espionagem secretos em oito cidade s dos EUA po r:Ryan G al l aghe r, Henrik M ol t k e
OS SEGREDOS ESTÃO bem escondidos atrás de
resistentes paredes em cidades ao redor dos Estados Unidos, encastelados em arranha -céus sem janelas e de estrutura de concreto fortificada que foram construídas para suportar terremotos e até mesmo ataques nucleares . Milhares de pessoas passam pelo prédio todos os dias e raramente o dão muita atenção, pois seu papel não é conhecido pelo público. Eles são parte de uma das maiores redes de telecomunicação do mundo e também estão conectados ao controverso Programa de Monitoramento da National Security Agency.
Atlanta, Chicago, Dallas, Los Angeles, New York City, São
Francisco, Seattle e Washington, D.C. Em cada uma dessas cidades, o Intercept identificou uma instalação da AT&T contendo equipamento eletrônico que transporta grande quantidade do tráfego de internet dos Estados Unidos e do mundo. Um corpo de evidências, que incluem documentos confidenciais da NSA, registros públicos e entrevistas com vários ex-funcionários da AT&T, que indicam que os edifícios são centros para uma operação de espionagem que por anos monitorou bilhões de e-mails e chat online pelo território dos EUA. A NSA considera a AT&T como um de seus aliados mais confiáveis e destacou a "grande disposição em ajudar" da empresa. É uma colaboração que ocorre há décadas. Pouco se sabe, contudo, é que alcance não é restrito aos clientes da AT&T. De acordo com documentos da NSA, a agência valoriza a AT&T não apenas por “ter acesso à informação que transita pela nação”, mas por que mantém relações singulares com outras empresas de telefonia e internet. A NSA explora estas relações para propósitos de monitoramento, comandando a enorme infraestrutura da AT&T e usando sua plataforma para secretamente acessar comunicações transmitidas por outras empresas. Muitas vezes os programas de monitoramento da NSA foram denunciados. Mas poucos detalhes foram divulgados sobre a infraestrutura física que permite a espionagem. O ano passado, O Intercept apontou uma provável instalação da NSA na cidade de Nova York, em Lower Manhattan. Agora, revelando pela primeira vez uma série de outros edifícios pelos EUA que aparentemente servem papéis similares, como peças chave de um dos sistemas mais poderosos de espionagem eletrônica do mundo, escondidos em plena vista. É revelador e ameaçador a extensão do que está ocorrendo aqui em solo Americano,” disse Elizabeth Goitein, codiretora do Programa de Liberdade e Segurança Nacional no Centro Brennan pela Justiça. “Isto coloca rosto em um monitoramento que jamais pudemos pensar em termos de prédios e instalações de fato, em nossas cidades, em nossos quintais". Há centenas de propriedades da AT&T espalhados pelos EUA. Os oito edifícios identificados pelo Intercept servem papéis específicos, transmitindo dados de clientes da AT&T e também transportando grandes quantidades de dados de outros provedores de internet. Elas são conhecidas como instalações “backbone” e “peering”. Enquanto operadores de redes tendem a preferir enviar dados através de suas próprias redes, não raramente um meio mais direto e de bom custo-benefício é oferecido pela infraestrutura de outros provedores. Se uma rede de uma determinada área do país está sobrecarregada com dados do tráfego, outro operador com capacidade excedente por vender ou trocar banda, reduzindo a carga em uma área congestionada. Este intercâmbio de dados é chamado de “peering” ou parear e é uma característica essencial da internet. Por causa da posição da AT&T como uma das maiores empresas de telecomunicação dos EUA, uma grande parte de sua rede é frequentemente usada por outros provedores para transportar os dados de seus clientes. Empresas que “pareiam” com a AT&T incluem as gigantes das telecomunicações Americanas, Sprint, Cogent Communications e Level 3, como também as empresas estrangeiras como Sweden’s Telia, India’s Tata Communications, a Italiana Telecom Italia e a Alemã Deustche Telekom. AT&T atualmente detém 19.500 “pontos de presença” em 149 países onde tráfego de internet é operado. Mas apenas oito das instalações da empresa nos EUA oferece acesso direto à sua “backbone comum”, rota de dados chave que transportam vasta quantidade de e-mails, conversas em chat, atualizações de mídia social e acesso à navegadores de internet. Estas oito localidades estão entre as mais importantes da rede global da AT&T. Elas também são altamente valorizadas pela NSA, indicam documentos. Os dados operados entre a AT&T e outras redes ocorrem fora do controle da AT&T, dizem fontes, em data centers de terceiros que são propriedade e operados por empresas como a California’s Equinix. Mas os dados são encaminhados, inteiramente ou parcialmente, através dos oito prédios da AT&T, aonde a NSA tem participação. Monitorando o que