Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Ranking FDC Multinacionais 2017 PDF
Ranking FDC Multinacionais 2017 PDF
MULTINACIONAIS
BRASILEIRAS
2017
GESTÃO DO
CONHECIMENTO
NA INTERNACIONALIZAÇÃO
Ranking FDC das Multinacionais Brasileiras 2017
12ª Edição – 2017
Presidente Executivo
Antonio Batista da Silva Junior
Autores
Professora Lívia Lopes Barakat
Professor Sherban Leonardo Cretoiu
Larissa Giardini Simões
Larissa Vieira Resende
Professora Flávia de Magalhães Alvim
Professor Aldemir Drummond Junior
Professor Torben Pedersen
É permitida a reprodução dos dados publicados, desde que citada a devida fonte:
BARAKAT, L. L.; CRETOIU, S. L.; SIMÕES, L. G.; RESENDE, L. V; ALVIM, F. M. Ranking
FDC das Multinacionais Brasileiras 2017. 12ª edição, Fundação Dom Cabral, 2017.
SUMÁRIO
EQUIPE RESPONSÁVEL .................................................................................................... 5
APRESENTAÇÃO .................................................................................................................. 7
A PESQUISA ....................................................................................................................... 21
O Ranking FDC das Multinacionais Brasileiras ............................................. 21
Edições Anteriores .................................................................................................... 22
Metodologia da Pesquisa .......................................................................................24
RANKINGS ........................................................................................................................... 47
O Ranking FDC das Multinacionais Brasileiras 2017 ................................. 47
As 10+: Empresas com faturamento anual de até R$ 1 bilhão ............ 49
Ranking por número de países onde as empresas possuem
subsidiárias comerciais e/ou produtivas ........................................................ 50
Ranking por Índice de Receitas .......................................................................... 50
Ranking por Índice de Ativos .............................................................................. 51
Ranking por Índice de Funcionários ................................................................ 51
Ranking FDC de Internacionalização das Franquias ................................. 54
Ranking da atuação das franquias por unidades próprias ..................... 54
Ranking por número de países onde as empresas possuem franquias
ou unidades próprias .............................................................................................. 55
Ranking por Índice de Unidades ....................................................................... 56
Franqueadas brasileiras............................................................................................56
Ranking por Índice de Receitas por Taxas e Royalties .............................. 56
Ranking por Índice de Receita de Venda de Produtos para
Franqueados no Exterior ....................................................................................... 57
Destaques0.................................................................................................................... 58
Torben Pedersen
tp.smg@cbs.dk
. Professor da Bocconi University
. Professor Convidado da Copenhagen Business School
. Ph.D. em Negócios Internacionais, pela Copenhagen Business School
. Mestre em Ciência Política pela Universidade de Roskilde
APRESENTAÇÃO
Atuação global
Expansão nacional
Soluções educacionais
Atuação social
O NÚCLEO DE ESTRATÉGIA
E NEGÓCIOS INTERNACIONAIS
A FDC investe na geração de conhecimento como forma de compreender
e contribuir com a evolução dos ambientes de negócio através de seus
núcleos de pesquisa e desenvolvimento. O Núcleo de Estratégia e Negó-
cios Internacionais é um dos núcleos de geração de conhecimento da FDC
responsável por elaborar pesquisas, metodologias e artigos sobre temas de
impacto no mundo corporativo.
Paulo Bento
Presidente do INDEG-ISCTE
Edições Anteriores
O Ranking das Multinacionais Brasileiras é desenvolvido pelo Núcleo de
Estratégia e Negócios Internacionais da FDC e, desde 2006, acompanha a
trajetória da internacionalização das empresas brasileiras. A linha do tempo
abaixo apresenta as edições anteriores da pesquisa. Entre os temas especí-
ficos que já foram pesquisados se encontram: impacto da política externa
na internacionalização das empresas, em 2013; o efeito da “marca Brasil”
na internacionalização das empresas brasileiras, em 2014; a adaptação da
gestão de multinacionais brasileiras a ambientes culturalmente diversos,
em 2015; e a autonomia para tomada de decisões, em 2016.
Para ter acesso às edições anteriores, favor entrar em contato com a equipe
de pesquisa. Envie um e-mail para rankingmultinacionais@fdc.org.br.
