Você está na página 1de 70

INFLUÊNCIA DA IDADE DE ABATE SOBRE DESEMPENHO

PRODUTIVO E RENDIMENTO DE CARCAÇA DE COELHOS


(Oryctolagus cuniculus) MESTIÇOS.

Benvinda Benigna Zefanias Mutsuque

1
UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

CURSO DE ENGENHARIA AGRO- PECUÁRIA

INFLUÊNCIA DA IDADE DE ABATE SOBRE DESEMPENHO


PRODUTIVO E RENDIMENTO DE CARCAÇA DE COELHOS
(Oryctolagus cuniculus) MESTIÇOS.

Benvinda Benigna Zefanias Mutsuque

Ulónguè

Agosto, 2017

ii
UNIVERSIDADE ZAMBEZE
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
CURSO DE ENGENHARIA AGRO- PECUÁRIA

INFLUÊNCIA DA IDADE DE ABATE SOBRE DESEMPENHO


PRODUTIVO E RENDIMENTO DE CARCAÇA DE COELHOS
(Oryctolagus cuniculus) MESTIÇOS.

Monografia submetida à Universidade Zambeze,


Faculdade de Ciências Agrárias, Ulónguè, em
parcial cumprimento dos requisitos para a
obtenção do grau de licenciatura em Engenharia
Agro-pecúaria, área de produção animal.

Benvinda Benigna Zefanias Mutsuque

Orientador: dr. Crescêncio Almeida Mucipo, M.V.

Ulónguè

Agosto, 2017

iii
DECLARAÇÃO DE AUTORIA

Eu, Benvinda Benigna Zefanias Mutsuque, declaro que esta Monografia é resultado do
meu próprio trabalho e está a ser submetida para obtenção do grau de Licenciatura na Faculdade
de Ciências Agrárias, Universidade Zambeze, Ulónguè.

Ela não foi submetida antes para obtenção de nenhum grau ou para avaliação em
nenhuma outra universidade.

______________________________________
(Benvinda Benigna Zefanias Mutsuque)

Ulónguè, aos ______ de ______________ de 2017

iv
DEDICATÓRIA

Aos meus pais, Alexandre Zefanias Mutsuque, e Sara Francisco Tivane, pela vida, amor,
protecção, orientação, ensinamentos, carácter, apoio em todos os momentos e incentivo para
que atingisse os meus objectivos.

Aos meus irmãos, pela linda família que formamos.

Também, as minhas avós Elisa Tivane e Salmina Mutsuque, pelos ensinamentos dos
valores fundamentais da vida e incentivos na busca de uma boa formação.

Dedico!

v
AGRADECIMENTO

Inicialmente agradeço a Deus por ter-me dado força e coragem durante esta jornada para
atingir os meus objectivos e realizar mais este sonho, pois sem Ele nada seria possível.

Obrigado pai e mãe por vocês terem dado a oportunidade exclusiva de estudar durante
estes anos. Aos meus Irmãos Jane, Elisa, Salma, Alsário, Simão e Salmina pela compreensão,
amizade, incentivo e carinho. Às minhas tias, em especial, a tia Hermínia Tivane que me deu
forças todos os dias para lutar pelos meus sonhos. Ao meu cunhado Flávio Calenge e minha
cunhada Júlia Cardoso Mutsuque, pelos ensinamentos e apoio que me deram durante estes anos.

Ao dr. Crescêncio Almeida Mucipo, por ter-me orientado com paciência e dedicação,
pela amizade, conhecimentos transmitidos e valiosos conselhos.

Aos Docentes da Faculdade de Ciências Agrárias (Ulónguè) – UniZambeze, pelos


ensinamentos, profissionalismo e dedicação transmitidos.

À direcção e funcionários da Missão Católica (Fonte Boa), que me possibilitaram e


ajudaram, respectivamente, na realização deste estudo experimental.

Aos meus amigos, em especial Marlene Aníbal, Osvaldo Bento Jaime, Alice Pinto, Isac
Arnelo, Vânia Mendonça, Arsénio Julai, Roberto Nazaré e Alcina Joana, pela amizade
incondicional que proporcionaram durante estes anos todos.

Aos colegas de turma que se tornaram amigos durante a formação, pela ajuda e carinho.

Obrigado!

vi
EPÍGRAFE

A tarefa não é tanto ver aquilo que ninguém

viu, mas pensar o que ninguém ainda pensou

Sobre aquilo que todo mundo vê.”

(Arthur Schopenhauer)

vii
SUMÁRIO Pág.
1.INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 1

1.2. JUSTIFICATIVA ................................................................................................................ 2

1.3. HIPÓTESE .......................................................................................................................... 3

1.4. OBJECTIVOS ..................................................................................................................... 3

1.4.1. Geral:….. .......................................................................................................................... 3

1.4.2. Específicos:. ...................................................................................................................... 3

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................... 4

2.1. TAXONOMIA E CARACTERIZAÇÃO DOS COELHOS ............................................... 4

2.2. PRODUÇÃO MUNDIAL DA CARNE DE COELHO ...................................................... 4

2.3. PRODUÇÃO DA CARNE DO COELHO EM MOÇAMBIQUE ...................................... 5

2.4. RAÇAS DE COELHO MAIS PRODUZIDAS ................................................................... 6

2.5. CARACTERÍSTICAS E QUALIDADE DA CARNE DE COELHO ................................ 7

2.5.1. Valor nutricional da carne de coelho ................................................................................ 7

2.5.2. Composição da Carne de Coelho...................................................................................... 8

2.6. EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS ........................................................................................ 8

2.6.1. Energia Digestível ............................................................................................................ 9

2.6.2. Proteína e aminoácidos ..................................................................................................... 9

2.6.3. Fibra ................................................................................................................................ 10

2.6.4. Vitaminas na Alimentação dos Coelhos ......................................................................... 11

2.7. CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO ................................................................... 12

2.8. INFLUÊNCIA DA IDADE DE ABATE .......................................................................... 13

2.8.1. Efeito da Idade no Desempenho Produtivo .................................................................... 15

2.8.2. Influência da Idade nas Características de Carcaça ........................................................ 16

2.8.3. Efeito da Idade de Abate no Rendimento da Carcaça .................................................... 18

3. MATERIAIS E MÉTODOS................................................................................................. 20

3.1. TÉCNICAS DE INVESTIGAÇÃO .................................................................................. 20

3.1.1. Pesquisa Bibliográfica .................................................................................................... 20


viii
3.1.2. Levantamento de Dados ................................................................................................. 20

3.1.3. Método Estatístico .......................................................................................................... 20

3.2. ÁREA GEOGRÁFICA DA INVESTIGAÇÃO ................................................................ 21

3.4. CARACTERÍSTICAS DAS INSTALAÇÕES E DAS GAIOLAS .................................. 22

3.5. CONDUÇÃO DO EXPERIMENTO................................................................................. 22

3.6. MANEIO ALIMENTAR................................................................................................... 23

3.6.1. Dietas do Experimento ................................................................................................... 23

3.7. MANEIOS SANITÁRIOS ................................................................................................ 23

3.8. DESCRIÇÃO DOS ÍNDICES DO DESEMPENHO PRODUTIVO E DAS


CARACTERÍSTICAS DE CARCAÇA. .................................................................................. 24

3.8.1. Variáveis do desempenho produtivo .............................................................................. 24

3.8.2. Variáveis da características de carcaça ( peso de carcaça e rendimento de carcaça) ..... 25

3.9. DETERMINAÇÃO DA VIABILIDADE ECONÓMICA ................................................ 25

3.10. ANÁLISES DOS DADOS .............................................................................................. 26

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................................... 28

4.1. INDICADORES DE DESEMPENHO PRODUTIVO ...................................................... 28

4.1.1. Peso inicial e Ganho médio diário (g) ............................................................................ 28

4.1.2. Consumo de ração por Coelho........................................................................................ 30

4.1.3. Conversão Alimentar ...................................................................................................... 31

4.1.4. Peso final e peso da carcaça em função da idade ........................................................... 33

4.1.5. Rendimento de carcaça quente ....................................................................................... 34

4.2. VIABILIDADE ECONÓMICA ........................................................................................ 35

5. CONCLUSÕES .................................................................................................................... 38

6. RECOMENDAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 39

7. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ...................................................................................... 40

APÊNDICE 1. .......................................................................................................................... 49

APÊNDICE 2. .......................................................................................................................... 53

GLOSSÁRIO ............................................................................................................................ 55
ix
RESUMO

O objectivo deste estudo foi de avaliar o desempenho produtivo e rendimento da carcaça de


coelho (mestiços) abatidos em diferentes idades. Foram utilizados 36 coelhos (mestiços) não
sexados, desmamados aos 40 dias de idade. Os tratamentos foram idades ao abate 70, 80 e 90
dias, distribuídos em delineamento inteiramente causalizado, totalizando três repetições e três
tratamento, com 4 animais por gaiola. Observou-se para as variáveis de desempenho: peso final,
consumo ração e conversão alimentar foram influenciadas significativamente (P <0,05) pelas
idades estes apresentaram valores crescentes à medida que a idade aumentava, enquanto o
ganho médio diário apresentou valores decrescente a medida em que a idade aumentava.
Avaliadas as características da carcaça (as variáveis do peso de carcaça e rendimento da carcaça,
apresentaram significância (P <0,05), e estes tiveram efeito crescente em função das idades.
Para a viabilidade económica houve um aumento nos custos da ração com o aumento da idade,
mais em contrapartida as margens brutas apresentaram melhores resultados nos 80 e 90 dias em
geral.

Palavras-chave: Consumo de ração, ganho de peso, idade ao abate, peso de carcaça, Coelhos.

x
ABSTRACT

The objective of this study was to evaluate the productive performance and yield of rabbit
carcasses (mestizos) slaughtered at different ages. Thirty-six non-sexed rabbits (mestizos)
weaned at 40 days of age were used. The treatments were ages at slaughter 70, 80 and 90 days,
distributed in a completely causal design, totaling three replicates and three treatments, with
four animals per cage. It was observed for the variables of performance: final weight, feed
intake and feed conversion were significantly influenced (P <0.05) by the ages these presented
increasing values as the age increased, while the average daily gain presented values decreasing
to the measure In which the age increased. The carcass characteristics (carcass weight and
carcass yield variables) were significant (P <0.05), and these had an increasing effect as a
function of age. For economic viability, there was an increase in feed costs with Increase in
age, more in contrast, gross margins showed better results in the 80 and 90 days in general.

Key words: Feed intake, weight gain, slaughter age, carcass weight, rabbits.

xi
LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Principais países produtores de carne de coelho (milhões de quilos)......................... 5


Tabela 2: Número de Animais nas Pequenas e Medias Explorações ......................................... 6
Tabela 3: Composição centesimal da Carne de Coelhos ............................................................ 8
Tabela 4: Exigências Nutricionais de Coelhos em Diversas Categorias (por kg da dieta) ........ 9
Tabela 5: Necessidades dos Coelhos em Aminoácidos (concentração na dieta) ..................... 10
Tabela 6: Recomendação de Níveis Mínimos de Fibra em Dietas para Coelhos. .................... 11
Tabela 7: Composição Percentual dos Alimentos por Tratamento .......................................... 23
Tabela 8: Custos dos ingredientes. ........................................................................................... 26
Tabela 9: Custos da ração experimental. .................................................................................. 26
Tabela 10: Valores Médios do peso inicial de acordo com a idade de abate dos coelhos. ...... 28
Tabela 11: Ganho médio diário de acordo com a idade de abate dos coelhos (g).................... 29
Tabela 12: Média do Consumo de ração de acordo com a idade de abate dos coelhos (g). ..... 30
Tabela 13: Média da conversão alimentar de acordo com a idade de abate dos Coelhos (g/g).
.................................................................................................................................................. 31
Tabela 14: Média do peso Final e peso de carcaça de acordo com a idade de abate dos Coelhos.
.................................................................................................................................................. 33
Tabela 15: Rendimento de Carcaça quente de acordo com a idade de abate dos Coelhos (%).
.................................................................................................................................................. 34
Tabela 16: Análise económica nas diferentes idades. .............................................................. 36
Tabela 17: Anova...................................................................................................................... 49
Tabela 18: Provas de Normalidade........................................................................................... 50
Tabela 19:Teste de Homogeneidade de Variâncias .................................................................. 50
Tabela 20: Descritivos de indicadores. ..................................................................................... 51

xii
LISTA DE FIGURA
Figura 1: Curva teórica de crescimento dos animais ................................................................ 13

xiii
LISTAS DE ABREVIAÇÕE, SIGLAS OU SÍMBOLOS

%: Percentagem
˚C: Grau Celsius
ANOVA: Análise de variância
apud: Citado por
CA: Conversão alimentar
CR: Consumo de ração
CV: Coeficiente de variação
DIC: Delineamento Inteiramente Causalizado
ED: Energia digerível
FAO: Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação
FAOSTAT: Divisão de estatística da FAO
FB: Fibra bruta
FDN: Fibra em Detergente Neutro
g: Grama
GMD: Ganho médio diário
ha: Hectare
IAI: Inquérito Agrícola Integrado
Kg: Quilograma
Km 2: Quilómetro quadrado
m: Metro
MAE: Ministério da Administração Estatal
mg: Miligrama
Mt: Metical
NRC: National Research Council
PCQ: Peso da carcaça quente.
PF: Peso final
PI: Peso inicial
PUFAS: Poly Insaturaded Fatty
RCQ: Rendimento de carcaça quente
s.d: Sem data
SPSS: Statistical Package for the Social Sciences
T: Tratamento
xiv
ton: Tonelada
UE: União Europeia
USDA: United States Departament of Agriculture

xv
1.INTRODUÇÃO

A cunicultura é o ramo da zootecnia que trata da criação racional e económica do coelho


doméstico. De acordo com os objectivos da criação, a cunicultura pode ser direccionada para
produção de carne, pele ou pêlos. A produção de proteína animal para consumo humano, em
curto período de tempo e a custo mínimos, tem-se constituído um factor de muito trabalho e
dedicação de técnicos e criados (FERREIRA, et al., 2012).

