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o obelisco, um mausoléu em formato de cruz que abriga os restos mortais dos
combatentes com acesso diante ao parque.
Campanha e Construção
"Quando cheguei ao Brasil, integrei-me completamente na vida brasileira. Nada tinha a não ser
minha esposa e eu mesmo. Nove anos após minha chegada estourou a Revolução
Constitucionalista. Pode parecer estranho que um italiano tenha sentido tão profundamente este
movimento tipicamente brasileiro. Mas em nove anos, aprendi a querer bem o Brasil e
particularmente São Paulo. Em virtude desse amor à causa paulista, por ter compreendido a santa
finalidade da revolução que procurei lembrar para sempre os feitos dos soldados de São Paulo nesse
movimento."
Galileo Emendabili
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Ainda que o concurso tenha sido realizado em 1934, foi apenas em 1949 que a sua pedra
fundamental foi lançada. Durante este longo período a Comissão Pró Monumento fez
diversas campanhas para a arrecadação de fundos entre a população uma vez que o
Governo Estadual alinhado ao Governo Federal de Vargas não colaborava com a verba
necessária para a construção. Porém, em 1951 as obras finalmente começaram
aceleradas pela proximidade aos festejos do IV Centenário. Em 1954 foram depositados
no mausoléu os primeiros restos mortais de combatentes, mas a obra só seria de fato
concluída em 1955.
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Maquete de Emendabili. Repare que nesta altura do projeto ainda não havia o poema de
Guilherme de Almeida, apenas a marcação do espaço que seria usado para este fim.
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O escultor em frente a uma das cenas retratadas no Obelisco.
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Uma imagem da construção da estrutura do monumento tirada em 1954 na inauguração
do Parque Ibirapuera.
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Anos 50 e 60
Nas imagens a seguir vemos diversas solenidades que contavam com a presença de
inúmeros veteranos desfilando cheios de orgulho em frente ao recém inaugurado
Monumento. (Imagens do acervo do autor do blog)
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Visitantes ilustres
Juscelino serviu nas tropas mineiras que combatiam as tropas constitucionalistas, porém
grande estadista que era não deixou de homenagear os soldados paulistas.
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O poeta Guilherme de Almeida cumprimenta o também veterano Dirceu Nogueira Arruda.
Mais tarde o poeta teria ali no Mausoléu o local de seu descanso eterno.
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Atualmente
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Amparados por seus familiares, veteranos que fazem questão de desfilar em homenagem
aos que tombaram pela lei e pela ordem. Sem dúvida alguma o momento mais
emocionante dos desfiles.
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A artista plástica, Diretora de Comunicação do MMDC e neta de combatente, Camila
Lourenço Guidice.
Os paulistas comparecem em peso para participar das homenagens. A cada ano aumenta
o público deste tradicional desfile.
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Cap. Ex-Combatente Gino Struffaldi - Presidente do MMDC, Cel. PM. Ref. Antônio Carlos
Mendes - Vice-Presidente da Diretoria Executiva do MMDC e o Ex-Combatente Sr.
Oswaldo Diana.
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Memorabília
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Braçais usados pelos veteranos nos desfiles das décadas de 50 e 60.
A ESPADA DE PEDRA
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DE UM PLAINO NO ALTIPLANO
VERTICALMENTE JORRA,
EM TETRAEDRO IMENSO,
RUMO NADIR-ZENITE,
PETRIFICADO JACTO.
EU SOU A ESPADA
SE ACONCHEGARAM
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OS FILHOS MORTOS,
MATERNALMENTE
DESEMBAINHOU.
FEITA DE PEDRA
DE OSSOS E CINZAS
E CALCINADA
PELA CANDÊNCIA
DO SEU AMOR,
TORNEI-ME A ESPADA
DA RESISTÊNCIA.
TÊMPERA IMPERTÉRRITA
À INTERPÉRIE AVESSA
SOU A REFRATÁRIA
AS ADVERSAS FÔRÇAS
PREVALECERÃO.
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NÃO HÁ SOL QUE ME DERRETA.
DE ETERNIZADA TRINCHEIRA,
PEDRA-DE-TOQUE DA RAÇA
GUILHERME DE ALMEIDA
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Ricardo Della Rosa é blogueiro, colecionador de antiguidades e pesquisador da história militar brasileira. Em seu
canal do You Tube, Passado Presente, ele apresenta várias peças históricas, locais e personagens muito
interessantes.