Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
F. Salzedas
Física II 2006
MIEIC
FEUP
15 de Dezembro de 2006
As transparências aqui transcritas servem de apoio à aula teórica.
Como tal e por serem apenas um resumo, a sua consulta não dis-
pensa a consulta da bibliografia principal da disciplina.
ii
Conteúdo
2 13
2.1 Linhas de campo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.2 Lei de Gauss . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.3 Campo dentro de um condutor . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.4 Localização da carga dentro de um condutor . . . . . . . . . . 20
2.5 Condutor com uma cavidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.6 Teorema de Gauss . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
4 Capacidade e condensadores 29
4.1 Capacidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
4.2 Dipolo Eléctrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
4.3 Dieléctricos: Polarização da Matéria . . . . . . . . . . . . . . 31
4.4 Rotura eléctrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
4.5 Condensadores em série e paralelo . . . . . . . . . . . . . . . 34
4.6 A energia armazenada num condensador . . . . . . . . . . . . 36
iii
CONTEÚDO
6 47
6.1 Leis de Kirchhoff . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
6.2 Energia em circuitos CC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
6.3 Potência e resistência interna . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
7 Campo magnético 53
7.1 Magnetostática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
7.2 A lei de Biot-Savart . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
7.3 Fio longo e rectilíneo I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
7.4 A lei de Ampère . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
7.5 A lei de Ampère e o Teorema de Stokes . . . . . . . . . . . . 57
7.6 Fio longo e rectilíneo II. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
8 61
8.1 O campo magnético dum solenóide . . . . . . . . . . . . . . . 61
8.2 A lei de Gauss para o campo magnético . . . . . . . . . . . . 62
8.3 Teorema de Gauss e o campo B . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
8.4 A força magnética . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
8.5 A definição de ampere . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
9 67
9.1 A força de Lorentz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
9.2 A experiência de Thompson . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
9.3 Movimento de uma partícula carregada num campo B . . . . 70
10 73
10.1 Aplicações da força de Lorentz . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
10.2 Efeito de Hall . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
10.3 Galvanómetros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
10.4 Origem do magnetismo permanente . . . . . . . . . . . . . . 77
11 Indução electromagnética 81
11.1 A lei de Faraday . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
11.2 A lei de Lenz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
11.3 As leis de Faraday(-Lenz) e as eq. de Maxwell . . . . . . . . . 83
iv
CONTEÚDO
12 Indução electromagnética 87
12.1 Um gerador simples . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
12.2 Correntes de Foucault . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
12.3 O gerador de corrente alternada . . . . . . . . . . . . . . . . 91
13 Indutores e indutância 93
13.1 Indutância mútua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93
13.2 Auto-indutância . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95
13.3 A energia armazenada num indutor . . . . . . . . . . . . . . . 96
13.4 A densidade de energia dum campo magnético . . . . . . . . 97
15 113
15.1 O transformador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113
15.2 Ajuste de impedâncias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 116
18 131
18.1 Partícula num Potencial Quadrado, Unidimensional . . . . . . 131
18.2 Partícula num Potencial Quadrado, Tridimensional . . . . . . 134
18.3 Efeito de Túnel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137
19 141
19.1 Um sólido unidimensional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 141
19.2 Spin . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 144
v
CONTEÚDO
20 147
20.1 Condutor, isolador e semicondutor . . . . . . . . . . . . . . . 147
20.2 Efeito das Impurezas Dadoras do Tipo n . . . . . . . . . . . . 150
20.3 Efeito das Impurezas Aceitadoras do Tipo p . . . . . . . . . . 151
A Dados úteis i
vi
Ficha de disciplina da Ocorrência 2006/2007 - 1S
Disciplina: Física
Código: EIC0014
Cursos: Sigla Anos Curriculares Nº de Alunos
LEIC 2º
MIEIC 2º 113
Ano Lectivo: 2006/2007
Período: 1S
Créditos: 6
ECTS: 6
Unidade: Departamento de Física
Horas/Semanas: T: 2 TP: 2 P: 0
Docentes: Francisco José Batista Salzedas
André Gomes Coelho Gouveia
Joana Cassilda Rodrigues Espain de Oliveira
Língua de Ensino
Português
Objectivos
Transmitir aos alunos os conceitos básicos do electromagnetismo e suas aplicações tecnológicas elementares. Partindo duma breve introdução à
mecânica quântica expor o mecanismo quântico da condução de corrente eléctrica.
Programa
Estrutura atómica da matéria. Cargas eléctricas e campos eléctricos. Energia potencial eléctrica e potencial eléctrico. Capacidade e condensadores.
Corrente eléctrica e resistência. Magnetismo e campos magnéticos. Indução electromagnética. Indutores e indutância. Ondas electromagnéticas.
Breve introdução à mecânica quântica. Equação de Shrödinger. Breve introdução ao mecanismo quântico da condução de corrente eléctrica.
Bibliografia Principal
Bibliografia Complementar
Métodos de Ensino
- Aulas teóricas: exposição e discussão da matéria acompanhada sempre que possível de aplicações dos conceitos teóricos.
- Aulas teórico-práticas: resolução e discussão de exercícios por parte dos alunos sendo necessário explicar o(s) método(s) usados na resolução. É
estimulada a discussão dos conceitos por forma a que o aluno possa testar na aula o seu grau de conhecimento dos assuntos abordados.
Palavras Chave
Obtenção de Frequência
Serão realizados, durante as aulas teórico-práticas ao longo do semestre, três mini-testes sem aviso prévio. A duração de cada mini-teste não será
superior a 30min. Cada mini-teste consta da resolução de um problema já resolvido nas aulas teórico-práticas que decorreram até ao miniteste. Só é
admitido a exame final quem tiver nota positiva em dois dos três mini-testes.
- Exame final: escrito sem consulta, com duração não superior a 2h 30 min.
- Os alunos que durante o presente ano lectivo possuem estatuto de trabalhador estudante ou militar estão dispensados de frequência. A avaliação
desta disciplina para esses alunos será feita apenas por exame final escrito.
Observações
Sumário:
- Estrutura da matéria
- Carga induzida
- As equações de Maxwell
- Lei de Coulomb e o Princípio da Sobreposição
- Campo eléctrico
3
1.1. ESTRUTURA DA MATÉRIA
• Descobriu-se que o núcleo têm carga positiva e ainda que este é consti-
tuído por outras partículas, chamados protões, p, que têm carga positiva e
neutrões, n, que têm carga ZERO
-14 -15
10 m
-10
10 m 10 m
• Tal como o electrão crê-se que os quarks não são constituídos por outras
partículas, pois todas as experiências feitas até à data para encontrar essa
estrutura não o conseguiram fazer.
4
1.1. ESTRUTURA DA MATÉRIA
P E R I O D I C T A B L E
Group
1
IA
Atomic Properties of the Elements 18
VIIIA
1 2S1/2 Frequently used fundamental physical constants Physics Standard Reference 2 1
