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FACULDADE DE GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS E MINERALOGIA

NOÇÕES DE INFORMÁTICA

ECONOMIA E GESTÃO – Ano 1

IMPACTO DAS TECNOLOGIAS DE INFORÇÃO E COMUNICAÇÃO NO


ENSINO DE APRENDIZAGEM

Discente: Samir Esmael Latifo Docente: Eng. Alfredo Alberto

UCM
Tete, aos 12 de Junho de 2020
SAMIR ESMAEL LATIFO

O IMPACTO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMÇÃO E COMUNICAÇÃO NO


ENSINO E APRENDIZAGEM

Trabalho destinado ao Docente e Engenheiro Alfredo


Alberto, com o tema Impacto das Tecnologias de
Informação e Comunicação no ensino de aprendizagem,
pelo estudante do curso de Economia e Gestão – Ano 1,
UCM.

UCM
Tete, aos 12 de Junho de 2020
ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO..........................................................................................................................4

1.1 METODOLOGIA..................................................................................................................5

1.2 JUSTICATIVA......................................................................................................................6

1.3 OBJECTIVOS.......................................................................................................................7

1.3.1 OBJECTIVO GERAL......................................................................................................7

1.3.2 OBJECTIVOS ESPECÍFICOS..........................................................................................7

2. IMPACTO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO ENSINO


DE APRENDIZAGEM....................................................................................................................8

2.1 TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO......................................................9

2.2 O USO DO COMPUTADOR EM SALAS DE AULAS.........................................................10

2.3 O USO DA INTERNET COMO FERRAMENTA DE ENSINO.............................................10

2.4 ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DAS TICs NO ÂMBITO EDUCACIONAL..........11

2.5 TICs NA APRENDIZAGEM DO ALUNO...........................................................................13

2.6 IMPORTÂNCIA DAS TICs NO ENSINO E APRENDIZAGEM...........................................14

2.7 PROBLEMAS NO USO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO.....16

2.8 TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA ACTUALIDADE.................17

3. CONCLUSÃO...........................................................................................................................19

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................20
1. INTRODUÇÃO

Nos últimos anos o mundo tem registado diversas transformações em diversas vertentes, factores
estes que na sua maioria é pela grande influência das tecnologias.

Com o avanço da tecnologia, surge na sociedade a necessidade de aperfeiçoamento das habilidades


para utilização de equipamentos. Dizer que um indivíduo pertence ao mundo tecnológico é uma
freguesia cultural, donde o desenvolvimento tecnológico e a manipulação destes artefactos são
basicamente impraticáveis por qualquer ser humano, mas sim por uma colectividade, onde cada
um tem a sua especialidade (Mainart & Santos p.3).

As transformações tecnológicas dependem da capacidade de cada país, de cada região para


impulsionar a criatividade da sua comunidade, possibilitando o acesso e uso das TICs, inovando e
adaptando essas tecnologias a suas necessidades e realidades específicas. Entretanto, para
impulsionar a criatividade, é preciso um ambiente econômico dinâmico, competitivo e flexível; no
caso dos países em desenvolvimento como Moçambique, há necessidade de reformas que
promovam novas ideias, novos produtos, novos investimentos, entre outros. Isso sem esquecer o
papel central que é a qualificação dos recursos humanos para expandir a criatividade e reduzir a
exclusão social e digital. Daí a necessidade de o país dar muita importância ao investimento das
TICs na educação, desde o processo de treinamento e capacitação de toda a comunidade.

E é justamente em torno destes conceitos que o presente trabalho se debruça.

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1.1 METODOLOGIA

O presente estudo privilegiará o método bibliográfico, e descritivo respectivamente. Pois no


desenvolvimento do estudo recorri, sobretudo, à obras de especialistas no assunto, contando assim,
com conexões baseadas nas obras destes autores. Segundo entendimento de Gil (2010, p. 24):
“Consiste em pesquisa bibliográfica porque se baseou em materiais já publicados, compostos
especialmente por livros, revistas, artigos científicos, tese e por informações especializadas em
sites. Partindo disso, busquei a leitura e aprimoramento da revisão bibliográfica.

