como a dengue.

30
1.2 Conserto e Reforma dos Pneus

A reforma de pneus de automóveis é um processo no qual um


pneu usado recebe novas bandas de rodagem, após passar por
uma análise minuciosa de sua carcaça.

Reformar pneus constitui-se numa opção econômica, segura e


ecologicamente correta.

A ABR (Associação Brasileira do Segmento de Reforma de


Pneus) traz informações importantes sobre o reúso desse tipo
de produto, no site www.abr.org.br. Consulte-o e se atualize
sobre o assunto.

Em geral, um pneu de automóvel pode ser


reformado uma vez, a depender de seu estado de
conservação. Por isso, o pneu é cuidadosamente
analisado pelo reformador, que deve diagnosticar
se a reforma é viável ou não.

Em síntese, os processos de reforma de pneus são


três: remoldagem, recapagem e recauchutagem.

Pneu Remoldado: o pneu é reconstruído (banda


de rodagem e laterais) a partir de uma carcaça
usada. O processo de remoldagem retira a banda de rodagem e a lateral usada, e a
nova cobertura estende-se de talo a talo, ou seja, cobre toda a área do pneu, incluindo
suas laterais.

Pneu Recapado: o pneu recapado é aquele que tem sua banda de rodagem (parte do
pneu que entra em contato com o solo) substituída.

31
Pneu Recauchutado: no pneu recauchutado, a banda de rodagem também é retirada.
Entretanto, a nova banda tem uma área de cobertura maior do que a usada no pneu
recapado, chegando a cobrir os ombros do pneu, ou seja, a junção entre a banda de
rodagem e parte da lateral dos pneus.

Em boas condições de conservação, um pneu de caminhão pode


suportar até cinco reformas. No Brasil, a reforma de um pneu
de caminhão ou de ônibus custa em torno de um terço do preço
do pneu novo.

Devido à má conservação das rodovias brasileiras, metade das


carcaças não atende aos requisitos para a reforma, e estima-se
que apenas um terço dos pneus produzidos anualmente para o
mercado interno sejam reformados.

Um pneu reformado é comprovadamente tão seguro quanto um pneu novo. O


processo de reforma de pneus no Brasil segue os mesmos padrões adotados nos EUA
e na Europa.

Da mesma maneira, um pneu reformado tem também durabilidade semelhante à


de um pneu novo. Isso ocorre porque a banda de rodagem substituída é feita com
produtos específicos para este fim, e é integralmente vulcanizada à carcaça do pneu.

É importante lembrar que os aros ou rodas não devem, sob


qualquer hipótese, ser consertados ou reformados.

32
2 Reciclagem dos Pneus

Atualmente, a preocupação com a qualidade


do meio ambiente, que se deteriora de modo
acelerado, também alcança os pneus descartados
na natureza.

A preocupação com o problema da destinação


final dos pneus, que não podem mais ser
utilizados, tem sido a busca do modo adequado
de descarte, sem agredir o meio ambiente.
Outro aspecto polêmico, também importante,
é a reciclagem dos pneus inutilizados, reaproveitando-se todo o seu conteúdo de
materiais e o potencial energético.

Assim, são apresentadas a seguir as mais ocorrentes destinações que se dão,


atualmente, aos pneus usados.

2.1 Recuperação

A recuperação consiste na simples trituração dos pneus e


moagem dos resíduos, reduzindo-os a pó fino. Os pneus
recuperados têm dois usos mais comuns:

1) A mistura com asfalto para a pavimentação de vias e pátios


de estacionamento.

2) Como insumo para a produção de cimento.

33
2.2 Regeneração ou Desvulcanização

A regeneração é feita por vários processos — alcalino, ácido, mecânico e vapor


superaquecido. Na regeneração os resíduos passam por modificações que os tornam
mais plásticos e aptos a receber uma nova vulcanização,

A borracha regenerada de pneus pode ser empregada na fabricação de muitos


artefatos, como tapetes, pisos industriais e quadras esportivas, sinalizadores de
trânsito, rodízios para móveis e carrinhos. Também é utilizada na recauchutagem
de pneus, no revestimento de tanques de combustível e como aditivo em peças de
plásticos, aumentando-lhes a elasticidade.

A fim de acompanhar de forma adequada todas as atividades


necessárias a uma boa gestão de pneus na empresa, recomenda-
se estabelecer um programa de gestão de pneu informatizado.
Esse programa ajudará o gestor a tomar as decisões, fornecendo
informações em tempo contínuo e atualizadas.

Resumindo

• Os pneus reformados oferecem garantia de qualidade e de segurança,


e um mesmo pneu pode ser reaproveitado várias vezes.

• Os pneus podem ser reaproveitados por meio da remoldagem,


recapagem ou recauchutagem.

• Qualquer pneu inservível deve ser descartado em local adequado para


posterior reciclagem.

• A reciclagem de pneus oferece diversas oportunidades para


reaproveitamento dos resíduos, em diferentes outros produtos que
serão colocados no mercado à disposição dos consumidores.

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Atividades

1. Um pneu reconstruído (banda de rodagem e laterais) a


partir de uma carcaça usada e cuja nova cobertura se estende
de talo a talo, ou seja, cobre toda a área do pneu incluindo
suas laterais é chamado de pneu:

( ) Remoldado

( ) Recauchutado

( ) Recapado

( ) Inservível

2. A Resolução nº 416 de 30 de setembro de 2009, do


Conselho Nacional de Meio Ambiente explicita que para
cada pneu novo comercializado para o mercado de reposição,
as empresas fabricantes ou importadoras deverão dar
destinação adequada a um pneu inservível.

( ) Certo ( ) Errado

3. Aros ou rodas não devem, sob qualquer hipótese, ser


consertados ou reformados

( ) Certo ( ) Errado

4. A regeneração consiste na simples trituração dos pneus e


moagem dos resíduos, reduzindo-os a pó fino.

( ) Certo ( ) Errado

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Referências

GOODYEAR. Pneus ideais para seu veículo. Portal da internet, 2016. Disponível em:
<http://www.goodyear.com.br/>. Acesso em: 3 nov. 2016.

CONTINENTAL. O caminho mais rápido para o pneu perfeito. Portal da internet, 2016.
Disponível em: <http://www.conti.com.br/ligeiros>. Acesso em: 3 nov. 2016.

MICHELIN. Michelin Brasil. Portal da internet, 2016. Disponível em: <http://www.


michelin.com.br/home.html>. Acesso em: 3 nov. 2016.

PIRELLI. Pneus para Carros, Motos, Caminhões e Ônibus. Portal da internet, 2016.
Disponível em: <https://www.pirelli.com/tyres/pt-br/index>. Acesso em: 3 nov. 2016.

SOFIT4. Controle de Frota Sofit - Software para Controle e Gestão de Frota. Portal
da internet, 2016. Disponível em: <http://www.sofit4.com.br/>. Acesso em: 3 nov. 2016.

ZETTEL. Página Oficial. Portal da internet, 2016. Disponível em: <http://www.zettel.


com.br/site/>. Acesso em: 3 nov. 2016.

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Gabarito

Unidade 1
1. Resposta: Banda de rodagem.

2. Resposta: Errado.

3. Resposta: O pneu tem uma largura de seção de 215 mm e uma altura de 65% da
largura.

4. Resposta: Errado.

Unidade 2
1. Resposta: Certo.

2. Resposta: Certo.

3. Resposta: Certo.

4. Resposta: Errado.

Unidade 3
1. Resposta: Remoldado.

2. Resposta: Certo.

3. Resposta: Certo.

4. Resposta: Errado.

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