se chama de “peering circuits” nas oito cidades, a agência de espionagem pode obter “não apenas dados da AT&T, eles terão todos os dados trocados entre a rede da AT&T e de outras empresas”, de acordo com Mark Klein, um ex-técnico da AT&T, que trabalhou com a empresa por 22 anos. É um local eficiente para conduzir monitoramento na internet, disse Klein, “porquê os links de peering, por natureza das conexões, são capazes de transportar o tráfego de todos em um ponto ou outro do dia, semana ou ano". Christopher Augustine, um porta-voz da NSA, disse em pronunciamento que a agência não “poderia negar ou confirmar seu papel em supostas atividades confidenciais de inteligência”. Augustine se recusou a responder perguntas sobre instalações da AT&T, mas disse que a NSA "conduz sua missão de operações de inteligência sob a autoridade legal estabelecida pelo Congresso e é obrigada por regulamento e lei a proteger a privacidade e as liberdades civis do povo dos EUA". Jim Greer, um porta-voz da AT&T, disse que a AT&T era "obrigada por lei a fornecer informações ao governo e instituições policiais, cooperado com ordens judiciais, intimações, quebra de sigilo judicial e outras obrigações legais". Ele complementou que a empresa fornece "auxílio voluntário às instituições policiais quando a vida de uma pessoa está em perigo ou em outras situações emergenciais imediatas. “Em todos os casos, nós nos asseguramos que pedidos para auxílio são válidos e que nós agimos em conforme com a lei”. Dave Schaeffer, CEO da Cogent Communications, disse ao Intercept que ele não tinha conhecimento do monitoramento nas oito instalações da AT&T, mas disse que ele acreditava na “premissa principal de que a NSA ou outra agência gostaria de vigiar o tráfego... em uma instalação da AT&T.” Ele disse que suspeitava que o monitoramento é provavelmente conduzido de “forma limitada”, em virtude de limitações técnicas e econômicas. Se a NSA estivesse tentando “monitorar onipresentemente” os dados que passam através da rede da AT&T, Schaeffer continuou, ele estaria “extremamente preocupado”. Sprint, Telia, Tata Communications, Telecom Italia e Deutsche Telekom não responderam aos pedidos por comentários. CenturyLink, que detém Level 3, disse que não iria discutir “questões de segurança nacional”. AS OITO LOCALIDADES são parte de um mapa ultrassecreto da NSA, que retrata as instalações nos EUA que a agência depende para uma de seus maiores programas de monitoramento, nomeado como FAIRVIEW. AT&T é a única empresa envolvida com FAIRVIEW, que foi primeiramente estabelecido em 1985, de acordo com documentos da NSA, e envolve a interceptação de cabos de telecomunicação internacional, roteadores e switches. Em 2003, a NSA lançou novos métodos de monitoramento em massa, onde foram pioneiros sob o projeto FAIRVIEW. Os métodos foram usados pela agência para coletar, dentro de alguns meses, alguns dos 400 bilhões de registros sobre comunicação e tráfego de usuários, relatado anteriormente pelo New York Times. FAIRVIEW também estava encaminhando mais de um milhão de e- mails todo dia para um "sistema de seleção de palavra—chave" para o quartel general da NSA em Fort Meade. Importante para a espionagem da internet são os oito “complexo de roteadores peering link”, que estão destacados no mapa ultrassecreto da NSA. As localidades dos mapas espelho das redes da AT&T, obtidas pelo Intercept de registros públicos, que mostram instalações de “backbone node com peering” em Atlanta, Chicago, Dallas, Los Angeles, New York City, São Francisco, Seattle e Washington, D.C. Um dos mapas da AT&T contém códigos únicos identificando endereços individualmente das instalações em cada uma das cidades. Dentre os prédios destacados, existe um resistente à impactos nucleares, uma instalação sem janelas na cidade de Nova York no bairro Hell’s Kitchen; em Washington, D.C, uma estrutura de concreto parecida com uma fortaleza a menos de 1,5KM ao sul da Capital dos EUA; Em Chicago, um edifício capaz de resistir terremotos na área de West Loop Gate; em Atlanta, uma arte decorativa de 130m no centro do distrito financeiro no centro da cidade; e em Dallas, um prédio cúbico com janelas estreitas e grande respiradouros externos, localizado no bairro Old East. Em outros locais na costa oeste dos EUA, existem outras três instalações: no centro de Los Angeles, uma impressionante torre de concreto próximo do Walt Disney Concert Hall e Staples Center, a duas quadras do mais importante tráfego de internet da região; em Seattle, um prédio de 15 andares com janelas escurecidas e fundações reforçadas de concreto, perto da costa da cidade; e ao Sul de São Francisco no bairro comercial, um edifício onde anteriormente fora afirmado que a NSA estava monitorando acesso ao tráfego de uma sala segura no sexto andar. Os sites de peering, também conhecidos na terminologia da