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INSTITUTO SUMARÉ DE EDUCAÇÃO SUPERIOR

ISES

CAIXA DO BRINCAR

PORQUE BRINCAR É APRENDER


E RECICLAR É TAMBÉM BRINCAR

Alunos:

Nome: Aline Rodrigues Ribeiro RA 1610773


Nome: Andreza Pereira Leal RA 1614780
Nome: Jussara dos Santos Ribeiro RA 1613904

São Paulo
2018
INSTITUTO SUMARÉ DE EDUCAÇÃO SUPERIOR
ISES

CAIXA DO BRINCAR

PORQUE BRINCAR É APRENDER


E RECICLAR É TAMBÉM BRINCAR

Relatório de atividade Baú e/ou Caixa do


Brincar apresentado ao curso de
licenciatura em Pedagogia da Faculdade
Sumaré, disciplina Sociologia da Infância
sob orientação da ProfªMsª Marta Lúcia
da Silva.

São Paulo
2018
Sumário

Resumo......................................................................................................................................4
Público alvo..............................................................................................................................4
Introdução.................................................................................................................................4
Objetivo.....................................................................................................................................5
Justificativa..............................................................................................................................5
Fundamentação teórica.........................................................................................................6
Metodologia..............................................................................................................................6
Desenvolvimento:...................................................................................................................7
Avaliação de Resultados.....................................................................................................10
Considerações Finais...........................................................................................................11
Referências Bibliográficas..................................................................................................12
ANEXO I...................................................................................................................................13
ANEXO II..................................................................................................................................22
Resumo
Este trabalho foi desenvolvido para obtenção da nota parcial na disciplina
Sociologia da Infância ao curso de licenciatura em Pedagogia da Faculdade
Sumaré. Trabalho este realizado para análise e aprendizado na prática dos
conceitos apresentados em sala de aula a partir dos estudos das teorias de
William Corsaro e Manuel Sarmento, onde veem a infância como construção
social e as crianças com suas especificidades, como ator social, produtor de
cultura e sujeito de direitos.

Público alvo
Fizemos esses brinquedos para crianças entre 2 a 10 anos de idade. São
brinquedos com pensamentos didáticos que podem compor momento de lazer
entre familiares e amigos.

Introdução
Nosso trabalho será realizado com bases em materiais recicláveis e
brincadeiras “antigas”, na qual já não são desenvolvidas pela sociedade atual
em meio a tantos objetos elétricos e eletrônicos.
Fizemos sobre o tema “Porque brincar é aprender” para darmos visão concreta
de como esta ação é importante e ensina as crianças a desenvolver a parte
cognitiva de forma agradável. Quanto ao lema “E reciclar é também brincar”
queremos demonstrar as crianças o quanto materiais baratos - ou de quase
nenhum custo quando reutilizados - podem fazer a diferença neste mundo
capitalista, utilitário e individualista. Demonstrar e ressaltar a importância de
uma consciência sobre o meio ambiente.
Adotamos esta proposta a partir das aulas de Sociologia da Infância que nos
tem ensinado valores e posições perante as crianças, com todos os seus
direitos e partilhas.

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Objetivo
Realizamos o trabalho após pesquisas do tema e debates entre o próprio grupo
e estabelecemos em cima de cada criação de brinquedo e da própria
brincadeira objetivos próprios para que possamos identificar como as crianças
tratam os mesmos e também analisar se suas finalidades foram alcançadas.
Compreender a visão da criança e vê-la como ator social que pensa e
transmite o que é pensado.

Objetivo Geral

O trabalho tem por pretensão vivenciar na prática as teorias dos pesquisadores


William Corsaro e Manuel Sarmento, onde ambas tratam as crianças como
atores sociais de direitos e produtores de cultura por meio da criação de
brinquedos recicláveis e utilização dos mesmos.

Objetivo Específico

 Sensibilizar as crianças para a responsabilidade individual e coletiva


sobre o impacto ambiental do lixo.
 Confeccionar brinquedos e jogos educativos utilizando materiais
recicláveis, de modo a propiciar a construção do conhecimento.
 Estimular nas crianças a valorização de materiais simples como
possibilidades de se tornarem objetos úteis.