As palavras-chave utilizadas para a busca foram basicamente: Tecnologia de Informação e


Comunicação (TIC); Aprendizagem do aluno. Tudo isso para apresentar um trabalho a altura, de
modo que até o leigo sinta-se lecionado. Obrigado!

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1.2 JUSTIFICATIVA

O tema em estudo surge na perspectiva de procurar perceber os impactos das novas tecnologias de
informação e comunicação, numa altura em que as tecnologias são acessíveis até nos ambientes
rurais do país, no ambiente escolar não é diferente, visto que, nos últimos anos quase há um desafio
por parte dos gestores escolares de introduzirem as aulas de TICs, mas também de salientar que a
a inclusão das TICs faz-se necessário para o nosso ensino e aprendizagem, portanto, é algo
indispensável.

Para além dos computadores que podem ser um material muito fundamental para o processo de
ensino e aprendizagem, percebe-se também que estamos numa fase da revolução dos telemóveis,
onde quase todos os alunos têm pelo menos um telefone celular inteligente mais conhecido por
Smartfones.

As TICs, são importantes no processo de ensino-aprendizagem para o mundo globalizado na


compreensão de alguns fenómenos científicos da actualidade. E quanto as demais informações
serão desenvolvidas no curso do presente trabalho.

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1.3 OBJECTIVOS

Objectivo Geral:

Avaliar o impacto das novas tecnologias de informação e comunicação no processo de ensino e


aprendizagem.

Objectivos Específicos:

Descrever as formas que os facilitadores usam as tecnologias para a mediação das aulas;

Identificar os impactos do uso da internet sobre os estudantes e os docentes;

Conhecer a importância das tecnologias de informação e comunicação no processo de ensino e


aprendizagem.

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2. O IMPACTO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO
ENSINO DE APRENDIZAGEM

Tecnologia é um “conjunto de saberes inerentes ao desenvolvimento e concepção dos instrumentos


criados pelo homem através da história para satisfazer suas necessidades e requerimentos pessoais
e colectivos”. (Veraszto et al. 2008, p.78). Ou seja, muitas de nossas acções desde as mais simples
até as mais complexas, pessoais e profissionais, são realizadas com a utilização de artefactos na
busca de melhores performances construídos a partir de “conhecimentos e princípios científicos
que se aplicam ao planeamento, à construção e à utilização de um equipamento em um determinado
tipo de actividade nós chamamos de tecnologia” (Kenski, 2007, p.18)

Nas últimas décadas as tecnologias estão inseridas em tudo, mesmo que algumas mentes não
aceitam as mudanças que o mundo tem feito nos últimos anos, o acesso a informações acontece
em um click, com isso é importante que a Educação formal venha a acompanhar esses fenómenos
e que o Processo de Ensino e Aprendizagem( PEA) venha a se adequar com essas mudanças,
adoptando as metodologias aceitáveis a essas variações que se tem registados.

A incorporação das inovações tecnológicas só tem sentido se contribuir para a melhoria da


qualidade do ensino. A simples presença de novas tecnologias na escola não é, por si só, garantia
de maior qualidade na educação, pois a aparente modernidade pode mascarar um ensino tradicional
baseado na recepção e na memorização de informações (Gatti, 1993).

A concepção de ensino e aprendizagem revela-se na prática de sala de aula e na forma como


professores e alunos utilizam os recursos tecnológicos disponíveis como é o caso de livro
didáctico, giz e quadro, televisão ou computador. A presença desse preparativo tecnológico na sala
de aula não garante mudanças na forma de ensinar e aprender. A tecnologia deve servir para
enriquecer o ambiente educacional, propiciando a construção de conhecimentos por meio de uma
actuação activa, crítica e criativa por parte de alunos e professores (Moran, 1995).