S0
1
H For the most accurate values of these and other constants, visit physics.nist.gov/constants
1 second = 9 192 631 770 periods of radiation corresponding to the transition
Laboratory
physics.nist.gov
Data Group
www.nist.gov/srd
He
Hydrogen Helium
1.00794 between the two hyperfine levels of the ground state of 133Cs 4.002602
1s
2 speed of light in vacuum c 299 792 458 m s
-1
(exact) Solids 13 14 15 16 17 1s
2
3
Na Mg Boltzmann constant k 1.3807 × 10 J K
-23 -1
Al Si P S Cl Ar
Sodium Magnesium Aluminum Silicon Phosphorus Sulfur Chlorine Argon
22.989770 24.3050
2
3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 26.981538
2
28.0855
2 2
30.973761
2 3
32.065
2 4
35.453
2 5
39.948
2 6
[Ne] 3s [Ne] 3s [Ne]3s 3p [Ne]3s 3p [Ne]3s 3p [Ne]3s 3p [Ne]3s 3p [Ne]3s 3p
5.1391 7.6462 IIIB IVB VB VIB VIIB VIII IB IIB 5.9858 8.1517 10.4867 10.3600 12.9676 15.7596
19 2
S1/2 20 1
S0 21 2D3/2 22 3F2 23 4F3/2 24 7S3 25 6S5/2 26 5D4 27 4F9/2 28 3F4 29 2S1/2 30 1S0 31 2P1/2 ° 32 3
P0 33 4S3/2 ° 34 3
P2 35
2
° 36
P3/2 1
S0
K Ca Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr
Period
4 Potassium Calcium Scandium Titanium Vanadium Chromium Manganese Iron Cobalt Nickel Copper Zinc Gallium Germanium Arsenic Selenium Bromine Krypton
39.0983 40.078 44.955910 47.867 50.9415 51.9961 54.938049 55.845 58.933200 58.6934 63.546 65.409 69.723 72.64 74.92160 78.96 79.904 83.798
2 2 2 2 3 2 5 5 2 6 2 7 2 8 2 10 10 2 10 2 10 2 2 10 2 3 10 2 4 10 2 5 10 2 6
[Ar] 4s [Ar] 4s [Ar]3d 4s [Ar]3d 4s [Ar]3d 4s [Ar]3d 4s [Ar]3d 4s [Ar]3d 4s [Ar]3d 4s [Ar]3d 4s [Ar]3d 4s [Ar]3d 4s [Ar]3d 4s 4p [Ar]3d 4s 4p [Ar]3d 4s 4p [Ar]3d 4s 4p [Ar]3d 4s 4p [Ar]3d 4s 4p
4.3407 6.1132 6.5615 6.8281 6.7462 6.7665 7.4340 7.9024 7.8810 7.6398 7.7264 9.3942 5.9993 7.8994 9.7886 9.7524 11.8138 13.9996
37 2
S1/2 38 1
S0 39 2
D3/2 40 3
F2 41 6
D1/2 42 7
S3 43 6
S5/2 44 5
F5 45 4
F9/2 46 1
S0 47 2
S1/2 48 1
S0 49 2
°
P1/2 50 3
P0 51 4
°
S3/2 52 3
P2 53 2
°
P3/2 54 1
S0
5
Rb Sr Y Zr Nb Mo Tc Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb Te I Xe
Rubidium Strontium Yttrium Zirconium Niobium Molybdenum Technetium Ruthenium Rhodium Palladium Silver Cadmium Indium Tin Antimony Tellurium Iodine Xenon
85.4678 87.62 88.90585 91.224 92.90638 95.94 (98) 101.07 102.90550 106.42 107.8682 112.411 114.818 118.710 121.760 127.60 126.90447 131.293
2 2 2 2 4 5 5 2 7 8 10 10 10 2 10 2 10 2 2 10 2 3 10 2 4 10 2 5 10 2 6
[Kr] 5s [Kr] 5s [Kr]4d 5s [Kr]4d 5s [Kr]4d 5s [Kr]4d 5s [Kr]4d 5s [Kr]4d 5s [Kr]4d 5s [Kr]4d [Kr]4d 5s [Kr]4d 5s [Kr]4d 5s 5p [Kr]4d 5s 5p [Kr]4d 5s 5p [Kr]4d 5s 5p [Kr]4d 5s 5p [Kr]4d 5s 5p
4.1771 5.6949 6.2173 6.6339 6.7589 7.0924 7.28 7.3605 7.4589 8.3369 7.5762 8.9938 5.7864 7.3439 8.6084 9.0096 10.4513 12.1298
55 2
S1/2 56 1
S0 72 3
F2 73 4
F3/2 74 5
D0 75 6
S5/2 76 5
D4 77 4
F9/2 78 3
D3 79 2
S1/2 80 1
S0 81 2
°
P1/2 82 3
P0 83 4
°
S3/2 84 3
P2 85 2
°
P3/2 86 1
S0
6
Cs Ba Hf Ta W Re Os Ir Pt Au Hg Tl Pb Bi Po At Rn
Cesium Barium Hafnium Tantalum Tungsten Rhenium Osmium Iridium Platinum Gold Mercury Thallium Lead Bismuth Polonium Astatine Radon
132.90545 137.327 178.49 180.9479 183.84 186.207 190.23 192.217 195.078 196.96655 200.59 204.3833 207.2 208.98038 (209) (210) (222)
2 14 2 2 14 3 2 14 4 2 14 5 2 14 6 2 14 7 2 14 9 14 10 14 10 2 2 3 4 5 6
[Xe] 6s [Xe] 6s [Xe]4f 5d 6s [Xe]4f 5d 6s [Xe]4f 5d 6s [Xe]4f 5d 6s [Xe]4f 5d 6s [Xe]4f 5d 6s [Xe]4f 5d 6s [Xe]4f 5d 6s [Xe]4f 5d 6s [Hg] 6p [Hg]6p [Hg]6p [Hg] 6p [Hg] 6p [Hg] 6p
3.8939 5.2117 6.8251 7.5496 7.8640 7.8335 8.4382 8.9670 8.9588 9.2255 10.4375 6.1082 7.4167 7.2855 8.414 10.7485
87 2
S1/2 88 1
S0 104 3
F2 ? 105 106 107 108 109 110 111 112 114 116
7
Fr Ra Rf Db Sg Bh Hs Mt Uun Uuu Uub Uuq Uuh
Francium Radium Rutherfordium Dubnium Seaborgium Bohrium Hassium Meitnerium
Ununnilium Unununium Ununbium Ununquadium Ununhexium
(223) (226) (261) (262) (266) (264) (277) (268) (281) (272) (285) (289) (292)
2 14 2 2
[Rn] 7s [Rn] 7s [Rn]5f 6d 7s ?
4.0727 5.2784 6.0 ?
Atomic Ground-state 57 2
D3/2 58 1
G°4 59 4
I9/2
° 60 5
I4 61 6
H°5/2 62 7
F0 63 8
S°7/2 64 9
D°2 65 6
H°15/2 66 5
I8 67 4
I15/2
° 68 3
H6 69 2
F°7/2 70 1
S0 71 2
D3/2
Lanthanides
Number Level
La Ce Pr Nd Pm Sm Eu Gd Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu
Symbol 58 1
G°4 Lanthanum Cerium Praseodymium Neodymium Promethium Samarium Europium Gadolinium Terbium Dysprosium Holmium Erbium Thulium Ytterbium Lutetium
Ce
138.9055 140.116 140.90765 144.24 (145) 150.36 151.964 157.25 158.92534 162.500 164.93032 167.259 168.93421 173.04 174.967
2 2 3 2 4 2 5 2 6 2 7 2 7 2 9 2 10 2 11 2 12 2 13 2 14 2 14 2
[Xe]5d 6s [Xe]4f5d 6s [Xe]4f 6s [Xe]4f 6s [Xe]4f 6s [Xe]4f 6s [Xe]4f 6s [Xe]4f 5d6s [Xe]4f 6s [Xe]4f 6s [Xe]4f 6s [Xe]4f 6s [Xe]4f 6s [Xe]4f 6s [Xe]4f 5d6s
Name 5.5769 5.5387 5.473 5.5250 5.582 5.6437 5.6704 6.1498 5.8638 5.9389 6.0215 6.1077 6.1843 6.2542 5.4259
Cerium
140.116 89 2
D3/2 90 3
F2 91 4
K11/2 92 5
L°6 93 6
L11/2 94 7
F0 95 8
°
S7/2 96 9
D°2 97 6
H°15/2 98 5
I8 99 4
I15/2
° 100 3
H6 101 2
F°7/2 102 1
S0 103 2
P°1/2?
Ac Th Pa U Np Pu Am Cm Bk Cf Es Fm Md No Lr
Atomic
Actinides
2
Weight
†
[Xe]4f5d6s
5.5387 Actinium Thorium Protactinium Uranium Neptunium Plutonium Americium Curium Berkelium Californium Einsteinium Fermium Mendelevium Nobelium Lawrencium
(227) 232.0381 231.03588 238.02891 (237) (244) (243) (247) (247) (251) (252) (257) (258) (259) (262)
Ground-state Ionization [Rn] 6d7s
2 2 2
[Rn]6d 7s
2
[Rn]5f 6d7s
2 3
[Rn]5f 6d7s
2 4
[Rn]5f 6d7s
2 6 2
[Rn]5f 7s
7 2
[Rn]5f 7s
7
[Rn]5f 6d7s
2 9 2
[Rn]5f 7s
10 2
[Rn]5f 7s
11 2
[Rn]5f 7s
12 2
[Rn]5f 7s
13 2
[Rn]5f 7s
14 2
[Rn]5f 7s
14 2
[Rn]5f 7s 7p?
Configuration Energy (eV) 5.17 6.3067 5.89 6.1941 6.2657 6.0260 5.9738 5.9914 6.1979 6.2817 6.42 6.50 6.58 6.65 4.9 ?
†
Based upon
12
C. () indicates the mass number of the most stable isotope. For a description of the data, visit physics.nist.gov/data NIST SP 966 (September 2003)
O Si Ca Fe
1 05
Abundâncias na Crosta Terrestre
Elementos Terras-Raras
H
1 03
(Partes por milhão)
1 01
Ag
1 0 -1
1 0 -3 He Au
1 0 -5 Ne
Kr Xe Ir Ra
1 0 -7
0 20 40 60 80 100
Número Atómico
5
1.2. CONDUTORES E ISOLADORES
Nelectrões = Nprotões
.
1.2 Condutores e isoladores
• Materiais que permitem a passagem de cargas eléctricas são chamados
condutores eléctricos e por oposição os materiais que não o permitem são
isoladores eléctricos.
• Todos os metais (Cobre, Ouro, Prata, Platina, Mercúrio, etc.) são
condutores pois pelo menos um electrão por átomo é livre de se mover pelo
metal.
• Toda a matéria onde os electrões estão fortemente ligados aos átomos
são isoladores (gases, o vidro, a borracha, Carbono, Silício, Quartzo, etc.).
1.3 Electrómetros
• A carga eléctrica é media com um aparelho chamado electrómetro (ver
figura).
6
1.4. CARGA INDUZIDA
7
1.5. AS EQUAÇÕES DE MAXWELL
8
1.6. LEI DE COULOMB E O PRINCÍPIO DA SOBREPOSIÇÃO
Magnetostática:
∇·B = 0 (1.7)
∇ × B = µ0 j (1.8)
1 Q1 Q2
F = r̂ (1.9)
4π0 r2
Q1 Q2
F = ke r̂ (1.10)
r2
onde ke = 1/(4π0 ) = 8.988 × 109 C−2 Nm2
• A força eléctrica que a carga Q1 exerce na carga Q2 tem o mesmo
módulo, a mesma direcção mas sentido oposto à força que Q2 exerce em Q1
F 12 = −F 21 (1.11)
9
1.6. LEI DE COULOMB E O PRINCÍPIO DA SOBREPOSIÇÃO
A força F21 não é afectada pela força F31 que a carga Q3 exerce na carga
Q1 , logo a força total é a soma VECTORIAL destas duas forças:
F 1 = F 21 + F 31
Como as esferas são iguais basta calcular a carga numa das esferas, que é igual
a 1% do número de electrões numa esfera, Nel , vezes a carga de um electrão.
Nel = Nátomos × Z
ρ
= A×u × Volume × Z
8920×10−3 ×29
= 1.05×10−25 = 1.48 × 1027 .
