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Acucar Trabalho Final
Acucar Trabalho Final
São Luís - MA
2015
Jéssica Andreza Oliveira Rodrigues - 2012050760
Thiago Roger Fernandes Bastos - 2012043004
Evellin Enny Silva Bruzaca - 2012031184
Marlyson Costa Viegas - 2011009788
Danilo Braga Ribeiro - 2012027207
São Luís
2015
SUMÁRIO
1- INTRODUÇÂO
Histórico: ciclo da cana de açúcar
Cadeia produtiva do açúcar
O mercado do açúcar
Tipos de açúcar
2- MATÉRIA PRIMA
3- PROCESSO DE PRODUÇÃO...................................................................................11
Recepção da matéria-prima..........................................................................................11
Limpeza da cana..........................................................................................................12
Moagem ou Difusão.....................................................................................................12
Tratamento do caldo....................................................................................................13
Caleação ou calagem................................................................................................13
Sulfitação..................................................................................................................13
Fosfatação................................................................................................................13
Carbonatação............................................................................................................14
Uso de óxido de magnésio.......................................................................................14
Evaporação do caldo....................................................................................................15
Cristalização.................................................................................................................15
Centrifugação...............................................................................................................16
Secagem.......................................................................................................................16
Armazenagem..............................................................................................................17
4- REFINAÇÃO..............................................................................................................18
Afinação.......................................................................................................................18
Centrifugação...............................................................................................................18
Dissolução....................................................................................................................18
Clarificação..................................................................................................................18
Clarificação mecânica- Diatomita é adicionada, o pH é ajustado e mistura é filtrada
em uma prensa..........................................................................................................19
Clarificação química- Baseada na utilização dos dois sistemas abaixo:..................19
Filtração.......................................................................................................................19
5- RESÍDUOS E SUBPRODUTOS DO PROCESSO DE FABRICAÇÃO DO
AÇÚCAR E SEUS REAPROVEITAMENTOS.............................................................20
Bagaço.........................................................................................................................20
Melaço.........................................................................................................................20
Torta de filtro...............................................................................................................20
6- CONTROLE DE QUALIDADE.................................................................................21
Análises de controle de qualidade...............................................................................22
Ferramentas de qualidade............................................................................................23
Boas práticas de fabricação (BPF)...............................................................................23
Procedimentos padronizados de higiene operacional (PPHO) e procedimentos
operacionais padronizados (POP)................................................................................24
Análise de perigos e pontos críticos de controle (APPCC).........................................24
7- QUALIDADE DO AÇÚCAR.....................................................................................25
Características físico-químicas....................................................................................25
Teor de sacarose...........................................................................................................25
Resíduo mineral fio......................................................................................................25
Dextrana.......................................................................................................................26
Índice de cor (ICUMSA).............................................................................................26
Teor de dióxido de enxofre..........................................................................................26
Teor de umidade...........................................................................................................26
Teor de ferro.................................................................................................................27
Características microbiológicas...................................................................................27
Características microscópicas......................................................................................27
Características sensoriais.............................................................................................27
ISO 22000:2005, segurança alimentar.........................................................................28
REFERENCIAS..............................................................................................................30
1- INTRODUÇÃO
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passou a atrair investimentos, a capital foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro
e o Ciclo do Açúcar chegou ao fim.
Mercado do Açúcar
6
nesses países. Apesar desta difusão mundial, cerca de 80% da produção do planeta estão
concentradas em dez países.
Pela tabela acima, observa-se que Brasil e Índia correspondem juntos, por
pouco mais da metade da cana produzida mundialmente. Esse fato assume especial
relevância quando se consideram possíveis expansões da produção de cana,
principalmente pela grande diferença de modelos de produção agrícola consagrados no
Brasil (concentrados em grandes produtores) e pela Índia (baseados em pequenos
produtores).
Em termos regionais, merece destaque o estado de São Paulo, que produz
próximo de 60% de toda a cana, açúcar e etanol do país. O segundo maior produtor é o
estado do Paraná, com 8% da cana moída no Brasil. Outros estados que no passado
foram tradicionais na produção de açúcar perderam importância relativa, como o Rio de
Janeiro e Bahia, que reduziram significativamente sua produção no contexto nacional da
oferta de açúcar.
