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Sânscrito
Pronúncia: sə̃skɹ̩t ̪əm
Falado em: Ásia
Região: Índia, Nepal e algumas outras áreas da Ásia Meridional, partes do Sudeste da Ásia
Total de falantes: Não há falantes nativos de sânscrito. [1][2][3][4][5][6]
Família: Indo-europeia
Indo-ariana
Sânscrito
Estatuto oficial
Língua oficial de: Índia (uma das línguas oficiais)
Códigos de língua
ISO 639-1: sa
ISO 639-2: san
O sânscrito ou língua sânscrita (सं कृत [sə̃skɹ̩t ̪əm]; transcrito saṃskṛtam em IAST) é uma
língua ancestral do Nepal e da Índia. Embora seja uma língua morta, o sânscrito faz parte do
conjunto das 23 línguas oficiais da Índia, porque tem importante uso litúrgico no hinduísmo,
budismo e jainismo.
Com relação à sua origem, a língua sânscrita é uma das línguas indo-europeias,
pertencendo, portanto, ao mesmo tronco linguístico de grande parte dos idiomas falados na
Europa. Sua posição nas culturas do sul e Sudeste Asiático é comparável ao latim e ao grego
antigo na Europa, influenciando diversas línguas da região.
Ela surge em uma variedade pré-clássica chamada de sânscrito védico, sendo o idioma do
Rigveda e dos demais vedas, surgindo em torno de 1500 a.C.;[7] de fato, o sânscrito rigvédico
é uma das mais antigas línguas indo-iranianas registradas.[8] Pesquisadores descobriram
mais documentos ancestrais em sânscrito, do que há nas literaturas em latim e grego antigo
somadas.
Sânscrito é o idioma das escrituras clássicas das religiões surgidas no Nepal e na Índia.
Assim como as grandes religiões do Ocidente surgiram todas perto de Jerusalém, no Oriente
as grandes religiões surgiram todas na Índia e nos arredores dos rios que têm origem no
Himalaia, como o Ganges. Consequentemente, todas elas, que são ligadas pelos conceitos
de karma e reencarnação, utilizaram os textos ancestrais como base de suas doutrinas.
Karma é uma palavra do sânscrito.
História
Quando o termo surgiu na Índia, "sânscrito" não era considerado uma linguagem específica
separada das outras, mas uma maneira particularmente refinada ou aperfeiçoada de se falar.
O conhecimento de sânscrito era uma marca de classe social e educação, e a linguagem era
ensinada principalmente para membros de castas mais altas, através de análise profunda
dos gramáticos sânscritos como Pāṇini.
O sânscrito, como a linguagem instruída da Índia antiga, assim existiu junto com os prácritos
(vernáculos), que se tornariam, eventualmente, as indo-arianas modernas, tal como o hindi, o
nepali, o assamês, o marata, o concani, o urdu, o bengali etc.
O sânscrito foi exposto à influência do substrato das línguas dravidianas desde tempos
muito antigos.[9]
Sânscrito védico
Sânscrito clássico
Estudo na Europa
O estudo de sânscrito na Europa, iniciado por Heinrich Roth (1620–1668) e Johann Ernst
Hanxleden (1681–1731), é considerado responsável pela descoberta da família linguística
indo-europeia por Sir William Jones, e teve um papel importante no desenvolvimento da
linguística ocidental.
Sir William Jones, falando com a Asiatic Society em Calcutá (atual Kolkata) em 2 de
fevereiro, 1786, disse:
A linguagem Sânscrita, seja qual for sua idade, é de uma linda estrutura; mais perfeita que o
Grego, mais copiosa que o Latim, e mais precisamente refinada que ambas, ainda
compartilha com ambos uma forte afinidade, tanto nas raízes dos verbos quanto nas formas
de gramática, que não pode ter sido criada por acidente; é, na verdade, tão forte, que nenhum
filólogo poderia examinar as três sem acreditar que tenham nascido de uma fonte comum,
que, talvez, nem exista mais.[12]
A transliteração acadêmica, a mais usada na tradução dos textos clássicos para o ocidente,
é a IAST (sigla em inglês para "International Alphabet of Sanskrit Transliteration", "alfabeto
internacional de transliteração do sânscrito"), que usa diacríticos.
A transcrição ITRANS tem sido muito usada na internet, e é encontrada em vários sites
produzidos na Índia, pelo fato de não usarem diacríticos - que não existem na ortografia do
inglês, a língua usada em computação. Em lugar deles, dobra-se a letra ou usam-se
maiúsculas para indicar a diferença de pronúncia. Isto é possível pelo fato de o devanāgarī
não possuir letras maiúsculas.
Gramática
Influência
A maior influência do sânscrito sentiu-se nas línguas que se desenvolveram a partir do seu
vocabulário e base gramatical. O sânscrito é valorizado como repositório de escrituras e a
língua das preces hindus, especialmente entre as elites indianas. Comparável ao que é o
latim para as línguas europeias e o chinês clássico para as línguas da Ásia Oriental, a
influência do sânscrito tem sido grande na maioria das línguas indianas.
