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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMNAS III – DCH III

CURSO DE PEDAGOGIA

DISCIPLINA: FILOSOFIA E EDUCAÇÃO – VESPERTINO

PROFESSOR: JOSEMAR DA SILVA MARTINS (PINZOH)

ALUNOS/AS: DAIANE DE OLIVEIRA PINTO

ROANNY CASCIANO GONDIN

BARBARA THAINÁ OLIVEIRA MIRANDA

MITOLOGIA HINDU

A Mitologia Hindu é o conjunto de mitos encontrados em textos hindus, como a


literatura védica, os épicos do mahabharata e do ramayana, os puranas e na literatura regional
como o tâmil periya puranam e naalayira divya prabandham, e o mangal kavya de bengali. A
suástica hindu simboliza harmonia. Está fundada nos Vedas, que são os livros sagrados dos
hindus. Segundo a crença, o próprio Brahma os escreveu. Brahma é o Deus supremo da tríade
hindu. Seus atributos são representados pelos três poderes: criação, conservação e destruição,
que formam a Trimuri ou trindade dos principais deuses: Brahma, Vishnu e Shiva,
respectivamente, da criação, da conservação e as destruições.

• Deuses:

Brahma é o deus criador de todo o universo e de todas as divindades individuais e por


ele, todas serão absorvidas. Ele se transformou em várias coisas, sem nenhuma ajuda externa e
criou a alma humana que, de acordo com os Vedas, constitui uma parte do poder supremo, como
uma fagulha pertence ao fogo.

A representação de Brahma é um homem com quatro rostos dos quais são visíveis apenas três
já que a outra face está na parte posterior da cabeça. Os rostos representam os 4 quadrantes do
universo. Também tem quatro braços e quatro mãos. Na mão direita carrega um recipiente com
água, simbolizando a água da vida, na mão direita superior traz um livro que simboliza o
conhecimento, os Vedas, na mão esquerda superior segura uma flor de lótus, símbolo da pureza
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espiritual, e a mão esquerda inferior abençoa ou traz um “japamala” (um tipo de terço) que
simboliza o tempo. É apresentado montado no seu veículo animal, o ganso ou o cisne, que são
símbolos do discernimento. Algumas vezes é mostrado dirigindo uma carruagem puxada por 7
gansos que representam os sete mundos.

Brahma, quando da criação do mundo, resolveu dar à Terra habitantes que fossem
criados da sua própria emanação. Assim, criou através de sua boca, seu filho mais velho, o
Brâmane, que significa o sacerdote, ao qual confiou os quatro Vedas. De seu braço direito saiu
Chátria, o guerreiro, do esquerdo, a esposa do guerreiro. Das suas coxas surgiram os Vaissias,
do sexo masculino e feminino (agricultores e comerciantes) e de seus pés, os Sudras (mecânicos
e trabalhadores).

Vishnu ocupa o lugar logo abaixo da Brahma na trindade hindu. Ele é a personificação
do espírito da conservação de tudo e, para proteger o mundo em épocas de perigo, desceu à
Terra sob várias formas de encarnação, conhecidas como avatares, dos quais dez são os mais
mencionados:

Matsia, o primeiro, sob forma de peixe, preservou o ser humano por ocasião do dilúvio.
O segundo, como tartaruga, protegeu a Terra quando os deuses agitavam o mar. Os outros seis
avatares tinham a mesma finalidade de proteger o bem e punir o mal. O nono é o mais celebrado
dos avatares de Vishnu, que veio sob a forma humana de Krishna, um guerreiro invencível, que
livrou a Terra dos tiranos que a dominavam. O décimo avatar é calque, que surge no fim da
época presente do mundo, para destruir todos os vícios e devolver a virtude e pureza à
humanidade.

Vishnu é representado com pele azul escuro. Possui quatro braços e mãos. Veste-se com uma
calça de seda da cor amarelo ouro e traz o dorso nu adornado por jóias. Na cabeça carrega uma
coroa ricamente cravejada de pedras preciosas. Carrega em suas mãos uma borduna (ou gada)
de ouro, o chakra (roda), um grande búzio e uma flor de lótus. A gada simboliza a luta pela
vida, o chakra a energia que tudo permeia e movimenta, o búzio, representa o som primordial
que gera as formas da natureza e a flor de lótus representa a espiritualidade.

Shiva significa o bondoso e todo auspicioso. Nas ruínas de Mohenjo-Dharo e Harapa


cidades localizadas no vale do rio Indo foram encontradas imagens de 3000 anos representativas
daquele que veio a ser Proto-Shiva, o Senhor dos Três Mundos. Nas esculturas e relevos
encontrados ele tem três cabeças, está sentado na posição de iogue, e tem ao seu redor vários
animais. A terceira pessoa da trindade hindu é a personificação do princípio destrutivo que,
embora estando em terceiro lugar na hierarquia e com menor número de adoradores, é o mais
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importante dos três deuses. As Puranas, escrituras sagradas da moderna religião hindu, não
citam o poder de Shiva relacionado à destruição, mas a regeneração, uma vez que ele só viria
exercer seu poder, depois de passados doze milhões de anos e o universo tivesse de acabar.
Assim, ele é mais regenerador do que destruidor.