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2.1 Tecnologias de Informação e Comunicação

As Tecnologias da Informação e Comunicação referidas como TIC são consideradas como


sinônimo das tecnologias da informação (TI). Contudo, é um termo geral que frisa o papel da
comunicação na moderna tecnologia da informação.

Entende-se que TIC consistem de todos os meios técnicos usados para tratar a 78 informação e
auxiliar na comunicação. Em outras palavras, TIC consistem em TI bem como quaisquer formas
de transmissão de informações e correspondem a todas as tecnologias que interferem e mediam os
processos informacionais e comunicativos dos seres. Ainda, podem ser entendidas como um
conjunto de recursos tecnológicos integrados entre si, que proporcionam por meio das funções de
software e telecomunicações, a automação e comunicação dos processos de negócios, da pesquisa
científica e de ensino e aprendizagem.

As TICs são utilizadas em diversas maneiras e em vários ramos de atividades, podendo se destacar
nas indústrias no processo de automação, no comércio em gerenciamentos e publicidades, no setor
de investimentos com informações simultâneas e comunicação imediata, e na educação no
processo de ensino aprendizagem e Educação a Distância. Pode-se dizer que a principal
responsável pelo crescimento e potencialização da utilização das TIC em diversos campos foi à
popularização da Internet.

Em se tratando de informação e comunicação, as possibilidades tecnológicas apareceram como


uma alternativa da era moderna, facilitando a educação com a inserção de computadores nas
escolas, possibilitando e aprimorando o uso da tecnologia pelos alunos, o acesso a informações e
a realização de múltiplas tarefas em todas as dimensões da vida humana, além de qualificar os
professores por meio da criação de redes e comunidades virtuais.

Sabe-se que, as mudanças com o aparecimento das tecnologias foram grandes e positivas para a
sociedade, em relação à comunicação, ligação e convívio social. A Informática trouxe, além de
inúmeros recursos tecnológicos, a esperança de melhorias no processo de ensino e aprendizagem.

As TIC possibilitam a adequação do contexto e as situações do processo de aprendizagem às


diversidades em sala de aula. As tecnologias fornecem recursos didáticos adequados às diferenças

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e necessidades de cada aluno. As possibilidades constatadas no uso das TIC são variadas,
oportunizando que o professor apresente de forma diferenciada as informações. Por meio das TIC,
disponibilizamos da informação no momento em que precisamos, de acordo com nosso interesse.

2.2 O uso do computador em sala de aulas

Hoje em dia, o acesso aos computadores é facilitado tendo em conta que o mercado dos
computadores não é limitado até nas comunidades rurais é possível encontrar um computador com
isso também o uso desta ferramenta de comunicação em salas de aulas encontra-se frequente muito
mais para os professores, sendo que, a maioria dos seus conteúdos de ensino encontra-se nesses
dispositivos, mas também alguns deles se tem auxiliado com os retroprojectores que possibilitam
que o aluno tenha maior contacto com a informação globalizada.

Segundo Querte (2004, p.179), “Uma das tecnologias que ainda permanece no meio educacional
é o giz e na sequência apresentam-se outras tecnologias como: o mimeógrafo, rádio, o tocadisco,
a televisão, o microfone, o gravador, retroprojector e o computador”.

2.3 O uso da internet como ferramenta de ensino

Nas palavras de Ferreira (1994 p. 261): “A Internet - maior rede de computadores do mundo é
frequentemente descrita como a rede das redes, pois abrange todas as espécies de redes possíveis
tornando-se a verdadeira rede global, contando com mais de 13.170 redes regionais, nacionais e
internacionais”.