AT&T como “Complexos de Service Node Routing” ou SNRCs, estavam sendo desenvolvidos a partir do boom da internet no meio e final dos anos 90. Em março de 2009, documentos da NSA dizem que estavam acessando "circuitos peering nos oito SNRCs”. O propósito das instalações era incrementar a rede da AT&T, aprimorando sua confiabilidade e permitindo futuro crescimento. Eles foram desenvolvidos sob liderança de inovador e engenheiro Iraniano-Americano chamado Hossein Eslambolchi, que foi anteriormente Oficial Chefe de Tecnologia e Presidente da AT&T Labs, uma seção da companhia que foca em pesquisa e desenvolvimento. Eslambolchi disse ao Intercept que o projeto que configurou as instalações começou depois que a AT&T pediu sua ajuda para criar “o maior protocolo de rede de internet do mundo". Ele foi de acordo e começou a implementar o design da sua rede posicionando grandes roteadores Cisco dentro de antigas instalações da AT&T de switching telefônicos ao redor dos EUA. Quando planejando o projeto, ele disse que dividiu a rede da AT&T em diferentes regiões, “e em cada quadrante eu vou ter o que chamarei de SNRC”. Durante seu emprego com a AT&T, Eslambolchi disse que teve que tomar vários testes de polígrafo e ele obteve uma permissão de segurança do governo. "Eu estive envolvido em projetos de alta, muito alta importância para algumas dessas agências de três letras", disse em uma aparente referência às agências de inteligência dos EUA., “Todos me amavam”. Ele não confirmaria ou negaria as exatas localidades dos outros oito locais de peering, identificados pelo Intercept ou discutir o trabalho confidencial que ele praticou enquanto na empresa. “Se você apontar uma arma para minha cabeça”, ele disse, “Eu não vou lhe falar”. Outros ex-funcionários da AT&T, entretanto, foram mais dispostos. Um ex-membro sênior da equipe técnica da AT&T, que falou em condição de anonimidade dada a sensibilidade do assunto, confirmou com “100 porcento” de certeza acerca das localizações de oito instalações de peering identificadas pelo Intercept. A fonte, mencionando conhecimento direto de instalações e suas funções, atestou os endereços dos edifícios em Atlanta, Dallas, Los Angeles, Nova York, Seattle e Washington, D.C. Um secundo ex-funcionário da AT&T confirmou as localidades de outros dois locais, em Chicago e São Francisco. “Eu trabalhei com todos eles”, disse Philip Long, que foi empregado pela AT&T por mais de duas décadas como técnico de manutenção em suas redes. O trabalho de Long com a AT&T ocorria em maior parte na Califórnia, mas ele disse que seu trabalho exigia que ele estivesse em contato com as outras instalações ao redor dos EUA. Em 2005, Long lembra que recebeu ordens para mover “cada circuito backbone que eu tinha ao nordeste da California”, através de do edifício da AT&T em São Francisco, identificado pelo Intercept como um dos 8 centros de espionagem da NSA. Long disse, que na época, ele se sentiu suspeito acerca das mudanças, pois foram muito desnecessárias e incomuns. “Nós achávamos que estávamos encaminhando nossos circuitos para que pudessem pegar todos os dados”, disse ele. “Nós achávamos que era o Governo espiando". Ele se aposentou de seu emprego com a AT&T em 2014. Um terceiro ex-funcionário da AT&T avaliou a pesquisa do Intercept e disse que acreditava que a mesma identificava precisamente todos as oito instalações. “A informação do site certamente parece correta”, disse Thomas Saunders, que trabalhou como consultor de dados de rede para a AT&T em Nova York entre 1995 e 2004. “Estes nódulos não irão sair daí”. UMA ESTIMATIVA DE 99 PORCENTO do tráfego intercontinental de internet é transportado através de centenas de cabos de fibra óptica ocultos abaixo dos oceanos do mundo. Uma grande parte dos dados e comunicações que passam através dos cabos é encaminhado em um momento para os EUA, parcialmente por causa da localização do país, situado entre a Europa, Oriente Médio e Ásia, e parcialmente por causa da proeminência de empresas de internet Americanas, que oferecem serviços para pessoas no mundo inteiro. A NSA chama esta situação de “vantagem de jogar em casa”, uma espécie de boa sorte geográfica. “O telefonema de um alvo, e- mail ou chat irá tomar o caminho mais barato, não o caminho mais direto”, disse um dos documentos da agência. “As comunicações do seu alvo poderia estar facilmente fluindo para e através dos EUA". Uma vez que o tráfego de internet chega em solo Americano, é operado pelas empresas Americanas. E é para isto que, para a NSA, a AT&T é tão indispensável. A empresa afirma que tem uma das redes mais poderosas do país, a maior de seu tipo nos EUA. AT&T rotineiramente lida com enormes quantidades de e-mails, ligações telefônicas e chat na internet. A partir de março de 2018, cerca de 197 peta bytes de dados, o equivalente de mais de 49 trilhões de páginas