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FILOSOFIA DA RELIGIÃO
AULA 3
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CONVERSA INICIAL
Em continuidade ao que estudamos na aula anterior, vamos abordar nesta aula as religiões de
matriz oriental. As cinco religiões estudadas representam perfeitamente a percepção religiosa dessa
matriz. Religiões menores e menos expressivas, como o jainismo e o sikhismo, não serão objeto de
estudos. Aconselhamos aos alunos que desejam ter uma visão mais ampla desse universo que
TEMA 1 – HINDUÍSMO
complexa. A origem do hinduísmo é incerta, pois ninguém sabe na verdade quem foi o fundador
fluído e mutante, podendo ser politeísta (grande parcela), monoteísta (a minoria), panteísta (a
A religião hindu tem um espectro amplo. O hinduísmo é um dos mais antigos sistemas religiosos
do mundo, e também um dos mais complexos. Apresenta várias ramificações. A maioria dos
Brahma, o Criador
Vishnu, o Preservador
Shiva, o Destruidor
Além da tríade divina, há outros milhões de deuses e deusas. Alguns deles se destacam em
função da devoção que recebem, somando um número de adoradores. Agni, o deus do fogo, é uma
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das divindades mais importantes nos Vedas. É filho do céu e da terra, sendo assim guia das viagens e
Indra é o rei dos deuses e um dos principais dentre os deuses guerreiros. Ele é o deus da
natureza e um dos guardiões do mundo. Ele domina as tempestades e os raios. Triunfou sobre os
Surya é o deus sol, sendo considerado por muitos o mais excelente dentre os deuses. Ele liberta
a consciência limitada dos homens e os conduz ao nível mais profundo da consciência cósmica. É
retratado sendo transportado por sete cavalos, que por sua vez são conduzidos pelo guerreiro
Arjuna.
Ganesha é o filho mais importante de Shiva e Parvati, o deus da sabedoria. É invocado para que
matrimônio.
Sarashwati é esposa de Brahma, deusa da sabedoria e da ciência, mãe dos Vedas e deusa da
música.
Yama é o juiz dos homens e rei do mundo oculto. Tendo sido homem, foi o primeiro a morrer, de
modo que abriu caminho para o outro mundo. Ele guia os que morrem, levando-os a um lugar onde
Rama é o grande herói do “Ramaiana”, marido de Laksmil. É um rei bondoso, marido leal e chefe
corajoso, que luta por seus devotos. Como avatar de Vishnu, é senhor do domínio próprio e das
virtudes.
Krishna é uma das divindades mais populares e amadas pelos adeptos do hinduísmo. Ele é
por seus excelentes conselhos, foi o mentor do guerreiro Arjuna. Às vezes ele é retratado como um
Há uma grande variedade de doutrinas no Hinduísmo, mas é possível estabelecer algumas das
principais:
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medida a direção tomada pelos demais fundamentos. É fatalismo pleno: o que sucede é o que
de fato deveria acontecer, e nada pode ser feito para mudar tal realidade.
Lei do Karma: do bem vem o bem e do mal vem o mal. O estado atual das almas depende do
Sistemas de castas: embora seja um dos principais fundamentos do sistema, esse elemento está
presente somente na Índia, sendo proibido em outros países. Trata-se de uma crença básica do
hinduísmo: segundo uma lenda, Brahma criou Manu, o primeiro homem, e a partir dele fez
todas os demais homens segundo um complexo sistema de castas. Da cabeça de Manu saíram
guerreiros. Das coxas de Manu saíram os vaysias – os artesãos. Dos pés de Manu saíram os
sudras – o populacho, a plebe. Ainda há uma outra casta que, dos párias – estrangeiros e
Sansara: em nascimentos sucessivos, a alma vai de um corpo para o outro, levando consigo o
karma de vidas anteriores. O larma pode ser bom ou ruim. Se for bom, a alma do indivíduo vai
subir na escala do sistema de castas. Se for ruim, fatalmente irá descer na escala. No Ocidente,
Alguns hinduístas creem que o sudra ou o pária, a depender de seu karma, poderá em uma
Nirvana: é o estágio final da Sansara, quando a alma atinge a emancipação, não estando mais
sujeita a novas reencarnações. Assim, passa a ser um com Brahman. É a felicidade eterna, que
consiste na extinção da individualidade e na plena identificação com Brahman, que é fonte e
Para eles, tudo procede de Brahman, tudo é Brahman e tudo há de convergir a Brahman.
O elemento estético da religião hindu é vasto e difuso. O sistema de cultos e ritos do hinduísmo
tem por fundamento a busca pelo contato com o divino, a partir de sua espiritualidade característica.
