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Mahābhārata महाभारत
Idioma Sânscrito
País Índia
Gênero Epopeia
A origem do Mahabharata está ligada à tradição oral na Índia, que remonta há mais de cinco
mil anos[4]. "Mesmo antes que os textos Védicos fossem escritos eles eram transmitidos
pelo que se considera um meio especialmente desenvolvido de uma forma sofisticada de
transmissão oral"[5]. Ainda hoje a oralidade é um importante meio de transmissão dos textos
do Mahabharata, inclusive na língua portuguesa (http://podtail.com/podcast/gloria-arieir
a/) .
O Mahabharata é visto por alguns autores como o texto sagrado de maior importância no
hinduísmo, e pode ser considerado um verdadeiro manual de psicologia-evolutiva de um ser
humano. A obra discute o tri-varga ou as três metas da vida humana: kama ou desfrute
sensorial, artha ou desenvolvimento econômico e dharma, a religiosidade que se resume a
códigos de conduta moral e rituais. Além dessas metas, o Maabárata trata de moksha, ou a
liberação do ciclo de tri-varga e a saída do samsara, ou ciclo de nascimentos e mortes. Em
outras palavras, é uma obra que visa ao conhecimento da natureza do "eu" e à sua relação
eterna com toda a criação e aquilo que transcende a ela.
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Resumo
A obra é considerada, pelos hindus, uma narrativa histórica real, e parte do Itihasa
(literalmente, "aquilo que aconteceu") hindu, juntamente com o Ramáiana e alguns textos
dos Puranas.
A obra, assim com todos os demais textos sagrados hindus, possui um aspecto externo
mitológico, como o de uma simples lenda mitológica sobre reis e príncipes, deuses e
demônios, sábios e santos, guerra e paz. Mas o sentido esotérico, de certa forma oculto, na
verdade versa sobre tri-varga, e sobre o objetivo mais importante da existência, moksha e as
atividades da alma liberada no seu relacionamento com a dualidade desta criação e a
harmonia não dual do Absoluto.
Vixnu Sahasranama (o hino que descreve os mil nomes de Vixnu, uma das preces mais
famosas do hinduísmo, no Anushasanaparva
Logo no primeiro parva ("seção"), o Maabárata anuncia o seu caráter excepcional: “ O que for
encontrado aqui, pode ser encontrado em qualquer outro lugar. Mas o que não for
encontrado aqui, jamais será encontrado em outro lugar.”
Inspirou o filme homônimo, de Peter Brook, de 1989, onde os atores eram de nacionalidade e
raças variadas, para indicar a universalidade dos temas tratados neste livro. E a novela
televisiva homônima, de B.R. Chopra, uma das mais monumentais obras de Bollywood,
enorme êxito televisivo em quase todo o Oriente.
Referências
2. SAMUEL, A. As religiões hoje. Tradução de Benôni Lemos. São Paulo. Paulus. 1997. p. 75.
5. HOUBEN, Jan E.M. Vedic ritual as medium in ancient and pre-colonial South Asia: its
expansion and survival between orality and writing
Bibliografia
The Mahabharata of Krishna-Dwaipayana Vyasa, tradução inglesa por Kisari Mohan Ganguli,
primeira edição em 1883 e 1896, reedição de 1997.
Ligações externas
«Parmatma» (http://www.paramatma.com.br/acharyadeva/mahabharata)
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