Justificativa

Escolhemos o tema apresentado porque as práticas sustentáveis devem ser


estendidas a toda a família. Começar com as crianças é uma forma de ampliar
a visão do ambiente familiar, já que estes são importantíssimos para vivenciar
a prática com pensamentos relevantes e sem tomadas de decisões
influenciadas por outras questões e logo depois ensinar a importância da
reciclagem e ajudar os familiares a se adaptarem.

Uma alternativa é realmente usar jogos para mostrar de forma divertida como
funciona o processo de reciclagem e ainda aproveitamos para analisar as

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práticas desenvolvidas pelos teóricos já citados, onde se destaca realmente a
importância do brincar.

Fundamentação teórica
O meio ambiente deve ser preservado e valorizado não só pelas crianças, mas
sim pela sociedade em geral. As crianças podem transformar o lixo reciclável
em brinquedos e brincadeira, além de divertida essas atividade são ótimas para
demonstrar aos pequenos a importância da reutilização do lixo.

Esses brinquedos e brincadeiras  podem ser criados e reproduzidos pelas


próprias crianças, pois como William Corsaro enfatiza a construção é a base
para a definição da cultura lúdica, que só se manifesta quando as crianças são
atores e produtores dessa cultura.

Para Manoel Sarmento o brincar e o brinquedo são fatores fundamentais na


recriação do mundo e na produção das fantasias infantis. As brincadeiras são
também reflexões e interpretações das crianças sobre situações vividas no
cotidiano, isso realmente se concretiza quando analisamos a experiência que
os brinquedos recicláveis proporcionam as crianças.

 A sociologia da Infância nos mostra a importância de brincar na infância e a


consideração da criança como um ator social. Brinquedos recicláveis têm uma
grande importância  para o amplo desenvolvimento infantil, no que se refere à
interação, ao conhecimento, ao estabelecimento de vínculo, à imaginação, a
possibilidade de brincar, à expansão das brincadeiras para além dos recursos
tecnológicos, ao aprendizado, ao desenvolver habilidades, entre outros.

Para Gilles Brougère é nessa perspectiva que nota a reciclagem contínua na


produção de novos objetos, brinquedos, roupas e alimentos que se apóia na
cultura criada por adultos e crianças juntos.

Metodologia
Nossa pesquisa tem sua natureza exploratória, um estudo para a familiarização
do conteúdo apresentado em sala de aula sobre a Sociologia da Infância com
materiais recicláveis. Transformamos e apresentamos estes materiais para
crianças entre 2 a 10 anos para verificarmos as ações que teriam referentes a
eles.

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Partimos do ponto da criação/decoração da caixa que era a ideia principal da
solicitação da Professora ProfªMsª Marta Lúcia da Silva. A principio tínhamos a
ideia de transformar uma caixa em uma casa em si, com janelas, portas e etc.
chegamos até a criar a janela, porém a criança que estava coordenando a
montagem quis realizar a pintura e deixamos em aberto para que assim
realizasse.

Tivemos a ajuda de três crianças na faixa de 2 a 5 anos, ambas parentes das


integrantes do grupo, para montagem dos brinquedos que deixamos dentro da
caixa e algumas outras crianças variadas da escola Estadual Fernando
Pessoas – localizada na zona leste de São Paulo, para brincarem com os
mesmos, assim como também distribuímos estes brinquedos na vizinhança de
uma das integrantes do grupo, mais especificamente no condomínio Costa
Rica também localizado na zona leste de São Paulo, Guaianases.

Quanto a isto, notamos que em todas as atividades desde o criar ao brincar as


crianças se mantiveram focadas e super interessas nas atividades.

Vide em anexo I apresentação de fotos para comprovação das atividades


realizadas e o sucesso que tiveram.

Desenvolvimento:
Realizamos seis brinquedos básicos com materiais que tínhamos em casa,
sendo eles: As Cinco Marias, Labirinto, Cai não cai, Telefone de Lata, Jogo de
Argola e Elástico.

As Cinco Marias
Esse brinquedo (brincadeira) trabalha a coordenação motora, atenção,
agilidade, serve também para socialização da criança com outros colegas.
As Cinco marias ou pipoquinha como pode ser chamado, é um jogo também
conhecido como brincadeira dos cinco saquinhos (ou cinco pedrinhas que
devem ter tamanhos aproximados).