Alguns aspectos característicos compõem o cenário das práticas religiosas e do conjunto litúrgico,
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Os hindus têm inúmeras festas e festivais religiosos. As festas e festivais variam conforme o lugar
onde são celebradas, o deus que é cultuado naquela região, o guru, o animal venerado, ou ainda a
estação do ano. A festividade Holi, por exemplo, celebra a vitória do bem sobre o mal, sempre na
entrada da primavera. É um festival de cores com muitas danças. O festival Diwali é a festa das luzes,
celebração associada ao dia em que Rama, uma das encarnações do Deus Visnhu, retornou de um
exílio de 14 anos. Navratri celebra a deusa Mãe Hindu, Shakti. O festival Durga Puja celebra a vitória
Os ritos hinduístas também incluem uma série de práticas pessoais, chamadas de samskara, uma
Vivaha: casamento
Anthyesthi: funeral
Um elemento importante na estética da religião hindu são os cânticos védicos. Veda significa
“conhecimento”, “aquilo que sempre é”. Tal conhecimento não tem início nem fim, sendo
caracterizado por sons sagrados que sustentam uma vida saudável. Os cânticos vedas não podem ser
imitados ou comunicados. Eles constituem uma experiência única e individual, nova a cada instante,
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segundo os mestres do hinduísmo. Segundo os mestres, os vedas são um presente dos deuses para
Os cânticos védicos são também conhecidos como mantras. Os mantras podem ser cantados por
todos. Ao entoá-los, a mente e o coração são permeados pela divindade, com a percepção de que
Deus se faz presente em todo o universo e de que forma o nosso mundo interno e externo. No
vedas, encontramos a verdade, dentro de cada pessoa. Os mestres hindus chamam os vedas de
apaurusheya (sem origem humana). Assim, os mantras aparecem como um vislumbre durante as
meditações. Os mestres que escreveram os mantras são conhecidos como drashtaa (aquele que vê,
um vidente).
O objetivo de entoar cânticos védicos é alcançar a realidade mais elevada, o vácuo luminoso,
onde os deuses estão firmemente estabelecidos.
Resplendor: Jyotirmayii
Fala e literatura: Vaang mayii
origem hindu, é um segmento monoteísta que celebra Krishna com base na canção de Deus – Hare
Krishna. Seus adeptos acreditam que o mantra, a meditação e a yoga são meios eficazes para
No hinduísmo, a vaca é objeto de adoração. Eles creem que a vaca é um animal dotado de
grande poder. Adoram a vaca como símbolo do universo visível. Para alguns hinduístas, uma pessoa
da casta dos Brahmins, caso tenha um bom karma, pode vir a encarnar em uma vaca.
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A vereda das obras, por meiodas práticas dos deveres religiosos e sociais dentro de cada casta.
A vereda do conhecimento, aquisição plena do conceito de que a realidade última é Brahman.
Dharma: lei da ordem moral. Para atingir o nirvana, é essencial seguir plenamente essas leis.
Ioga: disciplina para o controle do corpo e da alma. Nesta prática, o hinduísta entra em união
plena com o divino, libertando-se de sua individualidade (irreal).
TEMA 2 – BUDISMO
Com cerca de 500 milhões de adeptos no mundo, o budismo surgiu mais ou menos em 500 a.C.,
quando um grupo de hinduístas desiludidos resolveu abandonar o hinduísmo e seguir os
Sidhartha Gautama, o Buda, nasceu em 560 a.C. na índia. Era filho de um Rajá, por conseguinte
da casta dos kshatriyas. Foi criado em um ambiente de riquezas e prazeres.
Com 30 anos de idade, casado e pai de alguns filhos, Sidhartha Gautama resolveu conhecer o
mundo que existia fora dos muros do castelo onde fora criado. Nesse passeio, ele viu quatro coisas:
e um monge mendigando, quando percebeu que a vida pode ser simples e completamente
desvinculada dos prazeres que a tornam insuportável.
Sidhartha então resolveu deixar o palácio onde fora criado com sua família, e passou a mendigar
como o monge que vira em seu passeio. Em determinado dia, meditando sobre a vida embaixo de
uma figueira, Sidhartha teve uma iluminação e passou a ser chamado por todos de Buda – o
iluminado. Essa iluminação é a essência de seus ensinos.
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A definição que Buda dá ao conceito de karma diverge em grande medida da concepção védica.
Buda também rejeitou a ideia da existência de entidades eternas. Um dos temas centrais da
crença budista é a negação do “eu” como entidade distinta e permanente. Essa crença é caracterizada
pelos três signos da existência: dukha – sofrimento; anitya – devir ou impermanência; e anatman –
não-ser.