Dos 31 milhões de toneladas de açúcar, o mercado nacional consome 11
milhões de toneladas, o equivalente a 37% da oferta. O grande centro consumidor é o
centro-sul, que concentra a parte da população e da capacidade de consumo, com
destaque para os estados das regiões sul e sudeste. O excedente produzido e não
7
consumido na economia doméstica encontra um mercado global estabelecido e disposto
a adquirir a produção brasileira. Em 2008, foram exportados 19,5 milhões de toneladas
de açúcar, com uma receita bruta de R$ 10 bilhões, com destino a 63 parceiros
comerciais do Brasil, como a Rússia, a Nigéria e a Arábia Saudita, respectivamente os
maiores importadores do açúcar brasileiro.
Tipos de Açúcar
No Brasil, os dois tipos de açúcar mais fabricados em escala industrial são o
açúcar cristal branco e o açúcar demerara. O açúcar cristal branco caracteriza-se por ser
um açúcar de alta polarização (99,3°S a 99,9°S). açúcar demerara se caracteriza por
apresentar cristais envoltos por uma película aderente de mel, o que lhe confere uma
menor polarização (96,5°S a 98,5°S). A diferença básica entre os dois processos situa-
se na fase de clarificação do caldo. Para o açúcar demerara, a clarificação é realizada
empregando-se apenas leite de cal, enquanto que para o açúcar cristal branco, são
empregados leite de cal e anidrido sulfuroso.
A polarização é a porcentagem em massa da sacarose aparente contida em uma
solução açucarada, determinada pelo desvio da luz polarizada ao atravessar esta
solução. As rotações na escala são designadas como graus sacarimétricos (ºS). Além do
açúcar cristal branco e o demerara vários tipos de açúcar são encontrados no mercado,
tanto na forma sólida como na forma líquida. abaixo estão alguns dos principais tipos de
açucares encontrados.
Açúcar Sólido
Açúcar refinado granulado: Puro, sem corantes, baixo teor de umidade ou
empedramento e com cristais bem definidos e granulometria homogênea. É mais usado
na indústria farmacêutica, em confeitos, xaropes de alta transparência e em misturas
secas. Possuem pureza elevada, granulometria uniforme (final, média ou grossa) e são
muito brancos.
a) b)
8
Açúcar demerara: Produto de cor escura, que não passou pelo refino. Os cristais
contêm melaço e mel residual da própria cana-de-açúcar. Com textura firme, não se
dissolve facilmente.
Açúcar mascavo: Úmido e de cor amarronzada, não passa pelo processo de
branqueamento, cristalização e refino. Tem sabor mais forte, assim como o melaço,
semelhante ao da rapadura. É utilizado para a produção de pães, bolos e biscoitos
integrais e granolas.
Açúcar orgânico: Açúcar de granulação uniforme, produzido sem qualquer
aditivo químico tanto na fase agrícola como na industrial, disponível nas versões clara e
dourada (visualmente similar ao demerara). Segue padrões internacionais e certificação
por órgãos competentes.
Açúcar Very High Polarization (VHP): O açúcar VHP é o tipo mais exportado
pelo Brasil. É mais claro que o demerara e apresenta cristais amarelados. No seu
branqueamento não há a utilização de anidrido sulfuroso.
Açúcar light: É constituído pela mistura de açúcar refinado e edulcorantes. Tem
proporcionalmente menor conteúdo calórico e maior poder adoçante do que o açúcar
refinado.
Açúcar Líquido
Xarope simples ou açúcar líquido: O açúcar líquido é um adoçante natural de
sacarose apresentado na forma líquida em uma solução inodora, límpida e cristalina,
obtido pela dissolução de açúcar sólido em água, com posterior purificação e
descoloração, o que garante a esse produto alta transparência e limpidez. É usado pela
indústria farmacêutica e alimentícia, aplicado onde a ausência de cor é essencial, como
bebidas claras, balas e outros confeitos. Em geral, possui concentração de 66,7 a 67,3%
de sólidos de açúcar solúveis em água (Brix).