Os últimos anos Moçambique registou a concorrência por parte das redes de telefonias móveis e
que o acesso à internet se tornou ilimitado para o efeito com a competição das companhias
telefónicas, veio acompanhado com o acesso dos dispositivos de comunicação inteligentes
(Smartfone), que possibilita o acesso à internet em qualquer lugar onde estiverem.

Em seu livro "A Estrada do Futuro", Bill Gates coloca-nos a importância das Redes no processo
educacional. A estrada, segundo Gates, permitirá a exploração interactiva de estudantes e
professores aumentando e disseminando as oportunidades educacionais e pessoais, inclusive
daqueles estudantes que não puderam estudar nas melhores universidades e escolas. Porém, o

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autor adverte que para extrairmos os benefícios do uso das redes precisamos encarar o uso dos
computadores nas escolas e nas salas de aula de forma diferente. As escolas e as Universidades
estão caminhando de forma muito lenta quando comparadas aos outros sectores sociais. A ideia é
que com a exploração desta "estrada", alunos conectados de suas residências possam fazer suas
tarefas de casa ou trabalhos em grupo de forma interactiva e os professores possam actuar mais
como mediadores do conhecimento.

Segundo Gates nos, fala sobre as oportunidades e perspectivas da Internet, Ross e Bailey (1996)
nos advertem que existem sim, imensas oportunidades, porém existem também muitos perigos
com que os administradores, directores, professores e pais deveriam estar preocupados e debatendo
como por exemplo, o livre acesso a "sites" com problemas étnicos ou pornográficos.

Com a perspectiva acima colocada, sobre o uso das redes, precisamos aumentar as necessidades
de instrumentalização, preparação e actualização dos professores para enfrentar os novos desafios
da era da telemática. Os benefícios do uso das redes electrónicas estão directamente relacionados
as novas formas de aprendizado em que a interacção, o acesso ilimitado às informações que
podem-se transformar em conhecimento a questão interdisciplinar e colaborativa, somam-se na
tentativa de redimensionar os modelos educacionais.

2.4 Aspectos Positivos e Negativos das TICs no âmbito educacional

As tecnologias particularmente a internet no âmbito educacional têm aspectos positivos assim


como negativos.

Aspectos Positivos Aspectos Negativos


Permite que o professor mostre várias formas de Há facilidade de dispersão. Muitos alunos se
captar e mostrar o mesmo objecto, perdem e não procuram o que está combinado
representando-o sob ângulos e meios diferentes: deixando-se arrastar para áreas de interesse
pelos movimentos, cenários, sons, integrando o pessoal.
racional e o afectivo, o dedutivo e indutivo.
Facilita a motivação dos alunos, pela novidade e Necessita-se de uma forte dose de atenção do
pelas possibilidades inesgotáveis de pesquisa. professor ou docente, pela respobsabilidade.

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O professor consegue com que o aluno Em alguns casos há uma competição
desenvolva a aprendizagem cooperativa, a excessiva, monopólio de determinados alunos
pesquisa em grupo, a troca de resultados. A sobre o grupo precisando de uma maior
interacção bem sucedida aumenta a atenção pelo professor para esses casos.
aprendizagem.
Emerge uma necessidade de formação O computador não é por si mesmo portado de
continuada para os professores. Como forma de inovação nem fonte de uma nova dinâmica do
apoio aos professores, para que possam não sistema educativo. Poderá servir e perpetuar
apenas receber um novo recurso na escola, mas com eficácia sistemas de ensinos obsoletos.
poder também conhecer suas potencialidades e Poderá ser um instrumento vazio em termos
utilizá-las no processo de ensino e pedagógicos que valoriza a forma, obscurece o
aprendizagem. conteúdo e ignora processos.
Oferece meios de actualizar rapidamente o Alguns docentes apontam as tecnologias
conhecimento, estender os espaços educacionais, como gerador de algum mal-
educacionais, ampliar oportunidades onde os estar, como o medo de sua substituição pela
recursos são escassos. máquina.
Na desigual intimidade que os alunos e Os docentes acham que têm pouco tempo para
professores demonstram pelas TICs, pode se capacitação e actualização, para a utilização
haver um efeito benéfico, pois a cada professor das tecnologias educacionais dentro de sala de
entusiasmado em aprender e fazer diferente aula.
podem associar-se alunos mais colaborativos e
solidários.
A oportunidade de estar em contacto, ainda que Alguns docentes acreditam que, utilizando as
virtual, com comunidades de outros estados ou tecnologias nas suas aulas, eles podem perder
até mesmo país, pode facilitar os jovens a o controlo da situação, já que os estudantes
entender e aceitar realidades, culturas e modo de podem ter acesso prévio ao material a ser
viver diferentes dos seus. estudado.
Mudar a ênfase de um currículo formal e A grande dificuldade do docente é a
reconstrução da sua prática pedagógica,
impessoal para exploração viva e motivado por
principalmente quando os pressupostos
parte dos estudantes. educacionais que orientam o uso do
computador são diferentes da concepção de
ensino e de aprendizagem do ensino partilhado

