O antigo dono do número era um cuidador de animais que
Quando Ela chegou, Lui estava retirando as coisas da por falta de pagamento perdeu o direito à linha telefônica. Assim era loja, colocando na calçada para abrir mais um dia de trabalho. comum antigos amigos do mesmo procurarem ele neste número. Lui Limpou as maçanetas das portas. E viu Ela já sentada na moto, em respirou. Devagar. E sorriu com alívio. frente a lojá, com um capacete nas mãos e um sorriso no rosto. Lui Voltou ao aconchego. Ela acordou e beijou Lui na ponta deixou cair o paninho. Um arrepio subiu pela costas, terminando num do nariz com carinho e disse. - Preciso ir embora. Qualquer dia eu espasmo na região do pescoço. O mesmo arrepio que Ela lhe causava volto. quando se davam carinho sob as cobertas. Ela pegou o paninho e Lui aceitou com um gesto. Seus olhos piscaram e abraçou num abraço seco o corpo paralisado de Lui. Ela abriu a porta contraíram os lábios num sorriso. Ela levantou-se, vestiu-se, pegou o da loja, pegou Lui pela mão e o levou para dentro. Lui sentou sem capacete, girou a chave para abrir a porta, e saiu feliz. Sua moto não conseguir falar. Respirou enquanto Ela olhava em volta. Ela puxou estava mais lá. Ela deixou a chave da moto e o capacete na lixeira em uma cadeira e sentou-se na frente de Lui. Os olhos se encontraram. E frente à loja, e foi-se, caminhando, a pensar que a moto talvez nunca havia anos de espera naqueles olhares. Já era. A porta não foi tivesse existido, que tudo podia ter sido somente um sonho. Desde o trancada. Nenhum cliente entrou. Após duas horas Ela levantou e começo de sua viagem. Ela estava de volta. Pra onde iria? rodou a chave na porta. As coisas da loja estavam pra fora. Ela rodou Ela estava bem perto, Ela foi pro trabalho. Encontraria a chave novamente. Lui dormia, no chão da loja. Ela foi até os sua mãe e poderia sentar e conversar um pouco sobre tudo. A fundos. Tirou água da moringa. Bebeu. Ela foi até o caixa. Viu o empresa estava fechada. Ela tentou ligar mas o celular estava sem dinheiro. Olhou pros cigarros, pras bebidas, guardou seu capacete e bateria. Quando Ela voltou Lui já não estava. A luz interna apagada. suas roupas em cima de uma das mesas e foi se deitar com Lui. Ela respirou. Devagar. E foi andando. No caminho Ela encontrou uns Quando Lui acordou o telefone da loja tocava. Lui homens que bebiam em torno de uma mesa, enquanto animados pensou no pior. Alguém poderia ter olhado pela vidraça ou entrado jogavam cartas e falavam coisas. Ela acelerou um pouco o passo. pela porta enquanto dormia. Lui se vestiu rapidamente, cobriu Ela, Pessoas deitadas na calçada, cobertas, com os rostos cobertos. Ela olhou pelas janelas e correu para atender o telefone. Era engano. Não virou uma esquina e viu um grande prédio cor de maçã. Havia uma festa no térreo e Ela entrou. Subiu dois lances de escada, girou a chave numa porta, acendeu a luz. Entrou, fechou e trancou a porta, foi até a janela e abriu. Respirou o ar da noite, enquanto os sons de baixo entravam pelo apartamento. Era tão pequenino que duas pessoas viveriam apertadas. Não era exatamente uma casa, um lar. A falta de espaço fez Ela apelidar sua casa de Quarto. Havia um banheiro, mas ela não fazia refeições ali. Quando trabalhava gostava de chamar seu Quarto de Escritório. Ela sentiu o cheiro da noite e decidiu que não iria trabalhar. Dormiria pensando em Lui, sonhando com tudo que passaram. Fechou a janela, colocou uma música romântica e dormiu chorando de felicidade.