9
Xarope de açúcar invertido: O açúcar líquido invertido é um adoçante natural
constituído pela mistura de glicose, frutose e sacarose. Pode ser produzido a partir de
inversão ácida, inversão enzimática e inversão catiônica (resinas). Apresenta-se na
forma líquida em uma solução límpida e ligeiramente amarelada, com odor e sabor
característicos e com alto poder adoçante. Em geral, possui concentração de 76 -78% de
açúcar sólido diluído (Brix).
2- MATÉRIA-PRIMA
10
A qualidade da matéria-prima está diretamente ligada ao desempenho dos
processos industriais, fundamentais na obtenção de rendimentos satisfatórios e
qualidade do produto final.
Com a colheita mecanizada, muitos problemas poderão ser reduzidos, mas
ocorrem outros que também interferem no processo. A qualidade dos processos de
cozimento depende muito da qualidade da cana-de-açúcar entregue
na fábrica. As matérias-primas que podem sofrer de alguma forma perdas por inversão
de sacarose, com certeza, vão dificultar e reduzir o desempenho
dos cozedores e afetar o cozimento, devido à presença de outros açúcares
não-cristalizáveis.
3- PROCESSO DE PRODUÇÃO
11
Limpeza da cana
Moagem ou Difusão
O objetivo desta etapa é aumentar a capacidade das moendas através da
diminuição do tamanho da cana e rompimento da estrutura da cana facilitando a
extração do caldo e moagem. As vantagens da etapa de preparo da cana no desempenho
do processo são: aumento do rendimento da usina; regularidade de alimentação das
moendas; redução do consumo de energia; homogeneização do teor de fibras nas canas;
redução do desgaste e quebra das moendas.
Os equipamentos necessários para preparação da cana são: picador que são
geralmente usados picadores de facas do tipo niveladoras (regulariza e uniformiza a
carga de cana) e cortadoras (reduz a massa heterogênea de cana em massa uniforme e
homogênea); desfibrador no qual consta de um carter cilindro em fundição provido em
seu interior de um rotor com série de martelos oscilantes que trabalham sobre barras
desintegradoras. A cana picada é alimentada no equipamento pela parte superior e é
descarregada triturada pela parte inferior.
A extração do caldo da cana consiste no processo físico de separação da fibra
(bagaço), sendo feito, fundamentalmente, por meio de dois processos: moagem ou
difusão.
Na extração por moagem, a separação é feita por pressão mecânica dos rolos da
moenda sobre o colchão de cana desfibrada, durante a passagem do bagaço de uma
moenda para outra é realizada a adição de água para auxiliar na extração da sacarose.
Na difusão, a separação é feita pelo deslocamento da cana desintegrada por um
fluxo contracorrente de água. Com a utilização de difusores obtém-se eficiência de
12
extração da ordem de 98%, contra os 96% conseguidos com a extração por moendas. O
bagaço produzido é utilizado como combustível nas caldeiras. A desvantagem do uso
dos difusores é que estes carregam mais impurezas com o bagaço para as caldeiras,
exigindo maior limpeza das mesmas devido à pior qualidade do bagaço.
Nesta etapa é onde ocorrem os maiores índices de contaminação. Os equipa
mentos devem ser mantidos sempre limpos e em bom estado de conservação,
uma vez que por eles passam toda a matéria-prima e esta recebe diversos
tipos de preparos e exposições da sacarose.
Para manter a sacarose livre de microrganismos, deve-se manter uma assepsia
contínua e eficaz, evitando assim o contato das moléculas de sacarose com
os microrganismos que a destroem, transformando-a em outros açúcares
não cristalizáveis.
Os cuidados para evitar a proliferação de contaminações bacterianas são de
fundamental importância para a conservação e obtenção da sacarose dispo
nível na matéria-prima.
