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Pela 50ª vez, as mortes causadas por covid-19 confirmadas de um dia para o outro
ultrapassam mil registros no Brasil. Foram 1.262 notificações entre quarta e esta quinta-
feira (13), de acordo com levantamento do Conass (Conselho Nacional dos Secretários de
Saúde), com registros compilados até 18h. O total de óbitos é de 105.463.
Em números absolutos, o estado de São Paulo lidera o ranking de vítimas fatais com
26.324 registros, seguido pelo Rio de Janeiro, com 14.412, Ceará (8.088), Pernambuco
(7.084) e Pará (5.917).
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Quanto aos casos confirmados, o acumulado é de 3.224.876, sendo 60.091 notificados
nas últimas 24 horas.
Na comparação mundial, Brasil fica atrás apenas dos Estados Unidos no ranking mundial
e é o segundo país com mais mortes causadas pela covid-19, de acordo com o
mapeamento do Centro de Recursos de Coronavírus da Universidade Johns Hopkins.
O novo coronavírus já causou mais de 751 mil mortes no mundo. São cerca de 20,7
milhões de casos confirmados, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins
atualizados nesta quarta.
Interiorização da epidemia
A situação muda ao olhar para o quadro regional. Na comparação entre as duas últimas
semanas epidemiológicas analisadas no boletim do Ministério da Saúde, na região Norte,
houve aumento de 14% nos casos e de 15% nas mortes. No Nordeste, houve queda de
12% nos casos e de 6% nos óbitos. No Sul, Sudeste e Centro-Oeste, foi registrada
estabilização tanto de casos quanto de mortes. O cenário, contudo, também é muito
diverso de um estado para o outro.
Das 6.914 mortes registradas na semana encerrada em 2 de agosto no Brasil, 51% foram na região
metropolitana e 49% no interior, de acordo com Ministério da Saúde.
Segundo o boletim, em 2020 foram notificadas 548.353 hospitalizações por SRAG, sendo
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278.714 (50,8%) identificadas NA NEWSLETTER
como covid-19, 178.079 (32,5%) DE NOTÍCIAS
causadas por agente não
especificado, 85.435 (15,6%) em investigação e o restante provocada por
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patológicos.
Quanto aos óbitos por SRAG, são 144.663 contabilizados no ano, sendo 98.195 (67,2%)
por covid-19, 41.998 (29,5%) causados por agente não especificado, 3.575 (2,6%) em
investigação e o restante provocada por outros agentes patológicos.
O perfil das vítimas de covid-19 é 72,3% acima de 60 anos, 58% do sexo masculino e
61,8% com menos um fator de risco, como cardiopatia ou diabetes.
Quanto à raça/cor, 35,8% das mortes foram de pessoas identificadas como pardas,
seguidas por brancas (28,7%), pretas (5,2%), amarelas (1,1%) e indígenas (0,4%). Segundo o
boletim, 28,9% dos registros não tinham essa informação.
Subnotificação da pandemia
Em junho, houve uma série de idas e vindas na forma de divulgação dos boletins
epidemiológicos do Ministério da Saúde. Após atrasar o horário de envio dos dados, a
pasta deixou de informar o acumulado de mortes e diagnósticos em 5 de junho. A
divulgação regular só foi retomada em 9 de junho, após decisão do STF (Supremo
Tribunal Federal).
A pasta também chegou a anunciar que adotaria uma nova metodologia, com boletins
diários de óbitos ocorridos nas últimas 24 horas e não confirmados. A mudança, contudo,
não foi colocada em prática até agora.
Com a mudança, as “novas mortes” seriam menores. A medida também evita notícias
negativas sobre recordes de óbitos diários. Integrantes do governo de Jair Bolsonaro,
especialmente a ala militar, têm criticado esse tipo de cobertura jornalística.
Há uma atraso entre o dia em que a morte ocorreu e o dia em que essa informação foi
confirmada em laboratório que pode ser superior a um mês. Por esse motivo, para fins de
entender a curva epidemiológica e viabilizar comparações, os países têm disponibilizado
os dados dos óbitosINSCREVA-SE
por data de confirmação.
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No final de junho, o ministério INSCREVA-SE!
anunciou que a notificação de casos do novo coronavírus
poderia ser feita pelo médico apenas por critérios clínicos, sem esperar o resultado
laboratorial. Na prática, a mudança pode ser um incentivo a menos para aplicação de
testes RT-PCR (moleculares), forma mais precisa de diagnóstico.
De acordo com boletim do Ministério da Saúde, foram distribuídos 5.397.908 testes RT-
PCR. Após essa etapa, também há entraves até o resultado do exame. Como o HuffPost
vem noticiando, a lentidão no processamento de testes laboratoriais, que detectam tanto
a causa da morte quanto se a pessoa foi contaminada, leva a um atraso nos dados
oficiais.
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Marcella Fernandes Repórter NA NEWSLETTER
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