• Origem e história do hinduísmo

Ao contrário da maioria das religiões (como o cristianismo, islamismo, siquismo,


budismo e zoroastrismo), o hinduísmo não tem um profeta fundador da religião. Foi por volta
de 3500 anos atrás que populações da região do Vale do Rio Indo começaram a sistematizar o
hinduísmo e suas principais crenças. A primeira civilização do Vale do Indo surgiu por volta de
3300 a.C., e perdurou até por volta 1300 a.C. Essa civilização desenvolveu grandes cidades,
com sistema de abastecimento de água, construções com tijolos cerâmicos e grandes edifícios
públicos. Sua primeira cidade escavada foi Harappa, por isso ela recebeu o nome de civilização
harapense ou civilização harapeana. Foi durante o período da civilização harapense que os
vedas, conjunto de escrituras sagradas do hinduísmo, foram compilados pela primeira vez. Os
historiadores e arqueólogos acreditam que isso ocorreu entre 1500 a.C. e 900 a.C. Essas
escrituras têm cânticos, hinos e preces do hinduísmo. Os principais deuses do hinduísmo são
citados nelas.

• Divisões do hinduísmo

Xivaísmo

No xivaísmo, também denominado xaivinismo ou shaivinismo, o ser supremo é Shiva,


conhecido como um deus criador e destruidor. No xivaísmo são valorizadas a vida ascética e a
yoga.

Shaktismo

O shaktismo, “doutrina do poder” ou “doutrina da deusa”, cultua a deusa Shakti, que pode ser
representada de diversas formas. Para os shaktistas, Shakti é a energia e a força pela qual o
próprio cosmos foi criado. Muitas vezes a deusa pode ser chamada de Devi e pode, também, ser
considerada manifestações femininas de diversos deuses, como de Shiva, quando recebe o nome
de Parvati; de Bhrama, sendo chamada de Sarasvati; e de Vishnu, sendo chamada de Lakshmi."

Vaishnavismo

O vaishnavismo, também chamado de vixenuísmo, é a corrente do hinduísmo que tem como


principal entidade Vishnu, o deus responsável pela ordem da natureza e da vida humana. Os
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vaishnavistas acreditam que Vishnu tem diversos avatares, podendo se manifestar de diversas
formas, como Krishna, Narayana, Hari, Jagannath, entre diversos outras. O Império Gupta, que
existiu entre os séculos IV e VI d.C., foi responsável pela difusão da vaishnavismo, sobretudo
no norte da Índia.

Smartismo

O smartismo, também chamado de tradição smarta, se desenvolveu nos primeiros séculos da


nossa era. No smartismo são cultuadas cinco divindades principais, Ganesha (deus com cabeça
de elefante), Shiva, Shakti, Vishnu e Surya (o deus Sol do hinduísmo). Esses deuses têm ainda
diversos avatares, por esse motivo, o smartismo é considerado a mais politeísta das tradições
hindus."

• Filosofia hindu

A filosofia hindu, também chamada de filosofia védica, se desenvolveu de forma concomitante


com o hinduísmo. Na língua sânscrita, a palavra darshana era utilizada para nomear o que os
ocidentais chamaram de filosofia e significa “ponto de vista”. A filosofia hinduísta reconhece
os vedas como importante instrumento de autoridade e da verdade.

A filosofia hindu geralmente é classificada em seis tipos:

Samkhya: discorre principalmente sobre as questões do mundo material e espiritual.

Yoga: valoriza a meditação, contemplação e liberação.

Niaia: foca na lógica, no mundo racional, e é chamada de escola epistemológica da filosofia


hindu.

Mimansa: estuda principalmente sobre o darma.

Vedanta: do sânscrito, “a busca de todo o conhecimento”, busca encontrar o conhecimento


universal, comum a toda a humanidade, valorizando a interdisciplinaridade.

Sânquia: significa algo como “enumeração”, no sentido de colocar em ordem. Valoriza a


compreensão do ser humano, sobretudo sobre sentimentos e pensamentos. Também valoriza a
prática do yoga."

• Influência na Cultura Indiana: Arte, arquitetura, dança e música.Filosofia, religião e


práticas espirituais.Tradições familiares e festivais religiosos. A mitologia hindu é uma

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parte essencial da rica herança cultural e espiritual da Índia, transmitindo ensinamentos
atemporais e inspirando gerações.

Referências:

a. Escola, Info. Mitologia Hindu: Info Escola. Disponível em:

"https://www.infoescola.com/mitologia/mitologia-hindu/" />

Acesso em: 20 mar. 2024.

b. Escola, Brasil. Mitologia Hindu: Brasil Escola. Disponível em:

https://brasilescola.uol.com.br/religiao/hinduismo.htm " />

Acesso em: 25 mar. 2024.

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