Tratamento do caldo
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Fosfatação (uso de ácido fosfórico (P2O5)): A fosfatação auxilia na remoção de
materiais corantes e parte dos colóides do caldo;
Carbonatação (uso de anidrido carbônico (CO2)): É um método usado na
produção de açúcar de beterraba e muito pouco citado para açúcar de cana. Nesse
processo há precipitação de carbonato de cálcio, que englobará as matérias primas
corantes e as gomas, tornando um complemento da clarificação;
Uso de óxido de magnésio: Estes agentes químicos sob efeito da temperatura,
provocam a formação de precipitados que promovem a remoção das impurezas sem
afetar o teor de sacarose.
Alguns processos vêm substituindo com eficiência o sulfito pelo ozônio (O 3).
A mistura é, então, aquecida com vapor de água até temperaturas em torno
de 105°C, com os objetivos de diminuir a viscosidade do fluido, facilitando a
decantação e promover a formação de uma quantidade maior de aglomerados
coloidais, que precipitarão no decantador, formando o lodo de sedimentação
que será posteriormente filtrado. O caldo clarificado é enviado para o setor de
evaporação.
As consequências do emprego do caldo tratado de forma deficiente são:
problemas de incrustação na etapa de evaporação e formação de cristais de sacarose
impuros. É necessário submeter a borra a uma filtragem adicional, para isso são
empregados filtros prensa ou filtros rotativos. O pH do caldo varia de 5 a 6. A acidez
aumenta nas canas queimadas, doentes, praguejadas, cortadas a mais de 24 horas, verdes
e passadas.
14
Figura 4: Fluxograma do processo de tratamento de caldo.
Evaporação do caldo
Constitui o primeiro estágio de concentração do caldo tratado. A evaporação do
caldo é feita para que a concentração do xarope fique entre 60 e 70º brix, sendo
recomendado 65º brix (valor do teor de sólidos solúveis contidos no caldo). A
quantidade de água removida na evaporação é cerca de 80% em peso do caldo ou
aproximadamente 70 – 80% do peso da cana.
Devido a necessidade de economia de vapor, esta evaporação é feita em
evaporadores com múltiplo efeito concorrente, isto é, o vapor gerado na caixa de
evaporação precedente é utilizado como fonte de aquecimento para a caixa
posterior. Esta seção também fornece a água condensada para alimentação
das caldeiras.
Um xarope de boa concentração é produto de extrema importância no setor
de cozimento. Quando sua concentração é baixa, muito são os efeitos negativos,
provocando aumento do consumo de vapor e do tempo de cozimento,
bem como perdas de capacidade dos equipamentos.
Cristalização
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mel. Ao começar a se formar os cristais de açúcar que após crescerem em tamanho e
aumentarem o volume da massa cozida é descarregado nos cristalizadores, onde se
completa a cristalização do açúcar. O principal objetivo da cristalização é produzir a
maior porcentagem possível de cristais e produzir um açúcar uniforme com cristais do
tamanho desejado.
A separação da sacarose das impurezas associadas nas soluções sacarinas é
o objetivo fundamental na fabricação de açúcar. Este objetivo é alcançado
através da cristalização da sacarose, que é subsequente à separação dos cristais por meio
de força centrífuga, pois outras impurezas já foram eliminadas
na fase de clarificação.
A presença de não-açúcares nos méis exerce influência adversa no processo
da cristalização. A separação da sacarose dos não-açúcares, por meio da
cristalização, exige repetidas cristalizações, tantas quantas sejam economicamente
possíveis.
Centrifugação
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Secagem
Após a secagem o açúcar é recolhido a uma moega com fundo afunilado, que o
despeja diretamente no saco localizado em cima de uma balança, realizando, portanto, a
operação de ensaque e pesagem.
Embalagens de 50 a 1.500 kg podem ser encontradas nas usinas. As sacas de
50 kg, bastante comuns, podem ser de algodão, polietileno e mistura de algodão e
polietileno. As embalagens maiores, também conhecidas como big-bag, são construídas
em polietileno e destinam-se ao fornecimento de grandes quantidades a indústrias de
alimentos (doces e refrigerantes). Os produtos para exportação podem ser
acondicionados nesses ou em outros tipos de embalagens, dependendo do produto, do
mercado de destino e das finalidades. Assim, no caso do açúcar demerara, utilizam-se
sacos plásticos impermeáveis visando a impedir a deterioração do produto, uma vez que
17
o filme de licor-mãe (que envolve os cristais) é higroscópico e possibilita o
desenvolvimento de bactérias que podem trazer prejuízos a qualidade do açúcar.
