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Direito da Cultura
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Ano lectivo de 2010/ 2011
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Introdução
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consciência que, na minha opinião, devemos encarar o Novo Acordo Ortográfico, sem
prejuízo de oportunas considerações.
Mas há ainda um outro tipo de iniciativa legislativa no que concerne à língua, que se
prende com as necessidades de conservar viva esta dimensão cultural. Aqui interessa
já não questionar a intervenção legislativa mas antes conhecer o que foi e está a ser
feito para defender o património linguístico. Neste sentido propus-me falar sobre o
Mirandês.
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O Novo Acordo Ortográfico
A Ratificação
A Língua Portuguesa é uma das mais faladas no mundo, com cerca de 200 milhões de
falantes. No entanto, verificam-se diferenças mais ou menos significativas de país
para país (dir-se-ia até de região para região) que representam um entrave ao diálogo
entre os países e à divulgação da língua e das obras literárias em Português.
Concretamente, tem-se defendido um maior intercâmbio e cooperação sobretudo no
espaço da CPLP, uma vez que dispomos do que é, afinal, um instrumento priviligiado,
a língua comum.
Outro dos grandes incentivos ao Novo Acordo foi a vontade de fazer com que a
língua Portuguesa integrasse o núcleo de línguas oficiais da ONU da qual sempre foi
excluída devido à existência de tantas variantes.
A resolução da Assembleia da República nº 35 de 2008, analisada na apresentação,
aprovou a ratificação de Portugal ao Acordo do Segundo Protocolo Modificativo ao
Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que entrou em vigor a 13 de Maio de
2009. A nova ortografia começará a ser ensinada nas escolas a partir do ano lectivo de
2011/ 2012, sendo que em 2012 os documentos oficiais passarão também a obedecer
às novas regras.
Além de Portugal ratificaram o Acordo o Brasil, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e
Timor-Leste, sendo que ele só cumprirá o seu objectivo quando os restantes países de
Língua Oficial Portuguesa o ratificarem, isto é, Angola, Guiné-Bissau e Moçambique.
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O Acordo Face aos Direitos Linguísticos
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O Mirandês
Na Origem do Mirandês
Língua ou Dialecto?
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Janeiro, aprovada pela Assembleia da República.
Pode dizer-se que uma língua existe sempre que estejamos perante um sistema
linguístico gramaticalmente perfeito e com características distintivas próprias, o que
poderá ser reconhecido ao Mirandês desde que, nos fins do século XIX, foi estudado
por José Leite de Vasconcellos.
Língua ou dialecto, qualquer que seja, é um direito fundamental que radica na
dignidade de cada uma das pessoas que a falam, bem como da comunidade que
através dela se expressa e se identifica. Esta é a questão essencial.
Na Actualidade
O Mirandês é falado apenas por um grupo diminuto de pessoas, cerca de dez mil,
essenciamente no concelho de Miranda do Douro. Em 1999 foi reconhecido como
Língua Oficial Regional mas, apesar de viva, tem vindo a sofrer alguma erosão, em
particular desde meados do século passado. O facto explica-se, numa primeira fase,
com o impacto da vinda de milhares de falantes de Português para construção das
barragens do Douro internacional, Picote, Bemposta e Miranda do Douro, e depois
com a generalização do ensino, da rádio e da televisão e, em geral, com a melhoria
das condições de mobilidade das pessoas.
Mas se mesmo aqueles que ainda sabem Mirandês falam sobretudo Português – como
é possível então que aquele “irmão pobre” não seja completamente substituído? A
verdade é que as duas línguas convivem em simultâneo devido aos diferentes usos das
duas. O Português é a língua institucional e de contacto com elementos estranhos à
comunidade; o Mirandês é a língua da comunidade, quer nas relações sociais e
familiares, quer nas relações de trabalho, sobretudo em círculos com alguma
intimidade.
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Medidas Legislativas e suas Motivações
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Conclusão
Tendo toda a minha vida desenvolvido um grande interesse pelas línguas e pela
literatura, a investigação para este trabalho foi na verdade muito satisfatória. Espero
ter conseguido transmitir isso no pouco tempo em que foi possível fazer a
apresentação oral mas creio que talvez tenha conseguido pois a resposta que obtive
dos colegas foi muito positiva, muito participativa.
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Bibliografia
Outras Fontes
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