A criação de coelhos em Moçambique é pouco difundida quando se compara com as


outras actividades pecuárias. Esta cultura (Cunicultura) encontra-se num estado inicial de
exploração e, consequentemente, o consumo da carne de coelho está em fase inicial de
comercialização. Felizmente graças ao empenho e esforço de pequenos produtores, com o
objectivo de lançar um produto competitivo no mercado, a exploração de coelhos vem, aos
poucos, atendendo as exigências de mercado.

A procura por alimentos saudáveis tem levado a mudanças nos hábitos do consumidor,
buscando produtos que satisfaçam suas preferências dietéticas e nutricionais, assim, novos
alimentos estão sendo desenvolvidos para atender os componentes benéficos dos alimentos
tradicionais, devido à sua vantagem na saúde ou na produção de efeitos desejáveis (TAVAREZ,
et al., 2007 apud SOUZA, 2013).

Ao que observa-se, em Moçambique á carência de dados que comprovem que o abate


de coelhos mais velhos seja compensatório no que se refere ao desempenho dos animais e o
rendimento de carcaça. Por esta razão, torna-se importante o conhecimento económico dos
rendimentos obtidos com o abate de coelhos utilizados para produção de carne, a fim de orientar
os produtores, sobre a escolha dos animais e sobre a idade mais indicada ao abate.

De acordo com COELHO (2012) " é importante que estudos enfoquem na idade e no
peso final para abate uma vez que o animal deve conseguir obter, da dieta, a taxa de crescimento
necessária para o peso de abate esperado na data correcta". Nesta senda, decidiu-se desenvolver
um estudo de modo a compreender a "influência da idade de abate sobre o desempenho
produtivo e rendimento de carcaça de coelhos (Oryctolagus cuniculus) mestiços".

1
1.1. IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA DA PESQUISA

A tendência da produção da carne mudou de quantitativa para qualitativa


(BONAGURIO, et al., 2003). Porém, um grande número de produtores parece desconhecer a
necessidade de produzir carne com qualidade apreciável pelo consumidor, talvez porque não
vislumbram as vantagens financeiras de oferecer um produto padronizado que atenda aos
requisitos do consumidor informado, que paga mais por um produto diferenciado.

A medida que a demanda por um produto aumenta, há maior exigência com relação à
qualidade e a maior valorização dos produtos é feita através do conhecimento. O consumidor
moderno é muito preocupado com a saúde e deseja ter conhecimento sobre as características do
produto que está ingerindo.

A falta do conhecimento por parte do produtor sobre a influência da idade de abate de


coelhos é actualmente uma preocupação na produção desses animais, visto que, nos últimos
anos a demanda do consumo da carne de coelho tem crescido e, junto com ela, cresce também
a exigência do mercado por um produto de qualidade. Face as controvérsias levantadas, aferiu
-se a seguinte questão de partida:

 Será que o abate de coelhos de forma indiscriminada (sem considerar o período ideal)
influência no desempenho produtivo, no rendimento de carcaça e no custo de produção.

1.2. JUSTIFICATIVA

A cunicultura é uma prática pouco desenvolvida em Moçambique comparado aos


demais países. Contrariamente ao que muitas pessoas pensam, produzir coelhos é rentável, pois
permite ao produtor, obter proveitos diversificados: em pequena escala, pode ser fonte de renda
familiar; pode servir para o consumo familiar (da carne de qualidade), daí garantindo boa
nutrição à família e, quiçá, produzir em grande escala, para fornecer aos mercados e
supermercados e ou às empresas de processamento de carne. Todavia, há que dedicar uma
atenção especial e minuciosamente aos processos decorrentes da produção do coelho, pois exige
algum cuidado e técnica a seguir pelo cunicultor.

2
No nosso país, o tema “idade ao abate dos coelhos” ligado ao desempenho produtivo e
rendimento de carcaça é pouco "Lavrado", o que faz com que não haja muitos estudos nem
acervo bibliográfico. Daí a importância e relevância deste estudo.

Com o desenvolvimento deste estudo que aborda sobre a importância e especificidade


da idade de abate do coelho pode conduzir, especialmente aos cunicultores, a ter maior atenção
a fase de abate, o que vai minimizar o custo de produção e, igualmente, vai garantir o máximo
de produção.

1.3. HIPÓTESE

Tomando em consideração o(s) problema(s), levantado(s), levanta-se a seguinte


hipóteses:

H0: A idade de abate não interfere nos parâmetros do desempenho produtivo (consumo
de ração, conversão alimentar, ganho de peso e peso final), nas características de carcaça (peso
de carcaça e rendimento de carcaça) e nos custos de produção.

H1: A idade de abate interfere nos parâmetros do desempenho produtivo (consumo de


ração, conversão alimentar, ganho de peso e peso final), nas características de carcaça (peso de
carcaça e rendimento de carcaça) e nos custos de produção.

1.4.OBJECTIVOS

1.4.1. Geral:
 Avaliar a influência da idade de abate sobre o desempenho produtivo, rendimento de
carcaça e viabilidade económica de coelhos(oryctolagus cunículus) mestiços.

1.4.2. Específicos:
 Interpretar a influência da idade sobre os indicadores produtivos: Ganho Médio Diário,
Conversão Alimentar, consumo da ração e o Peso Vivo Final ;
 Demostrar o efeito da idade sobre o peso de carcaça e o rendimento de carcaça;
 Analisar a viabilidade económica nas diferentes idades ao abate;

3
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. TAXONOMIA E CARACTERIZAÇÃO DOS COELHOS

Sobre a definição da palavra coelho (Oryctolagus cuniculus), (SOUZA, 2007) refere


que é um pequeno mamífero, monogástrico e herbívoro, cuja classificação taxonómica é: Reino:
Animal; Sub-reino: Metazoa (pluricelulares); Filo: Cordados (vertebrados); Sub-filo:
Craneados; Classe: Mamíferos; Sub-classe: Vivíparos; Ordem: Lagomorpha; Família:
Leporidae; Sub-família: Leporidae; Gênero: Oryctolagus.

Quanto a característica, o coelho é um animal prolífero e de rápido crescimento que gera


um rápido ciclo produtivo em pouco tempo (com cerca de 40 dias), esse é o principal factor da
criação de coelhos: lucratividade em menos tempo (STARCK, 2011). Igualmente SIMONATO
(2008), advoga que o rápido crescimento dos coelhos, sua precocidade reprodutiva, sua
prolificidade, seu pequeno período de gestação e sua pouca necessidade de espaço físico, a
cunicultura é uma actividade prática e simples no maneio. Estas características afiguram-se
como vantagens significativas na produção de carne. Outra vantagem da cunicultura é que “o
animal pode ser aproveitado e comercializado quase em sua totalidade: além da carne, pele e
pêlos, é possível comercializar outras partes, como: cérebro, orelhas, carcaça, esterco e sangue”
(SILVA, 2006).

O sistema digestivo dos coelhos é adaptado para uma dieta herbívora, incluindo
adaptações específicas desde os dentes até grande segmento ceco-cólico com macrobiota activa
e a separação de partículas da digesta cecal que permite a cecotrofia (PEREIRA, 2002).

2.2.PRODUÇÃO MUNDIAL DA CARNE DE COELHO

A produção animal é uma parte muito importante do sector agrário, quer a nível
nacional, quer internacional. A produção mundial de carne de coelho estimada pela FAO (2009)
é superior aos 1,5 milhões de toneladas nos últimos anos. Cerca de três quartos da produção
mundial de carne de coelho são assegurados pela China, Itália, França, Espanha e Portugal.

A China é o principal produtor, com mais de 40 % do total de carne produzida no mundo,


seguida pela Europa com 30 %. A UE em 2010 alcançou cerca de 332.000 toneladas (ton) o

4
que correspondeu a 28 % do total de carne produzida no mundo. A italia é o primeiro produtotor
Europeu e o segundo mudial, a Espanha é o segundo produtor europeu. Portugal é responsavel
por cerca de 3.5 % da produção Europeia e 1.8 % da produção Mundial. Os países latinos são
tradicionalmente consumidores de carne de coelho. A carne de coelho encontra-se entre as
carnes mais procuradas, sendo consumida em família (EUROPEAN FOOD SAFETY
AUTHORITY, 2005 apud MONTEIRO, et al., 2013).

Tabela 1: Principais países produtores de carne de coelho (milhões de quilos).

Países 2006 2007 2008 2009 2010

China 544.8 604.0 660.0 663,0 ……


Bel - Luxemb 15.0 12.0 10.0 10.0 10.0
R. Checa 25.3 23.3 30.8 18.0 18.0
Espanha 72.3 74.7 61.0 61.2 63.2
França 105.0 102.0 97.0 93.0 91.0
Itália 125.0 132.0 132.0 130.0 130.0
Portugal 14.2 16.1 16.8 14.9 14.7

Fonte: INE, 2011.

A produção mundial de carne de coelho tem diminuído de ano para ano como ilustra a
tabela acima. Durante o período apresentado, a quebra foi de aproximadamente 13 % no
conjunto dos países. Tendência esta, que se matem nos 3 países com maior produção da EU.
(MONTEIRO, et al., 2013).

2.3. PRODUÇÃO DA CARNE DO COELHO EM MOÇAMBIQUE

A produção de carne de coelho em Moçambique ainda está abaixo dos níveis aceitáveis
devido ao baixo uso dos padrões de produção e falta de hábitos alimentares em relação a carne
de coelho. Alia-se igualmente a falta de organização no sector da cunicultura moçambicana, o
que dificulta na difusão das tecnologias de produção assim como das vantagens e das qualidades
da carne de coelho (CUMAIO, 2015).

De acordo com SITOE (2005) " nas zonas rurais de Moçambique, a criação de coelhos
é familiar e é constituída essencialmente por pequenas explorações (destinadas ao consumo
familiar) ". Os dados do inquérito realizado no ano de 2012 sobre a evolução da cunicultura em
5
Moçambique, indicam que a produção nacional se situa nos 160.172 coelhos e a Província de
Inhambane ocupa o primeiro lugar na classificação com 65.516 coelhos, seguido de Gaza com
31.761 coelhos e a Província de Tete ocupa o sexto lugar com 7.093 animais (MACHEL e
MASSINGUE, 2013).

Tabela 2: Número de Animais nas Pequenas e Medias Explorações

Provincia Números de Coelhos

Niassa 5.874
C. Delgado 3.716
Nampula 21.370
Zambézia 12.252
Tete 7.093
Manica 0
Sofala 1.728
Inhambane 65.516
Gaza 31.761
Maputo 10.862
Total 160.172
Fonte: IAI, 2012

2.4. RAÇAS DE COELHO MAIS PRODUZIDAS

Existem várias raças de coelhos dispersas pelo mundo, umas originárias de populações
de uma dada região geográfica, outras criadas através de cruzamentos entre raças já existentes.
Cada raça possui um peso, um tipo de pelagem, coloração e conformação que lhe é
característico. A espécie mais comum e fonte de todas as raças domésticas é a oryctolagus
cuniculus (RODRIGUES, 2007).

As raças de coelhos podem ser classificadas com base em três critérios: quanto à aptidão;
quanto ao objectivo e quanto ao peso na idade adulta. Esta última é a classificação mais utilizada
e é dividida em quatro categorias: coelhos de grande porte; coelhos de médio porte; coelho de
pequeno porte e coelhos anões ou mini-coelhos (PEREIRA, 2002).

As raças para produção de carne estão divididas em raças anãs, raças médias e raças
gigantes, classificadas consoante o peso que os animais atingem na idade adulta. Nas raças anãs
como o Pequeno Chinchila e o Pequeno Himalaia, os coelhos atingem um peso vivo em adulto

6
que vai desde 2,5 kg até 3 kg. Os coelhos de raças médias são mais utilizados para a produção
de carne e atingem pesos entre os 3 kg e os 5 kg, fazem parte a raça Califórnia e Nova Zelândia.
Nas raças gigantes, o peso dos coelhos adultos ultrapassa os 5 kg, como o Gigante de Flandres
e o Gigante Branco Bouscat (PEREIRA, 2002).

2.5. CARACTERÍSTICAS E QUALIDADE DA CARNE DE COELHO

A carne de coelho tem um papel fundamental como alimento funcional, pois além de
ser rica em proteína, cálcio, e fósforo, apresenta baixos teores de gordura e de colesterol
associados a um perfil favorável de ácidos graxos poli-insaturados (HERNÁNDEZ, et al.,
2008).
De acordo com SAINZ, et al., (1996) apud SOUZA (2013), a qualidade da carne é o
resultado obtido pela avaliação do sabor, suculência, textura e aparência, que contribuem para
a aceitação do produto. Embora no momento da compra o consumidor veja apenas os aspectos
da qualidade visual da carne crua, como a cor do músculo e da gordura, proporção
músculo/gordura, marmorização e firmeza do tecido muscular.

2.5.1. Valor nutricional da carne de coelho


O aperfeiçoamento das técnicas de produção até a comercialização em busca de um
produto de qualidade, só será alcançado quando existirem processos claros e práticos, que
descrevam as características relacionadas com a qualidade da carne que possa ser avaliada in
vivo (OSÓRIO, 2002).

De acordo com TEJADA & SOARES, (1995) é importante conhecer o valor nutritivo
das carnes e as condições adequadas de abate e produção. Segundo PETRACCI, et al., (2009)
a carne de coelho pode ser recomendada por nutricionistas em substituição a outras carnes, pois
apresenta características que a inclui como carne magra. Além disso, nos últimos anos, as
mudanças de estilo de vida de consumo nos países desenvolvidos levaram para um mercado de
carne cada vez mais focado em produtos fáceis de manipular e processados.

SOUZA, (2009) relata que, “a carne de coelho é considerada mais magra e mais
saudável quando comparada à carne bovina, ovina e suína”. Além disso, é altamente digerível,
saborosa, baixa em calorias, gorduras e colesterol, sendo frequentemente recomendada pelos
nutricionistas em regiões de maior produção dessa carne em detrimento das de ruminantes”.

7
Para TEJADA e SOARES (1995), “a carne de coelho pode ser recomendada na alimentação
humana por seu alto valor protéico, baixo teor de gorduras e fonte considerável de ácidos graxos
poli-insaturados (PUFAS- Poly Insaturated Fatty Acid) do tipo Ômega 3, podendo melhorar a
qualidade da dieta humana”.