1 Awate, S., Larsen, M. M., Mudambi, R. 2014. Accessing vs sourcing knowledge: a comparative study of R&D
internationalization between emerging and advanced economy firms. Journal of International Business
Studies, 46: 63-86.
A PESQUISA
24
Metodologia da Pesquisa
Critérios de participação na pesquisa
Índices de internacionalização
x 100
A PESQUISA
26
Amostra
8,3%
8,3% 41,7%
Vestuário
Estética e saúde
Estética automotiva
Segurança
Aluguéis d e veículos
16,7%
16,7%
A PESQUISA
28
Participação no Ranking
A PESQUISA
GESTÃO DO
CONHECIMENTO
NAS MULTINACIO-
NAIS E FRANQUIAS
GERAÇÃO DE IDEIAS, MELHORIAS E INOVAÇÕES
NAS SUBSIDIÁRIAS E FRANQUIAS INTERNACIONAIS
O Ranking FDC das Multinacionais Brasileiras 2017 investigou como a inter-
nacionalização contribui para a inovação nas empresas brasileiras, tanto nas
subsidiárias quanto na matriz, e como se dá a transferência e disseminação
de ideias, melhores práticas e inovações em processos, produtos e serviços
entre as várias unidades que compõem as empresas internacionalizadas.
Nota-se que as respostas variam bastante, sendo que grande parte das
franqueadoras considera que as ideias de produtos, serviços e processos
geradas pelas franqueadas internacionais são parcialmente aplicáveis aos
negócios da empresa. Um terço das franqueadoras, entretanto, conside-
ra esse conhecimento muito pouco ou não aplicável, possivelmente em
função das adaptações serem muito específicas às preferências do con-
sumidor local e devido ao baixo número de unidades no exterior, o que
torna o conhecimento restrito às localidades em que atuam. Nesses casos,
há também um baixo nível de ideias, sugestões e inovações geradas pelas
unidades internacionais.
3 A amostra foi dividida em tercis, ou seja, foram criados três grupos de igual tamanho, utilizando os valores
do índice de internacionalização como critério.
MECANISMOS DE TRANSFERÊNCIA
DO CONHECIMENTO
As unidades internacionais têm o papel fundamental de contribuir para a adap-
tação local da multinacional ao mesmo tempo em que podem compartilhar prá-
ticas, experiências e ideias para alavancar os negócios numa perspectiva global5.4
Para absorver as ideias, sugestões de melhoria e inovações de produtos, serviços
e processos gerados nas diversas unidades que compõem uma empresa inter-
nacionalizada, existem diversos mecanismos de transferência de conhecimento.
4 Correlação significante entre o grau de internacionalização e geração de ideias, sugestões de melhoria e
inovações (0,206) e entre o grau de internacionalização e aplicabilidade delas (0,161).
5 Bresman, H., Birkinshaw, J., & Nobel, R. 2010. Knowledge transfer in international acquisitions. Journal of
International Business Studies (1): 5.
6 Gupta, A. K., & Govindarajan, V. 2000. Knowledge Flows within Multinational Corporations. Strategic Ma-
nagement Journal, 21(4): 473.
7 Por exemplo: Cabrera, E.F. & Cabrera, A. (2005). Fostering knowledge sharing through people manage-
ment practices. International Journal of Human Resource Management, 16 (5): 720-735.
ABSORÇÃO DO CONHECIMENTO
Transferir o conhecimento gerado nas diversas unidades internacionais
das empresas é uma das etapas fundamentais para o processo de apren-
dizado e inovação internacional. Entretanto, seus resultados só serão de
fato efetivos se as empresas tiverem capacidade de absorver esses novos
conhecimentos, transformando-os em oportunidades e integrando-os às
estratégias e processos. A capacidade de absorção se refere, portanto, à
habilidade de adquirir, assimilar, transformar e implementar novos co-
nhecimentos externos8.7
8 Cohen, W. M., & Levinthal, D. A. 1990. Absorptive Capacity: A New Perspective on Learning and
Innovation. Administrative Science Quarterly, 35(1): 128-152.
Zahra, S. A., & George, G. 2002. Absorptive Capacity: A Review, Reconceptualization, and Extension:
185: Academy of Management.
