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27/02/2022 23:32 Mahabharata – Wikipédia, a enciclopédia livre

Mahabharata
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O Mahabharata[1], conhecido também como


Maabárata, Mahabarata e Maha-Bharata[2]
Mahābhārata महाभारत
(devanágari: महाभारत, transl. Mahābhārata), é
um dos dois maiores épicos clássicos da Índia,
juntamente com o Ramáiana. Sua autoria é
atribuída a Krishna Dvapayana Vyasa. O texto é
monumental, com mais de 74 000 versos em
sânscrito, e mais de 1,8 milhões de palavras; se o
Harivamsa for incluído como sendo anexo e
parte da obra, chega-se a um total de 90  000
versos, compondo o maior volume de texto numa
única obra humana. O Mahabharata deve ter-se
originado entre os séculos IV e III a.C., e sua Manuscrito ilustrado da batalha de Kurukshetra,
forma final data provavelmente do século IV onde se vê o deus Krishna manejando o carro
(período Gupta). Acredita-se que os eventos de combate do arqueiro pandava Arjuna, que
narrados no poema épico tenham ocorrido entre dispara suas flechas contra os Kuravas
1  000 e 900 a.C., embora descobertas Autor(es) Krishna Dvapayana Vyasa
arqueológicas recentes sugiram datas ainda
Idioma Sânscrito
anteriores, entre 2 000 e 1 500 a.C.[3]
País Índia
A origem do Mahabharata está ligada à tradição Gênero Epopeia
oral na Índia, que remonta há mais de cinco mil
anos[4]. "Mesmo antes que os textos Védicos
fossem escritos eles eram transmitidos pelo que se considera um meio especialmente desenvolvido
de uma forma sofisticada de transmissão oral"[5]. Ainda hoje a oralidade é um importante meio de
transmissão dos textos do Mahabharata, inclusive na língua portuguesa (http://podtail.com/podc
ast/gloria-arieira/).

O Mahabharata é visto por alguns autores como o texto sagrado de maior importância no
hinduísmo, e pode ser considerado um verdadeiro manual de psicologia-evolutiva de um ser
humano. A obra discute o tri-varga ou as três metas da vida humana: kama ou desfrute sensorial,
artha ou desenvolvimento econômico e dharma, a religiosidade que se resume a códigos de
conduta moral e rituais. Além dessas metas, o Maabárata trata de moksha, ou a liberação do ciclo
de tri-varga e a saída do samsara, ou ciclo de nascimentos e mortes. Em outras palavras, é uma
obra que visa ao conhecimento da natureza do "eu" e à sua relação eterna com toda a criação e
aquilo que transcende a ela.

O Maabárata estabelece os métodos de desenvolvimento espiritual conhecidos como karma, jñana


e bhakti, firmemente adotados pelo hinduísmo moderno. O título pode ser traduzido como "a
grande Índia" (literalmente "a grande dinastia de Bárata"), mas o sentido verdadeiro é o de
elucidar o grande trajeto percorrido pelo eu (atman) nesta criação material e fora dela.[carece  de
fontes?]

Índice
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Resumo
Referências
Bibliografia
Ligações externas

Resumo
A obra é considerada, pelos hindus, uma narrativa histórica real, e parte do Itihasa (literalmente,
"aquilo que aconteceu") hindu, juntamente com o Ramáiana e alguns textos dos Puranas.

A obra, assim com todos os demais textos sagrados hindus, possui um aspecto externo mitológico,
como o de uma simples lenda mitológica sobre reis e príncipes, deuses e demônios, sábios e
santos, guerra e paz. Mas o sentido esotérico, de certa forma oculto, na verdade versa sobre tri-
varga, e sobre o objetivo mais importante da existência, moksha e as atividades da alma liberada
no seu relacionamento com a dualidade desta criação e a harmonia não dual do Absoluto.

O Maabárata contém todos os aspectos do hinduísmo e todos os fundamentos da filosofia advaita.

Algumas partes da obra são considerados e estudados como trabalhos fundamentais e analisados e
reverenciados isoladamente, tais como:

Bhagavad Gita, parte do Anushasanaparva


Damayanti ou Nala e Damayanti (https://web.archive.org/web/20141222221300/http://www.eu-
edito.com/historia-de-nala-e-damayanti.html), uma fabulosa história de amor, parte do
Aranyakaparva
Krishnavatara, a história de Krishna, a Krishna Lila, que se desenvolve em inúmeros parvas,
ou capítulos da narrativa
Uma versão abreviada do Ramayana no Aranyakaparva
Vixnu Sahasranama (o hino que descreve os mil nomes de Vixnu, uma das preces mais
famosas do hinduísmo, no Anushasanaparva

Logo no primeiro parva ("seção"), o Maabárata anuncia o seu caráter excepcional: “ O que for
encontrado aqui, pode ser encontrado em qualquer outro lugar. Mas o que não for encontrado
aqui, jamais será encontrado em outro lugar.”

Inspirou o filme homônimo, de Peter Brook, de 1989, onde os atores eram de nacionalidade e
raças variadas, para indicar a universalidade dos temas tratados neste livro. E a novela televisiva
homônima, de B.R. Chopra, uma das mais monumentais obras de Bollywood, enorme êxito
televisivo em quase todo o Oriente.

Na música brasileira, o episódio do Bhagavad Gita, em que Krishna dá conselhos a Arjuna,


inspirou a canção "Gita", de Paulo Coelho e Raul Seixas.

Referências
1. SCHULBERG, L. Índia histórica. Tradução de J. A. Pinheiro de Lemos. Rio de Janeiro. Livraria
José Olympio Editora. 1979. p. 164.
2. SAMUEL, A. As religiões hoje. Tradução de Benôni Lemos. São Paulo. Paulus. 1997. p. 75.
3. «Mahabharata could be much older than commonly believed» (https://www.techexplorist.com/
mahabharata-older-commonly-believed/27281/). Tech Explorist (em inglês). 25 de outubro de
2019. Consultado em 25 de outubro de 2019
4 ASHKLEY-FARRAND Thomas Shakti Os Mantras da Energia Feminina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mahabharata 2/3
27/02/2022 23:32 Mahabharata – Wikipédia, a enciclopédia livre
4. ASHKLEY FARRAND, Thomas. Shakti, Os Mantras da Energia Feminina

5. HOUBEN, Jan E.M. Vedic ritual as medium in ancient and pre-colonial South Asia: its
expansion and survival between orality and writing

Bibliografia
The Mahabharata of Krishna-Dwaipayana Vyasa, tradução inglesa por Kisari Mohan Ganguli,
primeira edição em 1883 e 1896, reedição de 1997.

Ligações externas
«Parmatma» (http://www.paramatma.com.br/acharyadeva/mahabharata)
«Baixar no projeto Gutenberg Vol 1» (http://www.gutenberg.org/etext/15474) inglês
Volumes em Português (http://floresecoisas.blogspot.com/2011/04/espiritualmahabharatatradu
zido_02.html)
História de Nala e Damayanti (https://web.archive.org/web/20141222221300/http://www.eu-edi
to.com/historia-de-nala-e-damayanti.html) (reedição de 2014), em Português

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