Refira-se que para comparação a massa da Terra é cerca de 6 × 1024 kg, i.e.
se uma esfera estivesse pousada na Terra, para manter a outra 10cm por cima
seria necessário colocar uma massa equivalente a outra Terra por cima da esfera
superior.
10
1.7. CAMPO ELÉCTRICO
+ -
F 12 = Q2 E 1 . (1.14)
11
1.7. CAMPO ELÉCTRICO
12
Aula 2
Sumário:
- Linhas de campo
- Lei de Gauss
- Teorema de Gauss
13
2.1. LINHAS DE CAMPO
a b
+ -
• Deste modo as linhas do campo eléctrico criado por uma carga pontual
positiva formam um conjunto de linhas radiais, igualmente separadas pelo
mesmo ângulo sólido, que divergem da carga (Fig. a), enquanto que as linhas
de campo convergem numa carga pontual negativa (Fig. b)
• Em ambos estes casos o número de linhas de campo por unidade de
superfície perpendicular às linhas ( qual a forma desta superfície?) decresce
com 1/r2 pois o número de linhas é fixo mas a área da superfície é 4πr2 ou
seja cresce com r2
• Então, como esperado, a intensidade do campo eléctrico diminui com
o inverso do quadrado da distância à carga, 1/r2 , respeitando-se a lei de
Coulomb
• Resulta da definição que as linhas de campo eléctrico:
14
2.2. LEI DE GAUSS
ou
I
Qint
E · n̂ dS = (2.2)
0
S
15
2.2. LEI DE GAUSS
H
• O integral S E · n̂ dS representa o fluxo de E através de S e é comum
representar o fluxo pela letra Φ
• Usaremos a convenção que o fluxo é positivo se o campo eléctrico aponta
para fora da superfície gaussiana e negativo se aponta para dentro.
• Assim uma forma mais compacta de escrever a lei de Gauss é
Qint
ΦE = (2.5)
0
O fluxo eléctrico através duma qualquer superfície fechada, é igual
à carga total envolvida pela superfície dividida, por 0
Superfície
gaussiana
esférica de
raio r
n^
Assim,
I
ΦE = E · n̂ dS
S
16
2.2. LEI DE GAUSS
I
ΦE = E dS.
S
H
Ora o integral dS = 4πr2 pois é simplesmente a área da superfície duma esfera,
S
então usando a lei de Gauss, o fluxo é dado por,
Q1
ΦE = E4πr2 =
0
Q1
E=
4π0 r2
Este exercício mostra como o cálculo se torna muito mais complexo, só pela
escolha duma superfície gaussiana inapropriada. Repare-se que ΦE é a soma dos
fluxos que atravessam cada um dos 6 lados da superfície gaussiana e que estes
são iguais entre si (ver figura),
17
2.2. LEI DE GAUSS
Superfície
^ gaussiana
S1 n1
cúbica
S2 y
S5
x
H
ΦE = E · n̂ dS
S
R R R
= E · n̂1 dS1 + E · n̂2 dS2 + E · n̂3 dS3
S1 R S2 R S3 R
+ E · n̂4 dS4 + E · n̂5 dS5 + E · n̂6 dS6
R S4 S5 S6
= 6 E · n̂1 dS1 .
S1
18
2.3. CAMPO DENTRO DE UM CONDUTOR
Z1 Z1
Q1 1
Φ1 = dxdy,
4π0 (x2 + y2 + 1)3/2
−1 −1
como
Z1
1 2
dx = p ,
(x2 + y2 + 1)3/2 (1 + y 2 ) 2 + y 2
−1
vem
Z1
2Q1 1
Φ1 = p dy.
4π0 (1 + y 2 ) 2 + y 2
−1
O integral
Z
1 y
p dy = arctan( p ),
(1 + y2) 2+ y2 2 + y2
logo
2Q1 1 1 2Q1 π −π Q1
Φ1 = arctan( √ ) − arctan( √ ) = − = .
4π0 3 3 4π0 6 6 60
19
2.4. LOCALIZAÇÃO DA CARGA DENTRO DE UM CONDUTOR
-
- +
- Einduzido +
-
+
-
+
+
- E=0
- +
- +
-
+
-
+
+
• Este resultado tem aplicações tecnológicas muito úteis pois indica que
um condutor oco cria uma blindagem eléctrica no seu interior.
20
2.6. TEOREMA DE GAUSS
então
ρ
∇·E = (2.11)
0
esta equação é a primeira das equações de Maxwell indicadas na primeira
aula (1.1 ou 1.5)
21
2.6. TEOREMA DE GAUSS
22
Aula 3
Sumário:
- Energia potencial eléctrica
- Teorema de Stokes
- Potencial eléctrico
- A relação entre o campo eléctrico e o potencial
- Potencial eléctrico duma carga pontual
w = −F · ∆r = −F δr cos θ (3.1)
23
3.1. ENERGIA POTENCIAL ELÉCTRICA
• À energia que uma carga adquire em função da sua posição num campo
electrostático E chama-se energia potencial eléctrica Ep .
• Então ao deslocar q num campo E, entre dois pontos A e B, a energia
potencial eléctrica de q sofre uma variação de W Joules, i.e.:
ZB
W =− qE · dr = Ep (B) − Ep (A) (3.3)
A
24
3.2. TEOREMA DE STOKES
como a superfície S pode ser qualquer, desde que seja delimitada por C então
este integral só é zero se
∇×E =0 (3.9)
25
3.3. POTENCIAL ELÉCTRICO
W
V (B) − V (A) = (3.10)
q
1V ≡ 1JC−1 (3.11)
• Por exemplo, uma bateria de 12V gera uma diferença de potencial eléctrico
entre os seus terminais de 12V ou de 12J/C, o que implica que para mover
uma carga de +1C do terminal negativo para o positivo é necessário realizar
um trabalho de 12J contra o campo eléctrico.
• Se um electrão (q = −1.6×10−19 C) for deslocado através duma diferença
de potencial de −1V é necessário gastar 1.6×10−19 joules. A esta quantidade
de energia chama-se um electrãovolt (eV),
26
3.4. POTENCIAL ELÉCTRICO E O CAMPO ELÉCTRICO
27
3.5. POTENCIAL ELÉCTRICO DUMA CARGA PONTUAL
RB
V (B) = − E · dr
∞
RB 1 Q
= − 4π0 r 2
r̂ · dr
∞
Q 1
= 4π0 rB
Z
1 ρ
V (B) = dv (3.19)
4π0 v r
28
Aula 4
Capacidade e condensadores
Sumário:
- Capacidade
- Dipolo Eléctrico
- Dieléctricos: Polarização da Matéria
- Rotura eléctrica
- Condensadores em série e paralelo
- A energia armazenada num condensador
4.1 Capacidade
• Consideremos dois condutores planos e paralelos, com área A, um com
carga +Q e o outro com carga −Q, separados por uma distância d A (ver
Fig.)
área A
-σ = -Q/A
- - - - -
E d
+ + + + +
σ = Q/A
• Pela lei de Gauss, o campo eléctrico entre as placas é constante e per-
pendicular a estas, E⊥ = Q/(A0 ) e a diferença de potencial entre elas é igual
ao trabalho, por unidade de carga, necessário para levar uma pequena carga
duma placa para a outra (3.15),
Qd
V = E⊥ d = (4.1)
0 A
29
4.2. DIPOLO ELÉCTRICO
30
4.3. DIELÉCTRICOS: POLARIZAÇÃO DA MATÉRIA
31
4.3. DIELÉCTRICOS: POLARIZAÇÃO DA MATÉRIA
D = E, (4.7)
1 Q1 Q2
F12 = r̂ (4.8)
4π r2
e o campo eléctrico,
1 Q1
E1 = r̂ (4.9)
4π r2
32
4.4. ROTURA ELÉCTRICA
33
4.5. CONDENSADORES EM SÉRIE E PARALELO
Campo
Ião
Ião eléctrico
Átomo
neutro
u0 = q ER λ (4.10)
34
4.5. CONDENSADORES EM SÉRIE E PARALELO
V
V
+Q2 -Q2
C2
Q Q1 + Q2 Q1 Q2
Ceq = = = + (4.12)
V V V V
então
Ceq = C1 + C2 (4.13)
• Regra 2:
O recíproco da capacidade equivalente de dois condensadores liga-
dos em série é a soma do recíproco das capacidades individuais.
C1 C2
+Q -Q
V
+Q -Q
V1 V2
35
4.6. A ENERGIA ARMAZENADA NUM CONDENSADOR
36
4.6. A ENERGIA ARMAZENADA NUM CONDENSADOR
Q2 CV 2 QV
W = = = . (4.20)
2C 2 2
• Usando as equações 4.3 e 4.1, a energia armazenada num condensador
de placas paralelas é dada por,
CV 2 0 AE 2 d2 0 E 2 Ad
W = = = , (4.21)
2 2d 2
como Ad é o volume entre as placas do condensador podemos escrever a
energia por unidade de volume (densidade de energia) w,
0 E 2
w= . (4.22)
2
• Esta expressão não é válida apenas para o campo eléctrico na região
entre placas dum condensador de placas paralelas, mas aplica-se a qualquer
campo eléctrico.
• A energia contida num campo eléctrico que ocupa um volume v pode
ser calculada de forma geral por,
0 E 2
Z Z
W = wdv = dv, (4.23)
v v 2
é como se o volume v fosse dividido em paralelepípedos com volume elementar
dv e somássemos a energia de todos esses pequeníssimos paralelepípedos para
obter a energia total no volume v.
• Num meio dieléctrico a densidade de energia do campo eléctrico é dada
por,
E 2
w= . (4.24)
2
onde é a constante dieléctrica do meio.