O açúcar também pode ser guardado a granel, uma das características marcantes
desse sistema é a maior lentidão dos possíveis processos de deterioração quando se
compara com o armazenamento em sacas. Nesse sistema, o açúcar das porções laterais
torna-se úmido e forma uma camada protetora, a qual atua como barreira à penetração
de umidade nas porções centrais. Quanto maior a espessura da camada protetora, mais
lentamente ocorrerá à infiltração de umidade.
4- REFINAÇÃO
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Clarificação mecânica- Diatomita é adicionada, o pH é ajustado e mistura é
filtrada em uma prensa.
20
5- RESÍDUOS E SUBPRODUTOS DO PROCESSO DE FABRICAÇÃO DO
AÇÚCAR E SEUS REAPROVEITAMENTOS
Bagaço
Mel esgotado do qual não é mais possível extrair açúcar por razões técnico-
econômicas. É o principal subproduto da indústria do açúcar, sendo produzido na
proporção de 40 a 60 quilos por tonelada de cana processada. No Brasil, devido ao
elevado teor de açúcares totais e demais componentes, o melaço é utilizado,
principalmente, na fabricação de álcool etílico, por meio da fermentação alcoólica na
presença de micro-organismos como os da espécie Saccharomyces cerevisiae. A
sacarose presente no melaço é convertida em glicose e frutose pela enzima invertase das
leveduras e, posteriormente, transformadas em etanol (obtido por destilação simples ou
fracionada) e dióxido de carbono.
O melaço de cana também é aproveitado em outros processos biotecnológicos
como matéria-prima para a produção de proteína, rações, levedura prensada para
panificação, antibióticos, entre outros.
Torta de filtro
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Figura 6: Visão Geral do Aproveitamento da Cana de Açúcar
6- CONTROLE DE QUALIDADE
22
indústria de alimentos, uma vez que o produto ofertado por este segmento pode pôr em
risco a saúde do consumidor, caso a sanidade deste produto não seja assegurada.
Na evolução da qualidade, a era da qualidade total abrange processos produtivos
controlados, empresas responsáveis e integradas na cadeia produtiva, com ênfase na
prevenção de defeitos e busca a qualidade assegurada. Ela trabalha os conceitos dos
custos dispensados com a qualidade, defeito zero e a confiabilidade do sistema. Os
programas de qualidade têm dois componentes: I) os conceitos e princípios
fundamentais que geram uma cultura organizacional propícia ao desenvolvimento da
melhoria contínua; e II) as inúmeras metodologias e ferramentas da qualidade.
A gestão da qualidade na indústria de alimentos deve incluir as boas práticas de
fabricação e higiene e a avaliação de riscos, visando à garantia da qualidade e a
segurança do alimento através da adoção de ferramentas específicas, tais como as
normas de BPF – Boas Práticas de Fabricação, as normas de Sistemas de Gestão da
Qualidade (ISO 9000) e o sistema APPCC – Análise de Perigos e Pontos Críticos de
Controle. O controle tem a finalidade de assegurar que o processo de produção
especificado no projeto da qualidade possa ser acompanhado durante a fase de
fabricação. Esse processo envolve homens, máquinas, matérias primas, procedimentos
de inspeção, e condições ambientais. Através desse enfoque é possível determinar as
possíveis fontes de problemas.
Análises de controle de qualidade
A qualidade da cana para a indústria não pode ser avaliada simplesmente pelo
seu teor de sacarose, ainda que seja o parâmetro mais importante, mas por todos os
fatores que têm consequências diretas da composição tecnológica da cana. Os
compradores de açúcar, principalmente as indústrias de alimentos e bebidas, têm
exigido além das especificações tecnológicas, como cor, granulometria e umidade, a
qualidade microbiológica do açúcar, que começou realmente a ser tratado como um
produto alimentício, uma vez que é a base essencial para a elaboração de diversos tipos
de alimentos e bebidas.