De acordo com STARCK (2011) a carne de coelho é de óptima qualidade que atrai o
consumidor por sua cor, pouca gordura, frescor e um mínimo de suco aparente. A qualidade da
carne é o resultado obtido pela avaliação do sabor, suculência, textura e aparência, que
contribuem para a aceitação da carne. Possui um alto valor protéico, baixa densidade calórica.

2.5.2. Composição da Carne de Coelho


De uma forma geral, a carne do Coelho apresenta as seguintes indicações designadas
na tabela abaixo.

Tabela 3: Composição centesimal da Carne de Coelhos

Composição Unidade Valor/100g


Humidade g 72,82
Calorias Kcal 136,00
Proteínas g 20,04
Cinzas g 0,72
Lipídios totais (gordura) g 5,55
Ácidos graxos (total saturado) g 1,66
Ácidos graxos (total monoissaturado) g 1,50
Ácidos graxos (total polinsaturados) g 1,08
Colesterol mg 57,00
Ca mg 13,00
Fe mg 1,57
Mg mg 19,00
P mg 213,00
Fonte: USDA, 2005.

2.6. EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS

O conhecimento dos níveis dos nutrientes oferecidos nas rações para coelhos torna-se
importante para evitar possíveis erros na formulação, as quais prejudicariam a obtenção de bons
índices zootécnicos e manutenção da sanidade dos animais (SOUZA, 2013).

8
As necessidades nutricionais são definidas como a quantidade de nutrientes necessários
para máximo desempenho, dentro dos padrões zootécnicos previamente definidos. Elas podem
ser expressas em quantidades de nutrientes diários ou quantidades por kg de ração (kcal/kg ou
%). Uma ração adequada para coelhos deve levar em consideração as exigências nutricionais
de acordo com a categoria produtiva na qual o animal se encontra (MACHADO,2011).

Tabela 4: Exigências Nutricionais de Coelhos em Diversas Categorias (por kg da dieta)

Componentes Unidade Crescimento Fêmea/Gestação Adultos Lactação/Engorda


4-12 Semana
Proteína % 15 15 13 17
bruta
Fibra bruta % 14 14 15-16 14
Lipídios % 3 3 3 3
Energia Kcal/kg 2500 2500 2200 2500
Fonte: Adaptado de NRC (1997)

2.6.1. Energia Digestível

Os coelhos geralmente ajustam seu consumo alimentar em função da concentração


energética do alimento, em que as proteínas e os outros elementos da ração se encontram bem
equilibrados (RETORE, et al., 2010).

Segundo DEHALE, (1991) a concentração energética é considerada a principal variável


na formulação de rações para coelhos em crescimento/terminação, pois é principalmente, por
intermédio da energia que o coelho controla seu consumo voluntário de alimentos.

2.6.2. Proteína e aminoácidos


Os animais não possuem necessidades específicas de proteína, mas sim de aminoácidos,
a partir dos quais as proteínas corporais são sintetizadas. Em termos práticos é comum suprir
as exigências nutricionais em proteína bruta baseada em uma forragem de boa qualidade, e
através do ceco funcional com intensa actividade microbiana, ele tem capacidade de melhorar
o valor nutritivo da proteína de baixa qualidade (MAERTENS, 1998).

Uma proteína ou sua combinação para ser ideal não deve possuir aminoácidos em
excesso. Portanto, uma proteína ideal não existe na prática, o que deve ser almejado é aproximar
ao máximo os níveis de aminoácidos com as exigências dos animais nas diferentes fases de

9
produção (FERREIRA, et al., 2012). Ainda MAERTENS (1998), afirma que o nível de proteína
bruta na ração deve assegurar adequado consumo dos aminoácidos, que são importantes na
nutrição de coelhos e recomenda 15 % de PB e no mínimo 11% PD.

De acordo com RETORE, et al., (2010) dietas ricas em proteína são importantes para alcançar
bons índices de crescimento na produção de coelhos.

Tabela 5: Necessidades dos Coelhos em Aminoácidos (concentração na dieta)


Aminoácido Unidade Necessidade
Argenina % 0,6
Histidina % 0,3
Isoleucina % 1,6
Leucina % 1,1
Metionina % 0,65
Fenilalanina % 0,6
Treonina % 1,1
Triptofano % 0,6
Valina % 0,7

Fonte: RNC, 2008.

2.6.3. Fibra
O coelho como um animal herbívoro, pode ter cerca de 40 a 60% de sua dieta constituída
por alimentos volumosos, na forma verde ou desidratada, isto indica que esta espécie é capaz
de consumir dietas com altos teores em fibra (SARTIKA e RAHARJO, 1992 apud
PESSOA,2003).

O coelho, através de sua actividade cecotrófica, é um animal eficiente em aproveitar


grande parcela da proteína bruta de alimentos fibrosos. A importância da fibra na nutrição de
coelhos não se limita, apenas, ao seu valor como suplemento nutritivo, mas também se relaciona
com a regulação do trânsito do conteúdo digestivo, manutenção da integridade da mucosa
intestinal e favorece o desgaste diário dos dentes incisivos, que estão em constante crescimento
(DE BLAS, et al., 2007).

A fibra na nutrição de coelhos é muito importante por todos os aspectos mencionados e


por estar directamente relacionado com problemas digestivos no mesmo. Assim, se consegue
alcançar desempenho satisfatório dos coelhos, sem riscos de diarreia e favorece o alto consumo
10
e digestibilidade de ração. A formulação de uma dieta à base de ração comercial e de alimento
suplementar (forragens) apresenta os melhores valores para os coelhos em fase de engorda
(HERRERA, et al., 2011).

Os trabalhos desenvolvidos por DE BLAS, et al., (2007) demonstraram que a fibra é


necessária para facilitar o trabalho mecânico do tubo digestivo e que, geralmente, os coelhos
devem receber entre 12 a 17% de FB em suas dietas.

De acordo com HOOVER, et al., (1992), conteúdo de FB da dieta não deve ser menor
que 8 a 10%, pois quantidades inferiores reduzem o peristaltismo intestinal, provocando
diarreias, isto demostra que o conteúdo de fibra da dieta está directamente relacionado com
problemas digestivos no coelho.

Além da quantidade da fibra, a qualidade também deve ser levada em consideração


devido à influência na passagem e no processo fermentativo. Os alimentos com baixa
lignificação e maior proporção de celulose, não devem ser usados como únicas fontes de fibra,
pois podem levar os animais a diarreias fatais. Um aumento excessivo de fibra com parede
lignificada vai diminuir a digestibilidade dos nutrientes (MAERTENS, 1998).

Tabela 6: Recomendação de Níveis Mínimos de Fibra em Dietas para Coelhos.

Categoria Fibra Bruta (%) Fibra Bruta Indigestível


(%)
Gestação 14 12
Lactação 14 12
Reposição 12 10
Crescimento (4-12 sem) 15 13
Fonte: Adaptado de FERREIRA, et al. (2005).

2.6.4. Vitaminas na Alimentação dos Coelhos

As vitaminas lipossolúveis são sintetizadas em quantidades suficientes pela microflora


cecal de coelhos adultos e incorporadas pelo processo de coprofagia, entretanto, torna-se
importante suplementar em casos de transtornos digestivos e estresse calórico. A vitamina C
(ácido ascórbico), no coelho é capaz de sintetizá-la a partir da glicose. Entretanto, em situações
extremas de calor ou estresse calórico, recomenda se a suplementação com este tipo de
vitaminas (FERREIRA, et al., 2011).

11
2.7. CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO

Para entender como a idade de abate é definida é necessário conhecer como funciona o
crescimento e o desenvolvimento dos animais, isto é,” o crescimento do animal ajuda a definir
os pontos importante ao longo da vida e também traçar estratégia de maneio de maneira que as
épocas de venda ou abate sejam definidos com mais precisão” (CASSIANO ,2014). De acordo
com GORMIERO (2005) em condições normais, durante o crescimento do animal ocorre um
aumento de peso, comprimento, altura e circunferência em função da idade. Segundo relatou
SANTOS (1999), a produção de carne depende quase que exclusivamente do crescimento, que
é um factor indispensável na cadeia produtiva de carnes. Já, o desenvolvimento implica em
mudanças na conformação corporal e das funções do organismo.

Os animais apresentam um crescimento em função do tempo que pode ser representado


por uma curva sigmóide (Figura 1), sendo este modelo teórico o mais aceito para explicar o
crescimento dos animais. O crescimento durante a primeira etapa da vida é lento, seguido de
um período de auto- aceleração, que é (os estágios precoces do crescimento, a taxa de ganho de
peso aumenta (fase de aceleração) até o animal alcançar a puberdade, que corresponde a uma
taxa de crescimento linear, relativamente constante. Depois, a taxa de crescimento diário
começa a declinar gradualmente chegando a zero quando o animal atinge o peso corporal adulto
(BERG e BUTTERFIELD, 1976 apud GORMIERO, 2005).

A curva de crescimento que representa graficamente o peso em função da idade é


sigmoide desde a concepção até a maturidade fisiológica, ou seja, a velocidade de crescimento
de cada região e de cada tecido do organismo aumenta até alcançar o máximo e começa a
decrescer à medida que o animal vai adquirindo tamanho adulto (BRIDI, s.d).

O crescimento apresenta características alométricas, ou seja, cada tecido possui


velocidade diferente de crescimento. O primeiro tecido a ser depositado e que cessa o seu
crescimento antes é o tecido nervoso, na sequência vêm o tecido ósseo, o muscular e por último
o tecido adiposo. Portanto, o teor de gordura na carcaça aumenta com o avançar da idade do
animal. Após o ponto de inflexão da curva, que corresponde a puberdade a taxa de crescimento
se torna linear. Os hormônios do crescimento são substituídos pelos hormônios da reprodução
e, a partir deste ponto, o ganho de peso se dará pela maior deposição de gordura, resultando em
mudanças conformacionais no indivíduo (BRIDI, s.d).

Segundo CASSIANO, (2014) o desenvolvimento dos tecidos também não ocorre de


forma uniforme, diferentes tecidos e partes do corpo apresentam taxas de crescimento variáveis
12
em função das fases de crescimento e maturidade fisiológica do animal. A ordem de
crescimento dos tecidos segue uma sequência determinada pela importância fisiológica, sendo
sistema nervoso central, ossos, músculos, gordura intermuscular e gordura subcutânea.

Figura 1: Curva teórica de crescimento dos animais

Maturidade

Crescimento desacelerado

Peso corporal Ponto de inflexão

Crescimento Acelerado

Idade

Ganho de peso

Nascimento. Puberdade. Idade

Fonte: Brindi ( s.d)

2.8. INFLUÊNCIA DA IDADE DE ABATE

A engorda dos coelhos é o período compreendido entre a desmama e o abate. Tem uma
duração variável em função do tipo de produto que queremos obter. O objectivo da engorda dos
coelhos é conseguir um crescimento rápido, com baixo consumo de alimento, com altos índices
de conversão e com mínima mortalidade (MUSSUOI, 2010). De acordo com FERREIRA
(1981) apud PESSOA (2003), normalmente os coelhos são destinados ao abate na idade de 60
a 90 dias com peso vivo variando de 2 e 2,3 kg. Estes valores aproximam-se com os de
13
COELHO (2012) que relata dados do mercado preconizando valores médios de peso final
variando de 1,8 a 2,5 kg como sendo satisfatório, de modo que o peso da carcaça não seja
inferior a 1 kg.

Geralmente técnicos e produtores procuram abater animais extremamente pesados, sem


considerar que muitas vezes este tipo de animal não é lucrativo, pois o peso de abate ideal pode
ter sido ultrapassado. O peso ideal para o abate é definido através da composição corporal, ou
seja, a maior quantidade de músculo possível, para menor quantidade de osso, e a quantidade
de gordura na carcaça exigida por determinado mercado. Tem que se ter em mente que estes
tecidos têm diferentes taxas de crescimento, que se alteram ao longo da vida (BEEFPOIT,
2002).

Desde que factores como genética, nutrição, sanidade e outros aspectos do maneio não
sejam alterados, o aumento de idade do animal obviamente irá proporcionar maior peso. As
principais alterações que ocorrem na qualidade da carne, quando associadas ao aumento da
idade, possuem como determinante dessa alteração, o aumento do peso do animal, o qual ocorre
em função do grande aumento nos tecidos adiposos. Consequentemente, os teores de água e de
proteína na carne diminuem (GARCIA e LEOPOLDINO, 2011). Em outras palavras, com o
avanço da idade, o animal deixa de ganhar massa muscular e ganha gorduras.

O aumento da idade de abate permite que o animal alcance maior peso corporal, mas o
aumento do consumo de ração e a piora na conversão alimentar reduzem o interesse económico
em criar coelhos até uma idade mais avançada. Este comportamento leva a concluir, segundo
OLIVEIRA, et al., (2006) que os animais mais jovens são mais eficientes quanto à conversão
alimentar, pois o ganho se dá principalmente pelo crescimento da massa muscular, que é um
tecido com teor de água relativamente elevado. FRANCISCO (2016), sintetiza esta reflexão
afirmando que a idade nos permite diferenciar os animais jovens, adultos e velhos o que é de
grande importância, porque a idade está intimamente relacionada com o rendimento.

Estudos feito por GARCIA E LEOPOLDINO (2011) demostram que a idade de abate
dos animais também influência na qualidade da carne devido à variação dos hormônios
circulantes, cujas funções especificas são dependentes da maturidade dos animais. Um exemplo
são os hormônios ligados à reprodução, que apenas depois de determinada idade começam a
serem produzidos e trazem alterações nos parâmetros de qualidade da carne.

14
De acordo com BRIDI, (2010) apud Moz (2015), a idade de abate do animal influencia
directamente na composição da carcaça, (osso/carne/gordura), cada tecido possui um
determinado momento e uma velocidade diferente de crescimento, o primeiro tecido a ser
formado é o nervoso, seguido pelo ósseo, muscular e finalmente pelo tecido adiposo. Esse
padrão de crescimento tem como consequência que com o avançar da idade, as carcaças irão
apresentar maiores níveis de gordura e com maior taxa de marmoreio, água e proteína irão
reduzir, aumentando a proporção de lipídios.