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Para brincar são necessários cinco saquinhos de tecido de mais ou menos 4
cm por 3 cm, com enchimento de areia, farinha, grãos de arroz ou feijão, ou as
cinco pedrinhas.
Para esta brincadeira utilizamos grãos de arroz e pequenos pedaços de tecido.
Adicionamos estes grãos no centro do tecido e o costuramos, construímos as
cinco de tamanhos parecidos.
Ao direcionarmos esses saquinhos às crianças ambas nos surpreenderam ao
compará-las a almofadas ou aparador de porta, não sabiam como brincar com
as cinco marias.

Labirinto
O jogo Labirinto é uma atividade pedagógica realizada para desenvolver
habilidades na criança, como a coordenação motora, o senso de lógica, o
senso direcional ou lateralidade (qualidade ou condição do que é lateral), senso
de organização, o planejamento, entre outras.
Os labirintos são conhecidos e utilizados desde os tempos das cavernas.
Foram os gregos antigos, ao que tudo indica que atribuíram a essas belas
construções geométricas um caráter mágico e mítico.
Para construção do nosso labirinto utilizamos caixa de papelão, cola branca,
cola quente, régua e estilete para formação dos furinhos, canetão para darmos
forma da caixa e os caminhos e por fim a bolinha de gude.
Ao direcionarmos esse jogo às crianças foi um tremendo sucesso, ambas já
sabiam como funcionava a brincadeira e tentavam completar os caminhos que
o labirinto permitia.

Cai não Cai


Esse jogo é ideal para desenvolver habilidades importantes, como a noção de
espaço, equilíbrio e concentração, pois exige que as crianças retirem vareta
por vareta sem deixar as tampinhas caírem. O jogo mistura atenção e
coordenação motora além de educar em relação ao aproveitamento de
materiais como as garrafas pet.
Para este jogo utilizamos garrafas pet, tampinhas de garrafas, palitos coloridos,
estilete para realizarmos os furos.

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Ao direcionarmos esse jogo às crianças estas tiveram distintas reações,
algumas já sabiam de cara do que se tratava e todas as regras do jogo, as
menores não sabiam como brincar com o objeto e acabavam criando suas
próprias ações, como por exemplo; balançar para ver o som que faria.

Telefone de Lata
Uma brincadeira coletivo-dupla que desenvolve a audição, a concentração e a
oralidade.

Telefone de lata é um brinquedo utilizado por crianças para imitar uma ligação


de telefone. Duas latas unidas por um barbante permitem a comunicação à
distância, transmitindo as ondas da voz pela vibração do barbante, fazendo
assim um "telefonezinho".

Para esta atividade a princípio iríamos utilizar latas de alumínio, porém uma
das mães das integrantes do grupo relembrou a sua infância e disse que seria
mais fácil utilizar copos descartáveis, assim como também facilitaria para a
moldura com as crianças. Utilizamos então copos plásticos, barbante e palitos
de fósforo para encaixe.
Quando terminamos de montar este brinquedo tivemos a participação de um
dos pais das integrantes, ao qual demonstrou as crianças (uma atitude sem
querer e inocente) como se utilizava o brinquedo. Depois do teste que este pai
realizou as crianças correram para imitar e se divertiram bastante com os
resultados, as mais novas gritavam e se divertiam muito mais pelo fato de olhar
umas as outras do que ao som que o “telefone” transmitia.

Jogo de Argola
A brincadeira, como a ação de realmente brincar, refere-se ao comportamento
espontâneo, pois tentam acertar o alvo de qualquer custo e recriam as regras, que
resulta de uma atividade não-estruturada. Este jogo desenvolve a percepção viso-
motor e ajuda na identificação das cores.
Para este brinquedo utilizamos cola tudo, arame e “macarrão” de uma cadeira de
balanço antiga para formar a argola, usamos também as garrafas decoradas que
ganhamos uma certa vez em uma apresentação da faculdade para servir de algo,
também usamos o tubo de spray que tínhamos com a mesma finalidade.

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Ao direcionarmos este brinquedo as crianças logo de cara a reação foi de alegria, já
sabiam como utilizar o brinquedo e as regras que já possuem, mas sem
competitividade, apenas com o prazer de brincar e acertar o alvo, certas vezes alvos
específicos pelas cores e formas.

