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SMS e SGSO – TAREFA 1

Prof. Arnaldo Luiz Chan Jorge


Aluno: Rafael Leste Guess

A Lei 7.565 de 19 de Dezembro de 1986 – Código Brasileiro de Aeronáutica – dispõe, em seu


Art. 1º, que “Tratados, Convenções e Atos Internacionais” serão a base norteadora do Direito
Aeronáutico em nosso País. Indica, também, que são submetidos “às normas, orientação,
coordenação, controle e fiscalização” em legislação complementar:
I – a Navegação Aérea;
II – o Tráfego Aéreo;
III – a Infraestrutura Aeronáutica;
IV – a Aeronave;
V – a Tripulação;
VI – os Serviços, direta ou indiretamente relacionados ao voo.
Neste sentido, o Brasil, como signatário da Declaração das Nações Unidas – promulgada pelo
Decreto 19.841, 22 de Outubro de 1945, segue os Tratados e Convenções definidos pela Organização
das Nações Unidas (ONU).
Assim, existem 15 agências especializadas no Conselho Econômico e Social da ONU, e
podemos citar 2 delas com grande importância para a Aviação: Organização da Aviação Civil
Internacional (OACI/ICAO) e Organização Meteorológica Mundial (OMM/WMO).
A OACI é uma Agência que orienta todo ordenamento normativo para que a aviação civil seja
segura e padronizada mundo a fora, de modo a garantir que os procedimentos sejam comuns a
todos os signatários ou que sejam explicitadas suas diferenças. A OMM, por sua vez, em conjunto
com a OACI tem um programa de Meteorologia Aeronáutica para proporcionar alta qualidade e
lisura nos processos e produtos meteorológicos para a aviação.
Na Aviação Civil Comercial é importante, ainda, salientar a existência da IATA (sigla em inglês
para Associação Internacional de Transporte Aéreo), associação que tem por missão “representar,
conduzir e servir a indústria de Linhas Aéreas”. A IATA atua em várias frentes e interessante ressaltar
seus programas de Safety e Aviation Security que podem ser relacionados aos conhecimentos
tratados pelo SMS e SGSO.
No tocante à relação entre os Anexos da OACI e o conceito de Segurança Operacional temos:
ANEXO I – Licença de Pessoal: contém padrões e práticas recomendadas adotadas pela OACI
como padrão mínimo para licença de pessoal, tanto para tripulação quanto para prestadores de
serviço.
ANEXO II – Regras do Ar: contem procedimentos padronizados e práticas recomendadas para
garantir a segurança do voo e a adequada provisão dos serviços de tráfego aéreo, incluindo sobre
águas internacionais.
ANEXO III – Serviço Meteorológico para Navegação Aérea Internacional: seu conteúdo trata
dos códigos e formulários meteorológicos a serem disponibilizados à comunidade aeronáutica, e traz
compatibilidade com as publicações apresentadas pela OMM.
ANEXO IV – Cartas Aeronáuticas: apresenta à comunidade aeronáutica e Estados como serão
apresentadas e publicadas as Cartas Aeronáuticas que orientam a navegação aérea.
ANEXO V – Unidades de Medida a serem usadas em Operação no Ar e Solo: contém unidades
de medida padronizadas e práticas recomendadas de modo a evitar confusões e diminuir a carga de
trabalho nas conversões durante as operações em Ar ou Solo.
ANEXO VI – Operação de Aeronaves: este anexo é dividido em 3 partes – 1º Aeronave
Comercial Internacional; 2º Aeronaves; 3º Helicopteros – e tem por objetivo nortear a operação de
aeronaves como padrões operacionais, manutenção, limite de performance e outros itens afetos à
operação de aeronaves.
ANEXO VII – Marcas de Nacionalidade e Matrícula de Aeronave: orienta e padroniza o que
seria comparável à placa de um veículo automotor, desta forma ao se identificar uma aeronave por
sua marca e matricula já se sabe seu Estado de origem.
ANEXO VIII – Aeronavegabilidade de aeronaves: orienta sobre padrões e práticas
recomendadas para certificação e garantia de aeronavegabilidade de uma aeronave.
ANEXO IV – Facilitação: define padrões e práticas recomendadas para uso das facilidades por
aeronaves como chegada e saída de aeronave, entrada e saída de carga e outros itens afetos à
operação nas facilidades de um aeroporto.
ANEXO X – Telecomunicações Aeronáuticas: define padrões referentes às capacidades de
radioauxílios, navegação e comunicação, de acordo com a normas definidas por outra agência
especializada da ONU, a International Telecommunication Union (ITU – União Internacional de
Telecomunicações) o que garante menor chance de interferência nos equipamentos embarcados nas
aeronaves.
ANEXO XI – Serviços de Tráfego Aéreo: define padrões e práticas recomendadas para
prestação dos serviços de tráfego aéreo, indicando os requisitos mínimos para que o serviço seja
realizado a contento.
ANEXO XII- Busca e Salvamento: orienta sobre padrões e práticas recomendadas para o bom
andamento dos serviços de busca e salvamento de modo a salvaguardar as vidas e garantir a
segurança da operação.
ANEXO XII – Investigação de Acidente e Incidente Aeronáutico: contém padrões e práticas
recomendas para análise e investigação de ocorrências aeronáuticas.

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