de texto ou 60 bilhões arquivos médios de mp3, sendo transportado através de suas redes a cada dia comercial. Os documentos da NSA, que vem da descoberta feita pelo Intercept através do whistleblower Edward Snowden, descreve a AT&T como “agressivamente envolvida” em auxiliar os programas de monitoramento da agência. Um exemplo disse aparentemente acontece em uma das oito instalações dentro da iniciativa confidencial chamada SAGUARO. Como parte da SAGUARO, a AT&T desenvolveu uma estratégia para auxiliar a NSA á espionar eletronicamente em dados da internet através de "peering circuits” nas oito localidades, nas quais foi dito que estavam conectadas ao "“backbone comum”, as maiores rotas de dados transportando tráfego da internet. A empresa trabalhou com a NSA para classificar comunicações fluindo através de suas redes na forma de valor de inteligência, priorizando dados dependendo de qual país fora derivado, de acordo com documento ultrassecreto da agência. Gráficos da NSA revelam que depois da coleta dos dados da AT&T, "links de acesso" e "peering partners”, é enviado para uma Instalação de Processamento Centralizado, chamada de PINECONE, localizada em Nova Jersey. Dentro da instalação PINECONE, existe um local seguro onde há tanto equipamento controlado pela NSA, quanto pela AT&T. Tráfego de internet passa através de uma “caixa de distribuição” da AT&T em dois sistemas da NSA. De lá em diante os dados foram encaminhados cerca de 320 quilômetros sudoeste para seu destino final. Quarteis da NSA em Forte Meade em Maryland. No conjunto em Maryland, as comunicações coletadas da rede da AT&T são integradas em sistemas poderosos chamados MAINWAY e Marina, nos quais a NSA utiliza para analisar metadados, como as seções “para” e “de” de e-mails e as datas e horários que foram enviados. As comunicações obtidas da AT&T também são acessíveis através de uma ferramenta chamado XKEYSCORE, que funcionários da NSA usam para buscar os conteúdos completos de e-mails, mensagens em chat, históricos de navegação, fotos de webcam, informações sobre downloads de serviços online e ligações de Skype. A MISSÃO PRINCIPAL da NSA é reunir inteligência estrangeira. A agência tem amplos poderes legais para monitorar e- mails, Durante as medidas da era Reagan, a Ordem Executiva 1233, a NSA tem o que é chamado “autoridade transitária”, que permite espionar em “comunicações que originam e tem como destino países estrangeiros, mas interagem com o território dos EUA”. Isso poderia incluir, por exemplo, um e-mail enviado por uma pessoa na França para uma pessoa no México, que encaminhado ao seu destino foi transferido através de um servidor na Califórnia. De acordo com documentos da NSA, foi utilizando a rede da AT&T em março de 2013 para reunir informações de 60 milhões de e-mails enviados entre estrangeiros todos os dias, 1.8 bilhão por mês. Sem uma ordem judicial individual, é ilegal para a NSA espionar comunicações que são integralmente domésticas, como e- mails enviados entre dois Americanos vivendo no Texas. Contudo, como consequência dos ataques de 11/09, a agência começou a espionar as ligações internacionais e e-mails dos Americanos que transitavam entre os EUA e outros países. Estas ações foram expostas pelo New York Times em 2005 e provocaram o que se tornou conhecido como o escândalo das “escutas ilegais”. Críticos afirmam que o monitoramento das comunicações internacionais dos Americanos era ilegal, porquê a NSA o conduziu sem obter mandados de juízes e em vez disso, agiu sob as ordens do Presidente George W. Bush. Em 2008, o Congresso influenciou a disputa e controversamente autorizou elementos do programa de escutas ilegais autorizando a Seção 702 do Ato de Monitoramento e Inteligência Estrangeira, ou FISA. A nova lei permitiu que a NSA continuasse varrendo as comunicações internacionais Americanas sem mandados, contanto que o fizesse “acidentalmente” enquanto buscava alvos estrangeiros fora do país, por exemplo, se estivesse monitorando indivíduos no Paquistão, e eles estivessem falando com Americanos por telefone, e-mail ou por chats na internet. Dentro da rede da AT&T, há equipamento de filtro projetado para separar dados de internet domésticos e estrangeiros antes de ser passado para a NSA, mostra documentos da agência. Filtrar tecnologia é usado comumente por provedores de internet por razões de segurança, permitindo que se mantenha informado em problemas dentro de suas redes, bloquear spam ou monitorar ataques hacker. Mas as mesmas ferramentas podem ser utilizadas para monitoramento governamental. “Você essencialmente pode enganar os roteadores para redirecionar uma pequena parcela do tráfego que você realmente se importa, o qual você pode monitorar mais detalhadamente”. Disse Jennifer Rexford, cientista de informática que trabalhou para laboratórios da AT&T entre 1996 e 2005.