Apesar de as preces nas línguas vernáculas serem comuns, os mantras em sânscrito são
recitados por milhões de hindus e a maioria das atividades dos templos são conduzidas
inteiramente em sânscrito, muitas vezes na forma védica. Nas línguas indianas modernas,
enquanto que o hindi e o urdu tendem a ser mais fortemente influenciados pelo persa e pelo
árabe, o bengali, o assamês, o concani e o marata mantêm um vocabulário com uma ampla
base no sânscrito. O hino nacional, Jana Gana Mana, é escrito numa forma literária de
bengali (conhecido como shuddha bhasha), sanscritizado de modo a ser reconhecível, mas
ainda arcaico para o ouvido moderno.
A música nacional indiana Vande Mataram, que foi originalmente um poema composto por
Bankim Chandra Chattopadhyay tirado do seu livro Anandamath, está igualmente numa
forma altamente sanscritizada de bengali. O malaiala, o télugo e o canará também
combinam uma grande quantidade de vocabulário baseado no sânscrito.
Tentativas de o reviver
O censo indiano de 1991 referiu 49 736 falantes fluentes de sânscrito. Desde os anos 1990,
os esforços para reviver o sânscrito falado têm aumentado. Muitas organizações, como a
Samskrta Bharati, realizam conferências de sânscrito falado para popularizar a língua. O
Departamento Central de Educação Secundária na Índia tornou o sânscrito uma terceira
língua (apesar de ser uma opção para a escola adoptá-la ou não, sendo a outra escolha a
língua oficial do estado) nas escolas que coordena. Nestas escolas, a aprendizagem do
sânscrito é uma opção entre o 5º e o 8º anos. Isto é verdade para a maioria das escolas,
incluindo mas não estando limitado às escolas missionárias cristãs, também afiliadas ao
Departamento Central de Educação Secundária, especialmente nos estados onde a língua
oficial é o hindi. O Sudharma, o único jornal diário em sânscrito, tem sido publicado a partir
de Mysore, na Índia, a partir do ano de 1970.
O sânscrito é, além disso, falado como língua materna pela população da aldeia de Mattur,
no Karnataka. As pessoas de todas as castas aprendem o sânscrito a partir da infância e
conversam usando a língua.
Abhasa
Abhava
Abhicara
Abhidhana
Abhimana
Abhinivesha
Abhyasa
Abhyasi
Acara
Achara
Acharya'
Acyuta
Adhama
Adhara
Adrishta
Agastya
Agarbha
Agnisara
Ajapa
Alambusha
Alasya
Alinga
Ananda
Bhadrasana
Caitanya
Chacra
Dharana
Dharma
Dhyāna
Keshara
Prajna
Sadhana
Shakha
Vidya
Ver também
Buda
Abásvara
Abhoga
Dicionários de sânscrito online
Ligações externas
Notas
1. https://thewire.in/culture/india-census-sanskrit
2. https://thewire.in/society/sanskrit-soft-power
3. https://www.thehindu.com/news/national/where-are-the-sanskrit-
speakers/article6299433.ece
4. https://books.google.com/books?id=nSgmDwAAQBAJ&pg=PA53#v=onepage&q&f=false
5. https://books.google.com/books?id=eXQ3DgAAQBAJ&pg=PA2#v=onepage&q&f=false
. https://books.google.com/books?
id=O2n4sFGDEMYC&pg=PA223#v=onepage&q&f=false
7. Macdonell (2004):?
. Burrow (2001):?
10. DESHPANDE, Madhav (2007). Samskrita-Subodhini Quarta ed. [S.l.: s.n.] pp. xiv. ISBN 0-
89148-079-X
12. Traduzido do inglês: The Sanskrit language, whatever be its antiquity, is of a wonderful
structure; more perfect than the Greek, more copious than the Latin, and more exquisitely
refined than either, yet bearing to both of them a stronger affinity, both in the roots of verbs
and in the forms of grammar, than could possibly have been produced by accident; so
strong, indeed, that no philologer could examine them all three, without believing them to
have sprung from some common source, which, perhaps, no longer exists.
13. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova
Fronteira. 1986. 1 830 p.
Bibliografia
Introduções
The Sanskrit Language – T. Burrow – ISBN 81-208-1767-2
The Sanskrit Language: An Introductory Grammar and Reader – Walter Harding Maurer –
ISBN 0-7007-1382-4
A Practical Grammar Of The Sanskrit Language Arranged With Reference To The Classical
Languages Of Europe For The Use Of English Students - Monier Monier-Williams (1846) [4]
(http://books.google.com/books?vid=OCLC03325543&id=REQhAAAAMAAJ&dq=Monier-W
illiams)
Gramáticas
W. D. Whitney, Sanskrit Grammar: Including both the Classical Language and the Older
Dialects
W. D. Whitney, The Roots, Verb-Forms and Primary Derivatives of the Sanskrit Language: (A
Supplement to His Sanskrit Grammar)
vol. II.1. introduction to morphology, nominal composition, Wackernagel (1905) [6] (htt
p://books.google.com/books?vid=ISBN1421247100&id=qql6RRqTAuIC&dq=Altindis
che)
vol. III. nominal inflection, numerals, pronouns, Wackernagel and Debrunner (1930)
Otto Böhtlingk, Sanskrit Wörterbuch in kürzerer Fassung 1883–86 (1998 reprint, Motilal
Banarsidass, Delhi)