Na religião Hindu, a crença na reencarnação aparece nas upanishads, segundo as quais, a alma é
imortal e transcende o tempo e o espaço. Somente o organismo está sujeito ao nascimento e à
morte. Buda negou a existência de um eterno e imutável “Eu” – Atman. No budismo e no hinduísmo,
utiliza-se o símbolo da suástica. O intuito de seu uso é afastar o mal.
Os praticantes do Budismo fazem preces com o intuito de combinar boas energias. Eles também
costumam prostrar-se perante a imagem de Buda, não para adorá-lo, por não considerarem Buda
uma divindade, mas na intenção de homenageá-lo e agradecer por seus ensinamentos. As oferendas
que os budistas fazem nos templos são simbólicas. Também costumam acenderem incensos em suas
atividades de devoção e meditação. O uso de sinos também é muito comum nos rituais budistas.
Buda deixou alguns ensinamentos. Primeiramente, é necessário evitar os dois extremos da vida
para vivê-la plenamente. Os dois extremos são o luxo e a autotortura. Buda ensinava o desapego
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como arma para vencer a dor. Para isso, era necessário trilhar os oito passos que conduzem ao
nirvana:
opinião correta
intenção correta
linguagem correta
ação correta
conduta correta
esforço correto
atitude correta
concentração correta
Via de regra, os budistas divergem dos hinduístas por não adotarem o sistema de castas (razão
por que prevaleceram na China e não na Índia); também creem que a alma pode atingir o nirvana em
uma só encarnação, desde que o indivíduo cumpra corretamente o ensino de Buda e trilhe os oito
passos supracitados.
O budismo é uma religião sem Deus. Eles negam a existência de um Deus pessoal.
Preceitos budistas:
Não mentir
Não beber bebidas alcoólicas e não usar drogas
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TEMA 3 – TAOÍSMO
Para o taoísmo, não existe um Deus pessoal, mas apenas um ideal a ser atingido para se ter uma
Segundo uma lenda, um homem, a quem deram o nome de Lao-Tsé (velho filósofo), trabalhava
Todavia, quando estava a caminho de seu destino, um certo homem, que cuidava da alfândega
daquele lugar, obstruiu o caminho e pediu dele que deixasse pelo menos um livro contendo os seus
pensamentos.
Lao Tsé concordou e escreveu o livro Yin-hsi, “O Caminho e seu Poder”. Esse tratado seria
publicado mais tarde, e tornou-se a gênese do taoísmo.
Contém 5.500 palavras e ensina aos governantes a arte de governar bem, primando pela
O taoísmo como religião está em declínio no Oriente. Todavia, no Ocidente, a cada dia o seu
ensino está mais em voga. De maneira encoberta está sendo ensinado por meio de músicas,
estampas de roupas, desenhos animados e filmes de ficção. A filosofia hippie é plágio de um velho
adágio taoísta: “sintonize-se e então desligue-se”.
Chuang Tsé foi o mais famoso discípulo de Lao-Tsé, tendo popularizado os ensinos do taoísmo.
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Por ser uma proposta de vida (uma filosofia intimista), não há traços do elemento estético no
taoísmo.
O taoísmo ensina os seus seguidores a ignorar ou se afastar dos males da sociedade e nada
O conceito de tao (o caminho): aqueles que sabem não dizem, e aqueles que dizem não sabem.
O ideal é atingir o tao cósmico, e isso é obtido pela atitude wu wei: passividade, inação, não
agressividade e espontaneidade. Tao é o caminho indizível da realidade última, de acordo com
a qual nossas vidas devem estar em sintonia perfeita para que possamos gozar da vida
plenamente.
Ying e yang: elementos que se opõem mutuamente, estabelecendo a ordem cósmica, que deve
ser mantida para o benefício de todos. Segundo os ensinos taoístas, uma vida harmônica pode
ser conseguida com a devida interação dessas forças vitais no ser do indivíduo em comunhão
com o cosmos.
TEMA 4 – CONFUCIONISMO
Com cerca de 6,5 milhões de adeptos no mundo, o confucionismo é uma religião de caráter
humanista positivista. Sua ênfase recai sobre valores morais que enobrecem o caráter humano e o
torna mais próximo de seu alvo maior, o li, um padrão ideal de conduta.
Chiu-King nasceu em cerca de 550 a.C. no principado de Lu. Foi coletor de impostos no
principado, tendo se casado aos 20 anos. Teve dois filhos. Divorciou-se em pouco tempo e passou a
elaborar uma teoria que, segundo ele, se fosse colocada em prática, mudaria dramaticamente a
sociedade chinesa.