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2.5 As Tecnologias de Informação e Comunicação(TICs) na aprendizagem do aluno

A inserção das TICs no cotidiano escolar anima o desenvolvimento do pensamento crítico,


criativo e a aprendizagem cooperativa, uma vez que torna possível a realização de actividades
interativas. Sem esquecer que também pode contribuir com o estudante a desafiar regras, descobrir
novos padrões de relações, improvisar e até adicionar novos detalhes a outros trabalhos tornando-
os assim inovados e diferenciados.

As tecnologias proporcionam que os alunos construam seus saberes a partir da comunicabilidade


e interações com um mundo de pluralidades, no qual não há limitações geográficas, culturais e a
troca de conhecimentos e experiências é constante.

Dessa maneira as tecnologias de informação e comunicação operam como molas propulsoras e


recursos dinâmicos de educação, à proporção que quando bem utilizadas pelos educadores e
educandos proporcionam a intensificação e a melhoria das práticas pedagógicas desenvolvidas em
sala de aula e fora dela.

Na sociedade atual em que estamos vivendo, em que por muitas vezes a máquina substitui o
trabalho humano, cabe ao homem à obrigação de ser criativo, ter boas ideias. E na era da
informação e comunicação é indispensável que as pessoas saibam e consigam identificar o que há
de essencial.

É preciso compreender que a ferramenta tecnológica não é ponto principal no processo de ensino
e aprendizagem, mas um dispositivo que proporcionaliza a mediação entre educador, educando e
saberes escolares, assim é essencial que se supere o velho modelo pedagógico é preciso ir além de
incorporar o novo (tecnologia) ao velho. Sendo assim, temos que entender que, a inserção das TICs
no ambiente educacional, depende primeiramente da formação do professor em uma perspectiva
que procure desenvolver uma proposta que permita transformar o processo de ensino em algo
dinâmico e desafiador com o suporte das tecnologias.

As TICs quando articuladas a uma prática formativa que leva em conta os saberes trazidos pelo
aluno, associando aos conhecimentos escolares se tornam essenciais para a construção dos saberes.
Além disso, favorece aprendizagens e desenvolvimentos, além de oportunizar melhor domínio na

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área da comunicação 81 permitindo aos mesmos construírem e partilharem conhecimentos,
tornando-os seres democráticos que aprendem a valorizar a competências individuais.

2.6 A importância das Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino e


Aprendizagem

Vivemos a era da informatização: grupos sociais interagem na internet, as conversas e convívios


se dão mediados pela tecnologia da informação e comunicação (TIC), o envio e recebimento de
documentos, antes transitados via correio, agora se dá pela internet e até mesmo a validação de
documentos e assinaturas acontece nesse ambiente virtual.