De acordo com documentos da NSA, isto programa os
sistemas de monitoramento para focar em endereços IP específicos, um conjunto de números que identifica um computador, de acordo com o país. Um memorando confidencial de 2012 descreve os esforços da agência para utilizar endereços de IP para reter dados de internet transportados entre os EUA e "regiões de interesse” particulares, incluindo Irã, Afeganistão, Israel, Nigéria, Paquistão, Iêmen, Sudão, Tunísia, Líbia e Egito. Mas este processo não é uma ciência exata, uma vez que pessoas podem utilizar privacidade ou ferramentas de anonimidade para mudar ou falsear seu endereço de IP. Um indivíduo de Israel podia utilizar softwares de privacidade para se mascarar como se estivessem acessando a Internet nos EUA. Da mesma forma, um usuário dos EUA pode fazer parecer que está online em Israel. Não é claro quão efetivo são os sistemas da NSA em detectar tais anormalidades. Em outubro de 2011, o Tribunal de Inteligência e Monitoramento Estrangeira, que aprova as operações de monitoramento executadas sob a Seção 702 do FISA, descobriu que haviam "limitações tecnológicas” dos equipamentos de espionagem na internet da agência. Era “em geral incapaz de distinguir” alguns dos tipos de dados, afirmou o tribunal Como consequência, o Juiz John D. Bates sentenciou, que a NSA estava interceptando comunicações de "indivíduos não-alvo dos Estados Unidos e indivíduos nos Estados Unidos", violando as proteções da Quarta Emenda contra buscas e apreensões indevidas. A sentença, que foi desconfidencializada em agosto de 2013, concluiu que a agência adquiriu cerca de 13 milhões de "transações na internet” durante um período de seis meses, e ilegalmente reuniu “dezenas de milhares de comunicações integralmente domésticas” a cada ano. A raiz do problema era que tecnologia da NSA não estava apenas mirando comunicações enviadas de e para alvos específicos vigiados. Em vez disso, a agência estava buscando e-mails de indivíduos apenas se eles mencionassem informação particular sobre alvos vigiados. Um memorando ultrassecreto da NSA sobre a sentença do Tribunal, que não havia sido revelado anteriormente, explica que a agência estava coletando mensagem individuais em massa se uma única mensagem contivesse um “seletor”, como um endereço de e- mail ou número de telefone, que estivesse presente em uma lista de alvos. “Um exemplo disto é quando um usuário de um serviço de e- mail acessa sua caixa de entrada; se a caixa de entrada contém uma mensagem de e-mail que contém um seletor definido pela NSA, a agência irá adquirir uma cópia da caixa de entrada inteira e não apenas a mensagem individual que contém o seletor definido. A sentença do tribunal deixou a agência com duas opções: encerrar a espionagem baseada em menções de alvos completamente; ou garantir que proteções fossem instauradas para impedir a coleta de informações ilegais de serem avaliadas. A NSA escolheu a última opção, e criou um “banner de aviso” que alerta aos analistas para não ler mensagens privadas, a menos que eles possam confirmar que as mesmas foram legalmente obtidas. Mas o banner de aviso não resolveu o problema. Analistas da NSA continuam o acesso aos mesmos depósitos de dados, ilegalmente, para obter informações sobre os Americanos. Em Abril de 2017, a agência publicamente reconheceu tais violações, que descreveu como “Incidentes descuidados e complacentes”. Foi dito que os programas de monitoramento autorizados pela Seção 702 do FISA não seriam mais usados para coletar informações que mencionam alvos, citando “limitações tecnológicas, interesses da privacidade do povo dos Estados Unidos, e certas dificuldades de implementação". As mensagens que a NSA ilegalmente coletou foram reunidas utilizando um método de monitoramento conhecido como ”upstream” o qual a agência ainda utiliza para outros programas de monitoramento autorizados na Seção 702 do FISA e Ordem Executiva 12333. O método upstream envolve grampear comunicações enquanto estas estão se deslocando entre redes de internet, precisamente o tipo de espionagem eletrônica que aparentemente ocorreu em oito localidades identificadas pelo Intercept. O edifício da AT&T em Atlanta foi originalmente construído nos anos 20 como o principal ponto telefônico para o centro da cidade. A arquitetura artística, feita de calcário, foi projetada para ser a maior da cidade na época com 25 andares. Contudo, com a Grande Depressão, planos foram reduzidos e inicialmente, só possuía seis andares. Entre 1947 e 1963, o edifício foi ampliado para suportar 14 andares e uma grande torre de transmissão, visível por quilômetros, também foi adicionada. O perfil do edifício no site History Atlanta destaca que contém “operações, interações telefônicas e outros equipamentos de comunicação da AT&T”.
Mapas da NSA e AT&T apontam a instalação de Atlanta como
sendo um de oito complexos “peering” que operam tráfego de internet como parte do programa de monitoramento da NSA chamado FAIRVIEW. Um ex-funcionário da AT&T, que falou em condição de anonimidade, confirmou que o site foi um de oito principais “Complexos de Service Node Routing”, ou SNRCs, nos EUA. Documentos da NSA explicitamente descrevem a interação com fluxos de dados em todos os oito locais. Informações fornecidas por um segundo funcionário da AT&T adiciona evidências ligando o prédio em Atlanta à monitoramento da NSA. Mark Klein, um ex-técnico da AT&T, alegou que em 2006 a empresa permitiu que a NSA instalasse equipamento de monitoramento em alguns de seus complexos de rede. Uma instalação da AT&T em Atlanta foi um dos locais espiões, de acordo com documentos que Klein apresentou em um processo legal acerca da suposta espionagem. A instalação de Atlanta era equipada com equipamento “splitter”, que era utilizado para fazer cópias do tráfego de internet enquanto a rede da AT&T o processava. A cópia dos dados então seria direcionada para "equipamento SG3, uma referência ao “Grupo de Estudos 3”, que era um código que a AT&T utilizava para atividades relacionadas com monitoramento da NSA, de acordo com evidências do caso Klein.