Já existe comprovação científica de que a idade de abate do animal tem influência


directa na qualidade organoléptica da carne, principalmente a maciez, isto porque, com o
avanço da idade do animal aumentam os depósitos de colágeno entre as fibras musculares,
associado a isso, tem-se maior percentagem de gordura e maior taxa de marmoreio
(LUCHIARI, 2000).

Em geral não é conveniente prolongar a engorda muito além da idade indicada de abate,
porque a partir daí diminui o índice de conversão e se obtém, uma carne com maior percentagem
de gordura (MUSSOI, 2010).

2.8.1. Efeito da Idade no Desempenho Produtivo

O coelho é uma espécie que possui elevada taxa de crescimento, o que possibilita
alcançar, nos Estados Unidos e Europa, em criações comerciais, o peso de mercado em oito a
dez semanas, com ritmos de crescimento de 35g a 40g por dia, enquanto que em países tropicais,
o ritmo de crescimento é menor, da ordem de 20 a 30 g por dia, o que se supõe um período
maior para alcançar o peso de abate (CHEEKE, 1995).

Se explorada de forma intensiva pode proporcionar elevados desempenhos produtivos,


sendo que num período de 40 dias de engorda, o ganho diário giro em torno de 38 g (De BLAS,
1989) apud (PESSOA 2003). “O efeito da idade em dias sobre determinados pesos é o reflexo
da idade verdadeira do animal em crescimento, sobre o seu peso corporal. Como na fase de
crescimento, os ganhos de peso diário são grandes, qualquer diferença, em termo de dias de
idade, reflecte-se imediatamente no peso do animal” (FIGUEIREDO et al. 1984 apud
PEREIRA, 2002).

15
De acordo com ZOTTE (2002) apud SOUZA (2013) as alterações nas variáveis de
desempenho animal podem ocorrer devido a vários factores, podemos citar: idade, raça, sexo,
temperatura ambiental, alimentação. Para coelhos, os factores que afectam o desempenho pode
ser diverso como idade e peso ao abate, alimentação, factores com relação ao nível de inclusão
na dieta, as condições tecnológicas aplicadas à carcaça e carne, e variabilidade genética entre
populações.

Em trabalho com coelhos sexados da raça Angorá com idades ao abate de 75 e 90 dias
CAMPOS et al. (2005) relataram que a idade ao abate influenciou o peso final, sendo que os
animais abatidos aos 75 dias apresentaram conversão alimentar melhor que os animais abatidos
aos 90 dias.

Ao estudarem o desempenho e características de carcaça de coelhos em diferentes graus


de maturidade da raça Nova Zelândia branco CRESPI et al. (2004) observaram que a partir do
aumento da idade ao abate houve aumento significativo do peso final, do ganho de peso total,
do consumo total e das características da carcaça, sendo a conversão alimentar obtida para
animais abatidos aos 60, 70 e 80 dias não diferiram significativamente e para animais abatidos
aos 90 dias a conversão alimentar foi pior.

Analisando coelhos Nova Zelândia Branco abatidos aos 90 dias de idade, OLIVEIRA.,
et al., (2006) relataram maior consumo diário de ração e maior peso final em comparação com
os abatidos aos 75 dias de idade que tiveram maior ganho de peso diário e apresentaram melhor
conversão alimentar.

2.8.2. Influência da Idade nas Características de Carcaça


O peso da carcaça, aliado à idade de abate dos animais é um indicador do tipo de
pecuária prevalente em uma região, estado ou país. O ideal seria que os animais fossem abatidos
quando o aumento do seu peso deixasse de compensar gastos adicionais com alimentação,
maneio e prevenção de doenças infecto-contagiosas e parasitárias e fosse garantida, uma boa
qualidade para a carne (BATISTA et al., 1999).

O peso da carcaça é, ainda, o ponto de partida para se avaliarem perdas na produção e


na condenação de carcaças nos matadouros. MÜLLERR (1987) apud BATISTA et al., (1999)
aponta o peso de abate, para uma mesma idade, como factor indicativo da eficiência produtiva
do produtor. Esta eficiência produtiva, avaliada no fim da cadeia produtiva pela análise do

16
binómio idade-peso, depende da interação de múltiplos factores, políticos, económicos,
administrativos, de infra-estrutura, tecnológicos, científicos e culturais.

Apesar de o peso da carcaça ser de fácil determinação, o mesmo não se passa com a
classificação dos animais quanto à idade. As dificuldades vão desde a organização da produção
no local de produção até às questões estruturais, operacionais e técnicas em todos os
procedimentos que deveriam culminar com a tipificação das carcaças nos matadouros. Como
resultado, ter-se-ão classes etárias mal definidas e, consequentemente, de difícil comparação.
Uma classificação pouco criteriosa pode mascarar variações de raça e maneio, dificultando a
identificação e a actuacção sobre os factores que governam o binómio idade-peso, no sentido
da redução do primeiro termo e aumento simultâneo do segundo, dentro do economicamente
favorável (BATISTA et al.,1999).

Vários factores podem influenciar nas características da carcaça. Entre eles citam-se a
idade de abate, o sistema de criação, o sexo, a época de abate e a raça, que podem interferir de
maneira isolada ou em conjunto, tanto no rendimento como na composição da carcaça,
principalmente na sua qualidade, pois para se medir a habilidade de produção, torna-se
necessário o conhecimento das proporções de carne, osso e gordura presentes nas carcaças dos
animas (PEREIRA, 2002).

Para CAMPOS, et al., (2005), a idade ao abate é o factor mais importante de variação
da qualidade da carne e da quantidade de gordura na carcaça, enquanto pouca importância é
atribuída ao sexo e ao peso vivo do animal, porque durante o crescimento, os diferentes órgãos
se desenvolvem em diferentes velocidades.

Segundo BRASIL (1997) apud PEREIRA (2002), carcaças de boa qualidade devem
apresentar elevada proporção de músculos, baixa de ossos e quantidade adequada de gordura
intramuscular para garantir suculência e sabor. A cobertura externa de gordura (gordura
subcutânea) é necessária para evitar a desidratação excessiva e escurecimento da carne
armazenada a frio. Não esquecendo a qualidade da carne, na qual devem ser observadas e
consideradas as características visuais, sensoriais e nutricionais.

Resultados de características de carcaça são muito variáveis, sendo que a idade de abate
nos experimentos vária de 60 a 90 dias de idade, e à medida que aumenta a idade de abate
aumenta o peso vivo, e consequentemente o rendimento de carcaça (DÁVILA e GOMES,
2006).

17
CRESPI, et al. (2008) observaram em coelhos Nova Zelândia Branca abatidos com
pesos entre 1,7 a 2,5 Kg apresentaram melhores rendimentos de carcaça quando comparados a
animais mais pesados. Segundo ARGANOSA et al (1977), apud PEREIRA, (2002), a avaliação
económica e produtiva da carcaça, tem sido feita tradicionalmente, através da conformação da
carcaça, considerando-se características como comprimento dos membros, tamanho e largura
da carcaça. Para avaliação imediata e de carácter prático, tem-se adoptado o estudo do
rendimento de carcaça, comparando-o ao peso do animal ao abate.

2.8.3. Efeito da Idade de Abate no Rendimento da Carcaça


De acordo com Almeida (2001) apud Gonçalves (2003) o domínio de informações sobre
o rendimento de carcaça, por ocasião do abate, é de suma importância para se avaliar o
desempenho animal durante o seu desenvolvimento, mesmo sabendo que ao se utilizar o peso
vivo como base de cálculo, este pode estar sendo influenciado pelo peso do conteúdo
gastrintestinal, pelo tipo de dieta e pelo número de horas em que o animal ficou em jejum.
Resultados mais precisos para rendimentos de carcaça são obtidos quando estimados em relação
ao peso corporal vazio. De qualquer forma, tradicionalmente, o que interessa ao pecuarista é o
peso quente, obtido na hora do abate, pois é a partir desta informação que é feito o cálculo da
remuneração pelos seus animais.

O rendimento de carcaça varia de acordo com a idade, raça, linhagem, estado nutricional
e outros factores (FERREIRA et al., 2011). Por outro lado, FERREIRA (1991) apud SANTOS
et al., (2005) afirma que mais de 85 % dos coelhos destinados ao abate são animais recém
desmamados e que, aos dois meses de idade, apresentam um rendimento de carcaça variando
entre 50 e 59 % de seu peso vivo.

De acordo com VIEIRA (1987) apud SANTOS, et al. (2005) coelho é um dos
mamíferos domésticos mais precoces, pois em apenas seis dias após o nascimento, dobra seu
peso. No entanto, é necessário que o criador saiba em que idade e estado físico deve abater este
animal, para que tenha maior rendimento, significando carcaças de melhor qualidade.” O valor
e a variação do rendimento de carcaça estão em função do peso da carcaça e o peso do animal
vivo, entretanto é necessário determinar o tipo de carcaça, em que condições o peso vivo foi
determinado e o peso real da carcaça, além das diferenças presentes entre o peso vivo com
jejum e sem jejum, descartando-se o peso do conteúdo do trato digestório” (SOUZA, 2013).

18
A carcaça quente é aquela determinada logo após o abate, antes da refrigeração e já para
a determinação da carcaça fria, o importante é o tempo entre o momento do abate e as condições
de conservação (OSÓRIO, et al., 2002). Comercialmente em matadouros emprega-se o termo
rendimento de carcaça, que se refere à relação entre o peso da carcaça quente logo após o abate
e o peso vivo, sendo este expresso em percentagem (GOMIDE, et al., 2006, apud SOUZA,
2013).

Neste contexto, pesquisas têm evidenciado que o abate de animais com idade mais
avançada, e consequentemente maiores pesos, tem favorecido o rendimento das carcaças
(ZEFERINO, 2009).

19
3. MATERIAIS E MÉTODOS

O presente estudo, do ponto de vista da sua natureza, afigura-se como sendo uma
pesquisa aplicada, pois objectiva gerar conhecimentos para aplicação prática dirigidos à solução
de problemas específicos. No nosso caso, ele envolve verdades e interesses locais no âmbito da
produção e abate de coelhos tendo em conta a valorização da produção do mesmo.

3.1. TÉCNICAS DE INVESTIGAÇÃO

Para dar um maior cunho interpretativo e consistência científica aos resultados que
pretendía-se obter do fenómeno em estudo, optamos por fazer uma miscelânea de técnicas de
investigação, que se destacam:

3.1.1. Pesquisa Bibliográfica


Pesquisa Bibliográfica, que consistiu no estudo do tema, com base na literatura existente
composta por livros, monografias, dissertações, diversos artigos científicos, e outros recursos
documentais, incluindo sítios da internet, parafraseando (CASTILHO et al., 2011).

3.1.2. Levantamento de Dados


Outra técnica que privilegiamos neste estudo foi a do levantamento de dados. Esta
técnica de pesquisa envolveu a observação directa aos animais cujo comportamento desejamos
observar, parafraseando (GIL, 1991). O levantamento de dados foi realizado na seguinte
vertentes:

(i) Com base numa sequência de actividades com indicador pré-elaborado onde
constaram programa a seguir ao longo da pesquisa.

3.1.3 Método Estatístico


Outro método adoptado foi o método estatístico, que implicou a utilização de números,
percentagens (análises estatísticas) para determinar determinadas tendências no âmbito da
interpretação do fenómeno (CASTILHO et al., 2011).

20
3.1.3.1. Análise e Interpretação de Dados
A análise e interpretação de dados observaram três momentos distintos:

(i). Pré-análise, consistiu na organização e recolha do material (elaboração do


roteiro de actividades);
(ii). Descrição analítica dos dados, consistiu na codificação, classificação e
categorização dos dados; e
(iii). Interpretação referencial, foi a fase de tratamento, reflexão e deduções sobre
o fenómeno em análise. Nesta fase, o objectivo com a análise dos dados foi o de
sumariar as observações de forma que estas permitissem dar respostas à pergunta
de partida e encontrar sentidos mais amplos.

3.2. ÁREA GEOGRÁFICA DA INVESTIGAÇÃO

O experimento foi realizado nas instalações da Missão Católica da Fonte Boa, situada a
15 km da Vila de Ulónguè (sede do Distrito de Angónia). A pesquisa foi realizada durante o
período que compreende entre dos dias 30 de Dezembro de 2016 a 17 de Fevereiro de 2017.

O Distrito de Tsangano é um Distrito da Província de Tete, em Moçambique, com a


Sede na povoação de Tsangano. É limitado a Norte com o Distrito de Angónia, a Oeste com os
Distritos de Macanga e Chifunde, a Sul com o Distrito de Moatize, tendo como limite Este o
território do vizinho Malawi. O Distrito tem uma superfície de 3.828 km2 e uma população
recenseada, em 1997, de 112.116 habitantes e estimada, à data de 01/01/2005, em 142.025
habitantes. O Distrito de Tsangano tem uma densidade populacional de 37 habitantes/km2. As
estações das chuvas têm início em meados de dezembro, com o período de crescimento de 80
a 110 dias no caso da região norte do Distrito embora a duração do período de crescimento no
sul do Distrito seja em geral superior a 140 dias em 75 % dos anos (MAE, 2005).

A precipitação média anual vária consideravelmente no Distrito, com regiões


apresentando 645mm (norte do distrito) até 1140 mm (Tsangano). A temperatura média anual
por extrapolação dos valores de altitude é de 20 oC, embora nos meses mais frios a temperatura
média anual possa variar entre 17,6 oC e 19,8 oC (MAE, 2005).

21
3.4. CARACTERÍSTICAS DAS INSTALAÇÕES E DAS GAIOLAS

A actividade da cunicultura é desenvolvida em dois galpões de alvenaria e cobertas por


chapas de zinco, com orientação Este-Oeste. O galpão usado para o experimento possui 20 m
de comprimento, 10 m de largura e 2,3 m de altura. Este galpão possui nas paredes laterais,
redes fixadas a partir dos 0,6 m de altura, o que permite arejamento no interior do galpão. Cada
gaiola possui 0,85 m de comprimento, 0,55 m de largura e 0,50 m de altura e está equipada de
um comedouro tipo prato e bebedouro feitos de barro.