RANKINGS
Além da classificação tradicional, que utiliza o índice de internacionaliza-
ção da UNCTAD, foram geradas classificações específicas que ranqueiam as
empresas levando em consideração outros critérios de avaliação. Ao final,
apresentamos os resultados referentes às franquias que, como demonstra-
do anteriormente, seguem metodologia própria do Núcleo FDC de Estraté-
gia e Negócios Internacionais.
1 Fitesa a
0,737
2 Odebrechta 0,737
3 InterCement 0,649
4 Iochpe-Maxion 0,629
5 Stefanini 0,623
6 Artecola 0,619
7 Metalfrio 0,607
8 CZM 0,584
9 DMS 0,570
10 Marfrig 0,539
11 JBS 0,536
12 Grupo Alumini 0,518
13 Tupy 0,512
14 Minerva Foods 0,494
15 Marcopolo 0,407
48
16 Magnesita 0,387
17 Votorantim 0,383
18 Camargo Corrêa 0,355
19 Tigre 0,347
20 b 0,328
Gerdau
21 Weg 0,302
22 Vale 0,274
23 Spoleto 0,271
24 Camil 0,264
25 Embraer 0,252
26 Expor Manequins 0,239
27 Natura 0,232
28 CI&T 0,220
29 Alpargatas 0,219
30 Vicunha Têxtil 0,214
31 Indusparquet 0,196
32 Itaú Unibanco 0,194
33 Romi 0,183
34 Blanver 0,128
35 Falconi 0,120
36 Andrade Gutierrez cd 0,107
37 Grupo Serpa 0,102
38 Braskem 0,073AB
39 Duratex 0,070
40 Randon 0,070
41 BRF 0,062AB
42 BRQ 0,050
43 Instituto Aquila 0,048
44 Baterias Moura 0,045
45 Klabin 0,039
46 Bradesco 0,035
47 Ultrapar 0,033
48 Totvs 0,031
49 Mv Sistemasc 0,022
50 Eliane 0,022
51 Algar Tech 0,017
52 Seculus 0,013
53 Porto Seguro 0,012
54 c 0,003
Cinex
1 Artecola 0,619
2 CZM 0,584
3 DMS 0,570
4 Grupo Alumini 0,518
5 Spoleto 0,271
6 CI&T 0,220
7 Indusparquet 0,196
8 Romi 0,183
9 Blanver 0,128
10 Falconi 0,120
RANKINGS
50
1 Stefanini 39
2 WEG 29
3 Vale 25
4 BRF 24
5 Marcopolo 23
6 Votorantim 22
7 JBS 20
8 Magnesita 20
9 Itaú Unibanco 19
10 Iochpe-Maxion 16
1 Iochpe-Maxion 0,804
2 Odebrecht 0,772
3 Fitesa 0,761
4 JBS 0,728
5 InterCement 0,716
6 CZM 0,702
7 Marfrig 0,642
8 Grupo Alumini 0,626
9 Artecola 0,623
10 Stefanini 0,612
RANKINGS
52
1 Localiza 20,0%
2 Fábrica di Chocolate 9,0%
3 Vivenda do Camarão 8,5%
4 Chilli Beans 5,5%
5 Sobrancelhas Design 5,2%
6 Depyl Action 3,1%
7 Hering 2,3%
8 Puketa 2,2%
9 Fast Açaí b
1,1%
10 Inviolável 0,5%
11 Arezzoa
0,5%
1 Chilli Beans 6
1 Fábrica di Chocolate 6
1 Localiza 6
1 Puket 6
2 Arezzo 3
2 Hering 3
3 Sobrancelhas Design 2
3 Vivenda do Camarão 2
4 Depyl Action 1
4 DryWash 1
4 Fast Açaí 1
4 Inviolável 1
RANKINGS
56
1 Localiza 30,7%
2 Vivenda do Camarão 15,4%
3 Fábrica di Chocolate 9,0%
4 Chilli Beans 7,4%
5 Sobrancelhas Design 5,6%
6 Puket 4,4%
7 Hering 2,2%
8 Depyl Action 2,2%
9 Arezzo 1,0%
10 Fast Açaí 0,7%
11 Inviolável 0,5%
1 Localiza 9,3%
2 Fábrica di Chocolate 9,0%
3 Sobrancelhas Design 4,9%
RANKINGS
58
DESTAQUES910
• A Fitesa, empresa mais internacionalizada do Ranking FDC de Multinacionais
Brasileiras 2017, planeja continuar aproveitando oportunidades de expansão,
já que sua visão é ser reconhecida no mercado global de descartáveis higi-
ênicos. Em 2016, foram instaladas novas máquinas no México e esse ano a
capacidade de produção será expandida na Alemanha e nos Estados Unidos.