37
4.6. A ENERGIA ARMAZENADA NUM CONDENSADOR
38
Aula 5
Sumário:
- Circuitos eléctricos
- Lei de Ohm
39
5.2. LEI DE OHM
1A ≡ 1Cs−1 (5.2)
V = RI (5.3)
1Ω ≡ 1VA−1 . (5.4)
40
5.3. RESISTÊNCIA E RESISTIVIDADE - ABORDAGEM CLÁSSICA
dv
• Estamos interessados numa solução estacionária i.e. dt
= 0 logo,
−eE
v= ∆t = vd . (5.6)
m
41
5.3. RESISTÊNCIA E RESISTIVIDADE - ABORDAGEM CLÁSSICA
∆Q
I =
∆t
= −ene Avd
e2 ne ∆t A
= V. (5.8)
me L
me L
R= (5.9)
e2 ne ∆t A
• A quantidade,
me
ρ= , (5.10)
e2 ne ∆t
L
R=ρ . (5.11)
A
42
5.4. FEM E RESISTÊNCIA INTERNA
2 10 - 6
Mn
Pu
1.5 10 - 6 Gd Po
Resistividade ( Ω m )
1 10 - 6 Hg
Sc
Y
5 10 - 7
0
Al Cu Ag Au
0 20 40 60 80 100
Número atómico
• Os dados experimentais mostram que a resistividade depende linear-
mente da temperatura, diminuindo a temperaturas baixas.
35
30
Resistividade ( x 10 –8 Ω m )
Pt
25
20
15
10 Au
Cu
Al
5
Ag
0
0 200 400 600 800 1000
Temperatura (K)
43
5.5. RESISTÊNCIAS EM SÉRIE E EM PARALELO
V = E − Iri . (5.12)
E
I0 = (5.13)
ri
44
5.5. RESISTÊNCIAS EM SÉRIE E EM PARALELO
I1 R1
V
B I A
V
V
I2
R2
• Regra 2:
A resistência equivalente de duas resistências ligadas em série é a
soma das resistências individuais.
B I R1 R2 A
V
V1 V2
• Vejamos porquê. A diferença de potencial aos terminais de resistências
ligadas em série não é a mesma mas a sua soma tem de ser igual a V . Contudo
45
5.5. RESISTÊNCIAS EM SÉRIE E EM PARALELO
a corrente que passa em cada resistência é a mesma porque não há nós que
criem mais ramos no circuito. Então a resistência equivalente Req é dada
por,
V V1 + V2 V1 V2
Req = = = + (5.17)
I I I I
então
Req = R1 + R2 (5.18)
46
Aula 6
Sumário:
- Leis de Kirchhoff
- Energia em circuitos CC
I3
I1
I4
I2
I1+I4=I2+I3
47
6.2. ENERGIA EM CIRCUITOS CC
R2
I2
R4
P = V I, (6.1)
48
6.3. POTÊNCIA E RESISTÊNCIA INTERNA
• Esta expressão é geral e aplica-se sempre que uma corrente I fui por
um componente dum circuito através do qual há uma queda de potencial V
na direcção de I. Então esse componente ganha V I joules por unidade de
tempo.
• A unidade de potência é o watt (W),
1W ≡ 1Js−1 ≡ 1V · 1A. (6.2)
• De acordo com a lei de Ohm a energia por unidade de tempo ganha por
uma resistência R que é atravessada por uma corrente I é,
V2
P = V I = I 2R = , (6.3)
R
esta energia é dissipada dentro da resistência na forma de calor.
• Este é o chamado efeito de Joule, onde energia eléctrica é convertida em
calor. O aumento da temperatura da resistência deve-se à transferência de
energia dos electrões para os átomos durante as colisões que ocorrem entre
estes dois tipos de partículas durante a deriva dos electrões forçada pelo
campo eléctrico aplicado à resistência.
• A conta mensal da electricidade que pagamos à EDP, depende da quan-
tidade de energia eléctrica que é consumida nas nossas casas. A unidade em
que essa energia é medida é o kilowatthora. Um electrodoméstico que durante
1 hora consome energia à taxa de 1 kW consome 1 kilowatthora (kWh) de
energia,
1kWh = 1000 × 60 × 60 = 3.6 × 106 J. (6.4)
49
6.3. POTÊNCIA E RESISTÊNCIA INTERNA
E − Iri − IR = 0
E
I = (6.5)
ri + R
• A potência de saída da fem E é,
E2
PE = EI = . (6.6)
ri + R
• A potência dissipada em calor pela resistência interna é,
E 2 ri
Pr i = I 2 r i = . (6.7)
(ri + R)2
• A potência transferida para a carga é,
E 2R
PR = I 2 R = , (6.8)
(ri + R)2
verificando-se que PE = Pri + PR , ou seja uma parte da potência da bateria é
logo dissipada pela sua resistência interna e a restante é transmitida à carga
R.
• Usando as variáveis y = PR /(E 2 /ri ) e x = R/ri podemos rescrever a
equação 6.8 como,
x
y= . (6.9)
(1 + x)2
0.25
0.2
y(x)
0.15
0.1
0.05
1 2 3 4 5
x = R/ri
50
6.3. POTÊNCIA E RESISTÊNCIA INTERNA
E2
(PR )max = , (6.10)
4ri
este resultado é muito importante em engenharia electrotécnica pois indica
que a transferência de potência entre uma fonte de tensão e uma
carga externa é mais eficiente, i.e. é máxima, quando a resistência
da carga é igual à resistência interna da fonte de tensão.
• Se a resistência da carga é muito baixa então a maioria da energia é
dissipada na resistência interna.
• Se a resistência da carga é muito alta então corrente que flúi no circuito
é demasiado baixa para transferir energia para a carga a uma taxa apreciável.
• No caso óptimo R = ri só metade da potência da fonte é transferida
para a carga sendo o resto dissipado na resistência interna.
• Ao processo de ajustar a resistência da carga à resistência interna
chama-se ajuste de impedâncias (como veremos à frente impedância é sinó-
nimo de resistência).
51
6.3. POTÊNCIA E RESISTÊNCIA INTERNA
52
Aula 7
Campo magnético
Sumário:
- Magnetostática
- A lei de Biot-Savart
- A lei de Ampère
7.1 Magnetostática
• Exceptuando os circuitos eléctricos, até aqui estudámos a interacção de
cargas eléctricas com posições fixas ou movendo-se lentamente. Vimos que
estas cargas interagem através dos campos eléctricos estáticos que criam à
sua volta.
• Vimos também que em electrostática o campo é descrito apenas pelas
duas equações de Maxwell (1.5 e 1.6),
ρ
∇·E =
0
∇×E = 0
53
7.2. A LEI DE BIOT-SAVART
∇·B = 0
∇ × B = µ0 j
dl
dB ^
r
r
P
C
- + I
dl × r̂
I
µ0 I
B= , (7.1)
4π r2
C
• Nesta forma da lei de Biot-Savart é assumido que uma corrente I flúi por
um fio fino. Se a corrente flúi por um volume finito de secção A, substitui-se
jdA por I ficando,
j × r̂
I
µ0
B= dv, (7.4)
4π r2
v
54
7.3. FIO LONGO E RECTILÍNEO I
55
7.3. FIO LONGO E RECTILÍNEO I
l
= tan α, (7.7)
d
diferenciando vem,
dα
dl = d , (7.8)
cos2 α
como cos α = d/r vem,
dα
dl = r2 , (7.9)
d
então podemos prosseguir o cálculo de dB,
µ0 I r2 dα
d
cos α
dB = φ̂
4π r2
µ0 I
= cos α dα φ̂,
4πd
onde se usou sin θ = cos α. Para levar em conta a contribuição de todos os
elementos de corrente para o campo total B em P temos de integrar sobre
todo o fio,
Z Zπ/2
µ0 I
B= dB = cos α dα φ̂
4πd
−π/2
µ0 I π/2
= [sin α]−π/2 φ̂
4πd
µ0 I
= φ̂, (7.10)
2πd
a intensidade do campo B só depende do inverso da distância na perpendi-
cular ao fio d.
56
7.4. A LEI DE AMPÈRE
C S
dl
57
7.6. FIO LONGO E RECTILÍNEO II.
∇ × B = µ0 j, (7.16)
B
dl
P
d
I
58
7.6. FIO LONGO E RECTILÍNEO II.
59
7.6. FIO LONGO E RECTILÍNEO II.
60
Aula 8
Sumário:
- A força magnética
- A definição de ampere
I I
N d c S
a C b
L
61
8.2. A LEI DE GAUSS PARA O CAMPO MAGNÉTICO
62
8.3. TEOREMA DE GAUSS E O CAMPO B
1 Wb = 1 Tm2 . (8.5)
∇ · B = 0, (8.10)
esta é a última das equações de Maxwell (1.7) para a magnetostática que nos
faltava mostrar.
63
8.4. A FORÇA MAGNÉTICA
• Resumindo quando quer os campos quer as fontes dos campos são in-
dependentes do tempo, i.e. são estáticas, verificamos que as equações de
Maxwell são equivalentes às seguintes leis por nós estudadas:
∇ · E = ρ0 Lei de Gauss para E
∇·B = 0 Lei de Gauss para B
∇ × B = µ0 j Lei de Ampère,
a equação ∇ × E = 0 implica que o campo electrostático é conservativo.
8.4 A força magnética
• Andre Marie Ampère levou a cabo uma série de experiências para estudar a
interacção entre um campo magnético estático B e um elemento de corrente
eléctrica I1 dl. A sua conclusão foi que o campo magnético exerce uma força
dF1 no elemento de corrente que é correctamente descrita por,
dF1 = I1 dl × B. (8.11)
• Desta equação é claro que o campo magnético é uma força por unidade
de elemento de corrente, tal como já tínhamos visto na definição da unidade
tesla 7.3.