3.5. CONDUÇÃO DO EXPERIMENTO

O período experimental teve início na selecção dos animais. Os animais foram alojados
em grupo de quatro animais, pesados e distribuídos em delineamento inteiramente causalizados
em gaiolas de arame galvanizado, com bebedouros de barro e comedouro tipo prato. No
experimento foram utilizados 36 coelhos (mestiços), desmamados aos 40 dias de idade, não
sexados. Os animais foram submetidos a três (3) tratamentos distintos: abate aos 70, 80 e 90
dias de idade, com três repetições.

Durante o período experimental os animais receberam ração e água ad libitum sendo


que a alimentação foi fornecida no período da manhã, pelas 8 horas e no período da tarde, pelas
16 horas para evitar desperdício. Os coelhos foram adquiridos de matrizes existentes na unidade
de produção.

Foram utilizados três diferentes tratamentos, onde:

 O tratamento (T1) foi de 70 dias de idade;


 O tratamento dois (T2) foi de 80 dias de idade;
 E o tratamento três (T3) constituiu na idade de 90 dias.

Para o experimento foi utilizada uma balança electrónica que apresentava uma precisão
de 5 g a 10 g e com máximo de pesagem até 50 kg, esta utilizada para pesagem dos animais,
ração, e após o abate para pesagem da carcaça.

Foi igualmente necessário uso de uma fita-métrica para registo de medidas tanto do
galpão como das gaiolas. Os animais foram pesados no início do experimento, semanalmente e
no final do experimento.

22
3.6. MANEIO ALIMENTAR
A alimentação dos animais foi a base de ração, está ração foi preparada e processada no
sector de cunicultura da Fonte Boa, desde a fase do desmame até ao abate. A quantidade
fornecida foi de 120g/dia/animal segundo a recomendação dada por (FERREIRA, et al., 2012).
A sua distribuição foi uniforme em todos os tratamentos, sendo fornecido no período de manhã
e pela tarde, nas horas mais frescas.

3.6.1. Dietas do Experimento


Para preparação e formulação da ração dos coelhos foram realizados no sector de
cunicultura da Missão Católica da Fonte Boa. A dieta do experimento foi assim desenhada em
relação aos tratamentos (T) de idade ao abate, como observa-se na Tabela 7:

Tabela 7: Composição Percentual dos Alimentos por Tratamento

Alimentos T1 (%) T2 (%) T3 (%)

Soja 20 20 20

Milho 19,6 19,6 19,6

Folha de Bananeira 40 40 40

Repolho 20 20 20

Sal 0,4 0,4 0,4

Fonte: Elaborado pela Autora.

3.7. MANEIOS SANITÁRIOS

Para a limpeza do galpão e gaiolas, adaptou-se um sistema de limpeza diariamente, nos


horários mais frescos do dia; levamos em conta, igualmente, o combate às moscas, que na
maioria das vezes são responsáveis pela transmissão de várias doenças. O esterco do coelho é
responsável muitas vezes pelo aparecimento de doenças, por isso eram retirados logo pela
manhã (com o auxílio de uma vassoura e uma pá). Ainda no maneio sanitário realizamos a
lavagem dos comedouros e bebedouros em dias alternados, para evitar possíveis contaminações
por micro-organismo devido ao tempo da não lavagem dos recipientes.

23
3.8. DESCRIÇÃO DOS ÍNDICES DO DESEMPENHO PRODUTIVO E DAS
CARACTERÍSTICAS DE CARCAÇA.

3.8.1. Variáveis do desempenho produtivo


Para avaliar o desempenho produtivo seguiu-se a metodologia proposta por (SOUZA,
2013). Os indicadores produtivos que foram avaliados são: o consumo diário de ração (CR), o
Ganho médio diário (GMD), a conversão alimentar (CA) e o peso vivo final (PF).

Para a verificação do desempenho produtivo dos animais foram medidos e avaliados os


seguintes indicadores zootécnicos:

 O consumo de ração (CR) foi calculado pela diferença entre as quantidades


oferecidas e as sobras. Matematicamente, a fórmula é expressa da seguinte maneira:

Consumo de Ração (g/dia/animal) = Ração Fornecida – Sobras de Ração

 O Ganho médio diário (GMD) consistiu na diferença entre o peso vivo final (PF) e
o peso vivo inicial (PI) dividido pelo número de dias. Utilizando a seguinte fórmula:

GMD (g/dia) = (Peso Vivo Final – Peso Vivo InciaI) (g) /# dias.

 A Conversão Alimentar (CA) foi obtida pela relação entre o consumo de ração em
um período e seu ganho médio diário so neste mesmo período. Assim, foi necessário
calcular em primeiro o consumo de ração e em seguida o ganho médio diário.

Matematicamente a expressão fica da seguinte maneira:

Conversão Alimentar (CA) = Consumo da Ração (g/dia) / Ganho médio diário (g/dia).

24
 Peso Vivo Final
O peso vivo final foi obtido através da pesagem dos coelhos no último dia de
experimento ( mais o que foi usado como referência é o PAJ).

3.8.2. Variáveis da características de carcaça ( peso de carcaça e rendimento de carcaça)


Foram abatidos de acordo com a metodologia proposta por SANTOS, et al., (2005), ao
final do período de engorda (70, 80 e 90 dias de idade de abate), os animais foram submetidos
ao período de jejum de 12 horas, mantendo-se apenas a água para hidratação e limpeza do trato
gastrointestinal. Após o jejum, realizou-se uma pesagem (peso após jejum = PAJ), para
obtenção do peso ao abate.

O abate dos animais iniciou: por pendurar o animal pelas patas posteriores num gancho
para o abate, insensibilizados pela concussão cerebral, seguindo-se imediatamente a sangria por
corte da jugular e sangrados por alguns segundos. Fez-se á esfola, em seguida procedeu-se à
evisceração, onde obteve-se a carcaça quente sem cabeça.

As carcaças foram pesadas, obtendo-se assim o peso da carcaça quente (PCQ).


Considerou-se carcaça quente a carcaça verdadeira que passou pelo esvaziamento da caixa
torácica, carcaça sem cabeça, pés e vísceras (SANTOS, et al., 2005). O rendimento de carcaça
foi calculando dividindo-se o peso da sem cabeça, pelo peso vivo do animal (PJA),
Multiplicando-se o resultado dessa divisão por 100, assim obteve-se o rendimento expresso em
percentagem.

Peso da carcaça sem cabeça


Rendimento de carcaça quente (RCQ) = x 100
𝑃𝐽𝐴

3.9. DETERMINAÇÃO DA VIABILIDADE ECONÓMICA

A viabilidade económica foi calculada considerando-se os valores médios de venda do


coelho vivo para abate (200 MT/kg), do coelho abatido (234MT/kg) e o valor da ração (13,22
Mt/kg). A margem bruta foi obtida pela diferença entre o lucro bruto (peso do animal vivo x
200MT ou peso da carcaça x 234MT) e o custo da ração (peso da ração consumida x Preço da
ração). Este método foi proposto por CAMPOS, et al., (2005).

25
Os preços médios de coelhos por kg de peso vivo tanto como abatidos foram obtidos
juntos ao sector de cunicultura da fonte boa e os preços dos ingredientes foram consultados no
distrito de Tsangano, província de Tete, no mês de Dezembro a Janeiro.

Na tabela 8, estão apresentados os custos médios dos ingredientes que compõem a ração
experimental.

Tabela 8: Custos dos ingredientes.

INGREDIENTES MT/KG

Milho 20
Soja 35
Folhas de repolho 5
Folha de bananeira 3

Sal comum 25

Fonte: Elaborado pela Autora.

Cada ração foi calculada a partir da quantidade de cada ingrediente descrito na tabela 7,
e seus preços em meticais por quilograma, ou seja quantidade do ingrediente x Mt/kg de cada
ingrediente.

Tabela 9: Custos da ração experimental.

RAÇÕES MT/kg

T1 13,22
T2 13,22
T3 13,22
Fonte: Elaborado pela Autora.

3.10. ANÁLISES DOS DADOS

O Delineamento experimental adoptado foi inteiramente causalizado (DIC). Os dados


foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e para a comparação das médias utilizou-
se o teste de Tukey, a nível de 5% de significância. As análises estatísticas foram procedidas
utilizando o programa estatístico Statistical Package for Social Science (Sistema SPSS versão
21.0 para Windows).

26
O modelo matemático utilizado para análise das variáveis estudadas foi:
Yi= μ + Ti + Ei

Em que:
Yi= Observação relativa ao tratamento i
μ= Média geral
Ti= efeito do tratamento i, i = (70, 80 e 90 dias de idade)
Ei= erro aleatório associado a cada observação

27
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1. INDICADORES DE DESEMPENHO PRODUTIVO

Os resultados de desempenho e característica da carcaça dos coelhos, de acordo com as idades


de abate, estão descritos nas tabelas 10, 11,12, 13, 14, 15 e 16.

4.1.1. Peso inicial e Ganho médio diário (g)


As Tabelas 10 e 11 ilustram o comportamento do peso inicial e Ganho médio diário. Na
Tabela 10 constam os dados relativos ao peso inicial (PI) em que mostram que não houve
diferenças significativas (P < 0,05) entre os valores nos tratamentos, o que indica uniformidade
entre os pesos dos animas no inicio do experimento. Assim estes resultados evidenciam que o
peso inicial não influenciou nos resultados deste experimento, garantindo que o experimento
iniciou com o desejado nível de homogeneidade.

Tabela 10: Valores Médios do peso inicial de acordo com a idade de abate dos coelhos.

Tratamento Média Erro típico CV (%)


Idade (dias)
70 648.33a
80 628.33a 14.26 6.71
90 637.54a
Total 638.07
Fonte: Elaborado pela Autora (2017).

Legenda:
- Médias seguidas de mesma de letras na mesma coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05).
- CV – Coeficiente de Variação.

Na Tabela 11 abaixo, é evidente que os resultados para o ganho médio diário, tiveram
valores decrescentes em função do aumento da idade dos Coelhos. O T1 teve melhor
desempenho, tendo alcançado 32,05 g/coelho/dia, seguido pelo T2 com 29,86 g/coelho/dia e
por fim, apareceu o T3 que teve baixo desempenho ao apresentar 26,75 g/coelho/dia, sendo este
o pior valor deste índice. Estes valores apresentaram diferenças significativas quando
comparadas em testes de Tukey a (P < 0,05).

28
Tabela 11: Ganho médio diário de acordo com a idade de abate dos coelhos (g).

Tratamento Média Erro típico CV (%)


Idade (dias)
70 32.05a
80 29.86a 0.83 8.53
90 26.75b
Total 29.55
Fonte: Elaborado pela Autora (2017).

Legenda:
- Médias seguidas de letras diferentes na mesma coluna, diferem entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05).
- CV – Coeficiente de Variação.

Os animais abatidos com 70 e 80 dias de idade tiveram ganho médio diário maior e não
apresentaram diferença significativas, em relação aos abatidos aos e 90 dias que foi menor e
este, diferenciou-se dos outros tratamento, em virtude de que, estes abatidos mais cedo estavam
em fase de crescimento e exibiam melhor eficiência no uso dos nutrientes ingeridos,
transformando-os em massa muscular. DALLE (2002) afirma que, "o metabolismo do animal,
fica mais lento à medida que o animal se torna mais velho, isto é, ganha menos peso e acumula
gordura, que é mais leve do que o músculo. Com o avançar da idade, a eficiência de
aproveitamento dos nutrientes também diminui".

Ao trabalhar com quatro rações comerciais testadas para coelhos abatidos aos 75 dias
PÊSSOA (2003), obteve valor de ganho médio diário, próximos aos encontrados neste trabalho,
obtendo ganho médio diário de 29,67 (g/dia), entretanto, quando comparados com os de 80 dias
e inferior quando comparados aos de 70 dias.

Os resultados obtidos por OLIVEIRA, et al., (2006) trabalhando com coelhos Nova
Zelândia branco abatidos aos 75 e 90 dias de idade foram superiores quando comparados aos
obtidos neste trabalho sendo estes o Ganho médio diário de: 37, 45 e 32, 28 (g/dia),
provavelmente sejam pelo tipo de raça que ele utilizou neste experimento.

Do trabalho realizado por LEDIER, et al., (2002) utilizando ração comercial na


alimentação de coelhos em crescimento, abatidos aos 70, 80 e 90 dias de idade, obtiveram
valores de GMD de 31,11; 31,23 e 26,46 g, respectivamente. Estes valores encontram-se
próximos aos obtidos neste experimento.

29
LEBAS (1986) considera ganhos diários de 40g como sendo satisfatórios. Facto que
não se verificou neste trabalho possivelmente por diferenças de ração fornecida, raças de animas
e dentre outros factores que possam contribuir e influenciar ganho de peso.

4.1.2. Consumo de ração por Coelho


Os resultados obtidos do consumo diário de alimento, de acordo com a idade de abate,
são inilustrado na Tabela 12. O consumo de ração por coelho foi influenciado pela idade onde
houve uma diferença significativa (P < 0,05) entre os tratamentos 1, 2 e 3, respectivamente,
sendo que o T3 apresentou o maior consumo 110,12 g/ dia, seguido do T2 com 104,72 g/dia e
o tratamento T1 teve baixo consumo da ração com 97,66 g/dia comparados com o tratamento
T2 e T3.

Tabela 12: Média do Consumo de ração de acordo com a idade de abate dos coelhos (g).

Tratamento
Média Erro típico CV (%)
Idade (dias)
70 97.66c
80 104.72b
1.87 5.38
90 110.12a
Total 104.12
Fonte: Elaborado pela Autora (2017).
Legenda:
- Médias seguidas de letras diferentes na mesma coluna, diferem entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05).
- CV – Coeficiente de Variação.

Para o presente trabalho observa-se que o aumento da idade de abate implicou o aumento
no consumo de alimento, concordando com OLIVEIRA, et al., (2016), quando em estudos
feitos com coelhos Nova Zelândia branco abatidos aos 75 e 90 dias de idade, o consumo diário
teve um aumento obtendo-se valores médios de, 104,24 e 116,06 (g/dia), respectivamente.
Provavelmente este facto tenha ocorrido, pois os animais estavam em pleno crescimento e
desenvolvimento e tinham grandes necessidades de nutrientes, mais que qualquer outra fase,
assim consumindo mais com o aumento da idade.