Via de regra, as comunicações quer sejam formais ou não formais acontecem em ambientes para
alguns novo e estranho, mas para muitos - na verdade a maioria - acontecem em um ambiente
totalmente informatizado. As escolas, portanto, não podem ficar de fora desse contexto, pois
estarão indo de encontro a esse movimento irreversível de um modus operandi que já está
estabelecido na comunicação. Segundo Soares-Leite & Nascimento-Ribeiro (2012, p.3) “A
inserção das TICs na educação pode ser uma importante ferramenta para a melhoria do processo
de ensino-aprendizagem”.

No entanto, para que o processo de ensino e aprendizagem tenha o sucesso almejado é necessário
equipar todo o contexto escolar, seja o ambiente físico com os equipamentos necessários, seja na
formação dos professores, conferindo-lhes uma educação continuada. Dessa forma, estaria se
propiciando às crianças e, por extensão, aos seus familiares, uma ferramenta que já faz parte do
seu cotidiano infantil. Independentemente do nível socioeconômico, costuma-se dizer que “as
crianças de hoje já nascem com um “chip” implantado, tornando coerente e racional explorarmos
algo que já faz parte desse universo com a finalidade de obtermos melhores resultados nesse
processo de ensino-aprendizagem.

Como afirma Demo (2011 P.10), “a alfabetização não acontece mais apenas na escola ou em
ambientes restritos”. As crianças também se alfabetizam em casa, em um ambiente onde as novas
tecnologias estão presentes e são inexoravelmente muito usadas, quer sejam PCs, Tablets e
telemóveis. Muitas se encontram conectadas à internet com informações contextualizadas para seu

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ambiente social, econômico, religioso, cultural, de modo que a interação se dá ativamente. Em
contrapartida, muitas vezes o mesmo não ocorre nas escolas.

Nesse espaço virtual, os estímulos são múltiplos, e a criança interage explorando quase todos os
sentidos. Ao mesmo tempo em que ela vê, ouve, toca, é também estimulada nas sensações
gustativas e odoríficas, tornando o aprendizado atraente.

As TICs no ambiente escolar também podem exercer um importante papel na educação para a
saúde, entendendo-se EpS como uma forma de alterar comportamentos nocivos em
comportamentos adequados para a melhoria da saúde e, concomitantemente, da qualidade de vida.
É fundamental levar em conta as tecnologias como um recurso viável e potente diante das mazelas
e agravos à saúde humana. A escola significa um local importante para se trabalhar conhecimentos,
habilidades e mudanças de comportamento. A educação escolar, neste processo, desempenha
importante papel, pois é a grande alavanca de transformação social e, neste caso concreto, nos
modos de prevenção à saúde. Nela se podem apreender comportamentos novos e positivos
relacionados aos autocuidados. Dessa forma, nada mais generoso que aproveitar esse ambiente
para se fazer EpS, aliando a ele as tecnologias da informação, que nos brindam com recursos
estimulantes como jogos e aplicativos educativos.

É inegável que as novas gerações vivem um momento diferente em termos de comunicação.


Assim, é possível vermos crianças a partir de dois anos utilizando tablets, Ipods e telemóveis com
uma atenção acurada no que aí está posto. Entendo que esse movimento é irreversível e que é inútil
a tentativa de manter-se em um sistema ora ultrapassado. Portanto, não há luta a ser travada, pois
se houver um impasse e não avançarmos, o aluno é quem sairá prejudicado. Partindo desse
pressuposto, é imprescindível que o educador para saúde acompanhe esse movimento, se aproprie
dessa tecnologia e a utilize como um instrumento eficaz, efetivo de comunicação e contribuição
para a melhoria da qualidade de vida, pois como afirma Valanides & Angeli (2008, p.3) “usar ou
não computadores na aprendizagem, não é mais uma questão na educação. A atual questão está
em garantir que computadores sejam utilizados de forma eficaz para criar novas oportunidades
de ensino e aprendizagem”.