• A força magnética por unidade de comprimento num fio por onde circula
uma corrente I1 é I1 × B.
• A força total que B exerce num circuito fechado c por onde circula uma
corrente eléctrica I1 é a soma de todas as forças elementares,
Z I
F1 = dF1 = I1 dl × B, (8.12)
c
B1
I2
dI1 dF d
1
^
I1 d
64
8.5. A DEFINIÇÃO DE AMPERE
µ0 I1
B1 = , (8.13)
2πd
então a força por unidade de comprimento F que I1 exerce em I2 é,
F = I 2 × B1, (8.14)
como I 2 ⊥ B 1 vem,
µ0 I1 I2 ˆ
F =− d, (8.15)
2πd
65
8.5. A DEFINIÇÃO DE AMPERE
66
Aula 9
Sumário:
- A Força de Lorentz
- A experiência de Thompson
I = qnAv d , (9.1)
• Esta é a força magnética que actua em todas as nAdl cargas que estão
no volume elementar Adl. Assim a força magnética que actua em cada uma
das cargas é,
F = qvd × B (9.3)
67
9.2. A EXPERIÊNCIA DE THOMPSON
• Lorentz combinou esta força com a força eléctrica 1.14 e chegou assim
à seguinte expressão para a força que actua numa carga q que se move com
uma velocidade v num campo E e B,
F = qE + qv × B, (9.4)
ma = qE + qv × B, (9.5)
68
9.2. A EXPERIÊNCIA DE THOMPSON
qEz t2 q Ez l2
d= = , (9.7)
m 2 m 2vx2
69
9.3. MOVIMENTO DE UMA PARTÍCULA CARREGADA NUM CAMPO B
v2
an = , (9.10)
r
e é sempre dirigida para o centro da órbita, i.e. é perpendicular à velocidade.
• A força magnética que actua numa carga q que se move com velocidade
v é também sempre perpendicular a v. Se o campo magnético for constante
então a força magnética obriga a carga a descrever uma trajectória circular.
X B X
r v
T
v T X B
X X
mv 2
qvB = (9.11)
r
e o raio da órbita é dado por,
mv
r= , (9.12)
qB
também conhecido por raio de Larmor.
• A frequência angular (ω) de rotação da partícula (i.e. o número de
radianos que a partícula descreve num segundo) é dado por,
v qB
ω= = , (9.13)
r m
também conhecida pela frequência ciclotrónica.
• No mesmo campo magnético cargas positivas descrevem órbitas com o
sentido oposto ao das cargas negativas mas com o mesmo raio de Larmor.
70
9.3. MOVIMENTO DE UMA PARTÍCULA CARREGADA NUM CAMPO B
Trajectória
helicoidal
v||
vT B
71
9.3. MOVIMENTO DE UMA PARTÍCULA CARREGADA NUM CAMPO B
72
Aula 10
Sumário:
- Efeito de Hall
- Galvanómetros
- - - - - - + + + + + +
Efeito de Hall em cargas livres positivas Efeito de Hall em cargas livres negativas
73
10.2. EFEITO DE HALL
74
10.3. GALVANÓMETROS
10.3 Galvanómetros
• Já falámos de correntes eléctricas, diferenças de potencial e resistências.
Como podemos medir estas quantidades?
• Basicamente só a corrente eléctrica é medida directamente, diferenças
de potencial e resistências são deduzidas através da medida de correntes, que
podem ser medidas com um galvanómetro.
• Um galvanómetro consiste numa espira rectangular que pode rodar
livremente em torno dum eixo, como representado na figura. No plano da
espira é aplicado um campo magnético aproximadamente uniforme B, gerado
por um magnete permanente.
eixo de rotação
espira
B
1 4
N I S
I L
magnete magnete
permanente B
2 3 permanente
D
75
10.3. GALVANÓMETROS
D
τ = 2F = IBLD = BAI, (10.4)
2
sendo A a área da espira.
• Conclui-se da equação anterior que para uma espira de área fixa, num
campo B fixo, o momento exercido na espira é proporcional à corrente I.
• Num galvanómetro a espira normalmente é suspensa num fio de torção,
que exerce um momento contrário ao da força magnética, permitindo à espira
retornar à posição inicial. A intensidade deste momento é directamente pro-
porcional ao ângulo de torção ∆θ, que por sua vez é proporcional à corrente
I quando os dois momentos estão em equilíbrio.
• Prendendo um ponteiro ao fio para observar a deflexão da espira, o gal-
vanómetro pode ser facilmente calibrado fazendo passar uma corrente eléc-
trica conhecida e registando a deflexão do ponteiro numa escala.
• Para evitar destruir o galvanómetro o fio de torção está limitado a uma
deflexão máxima a que corresponde uma corrente máxima que denominare-
mos por Idm . Estas correntes são relativamente pequenas e da ordem dos
micro amperes. Como medir correntes superiores?
• A solução é ligar o galvanómetro em paralelo com uma resistência Rinf
muito inferior à resistência interna do galvanómetro RG por onde pode passar
a maior parte da corrente.
IG RG
I I
a b
Iinf
Rinf
76
10.4. ORIGEM DO MAGNETISMO PERMANENTE
a I Rsup RG b
77
10.4. ORIGEM DO MAGNETISMO PERMANENTE
I
N
B B
S
Campo magnético dum solenoide Campo magnético dum íman em forma de barra
Corrente resultante
no sentido dos ponteiros
do relógio
78
10.4. ORIGEM DO MAGNETISMO PERMANENTE
79
10.4. ORIGEM DO MAGNETISMO PERMANENTE
80
Aula 11
Indução electromagnética
Sumário:
- A lei de Faraday
- A lei de Lenz
- As leis de Faraday-Lenz e as eq. de Maxwell
linhas de
B campo
magnético
I
S
C
fio condutor
fechado
• Faraday descobriu que se o campo magnético variar no tempo então
é induzida uma fem (força electromotriz) no fio, sendo a magnitude da fem
directamente proporcional à taxa de variação de B com o tempo.
• Faraday também descobriu que é induzida uma fem no fio se o fio se
mover duma região onde B é pequeno para outra onde B é grande ou vice
81
11.2. A LEI DE LENZ
A lei de Faraday afirma que todas estas formas de variar o fluxo são equiva-
lentes no que respeita à indução de uma fem no circuito.
11.2 A lei de Lenz
• Faraday não especificou em que sentido actua a fem induzida no fio.
• Foi Lenz que primeiro especificou essa direcção naquela que hoje con-
hecemos por lei de Lenz,
A fem induzida num circuito eléctrico actua sempre num sentido
tal que a corrente gerada por essa fem crie um campo magnético
que se oponha ao campo magnético externo que gerou a fem.
• Deste modo foi introduzido o sinal menos em 11.1 para lembrar que a
fem actua sempre de modo a se opor a variação do fluxo magnético externo
que gera essa fem.
82
11.3. AS LEIS DE FARADAY(-LENZ) E AS EQ. DE MAXWELL
Zb
W =q E · dl
a
logo,
I
E= E · dl. (11.3)
C
83
11.3. AS LEIS DE FARADAY(-LENZ) E AS EQ. DE MAXWELL
E E
84
11.3. AS LEIS DE FARADAY(-LENZ) E AS EQ. DE MAXWELL
85
11.3. AS LEIS DE FARADAY(-LENZ) E AS EQ. DE MAXWELL
86
Aula 12
Indução electromagnética
Sumário:
- Um gerador simples
- Correntes de Foucault
87
12.1. UM GERADOR SIMPLES
Campo magnético B
aponta para dentro
da página
+++
I E0 = v x B
+q
v l
I
---
x ∆x
ΦB = Blx, (12.1)
∆ΦB
E =− = −Blv. (12.3)
∆t
• Como o fluxo aumenta a corrente induzida I pela fem gera por sua vez
um campo magnético que aponta no sentido oposto ao campo B externo,
como tal a corrente induzida tem que circular no sentido oposto ao dos pon-
teiros do relógio. Quanto menor for a resistência R do circuito maior é a
corrente I = E/R.
• Qual a origem desta fem que actua em torno do circuito?
• Recordemos que uma fem (força electromotriz) é uma diferença de po-
tencial e como tal se uma carga q circula em trono do circuito devido a esta
força electromotriz essa carga ganha uma energia igual a qE.
• A carga circula muito devagar (porque a velocidade de deriva vd é muito
baixa) logo na parte em C do circuito a força magnética é muito pequena.
Contudo quando q atravessa a barra, que está em movimento, uma força
88
12.2. CORRENTES DE FOUCAULT
magnética Fm = qvB empurra q para cima se for uma carga positiva e então
o trabalho realizado por esta força é,
E0 = vB, (12.5)
E 0 = v × B, (12.6)
e é este o campo eléctrico que origina todas as fem geradas sempre que um
circuito se move relativamente a um campo magnético.
• Concluímos então que a lei de Faraday é devida aparentemente à com-
binação de dois efeitos distintos. O primeiro é o campo eléctrico gerado no
espaço por um campo magnético variável no tempo (ver Sec.11.3, Pág.84).
O segundo é o campo eléctrico gerado dentro dum condutor quando se move
através dum campo magnético. Estes dois efeitos são dois aspectos dum
mesmo fenómeno e a lei de Faraday não faz distinção entre eles.
12.2 Correntes de Foucault
• Vimos anteriormente que sempre que um condutor se move num campo
magnético externo B é induzida uma corrente eléctrica I nesse condutor.
• Se o condutor tiver uma resistência R a corrente induzida aquece o
condutor pois dissipa-se no condutor uma energia RI 2 por unidade de tempo.
