Você está na página 1de 7

N OT Í C I A S 13/08/2020 18:32 -03

Pela 50ª vez, mais de mil mortes de covid-19 são


registradas de um dia para o outro
Total de óbitos é de 105.463; casos confirmados somam 3.224.876.
By Marcella Fernandes

Pela 50ª vez, as mortes causadas por covid-19 confirmadas de um dia para o outro
ultrapassam mil registros no Brasil. Foram 1.262 notificações entre quarta e esta quinta-
feira (13), de acordo com levantamento do Conass (Conselho Nacional dos Secretários de
Saúde), com registros compilados até 18h. O total de óbitos é de 105.463.

Em números absolutos, o estado de São Paulo lidera o ranking de vítimas fatais com
26.324 registros, seguido pelo Rio de Janeiro, com 14.412, Ceará (8.088), Pernambuco
(7.084) e Pará (5.917).


INSCREVA-SE NA NEWSLETTER DE NOTÍCIAS
endereço@email.com INSCREVA-SE!
Quanto aos casos confirmados, o acumulado é de 3.224.876, sendo 60.091 notificados
nas últimas 24 horas.

Na comparação mundial, Brasil fica atrás apenas dos Estados Unidos no ranking mundial
e é o segundo país com mais mortes causadas pela covid-19, de acordo com o
mapeamento do Centro de Recursos de Coronavírus da Universidade Johns Hopkins. 

Os 2 países repetem as posições também em relação ao número de diagnósticos. No


território norte-americano, foram registrados mais de 5,2 milhões de casos. A diferença
das taxas de testagem entre os dois países - mais de 30 mil testes por milhão de
habitantes nos EUA e menos de 10 mil por milhão de habitantes no Brasil - é uma
evidência da subnotificação da crise sanitária no cenário brasileiro.

Na comparação que considera a população de cada nação, de acordo com dados da


OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil está na 11ª posição tanto em relação aos
óbitos - com 484,69 por milhão de habitantes - quanto aos diagnósticos - com 14.629,49
casos por milhão de habitantes. Na semana passada, ocupava o 12ª lugar.

O novo coronavírus já causou mais de 751 mil mortes no mundo. São cerca de 20,7
milhões de casos confirmados, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins
atualizados nesta quarta.

Interiorização da epidemia

Quando olhamos os dados acumulados nacionais, os gráficos epidemiológicos assumiram


a forma de platô, em vez de um pico de casos e mortes acumulados. Na avaliação do
Secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, os números mostram que há uma
“tendência de queda” nos indicadores epidemiológicos de modo geral.

Houve uma inversão de comportamento ao longo do tempo, com a interiorização da


epidemia. Segundo boletim divulgado nesta quarta pelo Ministério da Saúde, 5.485
(98,5%) dos municípios têm casos confirmados de covid-19 e 3.785 (69%) cidades
registraram mortes causadas pela covid-19. 

Das 6.914 mortes registradas na semana



INSCREVA-SE NAencerrada em 2 de DE
NEWSLETTER agosto, 51% foram na região
NOTÍCIAS
metropolitana e 49% no interior, de acordo com o documento. 
endereço@email.com INSCREVA-SE!
Já a média diária de óbitos na última semana analisada foi de 988, nível um pouco abaixo
semanas anteriores, quando estava acima de mil. A primeira vez que o Brasil registrou
mais de mil mortes por dia foi em 19 de maio. Desde então, isso aconteceu 50 vezes.
Quanto aos casos, a semana encerrada em 2 de agosto foi uma das mais graves da
pandemia do novo coronavírus no Brasil. A média diária de diagnósticos foi de 43.505,
patamar semelhante ao da semana anterior (44.766). Desde o meio de julho, houve um
salto nesse indicador. No fim de junho, o ministério ampliou os critérios de diagnóstico.

A situação muda ao olhar para o quadro regional. Na comparação entre as duas últimas
semanas epidemiológicas analisadas no boletim do Ministério da Saúde, na região Norte,
houve aumento de 14% nos casos e de 15% nas mortes. No Nordeste, houve queda de
12% nos casos e de 6% nos óbitos. No Sul, Sudeste e Centro-Oeste, foi registrada
estabilização tanto de casos quanto de mortes. O cenário, contudo, também é muito
diverso de um estado para o outro.

MAURO PIMENTEL VIA GETTY IMAGES

Das 6.914 mortes registradas na semana encerrada em 2 de agosto no Brasil, 51% foram na região
metropolitana e 49% no interior, de acordo com Ministério da Saúde.

Quem morre por covid-19 no Brasil

Segundo o boletim, em 2020 foram notificadas 548.353 hospitalizações por SRAG, sendo

INSCREVA-SE
278.714 (50,8%) identificadas NA NEWSLETTER
como covid-19, 178.079 (32,5%) DE NOTÍCIAS
causadas por agente não
especificado, 85.435 (15,6%) em investigação e o restante provocada por
endereço@email.com outros agentes
INSCREVA-SE!
patológicos.
Quanto aos óbitos por SRAG, são 144.663 contabilizados no ano, sendo 98.195 (67,2%)
por covid-19, 41.998 (29,5%) causados por agente não especificado, 3.575 (2,6%) em
investigação e o restante provocada por outros agentes patológicos.

O perfil das vítimas de covid-19 é 72,3% acima de 60 anos, 58% do sexo masculino e
61,8% com menos um fator de risco, como cardiopatia ou diabetes.