Em 2017, a Fitesa anunciou também a aquisição da Pantex International, uma
empresa que produz especialidades para o mercado de higiênicos.
• Intensificando a internacionalização através do mercado mexicano, a Algar
Tech destinou seu diretor de negócios internacionais para estar fisicamen-
te presente no país, ao invés de estar próximo à matriz no Brasil. A empresa
aponta também a resposta do mercado colombiano como uma experiência
positiva em seu processo de internacionalização.
• Para a InterCement, o destaque da operação internacional é o Egito, já que
entrou em funcionamento no país o Moinho de Carvão. Assim, desde setem-
bro de 2016 a empresa pode usar tanto carvão quanto combustível de petró-
leo (Petcoke), além de combustíveis alternativos, na produção de clínquer, a
matéria-prima do cimento. Isso permitiu a eliminação do uso de gás e óleo
num processo produtivo mais sustentável.
• A Weg, que em 2015 adquiriu 4 empresas ao redor do mundo, continuou
esse processo de expansão internacional em 2016, quando adquiriu a empre-
sa Bluffton Motor Works, fabricante de motores elétricos com sede na cidade
de Bluffton, Indiana, EUA.
• O Itaú Unibanco destaca a constituição do Itaú CorpBanca como um acon-
tecimento importante no processo de internacionalização da companhia em
2016. Essa empresa é fruto da fusão entre o Banco Itaú Chile e CorpBanca.
• A BRF, nos últimos dois anos, continuou seu processo de internacionalização
principalmente por meio da aquisição de fábricas na Malásia e Turquia e na
instituição da subsidiária OneFoods, para atender à demanda do mercado
halal (alimentos autorizados de acordo com a Xariá, ou lei islâmica), além da
participação na COFCO Meat Holdings, produtora de alimentos de origem
RANKINGS
60
RANKINGS
DO BRASIL
PARA O MUNDO
A PRESENÇA DAS EMPRESAS E FRANQUIAS
BRASILEIRAS NO EXTERIOR
As empresas participantes do Ranking FDC das Multinacionais Brasileiras
e do Ranking FDC de Internacionalização das Franquias Brasileiras 2017
estão presentes em 87 países, distribuídos em cada um dos continentes,
por meio de subsidiárias próprias e/ou franquias. O mapa a seguir mostra
como estão distribuídas globalmente essas unidades internacionais e, em
destaque, estão os 10 países com maior presença de empresas brasileiras.
Mais uma vez, o país que concentra maior número de empresas brasileiras
são os Estados Unidos, com 44 empresas. A América Latina também é um
alvo frequente no processo de internacionalização de empresas brasileiras
pela proximidade geográfica e cultural. Dos 10 países com maior presença
de empresas brasileiras, 7 são latino americanos (6 países da América do Sul
+ México). O maior destaque nesse continente é a vizinha Argentina, onde
31 empresas possuem subsidiárias e franquias.
Um ponto interessante é que além das franquias fora do Brasil, 25% das
participantes apresentam também unidades próprias internacionais e
58,3% também são exportadoras de bens ou serviços. As unidades próprias
das empresas franqueadoras estão presentes apenas na América do Norte,
onde três das empresas entrevistadas atuam dessa forma. Na América do
Sul, as empresas atuam por meio de exportação, mas principalmente por
meio de unidades franqueadas.
FIGURA 4 – Abertura de operações das empresas no mercado internacional em 2016, por país
4 4 2 4 1 3 4 2 24
FIGURA 5 – Fechamento de operações das empresas no mercado internacional em 2016, por país
1 8 4 2 3 1 1 1 21
Tendo em vista que mais operações foram iniciadas em novos países do que
interrompidas ou desativadas, percebe-se um padrão de expansão geográfica
crescente das empresas brasileiras no exterior.
