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UNAERP – Campus – Guarujá

UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO – UNAERP


CAMPUS GUARUJÁ

Daniela Batista de Freitas


Daniela Marques Cardozo
Evelin Regina da Silva
Evelyn Elisa Ribeiro Silva
Geisa Camila Assis
Geovana dos Santos
Leandro da Costa Santos
Luciana Alves da Silva

Cuidados de enfermagem ao paciente com Sonda Nasogástrica, Sonda


Nasoenteral e Sonda Vesical de Demora.

Guarujá
2º Semestre de 2017
UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO – UNAERP
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UNAERP – Campus – Guarujá
CAMPUS GUARUJÁ

Daniela Batista de Freitas RA: 815843


Daniela Marques Cardoso RA: 827303
Evelin Regina da Silva RA:826887
Evelyn Elisa Ribeiro Silva RA:826776
Geisa Camila Assis RA: 826879
Geovana dos Santos RA:827395
Leandro da Costa SantosRA:826596
Luciana Alves da Silva RA:827433

Cuidados de enfermagem ao paciente com Sonda Nasogástrica, Sonda


Nasoenteral e Sonda Vesical de Demora.

Trabalho referente a cuidados


com sondas da disciplina de
Enfermagem, na Universidade
de Ribeirão Preto – UNAERP –
Campus Guarujá.

Guarujá
2º Semestre de 2017

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Sumário
1. Conceito de cuidados de enfermagem......................................................4
2. Sonda Nasogástrica.....................................................................................4
2.1 Posicionamentos...............................................................................................5
2.2 Indicações............................................................................................................5
2.3 Contraindicações...............................................................................................5
2.4 Materiais...............................................................................................................5
2.5 Técnica.................................................................................................................5
2.6 Cuidados de específicos.................................................................................6
3.0 Sonda Nasoenteral.......................................................................................7
3.1 Posicionamentos:..............................................................................................7
3.2 Indicações............................................................................................................7
3.3 Contra indicação................................................................................................7
3.4 Material.................................................................................................................7
3.5 Técnica.................................................................................................................8
3.6 Cuidados específicos.......................................................................................8
3.7 Complicações do uso da sonda nasoenteral.............................................9
4 Sonda vesical de demora.............................................................................10
4.1 Indicações..........................................................................................................10
4.2 Complicações no procedimento..................................................................10
4.3 Materiais.............................................................................................................10
4.4 Técnica...............................................................................................................11
4.5 Cuidados específicos.....................................................................................11
5. Bibliografia....................................................................................................12

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1. Conceito de cuidados de enfermagem.

O cuidado de enfermagem consiste na preservação do potencial saudável


dos pacientes e requer uma concepção ética que contemple avida como um bem
valioso em si.

Na perspectiva da enfermagem, “cuidar do outro” significa entender ás


necessidades com sensibilidade, rapidez, destreza e solidariedade, mediante a
ações e os cuidados realizados para promover o conforto e o bem estar. O cuidado
é a troca entre cuidador e o ser cuidado.

Há um cuidado dos profissionais de enfermagem em “se colocar no lugar


do outro” chamada de empatia, compreender o outro como gostaria de ser, também,
compreendido. É possível receber cuidado de enfermagem verbal, quando
conversamos transmitimos tranquilidade, carinho, conforto, segurança, atenção já
são suficientes para promover bem estar dos cuidados, o toque é uma manifestação
de cuidados de enfermagem não-verbal o ato de tocar aproxima o cuidador e o
cuidado também promovendo o bem estar e estreitando os laços de respeito e
confiança.

2. Sonda Nasogástrica

É a introdução de uma sonda via nasal ou oral no estômago do paciente


com a finalidade de drenagem de líquidos, infusão de alimentos, medicamentos e
hidratação de pacientes impossibilitados de deglutir.

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2.1 Posicionamentos: inserida pela cavidade nasal e sua extremidade
distal fica posicionada no estômago.

2.2 Indicações: trato gastrintestinal funcionante, distensão abdominal


para drenagem de líquidos e gases, introdução de medicamentos e dieta, lavagem
gástrica, intoxicação exógena, coleta de conteúdo gástrico para exame.

2.3 Contraindicações: trato gastrointestinal não funcionante, fratura de


base de crânio, hemorragia nasal, fratura de osso nasal, estenose no estomago,
varizes de esôfago, distúrbios de coagulação, lesões e tumores de nasofaringe.

2.4 Materiais.

 Cateter (PVC, poliuretano ou silicone de acordo com a


indicação).
 Luvas de procedimento, óculos e máscara.
 Gaze não estéril.
 Lidocaína gel.
 Estetoscópio.
 Seringa de 10 ou 20 ml.
 Esparadrapo\ ou micropore.
 Adesivo para fixação.