Quanto à raça/cor, 35,8% das mortes foram de pessoas identificadas como pardas,
seguidas por brancas (28,7%), pretas (5,2%), amarelas (1,1%) e indígenas (0,4%). Segundo o
boletim, 28,9% dos registros não tinham essa informação.

Subnotificação da pandemia

Em junho, houve uma série de idas e vindas na forma de divulgação dos boletins
epidemiológicos do Ministério da Saúde. Após atrasar o horário de envio dos dados, a
pasta deixou de informar o acumulado de mortes e diagnósticos em 5 de junho. A
divulgação regular só foi retomada em 9 de junho, após decisão do STF (Supremo
Tribunal Federal).

A pasta também chegou a anunciar que adotaria uma nova metodologia, com boletins
diários de óbitos ocorridos nas últimas 24 horas e não confirmados. A mudança, contudo,
não foi colocada em prática até agora.

Na prática, ela inviabilizava uma comparação com os dados anteriores, dificultando a


compreensão da evolução da pandemia no Brasil. Ela também atrapalharia a comparação
dos números com outros países, por adotar critérios distintos do resto do mundo. 

Com a mudança, as “novas mortes” seriam menores. A medida também evita notícias
negativas sobre recordes de óbitos diários. Integrantes do governo de Jair Bolsonaro,
especialmente a ala militar, têm criticado esse tipo de cobertura jornalística.

Há uma atraso entre o dia em que a morte ocorreu e o dia em que essa informação foi
confirmada em laboratório que pode ser superior a um mês. Por esse motivo, para fins de
entender a curva epidemiológica e viabilizar comparações, os países têm disponibilizado
os dados dos óbitosINSCREVA-SE
por data de confirmação.

NA NEWSLETTER DE NOTÍCIAS
endereço@email.com
No final de junho, o ministério INSCREVA-SE!
anunciou que a notificação de casos do novo coronavírus
poderia ser feita pelo médico apenas por critérios clínicos, sem esperar o resultado
laboratorial. Na prática, a mudança pode ser um incentivo a menos para aplicação de
testes RT-PCR (moleculares), forma mais precisa de diagnóstico.
De acordo com boletim do Ministério da Saúde, foram distribuídos 5.397.908 testes RT-
PCR. Após essa etapa, também há entraves até o resultado do exame. Como o HuffPost
vem noticiando, a lentidão no processamento de testes laboratoriais, que detectam tanto
a causa da morte quanto se a pessoa foi contaminada, leva a um atraso nos dados
oficiais.

Há uma subnotificação de casos confirmados ainda maior devido à limitação de testes de


diagnóstico. Na prática, o exame tem sido direcionado apenas aos casos graves. A baixa
testagem é um dos entraves apontados por sanitaristas para a flexibilização do
isolamento social. 

Segundo o Ministério da Saúde, 3.810.322 exames moleculares haviam sido processados


até 2 de agosto. A taxa de positividade era de 37,4% nos laboratórios públicos e de 31,2%
nos particulares.

De acordo com painel da pasta, 7.976.380 testes rápidos sorológicos foram entregues.


Segundo o boletim, 5.532.136 testes sorológicos (rápidos e laboratoriais) foram feitos. Os
testes moleculares informam se a pessoa está infectada naquele momento. Os
sorológicos, se há anticorpos no organismo. 

LEIA MAIS:

Ministério da Saúde promete estratégia única de vacinação para covid-19

Sem informações, governo do Paraná fecha acordo com Rússia para testar
vacina no Brasil

Resultados prévios da vacina da Sinovac mostram resposta imune, mas


com limitações


INSCREVA-SE
Marcella Fernandes Repórter NA NEWSLETTER
de Política DEHuffPost
e Mulheres do NOTÍCIASBrasil

endereço@email.com INSCREVA-SE!
Envie e-mail com correções ou comentários

ETC:
coronavírus saúde

Publicidade

Comentários

Não perca essa oportunidade.


Anúncio BMW

Não chame o chaveiro! Veja como retirar uma chave que quebrou dentro de um cadeado
Conselhos E Truques Patrocinado

10 carros usados que envelhecem nas lojas


TG Centro Automotivo Patrocinado

Você vai amar essas fotos adoráveis de um cachorro e uma coruja que são
BuHamster.com Patrocinado

9 filmes com forte carga erótica disponíveis em streaming no Brasil

No clima para filmes com cenas calientes ou fetiches malucos? Então veja a nossa lista.

Veja as 40 mulheres mais belas do Brasil inteiro


Gloriousa Patrocinado

Recomendado Para Você


'Sai daqui', diz Bolsonaro para mulher que diz se sentir traída após ter votado nele

INSCREVA-SE NA NEWSLETTER DE NOTÍCIAS
endereço@email.com
Natura vira alvo de ódio nas redes ao homenagear todos os pais emINSCREVA-SE!
campanha com
Thammy

No pior dia da pandemia, Lula diz 'ainda bem' que natureza criou coronavírus e Bolsonaro
faz piada
Após confusão, OMS diz estar 'convencida' de que assintomáticos transmitem covid-19

NOTÍCIAS TAMO JUNTO

CORONAVÍRUS COMIDA

MULHERES ENTRETENIMENTO

LGBT

ORGULHO

QUEM SOMOS

RSS

POLÍTICA DE PRIVACIDADE

TERMOS DO SERVIÇO

PERGUNTAS FREQUENTES

Copyright © 2020 Oath Inc. Todos os direitos reservados.


Parte da HuffPost News

The Huffington Post


INSCREVA-SE NA NEWSLETTER DE NOTÍCIAS
endereço@email.com INSCREVA-SE!

Você também pode gostar