A instalação de Atlanta é provável ser de importância
estratégica para a NSA. O local é o mais próximo de um dos maiores centros de encaminhamento de internet da AT&T em Miami, de acordo com a NSA e mapas da AT&T. Sob cabos submarinos que circundam Miami, grandes fluxos de dados passam entre os EUA e a América do Sul. É provável que muito dos dados é encaminhado através da instalação de Atlanta e está sendo mandado para e dos EUA. Nos últimos anos, a NSA extensamente mirou vários países Latino Americanos, como México, Brasil e Venezuela, para monitoramento. Como outros grandes complexos de telecomunicações construídos no final dos anos 60 e começo dos 70, o prédio da AT&T em Chicago foi projetado durante a Guerra Fria para suportar ataques nucleares. O arranha-céu de 164 metros, localizado na área West Loop Gate da cidade, foi finalizado em 1971. Há janelas tanto no topo quanto na base da enorme estrutura de concreto, mas 18 de seus 28 andares não possuem janelas. De acordo com o Chicago Sun-Times, a instalação lida com muito do tráfego de telefone e internet da cidade e é equipado com bancos de roteadores, servidores e sistemas switching. “Este prédio toca cada residente da cidade”. Disse Jim Wilson, um gerente de setor da AT&T, a um jornal em 2016. Um dos arquitetos do edifício, John Augur Holabir, disse em uma entrevista de 1998, que abrigava "uma grande central telefônica". Ele continua: "No caso de uma bomba atômica atingir Milwaukee, você ficará feliz de saber que sua linha telefônica ainda estará conectada mesmo que o resto de nós tenha sido exterminado. E é pra isso que esse edifício foi construído." O Nº 10 da Rua South Canal, originalmente continha um tanque de petróleo com capacidade para armazenar 3785 m³ de petróleo, gerador de turbina e uma fonte de água, de forma que poderia continuar funciona por mais de duas semanas sem eletricidade ou água da cidade, de acordo com a transmissora de Illinois, WBEZ. O edifício é "fixado em base rochosa, que ajuda a suportar o peso do equipamento interno, e dá mais resistência para explosões e terremotos", relatou a WBEZ. Hoje, a instalação contém seis grandes geradores V-16 yellow Caterpillar que podem fornecer energia reserva no caso de uma falha elétrica, de acordo com o Chicago Sun Times. Dentro do arranha- céu, a AT&T armazena cerca de 760 mil litros(757 m³) de óleo diesel, suficiente para manter os geradores por 40 dias. Mapas da NSA e Atlanta apontam a instalação de Atlanta como sendo um de oito complexos “peering” que operam tráfego de internet como parte do programa de monitoramento da NSA chamado FAIRVIEW. Philip Long, que foi funcionário da AT&T por mais de duas décadas como técnico assistindo suas redes, confirmou que o local de Chicago era um dos oito principais “Complexos de Service Node Routing”, ou SNRCs, nos EUA. Documentos da NSA explicitamente descrevem a interação com fluxos de dados em todos os oito locais. Este edifício da AT&T é uma estrutura cúbica, fortificada, localizada na região Old East de Dallas, não distante da Baylor Univeristy Medical Center. Construído em 1961, tem uma leve cor amarelo e branco com fundação de granito. Uma grande ventilação é visível do exterior do prédio, enquanto várias janelas estreitas, muitas das quais aparentam ter sido escurecidas ou cobertas em vidro refletivo.
A instalação no Nº 4211 da Bryan Street é localizada próxima
de outros prédios possuídos pela AT&T, incluindo um complexo de torres de encaminhamento telefônico que foi primeiramente construído em 1904. Uma matéria sobre o complexo telefônico no Dallas Observer o descreveu como um “prédio sinistro e imponente” que é "conhecido em alguns círculos como a Grande Muralha Bege”.
De acordo com o site do Central Office, que recorta edifícios de
telecomunicação ao redor dos EUA, o complexo telefônico de Dallas é “o principal maquinário da AT&T para serviços de longa distância e ligações convencionais na região de Dallas, Texas". Hoje, o prédio também tem “as principais conexões de fibra para Plano, Irving, Tulsa, Oklahoma City, Ft. Worth, Abilene, Houston e Austin”, continua o site. Mapas da NSA e AT&T apontam a instalação no Nº 4211 na Bryan Street como sendo um de oito complexos “peering” que operam tráfego de internet como parte do programa de monitoramento da NSA chamado FAIRVIEW. Um ex-funcionário confirmou que o local foi um de oito principais “Complexos de Service Node Routing”, ou SNRCs, nos EUA. Documentos da NSA explicitamente descrevem a interação com fluxos de dados em todos os oito locais. No momento da construção em 1961, o edifício da AT&T conhecido como Madison Complex era o mais alto edifício no centro de Los Angeles. Desde então foi reduzido por um número de arranha-céus corporativos que