89
12.2. CORRENTES DE FOUCAULT
Sentido de rotação
do disco metálico eixo de rotação
N
disco metálico
Campo magnético B
aponta para dentro S
da página +++ +++
90
12.3. O GERADOR DE CORRENTE ALTERNADA
N I S
I L
magnete magnete
permanente B
2 3 permanente
D
ΦB = BA cos θ. (12.7)
91
12.3. O GERADOR DE CORRENTE ALTERNADA
onde,
92
Aula 13
Indutores e indutância
Sumário:
- Indutância mútua
- Auto-indutância
B1
I1
I2
circuito 1 B1
circuito 2
• Consideremos dois circuitos eléctricos fechados 1 e 2, como os ilustrados
em cima.
• A corrente I1 no circuito 1 gera um campo magnético B 1 que passa
pelo circuito 2, provocando um fluxo magnético ΦB12 neste circuito.
• Se I1 duplicar, então B1 também duplica em todo o espaço e portanto
também o fluxo magnético ΦB12 gerado por I1 e que atravessa o circuito 2,
duplica. Esta é uma consequência da linearidade das leis da magnetostática
e da definição de fluxo magnético.
93
13.1. INDUTÂNCIA MÚTUA
94
13.2. AUTO-INDUTÂNCIA
95
13.3. A ENERGIA ARMAZENADA NUM INDUTOR
96
13.4. A DENSIDADE DE ENERGIA DUM CAMPO MAGNÉTICO
Quando uma corrente I flúi pelo solenóide no seu núcleo é gerado um campo
magnético com intensidade (ver eq. 8.3),
B = µ0 N I/l. (13.15)
ΦB = N BA = µ0 N 2 IA/l. (13.16)
ΦB µ0 N 2 A
L= = , (13.17)
I l
onde se vê claramente que a auto-indutância L é uma quantidade positiva, in-
dependente da corrente eléctrica e do campo magnético, só dependendo da di-
mensão do solenóide e do número de espiras.
13.4 A densidade de energia dum campo magnético
• Das equações (13.15), (13.16) e (13.17) a energia armazenada num solenóide
pode escrever-se como,
2
1 2 µ0 N 2 A Bl
W = LI = , (13.18)
2 2l µ0 N
simplificando vem,
B2
W = lA, (13.19)
2µ0
como lA é o volume do núcleo do solenóide a energia por unidade de volume,
ou seja a densidade de energia é,
B2
w= . (13.20)
2µ0
97
13.4. A DENSIDADE DE ENERGIA DUM CAMPO MAGNÉTICO
B2
Z Z
W = wdv = dv, (13.21)
v v 2µ0
0 E 2 B2
w= + . (13.22)
2 2µ0
98
Aula 14
Sumário:
- O circuito RL
- O circuito RC
- Circuitos de CA - Impedância
- Circuitos de CA - RLC
14.1 O circuito RL
R L
+ -
interruptor V
• No circuito ilustrado uma resistência R está ligada em série com um
indutor de indutância L e com uma fonte de alimentação com uma fem V .
Este circuito chama-se circuito RL.
99
14.1. O CIRCUITO RL
dI
V −L − RI = 0 (14.1)
dt
V L dI
−I = .
R R dt
• Podemos separar as variáveis I e t ficando,
R dI
dt = V
L R
−I
integrando vem,
Zt ZI
R dI
dt = V
L R
−I
0 0
I
R V
t = − ln −I
L R
0
V V
= − ln − I + ln
R R
R
= − ln 1 − I
V
x
usando ln e = x obtemos,
R R
e− L t = 1 − I
V
V R
I(t) = 1 − e− L t , (14.2)
R
• A equação anterior especifica I(t) para um instante t após o interruptor
ser fechado e dela se conclui que a corrente aumenta gradualmente atingindo
63% do seu valor final após um tempo,
L
τ= , (14.3)
R
e quando t = 5τ a corrente já é superior a mais de 99% do valor final I = V /R.
Ao tempo τ chama-se a constante de tempo do circuito (ver figura).
100
14.1. O CIRCUITO RL
I=V/R
I(t)=V/R(1 - e-Rt/L)
0.5V/R
I(t)=V/R e-Rt/L
0
0 5τ 10τ
dI
−L − RI = 0 (14.4)
dt
R dI
− I = ,
L dt
101
14.2. O CIRCUITO RC
14.2 O circuito RC
R C
+ -
interruptor V
• No circuito ilustrado uma resistência R está ligada em série com um
condensador com capacidade C e com uma fonte de alimentação com uma
fem V . Este circuito chama-se circuito RC.
• Aproveitamos para discutir o circuito RC neste ponto pois apesar de
não ter nada a ver com indutores a análise do seu comportamento é muito
semelhante à do circuito RL.
• Quando o interruptor está aberto a carga no condensador é zero. Quando
o interruptor é fechado a carga aumenta gradualmente e estabiliza num valor
limite Q. Neste período transitório em que a carga vai aumentando, de
acordo com a equação (4.2) estabelece-se entre as placas do condensador
uma diferença de potencial Q/C.
• Aplicando no circuito a lei de Kirchoff para a tensão e relembrando que
I = dQ/dt temos,
Q
V − − RI = 0 (14.6)
C
Q dQ
V − = .
C dt
102
14.2. O CIRCUITO RC
τ = RC, (14.8)
Q=VC
Q(t)=VC(1 - e-t/(RC))
0.5VC
Q(t)=VC e-t/(RC)
0
0 5τ 10τ
103
14.3. CIRCUITOS DE CA - IMPEDÂNCIA
104
14.3. CIRCUITOS DE CA - IMPEDÂNCIA
Z = R + iX (14.14)
~
V=Vp cos(ωt)
V = Vp cos(ωt), (14.15)
V Vp
Z= = = R, (14.17)
I Ip
105
14.3. CIRCUITOS DE CA - IMPEDÂNCIA
~
V=Vp cos(ωt)
dI
Vp cos(ωt) = L . (14.18)
dt
dI
V0 eiωt = L
dt
V0 iωt
I = e , (14.19)
Liω
V
Z =
I
V0 eiωt
= V0 iωt
Liω
e
= iLω. (14.20)
106
14.4. CIRCUITOS DE CA - RLC
~
V=Vp cos(ωt)
Q
V0 eiωt =
, (14.21)
C
R
mas como Q = Idt vem,
R
Idt
V0 eiωt = (14.22)
C
V
Z =
I
V0 eiωt
=
CiωV0 eiωt
1
= . (14.24)
iCω
107
14.4. CIRCUITOS DE CA - RLC
R C
~
V=Vp cos(ωt)
• A equação do circuito obtém-se mais uma vez aplicando a lei de Kirchoff
para a tensão,
R
dI Idt
V − IR − L − = 0. (14.25)
dt C
• A solução duma equação integro-diferencial não é trivial. No entanto,
no caso particular como tanto a tensão como a corrente oscilam com uma
frequência fixa podemos usar novamente a notação complexa para representar
novamente estas quantidades como,
108
14.4. CIRCUITOS DE CA - RLC
V 1
Z= = R + iωL + , (14.29)
I iωC
V
I = 1
(R + i ωL − ωC
)
V0 eiωt
=
reiθ
V0 i(ωt−θ)
= e , (14.30)
r
onde r = R2 + (ωL − 1/(ωC))2 e θ = arctan ωL−1/(ωC)
p
R
. A parte real da
equação (14.30) é então dada por,
onde,
V0 V0
I0 = =p , (14.32)
r R2 + (ωL − 1/(ωC))2
V0 1
I0 = p , (14.33)
R 1 + Q2 (ω 0 − 1/ω 0 )2
√
onde ωr = 1/ LC é a chamada frequência de resonãncia do oscilador.
• A figura seguinte exemplifica o significado da frequência de ressonância,
onde se pode ver que quando ω = ωr a amplitude da corrente I0 tem o valor
máximo e que o máximo é tanto mais bem definido quanto maior é Q (a que
se chama o factor de qualidade do oscilador).
109
14.4. CIRCUITOS DE CA - RLC
I0 (ω)
V0 /R
Q=1
0.5V0 /R
Q = 10
Q = 100
0
0 ωr 2ωr 3ωr
ω
π/2
Q = 100
Q = 10
θ(ω)
0 Q=1
−π/2
0 ωr 2ωr 3ωr
ω
onde se pode observar claramente que o desfasamento varia de −π/2
quando a frequência ω é significativamente inferior à frequência de ressonân-
cia ωr , até π/2 para frequências significativamente superiores a ωr . Para
110
14.4. CIRCUITOS DE CA - RLC
P = V (t)I(t). (14.35)
V0 I0
= cos(θ) (14.36)
2
• Usando a notação complexa (equações (14.26) e (14.27)) conseguimos
obter o mesmo resultado duma forma mais rápida e com muito menos cálculos
tendo em atenção que,
1
P = Re(V I ∗ ) (14.37)
2
1
Re V0 ei(ωt) I0 e−i(ωt−θ)
=
2
V0 I0
= cos(θ), (14.38)
2
idêntico a (14.36).
• Usando a eq.(14.13) podemos reescrever a eq.(14.37) num forma equiv-
alente,
1 1
P = Re(ZII ∗ ) = Re(Z)|I|2 , (14.39)
2 2
esta expressão mostra que a potência de saída da fem é igual à potência
dissipada, estando associada com a parte real da impedância do circuito. No
111
14.4. CIRCUITOS DE CA - RLC
112
Aula 15
Sumário:
- O transformador
- Ajuste de impedâncias
15.1 O transformador
secção
com área A
Corrente
Fluxo Corrente
primária magnético IS secundária
IP
+ -
Tensão
l primária
Tensão
VP secundária
VS l
-
Núcleo do
Transformador
+
Enrolamento
primário Enrolamento
NP espiras secundário
NS espiras
113
15.1. O TRANSFORMADOR
no enrolamento secundário.