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Aos 50 anos, tornou-se um alto oficial no principado de Lu. Entrou em choque com autoridades
superiores, abandonou o posto e passou a ensinar as suas teorias a alguns discípulos. Chiu-King
morreu em 479 a.C. em Chufou, como o mais importante mestre da cultura chinesa. Seus seguidores
O confucionismo é considerado mais um sistema filosófico do que uma religião. Não há uma
crença específica em Deus ou em deuses. Por conta disso, não há um elemento místico reconhecível
Confúcio acreditava que a China seria salva de um iminente colapso social caso a sua filosofia
Meng-Tsu (Mêncio) foi o mais famoso discípulo de Confúcio. Nasceu na província de Ch’i, em
371 a.C. Estudou com o neto de Confúcio e popularizou os seus ensinos deste.
I Ching, “O Livro das Mudanças”: trata-se de uma série de enigmáticos desenhos geométricos
Li’chi, “O Livro das Cerimônias”: ensina o homem superior a agir de modo correto ou
tradicional.
Ch’unch’tu, “Os Anais da Primavera”: comentários a respeito de eventos que se deram no
difundida do confucionismo.
“A Grande Erudição”: a educação e o treinamento de um homem gentil.
universo.
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Em vez de rituais elaborados, comuns nas demais religiões, o confucionismo adota uma postura
norteada por alguns princípios. Assim, os elementos estéticos e éticos se misturam. Dentre as
práticas, destacamos as seguintes:
Veneração dos ancestrais: veneração dos espíritos dos mortos por seus parentes vivos. Supõe-
se que a existência contínua dos ancestrais depende da atenção que lhes é dedicada por
parentes vivos. Se os vivos forem diligentes nessa obra, os falecidos farão com que boas coisas
Jen, “a benevolência”, “princípio de reciprocidade”: não faça aos outros o que não queres que
façam a ti.
Chun Tzu, “verdadeira varonilidade”: todo homem deve buscar as virtudes essenciais:
Cheng Ming, “assumir a identidade”: refere-se à necessidade de que cada um seja o melhor que
teatro etc.
Para Confúcio, o homem é essencialmente bom, mas pode ser levado a maus caminhos por
dito. Confúcio mesmo se negava a comentar algo que não contribuísse para um propósito social
discernível.
Durante a dinastia Han (206 a.C. a 20 d.C.), o confucionismo se tornou a religião oficial da China.
Durante a dinastia Sung, tornou-se obrigatório nas escolas chinesas o estudo dos ensinamentos de
Confúcio.
TEMA 5 – SHINTOÍSMO
Com cerca de 120 milhões de adeptos, o shintoísmo é a religião nacional do Japão. Não é um
corpo doutrinal organizado e bem definido, tampouco um código de conduta unificado. É acima de
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Desde 1946, deixou de ter uma feição religiosa, pois ganhou traços mais culturais. A derrota do
Seus ensinamentos se baseiam em uma lenda que diz que o Japão é o país dos deuses, e que
seus habitantes são descendentes dos deuses. Izanagi, divindade feminina, e Izanami, divindade
masculina, geraram as oito ilhas que compõem o Japão. A deusa principal é a deusa-sol Amaterasu,
Os adeptos do Shintoísmo dão grande importância aos Kamis, divindades responsáveis pelo
Para os adeptos do shintoísmo, os homens devem levar uma vida pura, em harmonia com a
NA PRÁTICA
O conhecimento a respeito dos elementos constituintes das religiões, bem como das diferenças
de percepção da realidade, nos ajuda a perceber a vida por ângulos diversos, que podem ser
complementares.
Valendo-se de uma análise que parte dos elementos que integram as religiões (místico, estético
e ético), conseguimos distinguir uma religião plena e uma proposta filosófica que se apresenta como
religião.
A compreensão da importância (ou não) da realidade física nos auxilia a entender a razão por
FINALIZANDO
Algumas das religiões estudadas nas últimas aulas dão grande ênfase à noção transcendente. A
pouca atenção dada ao âmbito imanente faz com que tenham pouca influência sobre o modo de
viver de seus adeptos. Por outro lado, religiões com forte ênfase no elemento ético – como o
antigas), passando a exercer grande influência sobre o modo de vida de seus adeptos.
Algumas religiões têm uma feição coletiva, considerando para a humanidade como uma unidade
composta, porém organicamente unida pelos mesmos deveres perante os deuses. Diferentemente
das religiões antigas de matriz egípcia e mesopotâmica, as religiões orientais enfatizam o indivíduo,
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Nem todas as religiões estudadas nas últimas aulas apresentam a noção de vida depois da
morte. Há divergências em relação a esse ponto. Religiões com forte ênfase no elemento ético, como
o budismo e o confucionismo, invariavelmente não valorizam a noção de uma vida depois da vida.
tem contra si a realidade que aponta para uma fonte única. Na perspectiva politeísta, o mundo tende
As religiões de matriz oriental invariavelmente negam que a realidade seja material. O mundo
transcendente é visto por eles como a realidade, enquanto a materialidade é tida como ilusão.
REFERÊNCIAS
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