Dessa forma as TICs estão aí e vieram para ficar e fazer história. Isso é incontestável e não há
volta, resta-nos enxergarmos e fazermos uso de mais uma ferramenta educacional, de

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comunicação, que pode sim ajudar para que possamos ter pessoas mais informadas, com melhor
qualidade de vida e um planeta mais limpo e disso depende como gerenciarmos a informação.

2.7 Problemas no uso das TICs

Encontram-se alguns problemas com o uso destas novidades tecnológicas. Existem igualmente
características, já vistas em outros momentos de mudanças sociais: a exclusão e a inclusão. Desta
vez designam-se como característica digital. Os serviços, canais de comunicação e facilidades
existem e estão disponíveis nos sítios disponíveis na internet. O que, muitas vezes ocorre, é que se
olha apenas para um lado do prisma que á a facilidade que a internet traz para aqueles que possuem
acesso. Por outro lado, são esquecidos aqueles que não possuem acesso digital. Esses indivíduos
são os excluídos digitais.

A inclusão dessas pessoas que ficam fora da utilização dos meios mais modernos de comunicação
não pode ser negligenciada. A inclusão ajudará a combater outros tipos de exclusão como a
política, econômica, cultural e educacional, entre outras, podendo assim gerar mais igualdade.

Quando é possível incluir um indivíduo excluído ele passa a ser um agente que transformará sua
nova condição e usufruirá da revolução das Tecnologias. Ele estará acompanhando os novos
jargões, termos técnicos, conseguirá novas informações e entrará em novos grupos. Desta forma
define-se inclusão digital. O trabalho de inclusão deve ser feito com consciência, preparo e com
uma formação adequada por aqueles que querem transformar o mundo dos que estão aprendendo
as actividades digitais.

A má utilização do computador, por despreparo do aluno ou por uma má instrução do professor


pode causar desânimo, desinteresse, uso inadequado da ferramenta, e, até mesmo, fobias em
relação ao uso do computador.

Os alunos devem ser orientados a utilizar defesas básicas quando estão em frente ao computador.
Eles devem saber dos riscos existentes hoje como fishing – que é o roubo de senhas, sites
maliciosos, contatos com amigos virtuais que podem esconder a identidade real do usuário, vírus
digitais – programas que danificam arquivos ou até mesmo o hardware – expostos parte física do
computador.

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Todos os dias são criadas “pragas” virtuais, por isso os programas de antivírus devem ser
atualizados diariamente para evitar possíveis invasões. Ainda existem os sites com conteúdos
impróprios que devem ser bloqueados ou monitorados quando são acessados. Esses sites possuem
conteúdo de cyber bullying, homofóbicos, caráter sexual entre outros. Por isso a divulgação e
orientação no uso desses softwares é uma forma de proteger o aluno e os equipamentos.

2.8 As Tecnologias de Informação e Comunicação na actualidade

Quando se fala de uso de mídias na educação, é comum referir o uso do que há de mais moderno
em TIC para maior produtividade e qualidade do material. Nesses casos, remete-se à Internet e a
todos os recursos disponíveis nela. Além disso, é possivel utilizar programas televisivos exibidos
em canais de TV especializados em determinadas áreas (saúde, economia, história, biologia),
filmes do tipo documentário e vídeos. Outras possibilidades são o rádio, o jornal e todas as formas
midiáticas impressas.

Esses meios, embora sejam bastante conhecidos e utilizados em atividades de ensino, não são tão
fortemente destacadas nas pesquisas e publicações da área educacional.

Há muitas mídias aplicadas em actividades educacionais. Assim como, para cada forma de ensino
é necessário um tratamento diferenciado do mesmo conteúdo. Deve ser considerado quem serão
os alunos, quais os objetivos a serem alcançados, quais espaços disponíveis e qual será o tempo
disponível para a sua realização. Para cada suporte mediático existem cuidados e caminhos de
tratamento específicos que, ao serem utilizadas, mudam a forma como se dá e como se aplica na
educação.