• Pela lei de Kirchoff para a tensão, a equação do circuito primário fica,
dIP dIS
VP − LP −M = 0
dt dt
VP0 − LP ωIP0 − M ωIS0 = 0, (15.5)
114
15.1. O TRANSFORMADOR
IP VP = IS VS
IP0 VP0 = IS0 VS0 . (15.7)
IP0 VP0 = ω(LP IP20 + M IP0 IS0 ) = ω(LS IS20 + M IS0 IP0 ) = IS0 VS0
LP IP20 = LS IS20
r
IP0 LS
= (15.8)
IS0 LP
• Combinando as equações (15.7) e (15.8) obtemos,
r
VP0 LP
= (15.9)
VS0 LS
e então,
VP0 IS NP
= 0 = , (15.11)
VS0 IP0 NS
que indica que a razão entre a amplitude máxima das tensões e correntes,
no primário e no secundário é igual à razão entre o número de espiras no
primário e no secundário.
• Se o enrolamento secundário tiver mais espiras que o primário então a
amplitude máxima da tensão no secundário é superior à amplitude máxima
da tensão no primário, tendo a corrente um comportamento inverso. Portanto
um transformador que aumenta a tensão diminui a corrente e vice versa.
• Da expressão anterior podia-se pensar que basta então um primário com
uma espira e um secundário com dez espiras para obter um factor de 10 na
tensão de saída relativamente à de entrada. Tal não é correcto pois com uma
espira o acoplamento entre os dois circuitos é muito fraco, ou seja, perde-se
muito fluxo magnético entre os dois circuitos. Para aumentar o acoplamento
usam-se mais espiras.
115
15.2. AJUSTE DE IMPEDÂNCIAS
RP 2
2
PR = RI = . (15.12)
V2
116
15.2. AJUSTE DE IMPEDÂNCIAS
NP
VP0 = VS (15.13)
NS 0
e
NS
IP0 = IS . (15.14)
NP 0
• Destas duas equações vemos facilmente que a resistência efectiva R0 da
carga no enrolamento primário é dada por,
2
0 VP0 NP VS0
R = = , (15.15)
IP0 NS IS0
ou simplesmente,
2
0 NP
R = R, (15.16)
NS
deste modo a resistência efectiva da carga R0 pode ser feita igual à da fonte
de tensão independentemente do valor de R. A este processo de igualar as
resistências chama-se ajuste de impedâncias.
117
15.2. AJUSTE DE IMPEDÂNCIAS
118
Aula 16
Ondas electromagnéticas
Sumário:
- A corrente de deslocamento
- Ondas electromagnéticas
119
16.1. A CORRENTE DE DESLOCAMENTO
condensador
de placas paralelas
s2 e capacidade C
caminho ID
amperiano s1
circular R
c d
+ -
interruptor V
120
16.1. A CORRENTE DE DESLOCAMENTO
∇ × B = µ0 (j + j D ). (16.7)
121
16.2. ONDAS ELECTROMAGNÉTICAS
• Como curiosidade menciona-se que Maxwell escreveu estas leis numa forma
bastante mais complexa, usando 20 equações. As equações na forma com-
pacta da notação vectorial, como as conhecemos hoje, foram pela primeira
vez escritas por Olivier Heaviside.
16.2 Ondas electromagnéticas
• Maxwell sabia que as equações que descreviam a dinâmica dos fluidos tin-
ham soluções ondulatórias que descreviam o movimento de ondas nos fluidos,
então investigou se as suas 4 equações também tinham soluções ondulatórias.
Assim sendo existiriam então um tipo completamente novo de ondas, a que
ele chamou de ondas electromagnéticas.
• Começou pela tarefa mais simples de investigar a existência de ondas
electromagnéticas que se propagassem no vazio, i.e. numa região sem cargas
nem correntes.
• Na forma diferencial as equações de Maxwell no vazio ficam,
∇·E = 0 (16.8)
∇·B = 0 (16.9)
∂B
∇×E = − (16.10)
∂t
∂E
∇ × B = µ0 0 , (16.11)
∂t
chama-se a atenção para a simetria entre campos eléctricos e magnéticos
destas equações para o vazio.
• Verifiquemos se estas equações admitem como solução um campo E e
B perpendiculares um ao outro, tais que E só tem componente segundo o
eixo X e B só tem componente segundo o eixo Y ou seja,
E = Ex ı̂ portanto Ey = Ez = 0 (16.12)
B = By ̂ portanto Bx = Bz = 0. (16.13)
• Recordemos as definições da divergência e do rotacional (ver eq. (2.7) e
eq. (3.7)) e introduzamos as equações (16.12) e (16.13) nas equações (16.8)-
(16.11),
(a) Equação (16.8),
∂ ∂ ∂
ı̂ + ̂ + k̂ · Ex ı̂ = 0
∂x ∂y ∂z
∂Ex
= 0 (16.14)
∂x
122
16.2. ONDAS ELECTROMAGNÉTICAS
∂Ex ∂By
= − (16.16)
∂z ∂t
∂Ex
= 0, (16.17)
∂y
∂By ∂Ex
− = µ0 0 (16.18)
∂z ∂t
∂By
= 0, (16.19)
∂x
∂ 2 Ex ∂ 2 By ∂ 2 By ∂ 2 Ex
=− 2 ∧ − 2 = µ0 0 ,
∂t∂z ∂ t ∂ z ∂z∂t
combinando os resultados obtemos,
∂ 2 By ∂ 2 By
= µ
0 0 . (16.20)
∂2z ∂2t
123
16.2. ONDAS ELECTROMAGNÉTICAS
Ex
λ Z
X
By
Y Onda electromagnética
linearmente polarizada sengundo X
124
16.3. ENERGIA EM ONDAS ELECTROMAGNÉTICAS
0 E 2 B2
w= + . (16.27)
2 2µ0
125
16.3. ENERGIA EM ONDAS ELECTROMAGNÉTICAS
√
• Como numa onda EM E = cB e c = 1/ µ0 0 , a densidade de energia
pode ser escrita como,
0 E 2 E2 0 E 2 0 E 2
w= + = + = 0 E 2 . (16.28)
2 2µ0 c2 2 2
• De modo análogo,
0 c2 B 2 B2 B2 B2 B2
w= + = + = . (16.29)
2 2µ0 2µ0 2µ0 µ0
• Ou seja metade da energia é transportada pelo campo eléctrico e a outra
metade pelo campo magnético.
• Seja P a potência por unidade de área (perpendicular à direcção de
propagação) transportada por uma onda electromagnética que viaja na di-
recção do eixo Z. Num intervalo de tempo dt a onda percorre uma distância
cdt.
• Então uma secção com área A na frente de onda (portanto perpendicular
a Z) varre um volume elementar dV = Acdt que contém uma energia,
dW = wdV = 0 E 2 Acdt. (16.30)
• Então da definição de P ,
dW 0 E 2 Acdt
P = = ,
Adt Adt
logo
P = 0 E 2 c, (16.31)
usando o facto de que E = cB podemos escrever,
EB
P = 0 cEcB = 0 c2 EB = , (16.32)
µ0
que indica a potência instantânea por unidade de área transportada por uma
onda EM.
• A potência máxima é dada por,
E0 B0
P0 = , (16.33)
µ0
onde E0 e B0 são respectivamente as amplitudes máximas de E e B.
• A potência média (chamada a intensidade da onda) é dada por,
E0 B0 0 cE02 cB 2
S=P = = = . (16.34)
2µ0 2 2µ0
126
Aula 17
Sumário:
- Probabilidade
- A função de onda e a equação de Schrödinger
- Descrição duma partícula livre
A hipótese de De Broglie
17.1 Probabilidade
• Em mecânica clássica, conhecidas as forças que actuam numa partícula
a evolução no tempo da sua posição é dada pela equação F = ma (em
certos casos, o mesmo é possível se se conhecer a energia total da partícula,
Et = Ec + Ep )
• Por outras palavras a equação do movimento permite encontrar a posição
da partícula no instante t
• Em mecânica quântica conhecida a energia duma partícula tudo o
que se consegue calcular é a probabilidade de encontrar a partícula
numa determinada posição e num determinado instante t
• A probabilidade de no instante t, encontrar a partícula no volume
dxdydz que fica na vizinhaça do ponto (x, y, z) é dada por,
|Ψ(x, y, z, t)|2 dxdydz (17.1)
onde Ψ é a chamada função de onda da partícula
17.2 A equação de Schrödinger
• A evolução da função de onda Ψ(x, y, z, t) de uma partícula de massa m
sujeita a um potencial V , é dada pela equação de Schröndinger,
h2 h ∂Ψ
− 2
∇2 Ψ + V Ψ = i (17.2)
8mπ 2π ∂t
127
17.2. A EQUAÇÃO DE SCHRÖDINGER
h2 ∂2 ∂2 ∂2
h ∂Ψ
− + + Ψ+VΨ=i (17.3)
8mπ 2 ∂x2 ∂y 2 ∂z 2 2π ∂t
h2
− ∇2 Ψ −→ Ecinética ,
8mπ 2
V Ψ −→ Epotencial ,
h ∂Ψ
i −→ Etotal .