circundam o Distrito Financeiro. Localizado entre Chinatown e o Staples Center, a estrutura que tem ares de fortaleza, é um dos maiores escritórios de central telefônica nos EUA. “O número teórico de linhas telefônicas que podem ser fornecidas por este escritório são 1.3 milhões e este escritório também serve como um mediador estrangeiro para códigos locais”, de acordo com o Central Office, um site que cria perfis sobre os complexos telefônicos do EUA. O edifício de 136 metros e 17 andares é bege, retangular e em maior parte, sem janelas. Em seu teto, há uma grande torre de transmissão, que foi originalmente utilizada para transmitir ligações telefônicas através da rede de antenas. A tecnologia da torre se tornou obsoleta no começo dos anos 90 e teve seu funcionamento interrompido. Ainda permanece posicionada hoje em dia como uma espécie de monumento aos métodos obsoletos de comunicação e faz contraste com os edifícios mais contemporâneos das proximidades, muitos deles possuídos por bancos. O Madison Complex é localizado a apenas duas quadras de One Wilshire, que abriga o que se diz ser o maior tráfego de internet da Costa Oeste dos EUA. Bilhões de ligações telefônicas, e-mails e páginas da internet passam através de One Wilshire toda semana”, o Los Angeles Times reportou em 2013, “porquê é o terminal para os maiores cable routes de fibra óptica entre a Ásia e América do Norte”. Dada a proximidade do Madison Complex e One Wilshire, e seus papeis compartilhados enquanto complexos de telecomunicação, é provável que os edifícios operem parte dos dados, uma vez que estão sendo encaminhados através de redes nos EUA. Mapas da NSA e AT&T apontam a instalação Madison Complex como sendo um de oito complexos “peering” que operam tráfego de internet como parte do programa de monitoramento da NSA chamado FAIRVIEW. Um ex-funcionário confirmou que o local foi um de oito principais “Complexos de Service Node Routing”, ou SNRCs, nos EUA. Documentos da NSA explicitamente descrevem a interação com fluxos de dados em todos os oito locais. Foi construído em 1964 como a primeira grande fortaleza de telecomunicações de Nova York. O impressionante prédio de concreto e granito da AT&T, localizado na região de Hell’s Kitchen, cerca de 15 minutos de caminhada a partir do Central Park, tem 134 metros de altura, com 21 andares, cada um deles sem janelas e construído para resistir explosões nucleares. Um artigo do New York Times publicado em 1975 assinala que o N° 811 na 10ª Avenida foi "o primeiro de vários edifícios sem janelas a serem construídos" ele complementou afirmando que seu design inicialmente "causou considerável controvérsia”. De acordo com registros da AT&T, o edifício é um “data center Telco robusto” e foi incrementado em 2000 para se tornar um data center de internet. Thomas Saunders, um ex-engenheiro da AT&T, disse ao Intercept que, nos anos 70, o edifício era considerado o maior “complexo para transmissão [de comunicações] do país”. Sanders também afirma que, se Bush estivesse em Manhattan durante os ataques de 11/09, o Serviço Secreto o teria levado para a segurança de dentro da instalação da AT&T. “É o prédio mais resistente da cidade", ele disse. Mapas da NSA e AT&T apontam a instalação da 10ª Avenida como sendo um de oito complexos “peering” que operam tráfego de internet como parte do programa de monitoramento da NSA chamado FAIRVIEW. Dois ex-funcionários confirmam que o local foi um de oito principais “Complexos de Service Node Routing”, ou SNRCs, nos EUA. Documentos da NSA explicitamente descrevem a interação com fluxos de dados em todos os oito locais.
O projeto do edifício tem semelhança com outros edifícios
sem janelas na cidade de Nova York, a torre arranha-céu da AT&T no Nº 33 em Thomas Street em lower Manhattan. O Intercept relatou em 2016, que o Nº 33 em Thomas Street é um grande complexo para encaminhar ligações internacionais e aparentemente contém uma sala segura da NSA pra monitoramento, de codinome TITANPOINTE, que foi utilizada para interceptar faxes e ligações telefônicas. Documentos da NSA e AT&T indicam que o edifício na 10ª Avenida serve para a NSA como o equivalente de internet para o Nº 33 da Thomas Street. Enquanto a monitoramento da NSA no Nº 33 em Thomas Street primariamente visa ligações telefônicas que passam pelo edifício através dos switching points internacionais, o local na 10ª Avenida primariamente coleta e-mails, conversas em chat e dados de navegação na internet. Este edifício da AT&T em São Francisco foi descrito como o “centro nervoso” das telecomunicações da cidade. Tem cerca de 80 metros, 9 andares e seu exterior é coberto em painéis prateados; existem uma série de respiradouros que ser vistos a partir da rua, mas há poucas janelas.