Existe uma grande diferença entre planejar actividades de ensino que envolva o uso de mídias
impressas (jornais e revistas, principalmente), por exemplo, de montar aula prevendo o uso de
recursos como rádio, televisivos, vídeos e das mídias digitais mais avançadas como a Internet,
vídeo aulas e videoconferências.

Como parâmetro de avaliação no uso de TIC na educação é utilizado uma pesquisa realizada em
2012 em escolas públicas brasileiras sobre o uso de TIC na educação. Essa pesquisa é desenvolvida
pelo CETIC - Centro de Estudos sobre as tecnologias da Informação e da Comunicação

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anualmente desde o ano de 2010. O CETIC é um Centro de Estudos sobre as TIC e é responsável
pela coordenação e publicação de pesquisas sobre a disponibilidade e uso da Internet. Esses
estudos são referência para a elaboração de políticas públicas que garantam o acesso da população
às (TIC), assim como para monitorar e avaliar o impacto socioeconômico das TIC.

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3. CONCLUSÃO

Segundo o estudo feito, nota-se que: Os professores planificam as suas aulas usando
computadores, desta forma economiza-se o tempo, mas também as TICs facilitam na mediação
dos conteúdos, principalmente quando é usado um projector, facilitando assim a ilustração das
informações e exemplificação de aulas teóricas através de vídeo aulas. As tecnologias facilitam a
mediação das aulas na medida em que alunos são atribuídos trabalhos de casa e na investigação
servem para a busca de informações necessárias para a realização, mas também facilita a
exploração de conhecimentos em pouco tempo.

As tecnologias de informação e comunicação são muito importantes no processo de ensino e


aprendizagem, porque ajuda a ter informações do mundo todo em um só click, para além de
facilitar a comunicação com os demais colegas da turma na troca de informações da escola. As
TICs ajudam na melhoria do Processo de Aprendizagem duma vez que, eles procuram facilitar o
trabalho nas salas de aulas, fornecem saber de grande dimensão em curto tempo não tirando de
fora na ajuda aos alunos e professores a melhorarem a escrita no que diz respeito a ortografia.

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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Barreto, Raquel Goulart (2004). Tecnologia e Educação: Trabalho e Formação Docente.Educação


e Sociedade, Campinas, v. 25, n. 89.

Brasil (2006). Lei de Directrizes e Bases da Educação Nacional. Ministério da Educação.

Cervo, Amado; e Bervian, Pedro A (2002). Metodologia científica. São Paulo: Prentice.

Cortella, Mário Sérgio (1995). Informatofobia e Informatolatria: Equívocos na Educação.

Ferreira, Sueli. M. S. P (1994). Introdução as Redes Eletrônicas de Comunicação. Ciência e


Informática. Brasília, v.23, nº. 2, maio/ago.

Flores, P. A. Q. e Escola, J. J (2008). As novas tecnologias de informação e comunicação no


desenvolvimento da língua materna. In Actas do 7. Encontro Nacional (5.º Internacional) de
Investigação em Leitura, Literatura Infantil e Ilustração. Braga: Universidade do Minho.

Gates. Bill. (1995) - A Estrada do Futuro, Companhia das Letras, São Paulo.

Gatti, Bemadete (1993). Os agentes escolares e o computador no ensino. Acesso. São Pauto:
FDE/SEE. Ano 4, dez.93.

Gil, António Carlos (2008). Como elaborar projectos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas.

Governo de Moçambique. Ministério da Educação. Plano Tecnológico da Educação: As TIC a


potenciarem o Ensino em Moçambique, 1aVersao. Setembro de 2011.

Kenski. V.M, (1997) Novas tecnologias: o redimensionamento do espaço e do tempo e os impactos


no trabalho docente. Trabalho apresentado na XX Reunião Anual da ANPEd, Caxambu.

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