Um açúcar que estiver fora dos padrões microbiológicos de qualidade poderá
causar sérios prejuízos econômicos em virtude da deterioração, como também de saúde
pública, pela possível presença de microorganismos patogênicos. A qualidade dos
produtos derivados da cana de açúcar, está diretamente relacionada ao controle
microbiológico adequado, já que os microorganismos além de causar sérios prejuízos à
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produtividade, também contribuem diretamente na deterioração do seu principal
produto, o açúcar.
As principais análises realizadas no processo de produção do açúcar:
Determinação de açúcares redutores totais;
Determinação de impureza mineral e vegetal;
Determinação de pol;
Determinação da Umidade;
Determinação de granulometria;
Determinação da cor;
Ferramentas de qualidade
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lavagem correta e frequente das mãos, utilização adequada dos uniformes, disposição
correta de todo o material utilizado nos banheiros e o uso de sanitizantes) até a
descrição, por escrito, dos procedimentos envolvidos no processamento do produto.
Gerências, chefias e supervisão devem estar totalmente engajadas para o êxito do
programa, pois o planejamento, organização, controle e direção de todo o sistema
depende destes profissionais. Sendo necessários investimentos para a adequação das não
conformidades detectadas nas instalações e nas ações de motivação dos funcionários, o
comprometimento da alta administração torna-se fundamental.
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objetivando a segurança do alimento, e, também os aspectos de garantia da qualidade e
integridade econômica. Baseia-se na prevenção, eliminação ou redução dos perigos em
todas as etapas da cadeia produtiva. Constitui-se de sete princípios básicos, a saber:
Identificação do perigo;
Monitorização;
Ações corretivas;
Procedimentos de verificação;
Registros de resultados.
7- QUALIDADE DO AÇÚCAR
26
representar alteração das características sensoriais do produto, conferindo-lhe uma
coloração mais escura e aspecto arenoso. A especificação varia de 0,04 a 0,2%.
Dextrana
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Teor de umidade
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Características microscópicas
Odor – próprio
Sabor – doce
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para o que pode ser denominado hoje como Qualidade Total: a qualidade de toda a
transação, com prioridades e atividades mais afinadas com o cliente.
Vários são os benefícios da ISO 22000, entre elas estão: controle dos riscos e
determinação de medições preventivas eficientes; aumento da segurança do produto;
análise sistemática e realização de fluxos de processos seguros e eficientes em termos
de segurança e controle de processo de alimentos para detectar a tempo riscos
envolvendo higiene e segurança de embalagens; aumento da confiança do consumidor e
revendedor na segurança, qualidade e legalidade do produto; análise sistemática e
realização de fluxos de processos seguros e eficientes em termos de segurança e
controle de processo de alimentos para detectar a tempo riscos envolvendo higiene e
riscos perigosos de saúde para os consumidores.
8- CONCLUSÃO
Embora passe por diversas etapas, a qualidade do açúcar como produto final está
diretamente ligada à qualidade da matéria-prima que deve ser fornecida pelos
produtores. Além disso, a estocagem correta do produto é fundamental para que se
obtenha um açúcar de qualidade. Portanto deve-se procurar manter as características do
produto industrializado empregando um armazenamento coerente às necessidades de
temperatura e umidade do açúcar.
30
REFERENCIAS
31
MAGD, H.; CURRY, A. (2003). ISO 9000 and TQM: are they complementary or
contradictory to each other?.The TQM Magazine, v. 15, n.4, p. 244-256, 2003.
SORDAN, J. E.; et al. Gestão da qualidade no setor sucroalcooleiro: um estudo sobre a
implantação de um sistema de gestão APPCC, 2006.
FAESARELLA, Eng. Ivete S., SACOMANO, J. B., CARPINETTI, L. C. R.. Gestão da
Qualidade: Conceitos e Ferramentas. Reimpressão. São Carlos, 2003.
OLIVEIRA, O. J. Gestão da Qualidade – Tópicos Avançados. São Paulo: Ed. Thomson,
2004. Indústrias de Processos Químicos
32
33