2.5 Técnica.

 Explique o procedimento ao paciente e esclareça


dúvidas.
 Coloque o paciente em posição de FOWLER ou SEMI-
FOWLER.
 Medir a sonda da boca ao lobo inferior da orelha e
descer até o estomago.
 Higienize as mãos.
 Abra o cateter e realiza a medição adequada com
marcação do comprimento que será inserido.
 Coloque as luvas de procedimento.
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 Lubrifique a sonda com lidocaína gel.
 Flita cabeça do paciente sobre o tórax.
 Introduza lentamente o cateter até atingir a marcação
realizada.
 Fixe o cateter (nariz, testa ou laterais da face).
 Realize testes para confirmação do posicionamento.
 Feche a extremidade do cateter.
 Registre o procedimento, o calibre do cateter, as
drenagens e as intercorrências.

2.6 Cuidados específicos.

 O teste mais indicado para confirmação de


posicionamento do cateter é por aspiração gástrica e verificação do seu pH.
Outros testes devem ser feitos, como: auscultatório e radiológico.
 Antes de instalar a dieta ou medicamentos, deve-se
verificar presença e aspectos de resíduos.
 A posição da sonda deve ser testada a cada 4 a 6
horas, sempre que houver necessidades.
 Lavar a sonda de 4\4 horas ou após administração de
medicação.
 Observar durante a lavagem, a quantidade de liquido
introduzido e quantidade aspirada.
 Evitar forçar o septo e a asa do nariz do paciente,
quando da fixação da sonda, para evitar traumatismo (necrose)
 Fixar a sonda apenas usando fita adesiva.
 Trocar a fixação da sonda diariamente observando se
não a lesões na pele.
 Trocar a sonda de alimentação de 7\7 dias, ou quando
necessário.
 Trocar a sonda para drenagem de 5\5 dias, ou quando
necessário.

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 Elevar a cabeceira em 45 ou 90 graus, para a
veiculação de dieta ou lavagem da sonda
 Após a infusão da dieta lavar a sonda com 20 mal a 50
ml de água (em adultos) e mantê-la fechada se houver vômito ou
regurgitação.

3.0 Sonda Nasoenteral.

É a introdução de uma sonda, via nasal, que passa pelo estomago e fica
introduzida no intestino, permitindo a infusão de dietas e medicamentos aos
pacientes impossibilitados de deglutir.

3.1 Posicionamentos: inserido pela cavidade nasal e sua extremidade


distal fica posicionada no início do intestino delgado (pó-pilórica).

3.2 Indicações: trato gastrintestinal funcionante, introdução de


medicamentos e dieta, rebaixamento do nível de consciência, aporte nutricional
insuficiência VO, disfagia, lesões na mucosa oral e esôfago, cirurgia de cabeça ou
pescoço.

3.3 Contra indicação: trato gastrointestinal não funcionante, fratura da


base do crânio, hemorragia nasal, fratura do osso nasal, estenose do esôfago,
varizes de esôfago, distúrbios de coagulação, lesões e tumores de nasofaringe.

3.4 Material.

 Sonda nasoenteral com fio guia


 Luvas de procedimento, óculos e máscara.
 Gaze não estéril.
 Lidocaína gel
 Estetoscópio.
 Seringa de 20 ml.
 Esparadrapo \ ou micropore.

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 Adesivo para fixação.

3.5 Técnicas.

 Explicar o procedimento ao paciente.


 Prepara-se o material.
 Coloque o paciente em posição FOWLER ou SEMI-
FOWLER.
 Higienize as mãos.
 Medir a sonda da boca ao lobo inferior da orelha e
descer até a região hipogástrica.
 Coloque a luva de procedimento.
 Lubrifique a sonda com lidocaína gel.
 Flita a cabeça do paciente sobre o tórax.
 Introduza lentamente o cateter até atingir a marcação
realizada.
 Retire o fio guia.
 Fixe o cateter no nariz.
 Realize testes para confirmar o posicionamento.
 Feche a extremidade do cateter.
 Registre o procedimento, o calibre da sonda, as
drenagens e intercorrências.
 Aguardar 3 horas para infundir a dieta.

3.6 Cuidados específicos.

 Certificar posicionamento através da ausculta com


estetoscópio em região epigástrica, injetando 20 ml de ar, aspirando conteúdo
gástrico e realizar RX torácico\ abdominal.
 Deixar o paciente em posição lateral direita para
progressão da sonda para região pilórica.
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 Manter a cabeceira do leito elevada a 30 graus para
diminuir risco de bronco aspiração.
 Deve-se aspirar o conteúdo gástrico toda vez que for
instalar nova dieta, para avaliar a presença de resíduos gástricos.
 Caso exista um volume gástrico aspirado maior que
200 ml suspenda a próxima dieta.
 Lavar a sonda de 4\4 horas.
 Após medicação lavar a sonda com 20 ml de água.
 Trocar a fixação de sonda diariamente observar se há
lesões na pele.

3.7 Complicações do uso da sonda nasoenteral.

 Aspiração pulmonar.
 Diarreia.
 Obstrução da sonda.
 Constipação intestinal.
 Deslocamento da sonda.
 Saída acidental da sonda.
 Desequilíbrio eletrólito.
 Náuseas, vômitos.
 Esvaziamento gástrico reduzido.
 Lesão de asa de nariz.
 Lesão de mucosa durante a introdução.
 Inserção endobrônquica.