Segundo CABRAL (2008)“os animais mais velhos e pesados apresentam maior


capacidade do trato gastrintestinal e necessitam de maior quantidade de alimento para sua
mantença” .

Por outro lado, SOUZA (2013), ao avaliar a influência da idade sobre o desempenho
zootécnico, característica de carcaça e qualidade da carne de coelhos, utilizando ração
30
comercial, encontrou uma redução nos valores de consumo de ração com o aumento da idade.
Provavelmente estas diferenças entre resultados deste trabalho estejam relacionadas a factores
ambientas e com grande influência da ração em análise.

Os valores médios de consumo de ração apresentaram-se próximos aos encontrados por


CAMPOS, et al., (2005) quando, em estudos para avaliar o desempenho produtivo, a
viabilidade económica e medidas corporais de coelhos sexados abatidos em diferentes idades,
75 dias e 90 dias; o consumo médio diário de ração foi de, 105,56 e 110,07 (g/dia) entretanto,
quando comparado aos valores obtidos no presente trabalho para os animais de 70 e 80 dias de
idade foi observado que o valor de consumo diário apresentou-se menores.

FIGUEIRA (2009) obteve valor superior avaliando coelhos Nova Zelândia branco
abatidos aos 70 dias de idade onde obteve para o consumo diário, 130 (g/dia). Assim como,
MARTINS, et al., (2012) obtiveram para coelhos da raça Nova Zelândia branco aos 75 dias de
idade, consumo de 119 g.

Em estudos para substituir a proteína da alfafa pela de maniçoba para coelhos Nova
Zelândia Vermelho abatidos aos 83 dias, BRITO, et al., (2013) obtiveram valores médios de
consumo 74,99 (g/dia). O valor obtido pelo autor apresenta-se inferior aos deste trabalho para
consumo diário.

4.1.3. Conversão Alimentar


Os resultados obtidos de conversão alimentar, de acordo com a idade de abate, são
apresentados na Tabela 13.

Tabela 13: Média da conversão alimentar de acordo com a idade de abate dos Coelhos (g/g).

Tratamento Média Erro típico CV (%)


Idade (dias)
70 3.05c
80 3.51b
0.16 14.04
90 4.12a
Total 3.56

Fonte: Elaborado pela Autor (2017).


Legenda:
- Médias seguidas de letras diferentes na mesma coluna, diferem entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05).
- CV – Coeficiente de Variação.
31
Observou-se por intermédio da análise destes dados que houve diferença significativa (P <
0,05), entre os tratamentos onde, o T1 teve a melhor conversão com 3,04 g/dia/coelho, seguido
pelo T2 com 3,51 g/dia/coelho e por último ficou o T3 com 4,12 g/dia/coelho, sendo pior no
ensaio por ser o tratamento que mais teve consumo diário de alimento por coelho. Entretanto
os animais com idade de abate mais avançada demonstraram uma pior conversão alimentar.

De acordo com ZILLI (2010), os animais mais jovens são mais eficientes quanto a conversão
alimentar, pois o ganho se dá principalmente pelo crescimento da massa muscular, que é um
tecido com teor de água relativamente elevado. Ao contrário, animais pesados demandam
comparativamente maior quantidade de alimento/kg de ganho, pois estarão sintetizando
gorduras a taxas, mas elevada.

Os resultados obtidos por OLIVEIRA, et al., (2006) trabalhando com coelhos Nova
Zelândia branco abatidos aos 75 e 90 dias de idade foram melhores, obtendo 2,79 e 3,61
respectivamente quando comparados ao presente trabalho.

Os valores próximos a este trabalho foram encontrados por FIGUEIRA (2009),


avaliando coelhos Nova Zelândia branco abatidos aos 70 dias de idade obteve o seguinte 3,32.
SOUZA (2013) ao avaliar coelhos Nova Zelândia branco abatidos aos 70, 80, 90 dias, eles
encontraram valores de conversão alimentar de: 3,63; 4,07; 3,99 estes valores de CA obtido
foram superiores em relação a este trabalho.

CRESPI, et al., (2004) avaliando desempenho de coelhos Nova Zelândia branco em fase
de crescimento, encontram resultados maiores quando comparados aos resultados deste
trabalho que são inferiores quanto à conversão alimentar, obtendo valores de: 3,96; 4,28; 4,81
para as idades de 70, 80 e 90 dias respectivamente.

Ao avaliar coelhos Nova Zelândia branco abatidos aos 85 dias, ARRUDA, et al., (2003)
encontraram valores de conversão alimentar de: 2,94, este valor de CA obtido, foi inferior e
melhores quando comparadas a este trabalho.

As diferenças entre os resultados deste trabalho com os dos autores referenciados,


possivelmente estejam influenciadas pelas diferenças das raças, dieta, quantidade do alimento
consumido pelos coelhos.

32
4.1.4. Peso final e peso da carcaça em função da idade

Os resultados do peso final e peso de carcaça em relação a idade de abate, encontram-se na


tabela 14 .

Tabela 14: Média do peso Final e peso de carcaça de acordo com a idade de abate dos Coelhos.

Peso Final em função da idade de abate (g)

Tratamento
Média Erro típico CV (%)
Idades (dias)

70 1620.00c

80 1833.33b 50.85 8.44

90 1966.67a

Total 1806.67
Peso de Carcaça em função a Idade de Abate (g)

Tratamento
Média Erro típico CV(%)
Idade (dias)

70 830c

80 975b 43.91 13.49

90 1125 a

Total 976.66
Fonte: Elaborado pela Autora (2017).

Legenda:
- Médias seguidas de letras diferentes na mesma coluna, diferem entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05).
- CV – Coeficiente de Variação.

A idade ao abate, influenciou o Peso final de abate e o peso da carcaça (P < 0,05), como
mostra a Tabela 14. Portanto, observa-se que maiores pesos e maiores carcaças foram
observados em animais mais velhos, concordado com CAMPOS, et al., (2005) quando em
estudo com animais abatidos aos 75 e 90 dias de idade, obtiveram os seguintes resultados para
peso final, 2326 e 2618 (g), e peso de carcaça 1190 e 1540 (g), respectivamente.

Segundo DAVILA e GOMES (2006) a medida que aumenta a idade de abate, aumenta
o peso vivo e consequentemente o peso da carcaça. SOUZA (2013) utilizando ração comercial
33
na alimentação de coelhos em crescimento da raça Nova Zelândia branco encontra resultados
superiores para peso final, comparados ao presente trabalho, onde obteve para os 70, 80 e 90
dias de idade valores de peso final de 2154,08 g, 2230,25 g e 2608,75 g, respectivamente. Estes
valores apresentam diferenças significativas quando comparados em testes de Tukey a 5% de
significância. A raça e dieta provavelmente sejam os factores que estabeleceram as diferenças
dos dados deste trabalho.

Trabalhando com coelhos Nova Zelândia branco abatidos aos 75 e 90 dias de idade,
OLIVEIRA, et al., (2006), observaram que os animais abatido aos 90 dias, apresentaram
maiores pesos final de 2,31 e 2,59 (kg) respectivamente

BRITO, et al., (2013) trabalhado com coelhos Nova Zelândia Vermelho abatidos aos 83
dias, obtiveram valores médios de peso vivo e de carcaça de 1783,25 e 870 (g) os resultados
diferenciam aos encontrados no presente trabalho sendo peso vivo, e de carcaça maior.

Portanto os valores de PF e PC como mostra na Tabela 14 , obtidos neste trabalho foram


inferiores aos citados pelos autores, estas diferenças provavelmente estejam relacionadas às
raças dos coelhos, dietas ou ainda mais relacionadas às condições ambientais.

4.1.5. Rendimento de carcaça quente

Tabela 15: Rendimento de Carcaça quente de acordo com a idade de abate dos Coelhos (%).

Tratamento Média Erro típico C.V

70 51.22 b

80 53.18 b 0.98 5.48

90 57.19a

Total 53.86
Fonte: Elaborado pela Autora (2017).
Legenda:
- Médias seguidas de letras diferentes na mesma coluna, diferem entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05).
- CV – Coeficiente de Variação.

Os resultados do Rendimento de carcaça quente em relação a idade de abate, encontram-


se na tabela 15 acima. Para a variável do rendimento de carcaça, houve diferença significativa
entre as medias dos tratamentos (P < 0,05). Estes valores revelam menores rendimentos de

34
carcaça para os tratamentos T1 (70 dias) e T2 (80 dias) e maior rendimento para o tratamento
T3 ( 90 dias) respectivamente.

Segundo DALLE (2002), o rendimento ao abate aumenta até o animal atingir 91 ou 98


dias de idade. Ao avaliar as carcaças de coelhos do grupo genético Botucatu abatidos aos 72
dias de idade ARAÚJO, et al. (2013) obtiveram rendimento para carcaça quente de 52,41%,
valor este foi próximo ao encontrado no presente trabalho quando comparados aos animais de
70 dias.

Ao utilizarem o feno de soja perene ou feno de guandu como fonte de fibra e proteína
na alimentação de coelhos Nova Zelândia Branco x Califórnia em crescimento, abatidos aos 74
e 70 dias de idade, respectivamente, CRESPI et al. (1992) observaram rendimento médio da
carcaça de 61,74 e de 60,14 %, NOFAL et al. (1995) obtiveram valores de 55,99 e 55,65 %
para animais com idade entre 98 e 112 dias, respectivamente para raças Nova Zelândia Branco
e californiano, o que pode ser devido as diferentes idades de abate usadas no experimento.

FERREIRA (1999) obteve os seguintes resultados de rendimento de carcaça em coelhos


da raça Nova Zelândia Brancos 49,10 %, 52,97 % e 53,56 % para as respectivas idades de 72,
82, e 92 dias. Estes valores são inferiores quando comparados aos deste trabalho onde os
rendimentos foram maiores a medida que a idade aumento.

OLIVEIRA, et al., (2006) sustenta que a gordura apresenta crescimento alométrico


progressivo, ao contrário do trato gastrointestinal e do esqueleto os quais tem crescimento
desacelerado com o aumento da idade. Isso provoca aumento no rendimento de carcaça com
aumento da idade de abate.

De acordo com SANTOS, et al., (2005), ao estudarem o Rendimento de carcaça e dos


principais cortes de coelhos sexados, das raças nova Zelândia Branco e califórnia, com
diferentes idades encontram resultados de rendimento de carcaça quente sem cabeça, entre as
idades de 70, 80, e 90 dias, de 49,24; 50,53; 49,88; se comparado com deste trabalho estes são
inferiores.

4.2. VIABILIDADE ECONÓMICA

A principal receita de uma exploração cunícula é a venda de animais, vivos para abate
ou abatidos. Devido a que o peso de abate é relativamente constate a uma dada idade, a receita
do cunicultor dependerá do número de animais vendidos (CAMPOS, et al., 2005).
35
Os resultados da Viabilidade económica em relação a idade de abate, encontram-se na
tabela 16 abaixo.

Tabela 16: Análise económica nas diferentes idades.

Venda de coelho vivo

Tratamento Lucro bruto/ Preço (MT) Custo da ração (MT) Margem bruta (MT)

70 324,00c 38,73c 285,27b

80 366,67b 55,38b 311,29a

90 393,33a 72,79a 320,54a

Venda de coelho abatido

Tratamento Lucro bruto/ Preço (MT) Custo da ração (MT) Margem bruta (MT)

70 194,22c 38,73c 155,49b

80 228,15b 55,38b 177,49ab

90 263,25a 72,79a 190,65a

Fonte: Elaborado pela Autora (2017).

Legenda:
- Médias seguidas de letras diferentes na mesma coluna, diferem entre si pelo teste de Tukey(P < 0,05).

A idade ao abate do coelho vivo foi significativa (P < 0,05) como mostra a tabela 16.
Notou-se que as maiores margens brutas foram aos 80 dias e 90 dias, para animais vendidos
vivos. Foi levado em consideração que a alimentação gasta para o animal chegar até 90 dias foi
significativamente compensativa para elevar a idade por mais 10 dias, isto é de 80 á 90.

Quando comparamos as médias da venda do coelho abatido, observou-se diferença


significativa (P < 0,05) como mostra a tabela 16, entre as três idades. Neste caso, aos 90 dias é
mais indicada o abate porque o rendimento de carcaça em relação á margem bruta justifica
alimentar o animal por mais 10 dias.

Os resultados obtidos neste trabalho discordam com os achados por CAMPOS, et al.,
(2005) e FIGUEIRA (2009) que perceberam maior margem bruta para animais jovens e
demostram não compensar manter os animais mais velhos (70 até 90 dias), devido aos custos

36
de alimentação, entretanto, as carcaças mais pesadas com avanço da idade justificam manter os
animais por mais tempo em criação.

37
5. CONCLUSÕES

Os resultados que se obtive a partir do estudo realizado levou as seguintes conclusões:

 Primeiro, que a hipótese (H1) principal é válida pois pode-se comprovar que a
idade dos animais interferiu no desempenho produtivo, nas características de
carcaça e nos custos de produção pois constatou-se diferenças significativas (P
< 0,05) nas variáveis de consumo de ração, ganho médio diário, conversão
alimentar e peso final, peso de carcaça e rendimento de carcaça.

 O consumo diário e a conversão alimentar apresentaram valores crescentes à


medida que a idade avançava, aumentando proporcionalmente os custos de
alimentação. O ganho médio diário apresentou uma diminuição com o aumento
da idade.

 Os valores do peso final, pesos das carcaças e rendimentos de carcaça quente


apresentaram um aumento em função do aumento das idades ao abate.

 Na análise económica, observou-se que os custo de ração aumentaram consoante


a idade, o que significa que quanto mais o tempo passa, o consumo aumente e
proporcionalmente o custo de produto aumenta.

 A investigação provou, por um lado, que as idades de 80 e 90 dias oferecem


maior margem sobre o rendimento dos animais, daí ser o melhor período para o
abate do coelho.

 Concluído por outro, que a Venda dos animais vivos deverá ser feita aos 80 e 90
dias e abatidos aos 90 dias de idade.

38
6. RECOMENDAÇÕES FINAIS

Face as várias constatações feitas ao longo deste estudo, importa fazer as seguintes
recomendações:

 Com relação ao abate, recomenda-se a idade de 90 dias por apresentar uma maior
margem bruta e um peso de carcaça com padrões recomendáveis pelo mercado.