Destaques1061
• A BRF, por meio de sua subsidiária BRF Foods GmbH obteve 70% das ações
da FFM Further Processing SDN BHD, uma empresa processadora de alimen-
tos baseada na Malásia. A BRF entrou também na Turquia, de forma definitiva
em 2017, depois de concluir a aquisição da Banvit, maior produtora de aves
e líder de mercado desse país. A aquisição foi concluída também pela TBQ
Foods GmbH, uma Joint Venture formada pela OneFoods, subsidiária da BRF
dedicada ao mercado halal (alimentos autorizados de acordo com a Xariá, ou
lei islâmica), e a Qatar Investment Authority, fundo soberano do Catar. A Fite-
sa, primeira colocada no Ranking das Multinacionais 2017, também expandiu
sua atuação nos Emirados Árabes Unidos através de aquisição.
• A Vale vendeu seus ativos na Austrália e a Marfrig decidiu vender parte dos
seus ativos da Argentina. A Camargo Corrêa encerrou atividades em Portugal,
Angola, Equador e Paraguai, motivada por um projeto de reposicionamento da
empresa no mercado internacional. A Camil encerrou atividades na Angola e
a Seculus saiu dos Emirados Árabes Unidos, ambos por questões de inadim-
plência.
• A Algar Tech encerrou suas atividades no Chile, que era uma geografia opera-
cional para atender poucos clientes com demandas em toda América Latina.
O mercado nesse país é muito pequeno, maduro, com players consolidados e
baixas oportunidades para expansão no mercado local, por isso a decisão da
empresa de encerrar suas atividades no país. Além disso, a empresa atua tam-
bém administrando parceiros de negócios em outros países, e decidiu atuar no
Chile seguindo esse modelo e deixando de ter uma subsidiária.
Destinos de Exportação
Apesar de não considerarmos exportações como critério de participação no
Ranking FDC de Multinacionais Brasileiras e no Ranking FDC de Internaciona-
lização das Franquias Brasileiras, várias empresas utilizam essa modalidade em
estágios iniciais de seu processo de internacionalização ou usam a exportação
como uma estratégia complementar de acesso a mercados internacionais. O
comércio exterior é importante não apenas sob o ponto de vista de produção
e negócios para as empresas, mas também da perspectiva do balanço de pa-
gamentos brasileiro.
A figura a seguir apresenta os países que são destino das exportações das em-
presas participantes da pesquisa. 189 países, ou seja, quase todos os países do
mundo (86,3%) recebem exportações de multinacionais ou franquias brasileiras.
11 Duas empresas estabeleceram a primeira subsidiária no exterior em dois países simultaneamente: Fitesa
(Estados Unidos e México) e Falconi (Estados Unidos e Guatemala).
1961 - 1970
2011 - 2017 1,5%
13,6% 1971 - 1980
10,6%
1981 - 1990
6,1%
1991 - 2000
22,7%
2001 - 2010
45,5%
Linha do tempo
Apresentamos a seguir a linha do tempo da internacionalização das empre-
sas participantes do Ranking FDC de Multinacionais Brasileiras e Ranking FDC
de Internacionalização das Franquias Brasileiras desde a 1ª até a 12ª edição.
Nela mostramos o ano e o país da primeira subsidiária ou franquia instalada
no exterior. Dentre as empresas brasileiras, a primeira a se internacionalizar
foi o Banco do Brasil, em 1941, que começou com uma unidade no Paraguai.
3,1%
25,0% 12,5%
Estratégia internacional tem sido
muito impactada
Estratégia internacional tem sido
impactada
Estratégia internacional tem sido
po uco impactada
Estratégia internacional tem sido
muito po uco impactada
Estratégia internacional não tem
sido impactada em nada
32,8%
26,6%
80
Grande parte das empresas, 74,2%, afirma que suas estratégias internacionais
foram impactadas de alguma forma pelo contexto mundial, sendo que apenas
15,6% alega um impacto considerável. Entretanto, como muitas empresas par-
ticipantes da pesquisa estão presentes em diversos países, com diversificação
de riscos, e nem todas estão presentes no mercado norte-americano ou inglês,
o impacto relativo das políticas Trump e Brexit é percebido como pequeno,
muito pequeno ou inexistente para a grande maioria (84,4%).