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4 Sondas vesical de demora

É a introdução da sonda no meato uretral para o esvaziamento da bexiga,


pois a sonda permanece na bexiga o tempo que for necessário ao tratamento.

4.1 Indicações: tratamento de retenção urinaria crônica, controle de


diurese através de balanço hídrico, dilatação uretral, avaliação de pacientes com
insuficiência renal, avaliação urodinâmica (PIA), pré- e após- operatório urológico.

4.2 Complicações no procedimento: traumatismo uretral, decorrente de


tamanho inadequado do catete, pouca lubrificação na hora da inserção, técnica
errada, insuflação do balonete ainda na uretra, estenose uretral, hemorragia,
infecção por tempo prolongado abertura do sistema fechado, técnica e higiene
inadequadas, predisposição a infecção urinária.

4.3 Materiais.

 Gaze estéril.
 Luvas estéril.
 Bandeja estéril para cateterismo vesical (cuba-rim para coleta da
urina, cuba redonda para colocação do degermante, pinça longa para a
antissepsia).
 Campo fenestrado estéril.
 Seringa de 20ml com bico.
 Agulha 40x12.
 Água para injeção ampola de 10ml.
 Cateter de foley no tamanho apropriado.
 Solução degermante (Clorexidina 2%).
 Lidocaína gel.
 Bolsa coletora (sistema fechado).
 Esparadrapo ou dispositivo para fixação do cateter.
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4.4 Técnicas.

 Explicar procedimento ao paciente.


 Higienizar as mãos.
 Coloque os EPIS (capote, mascara, gorro, óculos, luva de
procedimento).
 Posicione o paciente (pernas fletidas e afastadas).
 Realize antissepsia da genitália externa.
 Higienize novamente as mãos.
 Abra os materiais necessários.
 Calce a luva estéril.
 Realize o teste do balonete para verificar se há vazamento.
 Posicione o campo fenestrado e a cuba-rim.
 Lubrifique a extremidade do cateter com lidocaína gel.
 No sexo feminino exponha o meato urinário com a mão não
dominante, afaste os grandes e os pequenos lábios. Introduza o cateter até
saída de diurese.
 No sexo masculino tracione levemente o pênis para cima, com
os dedos em torno da glande, introduza o cateter na uretra até que saia a
diurese.
 Insufle o balonete com volume de água para injeção indicado.
 Tracione levemente o cateter até ter resistência do balonete.
 Conecte a extremidade do cateter ao coletor de urina fechado.
 Fixe o cateter, sem traciona-lo, na parte interna da coxa (sexo
feminino) ou na região supra púbica (sexo masculino).
 Prenda a bolsa coletora na lateral da cama.
 Registre o procedimento no prontuário, indicando o volume,
drenado características da diurese (aspecto e coloração) e intercorrências.

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4.5 Cuidados específicos.

 O procedimento deve ser feito com técnica asséptica, mantendo


em todos os materiais.
 A antissepsia da genitália externa no sexo feminino deve ser
feita com movimento unidirecional, de cima para baixo. No sexo masculino,
com movimento circulares do meato uretral para parte externa da glande.
 No paciente do sexo masculino deve-se aplicar lidocaína gel
diretamente no canal uretral com uma seringa de 20 ml.
 O balonete deve ser insuflado com água pra injeção.
 O balonete deve ser insuflado somente quando se observar a
saída de urina pelo cateter e quando se inserir todo o comprimento da sonda,
tendo a certeza de que se encontra dentro da bexiga.
 O balonete não deve ser insuflado com sua capacidade máxima,
Sempre respeitar as normas do fabricante.
 Nunca desconectar o sistema fechado depois de já instalado.
 Durante o transporte do paciente, o sistema coletor deve ser
posicionado acima do nível da bexiga caso seja necessário, deve-se
clampear o sistema temporariamente e libera-lo o mais breve possível.
 Nunca realize lavagem do cateter ou do sistema.
 Realize higiene diária e adequado próximo ao meato uretral.
 Trocar a fixação de sonda a cada 24 horas.
 Antes de sacar a sonda esvaziar o balonete.

5. Bibliografia.

Portal da educação:
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/o-cuidado-em-
enfermagem-uma-aproximacao/7775

Conceito e cuidados: https://conceito.de/cuidado

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Medicina geriátrica: https://www.revistas.ufg.br/fen/article/view/949/1163

Revista UFMG:
http://www.medicinageriatrica.com.br/2007/09/27/cuidados-com-sondas-em-idosos-
na-assistencia-domicilar/

Livros:

- Guia prático em saúde (GPS) enfermagem.

-Manual de ambiente hospitalar 2º edição.

-Manual de procedimentos de enfermagem.

-Normas, rotinas e técnicas de enfermagem 4º edição.

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