 É recomendável a criação ou venda de coelhos vivos de 80 até aos 90, apesar de, o custo
de ração pode ser relativamente maior para a idade de 90 dias, mas estes devem ser
justificado pela margem bruta onde os valores não apresentam diferenças significativa.

 Que sejam promovidas acções de capacitação aos cunicultores de modo que eles possam
ter conhecimentos teóricos e práticos relativos a produção do coelho, especificamente,
sobre a idade e peso ideal para o abate dos coelhos.

 Que haja maior controle por parte das entidades sanitárias no que diz respeito ao
controle de qualidade da carne. Este pressuposto vai ditar acções controladas de abate
desta espécie de animais e, consequentemente, vai evitar que se forneça carne com
gorduras o que pode ser prejudicial para a saúde dos consumidores.

 Que se faça outros estudos no futuro, utilizando idades intermediárias a esta, para se
comprovar a sua eficácia no desempenho produtivo, rendimentos de carcaça e a sua
viabilidade económica dos coelhos.

39
7. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

1. ARRUDA, A.M.V., FERREIRA, W.F.; LOPES, D.C.; ROSTAGNO, H.S.; QUEIROZ,


A.C.; PEREIRA, E.S.; FERREIRA, A.S.; SILVA, J.F.; Desempenho e características de
carcaça de coelhos alimentados com Dietas Contendo Diferentes Níveis de Amido e
fonte de fibra. Revista Brasileira de Zootecnia. 2003.

2. ARAÚJO, I.G.; SCAPINELLO, C.; BICUDO, S.J.; CURCELLI, F; MORA, L.M.;


BOZICOVICH, T.F.M; MOURA, A.S.A.M.T. Efeito da substituição da energia do milho
pela raiz de mandioca sobre as características de carcaça em coelhos. In: XXIII
ZOOTEC, 3. Foz do Iguaçu. Anais. 2013.

3. BAPTISTA. F., E.C. MOREIRA, W.L.M. SANTOS, B.R. D.; Peso de carcaça e idade dos
bovinos abatidos em Minas Gerais. Departamento de Tecnologia e Inspecção da Escola
de Veterinária da UFMG. Serviço de Inspecção de Produtos de Origem Animal (SIPA) -
Belo Horizonte.vol.51, n.4, 1999.

4. BEEFPOINT. Aspectos gerais do crescimento e desenvolvimento (Crescimento e


Terminação de bovinos de corte). Sistemas De Produção. V.1. 2002. Disponível em:
http:/www.beefpoit.com.br> Data de Acesso: 21 de Abril d 2017.

5. BONAGURIO, S. PÉREZ, J. R.O.; GARCIA, I.F.F.; BRESSAN, M.C.; LEMOS, A.L.S.C.;


Qualidade da carne de Cordeiros Santa Inês Puros e Mestiços com Texel Abatidos
com Diferentes Pesos. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 32, n.6, 2003.

6. BRIDI, ANA MARIA. Crescimento e desenvolvimento do tecido muscular.


Departamento de zootecnia de UEL. Disponível em: http:/www.uel.br/.../Data de Acesso:
11Julho de 2017.

7. BRITO, M.S.; SILVA, J.H.V.; COSTA, F.G.P.,GIVISIEZ, P.E.N.; PASCOAL,LA.F.;


OLIVEIRA, E.R.A.; LIMA, R.B.; SILVA, T.R.G.; SANTOS, J.G.; WATANABE, P.H.
Efeito comparativo da proteína do feno de maniçoba em relação à proteína do feno
de alfafa na ração de coelhos. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia,
Belo Horizonte., v.65, n.1, 2013.

40
8. CABRAL, L.S.; NEVES, E.M.O.; ZERVOUDAKIS, J.T.; ABREU, J.G.; RODRIGUES,
R.C.; SOUZA, A.L. Estimativas dos requisitos nutricionais de ovinos em condições
brasileiras. Revista Brasileira de Saúde e Produção Animal, v.9, n.3, p. 25-32, 2008.

9. CAMPOS, M.S.D.; VILELA, R.A.; OLIVEIRA, M.C. de; DELSIN, H.R.J.;


CARVALHO,I.D. Desempenho produtivo, medidas corporais e viabilidade econômica
de coelhos sexados abatidos em diferentes idades. Revista Científica de Produção
Animal., v.7, n.2, 2005.

10. CASSIANO, FERNANDO RIBEIRO, Modelo de crescimento animal para dados


irregulares. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal e Lavras. 2014.

11. CASTILHO AURILUCE PEREIRA, NARA RÚBIA MARTINS BORGES E VÂNIA


TANÚS PEREIRA. Manual de metodologia científica do ILES Itumbiara/GO.
Itumbiara: ILES/ULBRA. Instituto Luterano de Ensino Superior de Itumbiara. 2011.

12. CHEEKE, P. R., Alimentación y nutrición del conejo. Zaragoza: Editorial Acribia S.A.,
v.3, n.3, 1995.

13. COELHO, C. C. G. M., Utilização digestiva de dietas semi simplificadas com fenos
enriquecidos com vinhaça para Coelhos em crescimento. Dissertação do Programa de
Pós-graduação em Zootecnia, Escola de Veterinária-Universidade Federal de Minas Gerais,
Belo Horizonte, 2012.

14. CRESPI, M.P.A.L, COLL, J.F.C, GOMES, A.V.C, MORGADO, E.S., PAMPOLHA,
C.M., GAMALHO. Características de carcaça e composição química do músculo da
coxa (Bíceps femoris) de coelhos da raça Nova Zelândia Branca. Boletim da Indústria
Animal, Nova Odessa.2008.

41
15. CRESPI, M.P.A.L.; COLL, J.F.C.; PIMENTEL, V.A. FREITAS, K.P, SCARLATO, R.C.
Desempenho e características de carcaça e composição química da carne de coelhos
em crescimento da raça Nova Zelândia Branca abatidos aos 60, 70, 80 e 90 dias de
idade. Anais. 41ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Zootecnia. Campo Grande,
MS. P. 2004.

16. CRESPI, M.P.A.L.; COLL, J.F.C.; SOUZA, J.C.D.; GOMES, A.V.C.; GONÇALVES, A.S.
Uso de feno de soja perene (Neonatonia wightii) como fonte de fibra e proteína na
alimentação de coelhos em crescimento. Revista Brasileira de Zootecnia, 1992.

17. CUMAIO, H. I., Desempenho Produtivo Dos Coelhos (Oryctolagus Cuniculus) Mestiços
Alimentados Com As Folhas De Bananeira (Musa Sp.) Em Substituição Da Ração Em
Diferentes Níveis. Monografia Científica em Agropecuária, Faculdade de Ciências
Agrárias/ Ulónguè. 2015.

18. DALLE ZOTTE, A. Perception of rabbit meat quality and major effects influencing
the rabbit carcass and meat quality. Livestock Production Science, v.75, n.1, 2002.

19. DÁVILA, N.F.P., GOMES, A.V.C. Farelo de algodão na alimentação de coelhos em


crescimento. Dissertação (Mestrado em Zootecnia). Instituto de Zootecnia, Universidade
Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica. 2006.

20. DE BLAS, C.; GARCÍA, I. A.; GONZÁLEZ, R. CARABAÑO, R. Necesidades de


treonina en animales monogástricos. Curso de especialización FEDNA. España:
Universidad Politécnica de Madrid, 2007.

21. DEHALLE, C. Equilibre entre les apports azotés et énergétiques dans lálimentatio du
lapin en croissance. Annales Zootechnie, 1991.

22. FERREIRA, W. M.; FIGUEIREDO, E. A. P.; PEREIRA, R. A. N. Avanços na nutrição


de coelhos - Avaliação energética e proteica dos alimentos e necessidades nutricionais.
Nutrição animal – Tópicos avançados. Departamento de Tecnologia Rural e Animal, 2005.

42
23. FAO. Food And Agriculture Organization Of The United Nations. Faostat. Rome: FAO.
2009.

24. FERREIRA, W.M., LUIZ C.M., YURI DE G.J. GUILHERME G DE C., OLIVEIRA C. E.,
Manual Prático De Cunicultura. Bambuí/MG – Brasil. 2012.

25. FERREIRA W. M.; MILAN A. O.; SILVA R. A.; RAMIREZ M. A. Desempenho


produtivo de coelhos da raça Nova Zelândia branca em crescimento, alimentados com
levedura torula em substituição ao farelo de soja. Reunião Anual da Sociedade Brasileira
de Zootecnia. Belém, 2011.

26. FERREIRA, M. W.; SANTIAGO, S. G. Desempenho produtivo de coelhos criados em


diferentes densidades populacionais. Revista Brasileira de Zootecnia.v28.n 2.1999.

27. FIGUEIRA, J.L. Casca de soja na alimentação de coelhos em crescimento em


substituição aos fenos de alfafa e coast cross. Dissertação. UEM (Universidade Estadual
de Maringá). Centro de Ciências Agrárias. Estado do Paraná. 2009.

28. FRANCISCO A. Cunicultura. Centro estadual de educação profissional visconde de são


Leopoldo são Leopoldo. 2016.

29. GIL, A.C., Como Elaborar Projetos de Pesquisa. São Paulo: Atlas, 1991.

30. HERNÁNDEZ, P., ARINÕ, B., GRIMAL, A., BLASCO, A. Comparison of carcass and
meat characteristics of three rabbit lines selected for litter size or growth rate. Meat
Science.v.44, 2008.

31. INE. Boletim Mensal da Agricultura, Pescas e Agro-indústria. Instituto Nacional de


Estatística. Maio 2011.

32. HERRERA A. D.P.N., GENÁRIO S.S., SILVANA L. DOS S.M. Importância da fibra na
nutrição de coelhos. Cienc. Rural. V.31, n.3, 2011.

43
33. HOOVER, W. H.; ROBINSON, K. L.;CHAMP, M.; HEITMANN, R. N. Effects of dietary
fibre level son weight gain, caecal volume and volatile fattyacid production in rabbits.
Journal of Nutrition, 1992.

34. GARCIA, I.F.F.; LEOPOLDINO, I.J. BOZICOVICH BOZICOVICH., Influência do


manejo produtivo na qualidade da carne caprina e ovina. Universidade Federal de
Larvas. Programa de pós- graduação. 2011.

35. Gomiero, Juliana Sampaio Guedes. Curvas de Crescimento Morfométrico e Alométrico


de Piracanjuba (Brycon orbignyanus). Dissertação – (Mestrado em Zootecnia) -
Universidade Federal de Lavras, Lavras, MG. 2005’

36. GONÇALVES, MARCELA CANGUSSÚ. Desempenho e características de carcaças de


bovinos azebuados submetidos à cauterização química do órgão vomeronasal. Escola
de Veterinária da UFMG. Belo Horizonte. 2003.

37. LEBAS, F.; COUDERT, P.; ROUVIER, A. El conejo: cria y patologia. Organización de
las Nacioenes Unidas para la Agricultura y la Alimentación. Roma, Colecciones FAO,
1986.

38. LEDIER, G. L.; PIMENTEL, V.A.; CRESPI, M. P.; et al. Desempenho e rendimento de
carcaça de coelho em crescimento e engorda da raça Nova Zelândia branca abatidos
aos 70, 80 e 90 dias em época quente. In: JORNADA DE INICIAÇÃO CIENTIFICA DA
UFRRJ, 12., Anais... Seropédica, UFRRJ. 2002.

39. LUCHIARI FILHO, A. Pecuária da Carne Bovina. 1ª ed. São Paulo. Nova Odessa. 2000.

40. MACHADO, L.C.; Manual de Formulação de Ração e Suplementos para Coelhos.


Associação Científica Brasileira de Cunicultura.Bambuí: Ed. do Autor, 2011.

41. MACHEL, G.; MASSINGUE, J. A evolução do sector da pecuária em Moçambique


(2002-2012). Seminário sobre estudos temáticos do TIA. Hotel VIP- Maputo, 2013.

44
42. MARTINS, M.G., MACHADO, L.C., RIBEIRO, B.P.V.B., PINTO, L.O.R., TELES, M.C.,
OLIVEIRA, M.L.R., CASTRO, M.R., COUTINHO, J.J.O. Efeitos da utilização de fitase
sobre o desempenho produtivo de coelhos em crescimento. Anais. XXII ZOOTEC.
Cuiabá/MT, 2012.

43. MAERTENS, L. Nutrición cunicola: Necesidades y estrategias de alimentación. In:


CONGRESO DE CUNICULTURA DE LAS AMÉRICAS, v.1., 1998.

44. MINISTERIO DA ADMINISTRAÇÃO ESTATAL (MAE), Perfil do distrito de


Tsangano, edição 2005.

45. MONTEIRO, J. M., Estratégia para uma cunicultura sustentável. Enquadramento do


Sector da Cunicultura PAC. 2013.

46. MUSSOI. Cunicultura (engorda). 2010. Disponível em: http: //


cuniculturamussoi.blogst.com. Acesso em 3 de maio 2017.

47. NOFAL R. Y.; TOTH, S.; VIRAG G. Y. Carcass traits of purebred and crossbred
rabbits. Word Rabbits Science. 1995.

48. OSÓRIO, J.C.S. Qualidade, morfologia e avaliação de carcaças. Pelotas: Universidade


Federal de Pelotas. Ed. Universitária, 2002.

49. PETRACCI, M. D.; FLETCHER, D. L.; NORTHCUTT, J. K. The effect of holding


temperature on lie shrink, processing yield, and breast meat quality of broiler
chickens. Poultry Science, v. 80, 2009.

50. ROTHF. DA S.G., MOZ, QUADROS F. A. DE; Factores ante-morten que interferem
na qualidade da Carcaça. XX seminário interetualista de ensino. Pesquisa e Extensão.
Curso de Medicina Veterinária da Universidade de Cruz Alta – UNICRUZ. 2015.

45
51. USDA, National Nutrient Database for Standard Reference, Release 18 (2005). Disponivel
em: http://www.nal.usda.gov/fnic/foodcomp/cgi-bin/list_nut_edit.pl. Acessado em 5 de
Abril de 2017.