Mapas da NSA e AT&T obtidos pelo Intercept indicam que o
Nº 611 da Folsom Street é um de oito complexos “peering” nos EUA que opera tráfego de internet como parte do programa de monitoramento da NSA chamado de FAIRVIEW. Philip Long, que foi funcionário da AT&T por mais de duas décadas como técnico assistindo suas redes, confirmou que o local de Chicago era um dos oito principais “Complexos de Service Node Routing”, ou SNRCs, nos EUA. Documentos da NSA explicitamente descrevem a interação com fluxos de dados em todos os oito locais. Long relembra que no começo dos anos 2000, ele “moveu cada circuito backbone de internet que tinha ao nordeste da Califórnia", através do escritório da Folsom Street. Na época, ele disse, ele e seus colegas acharam estranho que foram informados para subitamente retransmitir todo o tráfego porquê “não havia nada de errado com o serviço, nenhum problema operacional". “Nós recebemos ordens para mover os backbones... então eu simplesmente entendi", disse Long. “Nós achamos que era coisa do governo e que eles estavam sendo invasivos”. “Nós achávamos que estávamos encaminhando nossos circuitos para que eles pudessem pegar todos os dados”, disse ele. Não é a primeira vez que o edifício está envolvido em revelações sobre espionagem eletrônica. Em 2006, um técnico da AT&T chamado de Mark Klein alegou sob juramento em um depoimento judicial que a NSA estava interagindo com o tráfego de internet em uma sala segura no sexto andar da instalação. Klein, que trabalhou no Nº 611 na Folsom Street entre outubro de 2003 e maio de 2004, afirmou que funcionários da agência visitaram o edifício e recrutaram um dos técnicos gerentes da AT&T para conduzir um “trabalho especial”. O trabalho envolvia instalar um “splitter cabinet” que copiava dados da internet enquanto fluíam pelo prédio, antes de desviá-lo para a sala segura. Ele disse que os equipamentos na sala segura incluíam um “analisador de tráfego semântico”, uma ferramenta que pode ser utilizada para buscar grandes quantidades de dados por palavras chave ou frases contidas em e-mails ou conversas em chat. Notavelmente, Klein descobriu que a NSA aparentava mirar especificamente “peering links” da internet, o que é corroborado pela NSA e documentos da AT&T obtidos pelo Intercept. “Através do acesso aos peering links, eles não apenas pegam os dados da AT&T, eles pegam todos os dados trocados pela rede da AT&T e outras empresas”, Klein disse ao Intercept em entrevista recente. De acordo com documentos fornecidos por Klein, a rede da AT&T na Folsom Street, fazia “peer” com outras empresas como Sprint, Cable & Wireless e Qwest. Também era conectado, disse ele, há um tráfego de internet chamado MAE West, um grande data hub em São Jose, California, onde outras empresas conectam suas redes juntas. Sprint não respondeu ao pedido por comentários. Um porta- voz da Cable & Wireless disse que a empresa revela dados "apenas quando é legalmente obrigada a fazê-lo como resultado de um mandado ou outro processo judicial". Em 2011, CenturyLink adquiriu Qwest como parte de um acordo de fusão de 12.2 bilhões. Um porta-voz da Centurylink disse que não podia discutir “questões de segurança nacional”. A instalação de Seattle é localizada no centro da cidade, não longe da costa. O prédio cinzento tem 15 andares, com uma dúzia de janelas escurecidas, estreitas e respiradouros que se erguem ao topo. De acordo com registros públicos, foi primeiramente construído em 1955 e tem fundações reforçadas de concreto e paredes exteriores que são apoiadas por uma moldura de aço. Historicamente, a instalação foi um importante switching point de comunicações no Noroeste dos EUA, encaminhando ligações entre lugares como Bellingham, Spokane, Yakima e ao Norte no Canadá e Alaska. Hoje, o edifício aparenta ser possuído principalmente pela Qwest Corporation, uma subsidiária da CenturyLink, mas AT&T também tem uma presença no interior do prédio. O logo da AT&T está fixado em uma placa ao lado da entrada do edifício. 40 quilômetros ao norte de Seattle, existe um grande cabo submarino chamado Pacific Crossing-1, que encaminha comunicações entre os EUA e o Japão; é possível que o edifício de Seattle opere alguma dessas comunicações e outras que passam entre a Costa Oeste dos EUA e a Ásia. Mapas da NSA e NSA apontam a instalação de Seattle como sendo um de oito complexos “peering” que operam tráfego de internet como parte do programa de monitoramento da NSA chamado FAIRVIEW. Um ex-funcionário confirmou que o local foi um de oito principais “Complexos de Service Node Routing”, ou SNRCs, nos EUA. Documentos da NSA explicitamente descrevem a interação com fluxos de dados em todos os oito locais. O edifício é uma instalação retangular com poucas janelas, grande, de concreto, localizada a menos de 2 quilômetros ao sul da Capital dos EUA. Registros tributários da propriedade mostram que a Verizon possui a maior parte da propriedade(avaliada em US$ 26 milhões), enquanto a AT&T possui menor parte(avaliado em US$8.8 milhões). Plantas da disposição interna do edifício mostram que a AT&T tem espaços no quarto, quinto e sexto andares. Central Office Buildings, um site que cria perfis de complexos de telecomunicação na América do Norte, descreve a instalação no Nº 30 e na Street South West como “o quartel-general ancião das linhas de telefone fixo da Verizon em Washington, DC”. Ele complementa que o edifício contém "uma enorme quantidade de switches de diversos tipos”, incluindo equipamento da AT&T para transferir ligações de longa distância através de redes. A Polícia da Capital tem um escritório localizado em frente ao complexo de telecomunicações e um grande número de veículos da polícia são comuns ao redor do local. Quando o Intercept visitou a instalação para tirar fotografias anteriormente esse ano, dentro de minutos, vários policiais armados apareceram no local com cães. Eles questionaram nosso repórter, fizeram uma busca em seu carro e disseram que o edifício era considerado infraestrutura crítica. Mapas da NSA e AT&T apontam a instalação de Washington, D.C como sendo um de oito complexos “peering” que operam tráfego de internet como parte do programa de monitoramento da NSA chamado FAIRVIEW. Um ex-funcionário confirmou que o local foi um de oito principais “Complexos de Service Node Routing”, ou SNRCs, nos EUA. Documentos da NSA explicitamente descrevem a interação com fluxos de dados em todos os oito locais.