Destaques121
• Dois efeitos principais das mudanças políticas no Estados Unidos com o
início do Governo Trump foram destacados pelas empresas participantes.
De um lado, a Gerdau informou que identifica um potencial aumento
de vendas nos Estados Unidos diante de um cenário futuro de redução
de produtos importados naquele país. Por outro, empresas como Grupo
Serpa, Algar Tech, Expor Manequins, Indusparquet, Fast Açaí e Iochpe-Ma-
xion identificam redirecionamento de estratégias em outros países devi-
do ao “Efeito Trump”, conforme abaixo:
pela empresa foi observar junto com os clientes o possível resultado das
políticas para depois tomar alguma decisão de mudança estratégica e,
assim, manter as operações normalmente e sem impactos nos resultados.
rio brasileiro. Os itens que geram maior satisfação com o desempenho são
a qualidade dos produtos e serviços e a imagem da empresa, enquanto os
que geram menor satisfação são o crescimento das vendas, a lucratividade e
o retorno sobre ativos/investimentos no mercado doméstico e internacional.
Das 42,3% empresas que planejam entrar em novos países, os maiores al-
vos são os países da América do Sul. Os mais citados entre as empresas são
Chile, Colômbia, Argentina, Equador, México e África do Sul, apontados por
pelo menos duas empresas. Outros destinos alvo citados são Peru, República
EVOLUÇÃO E TENDÊNCIA
96
Se grande parte das empresas não planeja entrar em novos países nos pró-
ximos anos, quais são os seus planos para os mercados que já atuam? O
gráfico 31 ilustra os resultados encontrados:
Em relação aos mercados onde já atuam, a grande maioria das empresas plane-
ja expansão ou grande expansão das atividades (69,2%). Apenas 5,8% das mul-
tinacionais brasileiras afirma que planeja diminuir sua atuação nos países em
que já se encontram, sendo que nenhuma aponta planos de grande retração.
GRÁFICO 32 – Planos das franquias brasileiras para entrada em novos países nos próximos dois anos
EVOLUÇÃO E TENDÊNCIA
98
GRÁFICO 33 – Regiões alvo para estabelecimento de franquias nos próximos dois anos
Mas será que essa tendência de expansão das franquias brasileiras também se
verifica nos países em que já atuam? O gráfico a seguir mostra os resultados:
GRÁFICO 34 – Planos das franquias nos próximos dois anos nos mercados em que já atuam
Nenhuma empresa declarou que planeja grande rexpansão, retração ou grande retração de suas atividades.
EVOLUÇÃO E TENDÊNCIA
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Esta foi a 12ª edição do Ranking FDC das Multinacionais Brasileiras e a 7ª
edição do Ranking FDC de Internacionalização das Franquias Brasileiras. A
pesquisa, realizada anualmente pelo Núcleo de Estratégia e Negócios Inter-
nacionais da Fundação Dom Cabral, acompanha o movimento de interna-
cionalização das empresas brasileiras, suas estratégias, desafios, práticas de
gestão, desempenho e tendências de expansão.
13 World Economic Forum em parceria com a Fundação Dom Cabral. Para ter acesso ao relatório completo
visite: https://goo.gl/3Vr796.
Essa reflexão não acaba por aqui e temos muito mais a compartilhar e
aprender com as empresas em processo de internacionalização. Se quiser
conversar mais sobre o tema, a equipe do Núcleo de Estratégia e Negócios
Internacionais da FDC está à sua disposição. Continue acompanhando nos-
sas publicações e palestras!
CONSIDERAÇÕES FINAIS
AGRADECIMENTOS
A Fundação Dom Cabral e a equipe do Núcleo de Estratégia e Negócios Inter-
nacionais da FDC agradecem às empresas que participaram desta edição da
pesquisa e se disponibilizaram a fornecer dados e contribuir com suas expe-
riências e insights para o aprimoramento do conhecimento existente sobre
a internacionalização de empresas. Esperamos que essa parceria entre a FDC
e as empresas participantes do Ranking seja cada vez mais forte e frutífera.