52. OLIVEIRA, M.C.; LUI, J.F. Desempenho, características e viabilidade económica de


coelhos sexados abatidos em diferentes idades. Arquivos Brasileiros Medicina
Veterinária e Zootecnia. Universidade de Rio Verde; Goiás. Universidade Estadual
Paulista; Jaboticabal. 2006.

53. PEREIRA C. R. G., Influência da idade de abate e da castração na composição e


rendimento da carcaça de caprinos. Departamento de Produção Animal. Monografia.
Escola de Medicina Veterinária, Universidade Federal da Bahia – Bahia. 2002.

54. PESSOA, M.F., Avaliação Nutricional de Diferentes Rações Comerciais em Coelhos


em Crescimento. Seropédica: UFRRJ,. (Dissertação, Mestrado em Zootecnia). 2003.

55. STARCK, A. S. Desempenho e Avaliação de Carcaça de Coelhos Submetidos a


Diferentes Manejos Alimentares. Trabalho (conclusão de curso) – Programa de graduação
em Bacharelado em Zootecnia, Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Dois
Vizinhos, 2011.

56. RETORE, M.; SILVA, L.P.; TOLEDO, G.S.P.; ARAÚJO, I.G.; Efeito da fibra de co-
produtos agro-industriais e sua avaliação nutricional para coelhos. Medicina
Veterinária e Zootécnica. Arquivo Brasileiro, 2010.

57. RODRIGUES P.A.A., Cunicultura: Um estudo sobre a aplicação da Contabilidade de


Custos. Universidade Católica de São Paúlo faculdade de economia, administração,
contabilidade e actuária. Departamento de ciências contábeis. São paulo – sp. 2007.

58. SANTOS, C. L. Estudo do desempenho, das características da carcaça e do


crescimento alométrico de cordeiros Santa Inês e Bergamácia. Dissertação (Mestrado
em Zootecnia), Universidade Federal de Lavras, Lavras, MG. 1999.

46
59. SANTOS, J.C.; ABREU, R.D.; CARVALHO, G.J.L.; LEDO, C.A.S.; LEÃO, K.R.B;
SANTANA, M.L.A.C; LEITE, A.P.L; BARBOSA, J.A. Rendimento de carcaça e dos
principais cortes de coelhos sexados, das raças nova Zelândia branco e califórnia, com
diferentes idades. Magistra, Cruz das Almas-BA. 2005.

60. SILVA, R.A; Cunicultura. Secretaria do Estado da Agricultura e do Abastecimento:


Departamento de Economia Rural. Paraná, 2006.

61. SIMONATO M. T., Rendimento e qualidade da carcaça de coelhos Submetidos a


diferentes períodos de jejum pré-abate. Dissertação Mestrado em Zootecnia) –
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica: 2008.

62. SITOE, T. A., Agricultura familiar em Moçambique: estratégias de desenvolvimento


sustentável. Maputo, 2005.

63. SOUZA, D. O., Desempenho, Rendimento e Características de Carcaça de Coelhos


Nova Zelândia Branco em diferentes Idades ao Abate. Dissertação (Mestrado).
Universidade federal rural do rio de Janeiro.2013.

64. SOUZA, D. V. DE. Ácidos Graxos e Composição Centesimal da Carne de Coelhos


Alimentados com Ração Contendo Farelo de Coco. Ciência Tecnologia de alimento,
Campinas, 2009.

65. SOUZA, DANIELA VIEIRA DE. Característica da carne de coelhos de coelhos


alimentados coração contendo farelo de coco. Dissertação. Universidade Federal do Ceará.
Centro de Ciências Agrárias. 2007.

66. TEJADA, M.A.; SOARES, G.J.D. Influência da idade de abate, sexo e músculo na
qualidade de gordura da carne de coelho (Oryctolagus cuniculus). Revista Brasileira de
Agrociência, 1995.

67. ZEFERINO, C.P. Indicadores Fisiológicos, desempenho, rendimento ao abate e


qualidade de carne de coelhos puros e mestiços submetidos ao estresse pelo calor
intenso ou moderado. Dissertação (Mestrado). UNESP. Botucatu: 2009.

47
68. ZILLI, Magnun César. Custo e Viabilidade de Confinamento Bovino. Fundação
Educacional do Município de Assis.2010.

48
APÊNDICE 1.
Tabela 17: Anova

Soma dos Média


quadrados gl. quadrática F. Sig.

PI(g) Inter- grupos 601,253 2 300,627 0,128 0,882


Intra- grupos 14043,969 6 2340,661
Total 14645,222 8
CR(g) Inter- grupos 234,277 2 117,139 41,606 0,000
Intra- grupos 16,893 6 2,815
Total 251,170 8
GMD(g) Inter- grupos 42,602 2 21,301 15,894 0,004
Intra- grupos 8,041 6 1,340
Total 50,643 8
CA(g) Inter- grupos 1,716 2 0,858 43,369 0,000
Intra- grupos 0,119 6 0,020
Total 1,835 8
PF(g) Inter- grupos 183466,667 2 91733,33 201,366 0,000
Intra- grupos 2733,333 6 455,566
Total 186200,000 8
PC(g) Inter- grupos 130550,00 2 65275,000 47,187 0,000
Intra- grupos 8300,000 6 1383,33
Total 130550,000 8
RC Inter- grupos 55,576 2 27,788 11,822 0,008
Intra-grupos 14,104 6 2,351
Total 69,680 8
Lucro Inter- grupos 7338,667 2 3669,333 201,366 0,000
bruto/preço Intra- grupos 109,333 6 18,222
( Vivo) Total 7448,000 8
Custo de Inter- grupos 1740,752 2 870,376 971,245 0,000
ração Intra- grupos 5,377 6 0,896
(Vivo) Total 1746,129 8
Margem Inter- grupos 2006,356 2 1003,176 54,016 0,000
bruta Intra- grupos 111,430 6 18,572
(Vivo) Total 211,782 8
Lucro Inter- grupos 7148,396 2 3574,198 47,187 0,00
bruto/preço Intra- grupos 454,475 6 75,746
(abatido) Total 7602,871 8
Custo de Inter- grupos 1740,752 2 870,376 971,245 0,00
ração Intra- grupos 5,377 6 0,896
(abatido) Total 1746,199 8
Margem Inter- grupos 1834,435 2 917,218 13,119 0,00
bruta Intra- grupos 419,503 6 69,917
(abatido) Total 2253,938 8

49
Tabela 18: Provas de Normalidade
Shapiro-Wilk

Estatística df Sig.

PI (g) ,957 9 ,763

CR(g) ,931 9 ,490

GMP(g) ,931 9 ,490

CA ,905 9 ,280

PF ,880 9 ,155

PC ,962 9 ,822

RC ,957 9 ,772

Lucro bruto/ preço (Vivo) ,880 9 ,155

Custo de ração (Vivo) ,856 9 ,086

Margem bruta (Vivo) ,866 9 ,111

Lucro bruto/ preço (abatido) ,962 9 ,822

Custo de ração (abatido) ,856 9 ,086

Margem bruta (abatido) ,997 9 1,000

Tabela 19:Teste de Homogeneidade de Variâncias

Levene Statistic df1 df2 Sig.


PI (g) 1,591 2 6 ,279
CR(g) ,626 2 6 ,566
GMP(g) 1,171 2 6 ,372
CA 4,862 2 6 ,056
PF ,337 2 6 ,727
PC ,977 2 6 ,429
RC 2,938 2 6 ,129
Lucro bruto (Vivo) ,337 2 6 ,727
Custo de ração ( Vivo) ,961 2 6 ,434
Margem bruta (Vivo) ,691 2 6 ,537
Lucro bruto ( abatido) ,977 2 6 ,429
Custo de ração (abatido) ,961 2 6 ,434
Margem bruta (abatido) ,713 2 6 ,527

50
Tabela 20: Descritivos de indicadores.

N Mean Std. Std. 95% Confidence Minimum Maximum


Deviation Error Interval for Mean
Lower Upper
Bound Bound
1 3 648,333 21,2623 12,2758 595,515 701,152 627,5 670,0
2 3 628,333 63,1508 36,4601 471,458 785,209 573,8 697,5
PI (g)
3 3 637,542 50,8122 29,3364 511,317 763,766 592,5 692,6
Total 9 638,069 42,7861 14,2620 605,181 670,958 573,8 697,5
1 3 97,6567 1,02403 ,59122 95,1128 100,2005 96,72 98,75
2 3 104,7233 2,13500 1,23264 99,4197 110,0270 102,44 106,67
CR(g)
3 3 110,1167 1,68506 ,97287 105,9307 114,3026 108,44 111,81
Total 9 104,1656 5,60324 1,86775 99,8585 108,4726 96,72 111,81
1 3 32,0533 ,71038 ,41014 30,2887 33,8180 31,33 32,75
2 3 29,8567 1,57672 ,91032 25,9399 33,7734 28,13 31,22
GMP(g)
3 3 26,7500 1,01489 ,58595 24,2289 29,2711 25,65 27,65
Total 9 29,5533 2,51603 ,83868 27,6193 31,4873 25,65 32,75
1 3 3,05 ,036 ,021 2,96 3,14 3 3
2 3 3,51 ,188 ,109 3,05 3,98 3 4
CA
3 3 4,12 ,150 ,087 3,74 4,49 4 4
Total 9 3,56 ,479 ,160 3,19 3,93 3 4
1 3 1620,00 20,000 11,547 1570,32 1669,68 1600 1640
2 3 1833,33 25,658 14,814 1769,60 1897,07 1805 1855
PF
3 3 1966,67 17,559 10,138 1923,05 2010,29 1950 1985
Total 9 1806,67 152,561 50,854 1689,40 1923,94 1600 1985
1 3 830,00 39,686 22,913 731,41 928,59 785 860
2 3 975,00 21,794 12,583 920,86 1029,14 950 990
PC
3 3 1125,00 45,826 26,458 1011,16 1238,84 1085 1175
Total 9 976,67 131,743 43,914 875,40 1077,93 785 1175
1 3 51,2200 1,87585 1,08302 46,5601 55,8799 49,06 52,44
2 3 53,1767 ,48014 ,27721 51,9839 54,3694 52,63 53,53
RC
3 3 57,1900 1,81728 1,04921 52,6756 61,7044 55,64 59,19
Total 9 53,8622 2,95127 ,98376 51,5937 56,1308 49,06 59,19
1 3 324,00 4,000 2,309 314,06 333,94 320 328
2 3 366,67 5,132 2,963 353,92 379,41 361 371
LB (V)
3 3 393,33 3,512 2,028 384,61 402,06 390 397
Total 9 361,33 30,512 10,171 337,88 384,79 320 397
1 3 38,7267 ,40796 ,23554 37,7132 39,7401 38,35 39,16
CUR(V) 2 3 55,3800 1,13080 ,65287 52,5709 58,1891 54,17 56,41
3 3 72,7900 1,11503 ,64376 70,0201 75,5599 71,68 73,91

51
Total 9 55,6322 14,77383 4,92461 44,2760 66,9884 38,35 73,91
1 3 285,2733 4,17689 2,41153 274,8974 295,6493 281,33 289,65
2 3 311,2867 5,70106 3,29151 297,1245 325,4489 305,44 316,83
MB (V)
3 3 320,5433 2,40138 1,38644 314,5780 326,5087 318,32 323,09
Total 9 305,7011 16,27030 5,42343 293,1946 318,2076 281,33 323,09
1 3 194,2200 9,28659 5,36161 171,1508 217,2892 183,69 201,24
2 3 228,1500 5,09991 2,94444 215,4811 240,8189 222,30 231,66
LB(A)
3 3 263,2500 10,72323 6,19106 236,6120 289,8880 253,89 274,95
Total 9 228,5400 30,82789 10,27596 204,8436 252,2364 183,69 274,95
1 3 38,7267 ,40796 ,23554 37,7132 39,7401 38,35 39,16
2 3 55,3800 1,13080 ,65287 52,5709 58,1891 54,17 56,41
CUR(A)
3 3 72,7900 1,11503 ,64376 70,0201 75,5599 71,68 73,91
Total 9 55,6322 14,77383 4,92461 44,2760 66,9884 38,35 73,91
1 3 155,4900 9,31986 5,38082 132,3382 178,6418 145,02 162,88
2 3 172,7700 5,49342 3,17163 159,1236 186,4164 166,74 177,49
MB (A)
3 3 190,4600 9,62881 5,55919 166,5407 214,3793 182,21 201,04
Total 9 172,9067 16,78518 5,59506 160,0044 185,8089 145,02 201,04

Legenda:
A: Abatidos
CUR: Custo de ração
LB: Lucro bruto
MB: Margem bruta
V: Vivos

52
APÊNDICE 2.

Imagem 1. Imagem interna do galpão Imagem 2. Gaiola onde foram alojados os coelhos

Imagem 3. Coelhos consumido a ração Imagem 4. Coelhos bebendo a água

53
Imagem 5. Apanha do coelho para o abate. Imagem 6. Pesagem da carcaça

Imagem 7.Toragem da soja da para preparação Imagem 8. Pesagem das folhas de bananeira
da ração dos coelhos.

Imagem 9. No campo de plantio de repolho.


54
GLOSSÁRIO

 Características organolépticas são aquelas que podem ser percebidas pelos sentidos
humanos, como cor, brilho, odor, textura e sabor.
 Cecotrofia (hábito de ingerir cecotrófos) é um mecanismo fisiológico típico do coelho,
com uma influência decisiva tanto em suas características nutricionais como nos
processos patológicos que se relacionam com o mesmo.
 Coprofagia é o termo técnico para o ato de comer fezes.
 Crescimento alométrico refere-se a taxas diferenciais de crescimento de duas
características mesuráveis de um organismo (muitas vezes descrito como alterações /
transformações da morfologia correlacionadas com a dimensão).
 Doenças infecto- contagiosas- são doenças causadas por agentes biológicos como
exemplo bactérias ou parasitas, etc.
 Marmoreio é definido como a acumulação de gordura intramuscular na carne.
 Peristaltismo é a capacidade dos órgãos que formam o aparelho digestivo e as vias
urinárias para desenvolver certos movimentos que possibilitem o avanço de, segundo o
caso, o bolo alimentar, a bílis ou a urina/ movimento que intestino faz para empurrar
bolo alimentar.

55

Você também pode gostar