2π ∂t
h2 d2
− Ψ + V Ψ = EΨ (17.4)
8mπ 2 dx2
128
17.3. PARTÍCULA LIVRE
|Ψ(x)|2
• Conhecida a forma da energia po-
tencial V da partícula podemos usar
a equação anterior para determinar a x1 x2 x
sua função de onda, e concomitante-
mente a probabilidade de encontrar a Área debaixo
partícula na vizinhança dx dum qual- |Ψ(x)| 2
da curva é igual a 1
quer ponto x x =+
8
! |Ψ(x)|2 dx=1
x=-
8
x
h2 d2
− Ψ = EΨ
8mπ 2 dx2
d2 8mπ 2
Ψ = − E Ψ
dx2 h2
d2
Ψ = −k 2 Ψ (17.5)
dx2
onde k é uma constante dada por,
r
8mπ 2
k= E (17.6)
h2
• Uma função que derivada duas vezes é proporcional a ela própria é a função
cos (ou sin), e como tal,
129
17.3. PARTÍCULA LIVRE
energia aumenta
Ψ(x, 4E0) 0
x
-A
A
Ψ(x, E0) 0
x
-A
λ = h/p. (17.8)
130
Aula 18
Sumário:
- Movimento duma partícula num tubo (1D)
- Efeito de túnel
V(x)
V0
Electrão com
energia E < V0
-L/2 L/2 x
131
18.1. PARTÍCULA NUM POTENCIAL QUADRADO, UNIDIMENSIONAL
132
18.1. PARTÍCULA NUM POTENCIAL QUADRADO, UNIDIMENSIONAL
q q
2 8mπ 2
onde α = 8mπ h2
(V0 − E) e k = h2
E.
• Se V0 → ∞ então α → ∞ e ambas as exponenciais se anulam, ficando
só,
0 x < −L/2
Ψ(x) = A cos(kx) + B sin(kx) −L/2 < x < L/2 (18.7)
0 x > L/2
logo
kL/2 = nπ/2 n ímpar π
⇔k=n com n = 1, 2, 3, 4, . . . (18.8)
kL/2 = nπ/2 n par L
q
8mπ 2
• Recordando que k = h2
E podemos escrever,
r
8mπ 2 nπ
2
E =
h L
(nh)2
E = (18.9)
8mL2
• Concluímos então que a energia duma partícula confinada por um
potencial quadrado infinito só pode ter alguns valores discretos, i.e está
quantificada, En=1 = h2 /8mL2 , En=2 = 4h2 /8mL2 , . . . ,
E n = n2 E 1 (18.10)
133
18.2. PARTÍCULA NUM POTENCIAL QUADRADO, TRIDIMENSIONAL
Ψ(x)
1 Ψ(x)
2
2 2
|Ψ(x)|
1
|Ψ(x)|
2
134
18.2. PARTÍCULA NUM POTENCIAL QUADRADO, TRIDIMENSIONAL
Y Y
|Ψ112(x,y,z)|2 |Ψ211(x,y,z)|2
X X |Ψ121(x,y,z)|2
135
18.2. PARTÍCULA NUM POTENCIAL QUADRADO, TRIDIMENSIONAL
h2
n2x + n2y + n2z .
E(nx , ny , nz ) = 2
(18.14)
8mL
h2 2 2 2
3h2
E(1, 1, 1) = 1 + 1 + 1 = , (18.15)
8mL2 8mL2
enquanto que os três estados {2, 1, 1}, {1, 2, 1} e {1, 2, 1} têm a mesma energia
h2 2 2 2
6h2
E(2, 1, 1) = E(1, 2, 1) = E(1, 1, 2) = 2 + 1 + 1 = , (18.16)
8mL2 8mL2
(2,1,1)
(1,2,1)
4 (1,1,2)
2 (1,1,1)
0
0 5 10 15 20 25 30 35
Energia em unidades de h2/8mL 2
136
18.3. EFEITO DE TÚNEL
137
18.3. EFEITO DE TÚNEL
h2 d2
− Ψ(x) + V (x)Ψ(x) = EΨ(x) (18.20)
8π 2 m dx2
• Temos que na região I, o electrão se move como uma partícula livre (i.e
V (x) = 0) com energia total E e como pode ser reflectido pela barreira de
potencial, verifica-se que é correctamente descrito por uma função de onda
que é a soma duma onda incidente com outra reflectida,
q
2
ΨI (x) = Aeikx + Be−ikx onde k = 8πhmE2
q
ik0 x −ik0 x 0 8π 2 m(E−V0 )
ΨII (x) = Ce + De onde k = h2 (18.22)
→ ←
138
18.3. EFEITO DE TÚNEL
q q
2
0 −E)
onde k = 8π 2 mE
h2
e α = 8π m(V h2
.
• Os coeficientes B, C, D e F podem escrever-se em função de A, garantindo
que nas zonas de transição (x = 0 e x = d) a função de onda é
|F |2 4 VE0 (1 − VE0 ) x −x
Ptr = = h 2 i Nota: sinh(x)= e −e
2
|A|2 sinh2 8π m(V0 −E)
d + 4 VE0 (1 − E
)
h V0
(18.26)
1
Probabilidade de transmissão
e 8 × 10−10 m, respectivamente.
0 1 2 3 4 5
E/V0 com V0 = 1 eV
139
18.3. EFEITO DE TÚNEL
140
Aula 19
Sumário:
- Um electrão de valência num sólido:
- Um sólido unidimensional
- Bandas de energia
Spin
O princípio de exclusão de Pauli
141
19.1. UM SÓLIDO UNIDIMENSIONAL
Ep(r)=-Ze2/(4π ε0 r)
0
r
142
19.1. UM SÓLIDO UNIDIMENSIONAL
Ep(r) Ep(r)
r r
2 átomos 3 átomos
Ep(r) Ep(r)
r r
4 átomos 30 átomos
V0
Electrão
com
energia
E < V0
0
-(a+b) -b 0 a a+b r
143
19.2. SPIN
que os exemplos da aula anterior. Diremos apenas que a função de onda dum
electrão que se move neste potencial periódico tem a forma,
Ψ(x) = eikx uk (x), (19.2)
o termo eikx refere-se a uma onda que se move pelo cristal, enquanto que o
termo uk (x) é uma função de período (a + b) que resulta do electrão se mover
no potencial periódico do cristal.
• A figura seguinte ilustra a forma da energia do electrão em função de k
que se obtém destes cálculos.
E(k)
banda
permitida
banda
proibida
Energia em função de k
dum electrão que se
move num cristal 1D,
segundo o modelo
de Kronig-Penney
4π 3π 2π π 0 π 2π 3π 4π k
− a − a − a −a a a a a
144
19.2. SPIN
S = "3_ h_
Sz = 1_ h_
2 2π 2 2π
2 2π Sz = -1
_ _h
2 2π
Spin - 1_
2
145
19.2. SPIN
146
Aula 20
Sumário:
147
20.1. CONDUTOR, ISOLADOR E SEMICONDUTOR
ρ
nátomos =
ACu u
8920
=
63.546 1.66 × 10−27
= 8.47 × 1028 átomos/m3 , (20.1)
logo existem 8.47 × 1028 electrões de valência por metro cúbico de Cobre. Assim
num cm cúbico há 8.47 × 1022 electrões de valência.
• Modelando um cubo de Cobre com 1 cm de lado com um poço de
potencial cúbico é necessário distribuir da ordem de 1022 partículas pelos
níveis de energia desse cubo.
• Pelo Princípio de Exclusão de Pauli, dois electrões só podem ter a
mesma função de onda se tiverem spins opostos. Um electrão tem que ter
spin +1/2 e o outro spin −1/2. Só deste modo podem ocupar o estado
quântico caracterizado pelos mesmos números quânticos {nx , ny , nz }.
• Tal implica que a ocupação electrónica dos primeiros 6 níveis de energia
decorra como ilustrado na seguinte tabela,
Número de electrões capazes
Números Energia em Número de electrões capazes de ser acomodados com energia
quânticos unidades de Número de de ser acomodados com esta inferior ou igual à energia
nx , ny , nz h2/8mL 2 estados energia (incluindo spin) deste nível
(1,1,1) 3 1 2 2
(1,1,2) (1,2,1)
6 3 6 2+6=8
(2,1,1 )
(1,2,2) (2,1,2)
9 3 6 2+ 6 + 6 = 14
(2,2,1)
(1,1,3) (1,3,1)
11 3 6 2 + 6 + 6 + 6 = 20
(3,1,1)
(2,2,2) 12 1 2 2 + 6 + 6 + 6 + 2 =22
(1,2,3) (1,3,2)
(2,1,3) (2,3,1) 14 6 12 2 + 6 + 6 + 6 + 2 + 12 = 34
(3,2,1) (3,1,2)
148
20.1. CONDUTOR, ISOLADOR E SEMICONDUTOR
Banda de Banda de
EF condução condução Banda de
condução
Banda Banda
EF Banda
proibida proibida ~3 eV EF ~1 eV
proibida
Energia
149
20.2. EFEITO DAS IMPUREZAS DADORAS DO TIPO N
• A substituição dum átomo de Silício por outro de Fósforo (que tem mais
um electrão de valência que o Si, i.e. 5, e mais um protão) leva a que o
electrão extra do P ocupe o próximo estado de energia livre, que difere de
∆Ed dos estados de condução vazios do Si
150
20.3. EFEITO DAS IMPUREZAS ACEITADORAS DO TIPO P
(1)
• ∆Ed ≈ 0.044eV é muito inferior à ∆E d
151
Apêndice A
Dados úteis
Equivalência
Alfabeto Grego em Português
A α Alfa A
B β Beta B
Γ γ Gama G
∆ δ Delta D
E Épsilon É
Z ζ Zeta DZ
H η Eta Ê
Θ θ Teta TH
I ι Iota I
K κ Capa C
Λ λ Lambda L
M µ Miu M
N ν Niu N
Ξ ξ Csi CS
O o Omicron Ó
Π π Pi P
P ρ Rô R
Σ σ Sigma S
T τ Tau T
Υ υ Ypsilon U
Φ φ Fi F
X χ Qui Q
Ψ ψ Psi PS
Ω ω Ómega Ô