Elástico
Está brincadeira desenvolve a coordenação motora das crianças.
Para este utilizamos apenas elásticos amarrados em si.
Ao direcionarmos esta brincadeira às crianças a maioria ficou bem perdida como a
forma de utilizar, não sabia como brincar com o elástico, os maiores tiveram ajuda de
uma menina de nove anos que estava no recinto e ensinou forma de se pular. As
crianças mais novas usavam como corda e até imitavam “cobra”.

Avaliação de Resultados:

As crianças mostraram muito interesse pelas atividades e refletiram sobre


quantos brinquedos podem ser feito com matérias que vão para o lixo. Durante
a brincadeira com o labirinto uma das crianças demonstrou um pensamento
ecologicamente correto para sustentabilidade do meio ambiente, pois relatou
"Nossa da próxima vez que eu for comprar pizza, vou usar a caixa para fazer
um brinquedo desse".

Ambas ficaram tão encantadas com os brinquedos que pediram pra levar pra
casa. Houve o caso da Kayanne sobrinha de uma das integrantes do grupo que
ficou debilitada por uma pneumonia e teve que passar uns dias internada para
tratamento. Esta criança toda vez que recebia uma ligação da tia perguntava
sobre a caixa e se já havia sido pintada, pedia para que esperasse ela para
terminar de criar a “casa”. A vontade de brincar, de pintar, de propriamente
participar da criação do brinquedo era tamanha que quando teve alta, seu pai
acabou fazendo junto com ela outra caixa como “casa” na sua própria
residência, pois não agüentava mais ver a filha com tanta ansiedade.

Foi uma experiência tão intensa, os resultados que percebemos afirmados


pelas crianças que não queriam parar, teve criança que nem queria voltar pra
casa, alegando que via os papais depois.

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Percebemos também que teve envolvimento de vários adultos, no
desenvolvimento e até mesmo para brincar relembrando sua época, no palpitar
de como realizar, etc. Nisto percebemos a cultura de pares que segundo
Corsaro cada criança tem seu ritmo de desenvolvimento próprio e que a
vivência em grupo é muito importante, com esses brinquedos eles ficaram em
grupo trocando vários conhecimentos, uns que já sabiam como brincar e outros
que ainda não conheciam os brinquedos, foram aprendendo e se envolvendo
na brincadeira.

Considerações Finais
Demonstramos nesse trabalho a importância do brincar com matérias
recicláveis, como instrumento facilitador da aprendizagem.

Resgatamos o prazer nas crianças de construir seu próprio brinquedo,


contribuiu também para uma maior interação com o brinquedo, com o brincar e
com as outras crianças envolvidas.

As contribuições do trabalho são excelentes, envolve as pessoas a nossa volta,


trás afinidade para as pessoas na hora de jogar.

Concluímos que são reais a teorias das crianças como atores sociais, devemos
extremo respeito às vontades e as considerações que as crianças nos fazem.

11
Referências Bibliográficas

Projetos de reciclagem na escola – Disponível em:


http://meioambiente.culturamix.com/projetos/projetos-de-reciclagem-na-escola
Acesso 12 de maio de 2018.

Brinquedos Reciclados – Como fazer passo a passo. Disponível em:


https://www.comofazerartesanatos.com.br/brinquedos-reciclados-como-fazer-
passo-a-passo/ Acesso 12 de maio de 2018.

FIEL. Luciana – Confecção de Brinquedos Pedagógicos com sucata e


dobradura. Disponível em: https://www.cpt.com.br/cursos-educacao-
infantil/confeccao-de-brinquedos-pedagogicos-com-sucata-e-dobradura Acesso
em 12 de maio de 2018.

CORSARO. William - Revista Educação, Novas Visões Sobre a Criança -


Cultura e Sociologia da Infância – A criança em foco. Edição Especial –
Editora Segmento. (Pg 42).

SARMENTO. Manuel Jacinto - Revista Educação, Novas Visões Sobre a


Criança - Cultura e Sociologia da Infância – A criança em foco. Edição
Especial – Editora Segmento.(Pg 14).

12
ANEXO I

Realização da Confecção da Caixa – Casa.

13
14
15
Cinco Marias

16
Cai não Cai

17
Labirinto

18
Telefone de Lata/Plástico

19
Jogo de Argola

20
Elástico

21
ANEXO II

A caixa elaborada por um dos pais das crianças que realizaram o trabalho.

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