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Resumo
A ampla discussão que atualmente se presencia sobre a ética nos
negócios nos remete a pesquisar o que esta prática pode trazer de
valor para as empresas. O presente trabalho traz à discussão, a
elaboração de códigos de ética como ferramentaa para o sucesso de
mudança de valores na indústria da construção civil. Esta indústria ao
longo dos anos ficou estigmatizada como um setor em que a corrupção
e a falta de ética imperam em larga escala. Hoje esta indústria é
responsável por empregar 1.663.221 milhões de trabalhadores e tem
grande impacto tanto na economia quanto na questão social do país.
Já se pode perceber algum movimento das empresas do setor no que
tange a elaboração de códigos de ética nos negócios. Esta pesquisa
vem analisar estes documentos e sugerir recomendações para a
elaboração destes códigos de ética envolvendo as peculiaridades
relacionadas a este ramo de atividade.
Abstract
The ample discussion that is currently present about ethics on the
businesses sends to research what this practical can bring of value for
the companies. The present work brings to the discussion, the
elaboration of ethics codes as tool forr the success of change of values
in the industry of the civil construction. This industry to the long one of
the years was stigmatized as a sector where the corruption and the lack
of ethics reigns in wide scale. Today this industry is responsible for the
employment of 1.663.221 million workers and has great impact in such
a way in the economy how much in the social matter of the country.
Already if it can perceive some movement of the companies of the
sector in that it refers to the elaboration of codes of ethics in the
businesses. This research comes to analyze these documents and and to
suggest recommendations for the elaboration of these codes of ethics
involving the peculiarities related to this branch of activity.
Palavras-chaves: Modelo de Gestão. Código de ética. Construção civil.
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1 - INTRODUÇÃO
À luz das discussões propostas nesta pesquisa, o estudo traz à tona a questão da “ética
empresarial” na indústria da construção civil, especificamente a implantação de código de
ética neste setor. Para uma indústria que tem grande impacto social e econômico na
sociedade, as questões éticas devem ser consideradas fator relevante nas empresas que atuam
neste ramo de atividade.
De acordo com Ashley (2005), o que está ocorrendo é mais do que mera resposta dos
negócios às novas pressões sociais e econômicas criadas pela globalização. Essas pressões,
que o mercado globalizado exerce sobre as empresas, fazem com que elas necessitem se auto-
analisar. Cria-se um novo ethos que rege o modo como os negócios são feitos em todo
mundo.
Ferrell; Fraedrich & Ferrell (2001), afirmam que a “ética empresarial compreende
princípios e padrões que orientam o comportamento no mundo dos negócios”. São esses
comportamentos que irão definir como a empresa espera ser vista perante os seus
“stakeholders”.
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Dado ao enorme impacto social e econômico que a construção civil tem no país, e a
sua importância para o crescimento do Brasil, pode-se perceber que ao longo dos anos está
indústria vem sendo foco de debate sobre questões éticas. Questões estas que envolvem desde
a falta de segurança e saúde da sua força de trabalho, até escândalos de nepotismo, corrupção
e suborno nas esferas públicas e particulares.
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1.3 - Objetivo
Fazendo-se uma análise das diretrizes que norteiam a elaboração de código de ética
empresarial e códigos de éticas de empresas da indústria da construção civil, objetivando
aprofundar o tema, pode-se enumerar algumas questões de contornos úteis à investigação
desse problema:
2 – REVISÃO DA LITERATURA
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Durante a década de 80 foram notados ainda, tanto nos Estados Unidos quanto na
Europa, esforços isolados principalmente de professores universitários, que se dedicaram ao
ensino da Ética nos Negócios em faculdades de Administração e em programas de MBA -
Master of Business Administration. No início da década de 90 redes acadêmicas foram
formadas e reuniões anuais destas associações permitiram avançar no estudo da Ética, tanto
conceitualmente quanto em sua aplicação às empresas.
De acordo com Nash (1993), existem razões para a promoção da ética no pensamento
empresarial. Os administradores percebem os altos custos impostos pelos escândalos nas
empresas: multas pesadas, baixo moral dos empregados, alta rotatividade, dificuldades de
recrutamento, fraude interna, perda da confiança pública da empresa, entre outros.
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código de ética de uma empresa estabelece como a empresa espera que seus compromissos
éticos sejam vistos e seguidos por seus stakeholders.
De acordo com Sanches (2003) é fundamental que a empresa defina regras claras para
a condução dos seus negócios e para o relacionamento entre as pessoas que compõem sua
equipe de trabalho, buscando promover a participação de todos na discussão dos limites éticos
da organização.
O Instituto Brasileiro de Ética nos Negócios define os stakeholders como nada mais de
que “todos os públicos que tenham algum envolvimento com a condução da empresa, seja
porque trocam ou trazem contribuições, de diversos tipos, mas sempre essenciais, seja porque
sofrem, de forma relevante para o seu bem-estar, os efeitos da atividade da empresa”. Podem
ser internos (funcionários ou dirigentes) e externos (fornecedores, clientes, consumidores,
concorrentes, bancos, parceiros comerciais, governos, sindicatos, associações, investidores,
acionistas, comunidades em geral, etc.).
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Diante destes fatos a busca pelo desenvolvimento sustentável torna-se cada vez mais
preocupante para o setor. Algumas iniciativas de melhorias são observadas, mas algumas
peculiaridades da construção civil como: falta de inovação tecnológica, baixa qualidade nos
serviços, alta rotatividade de mão-de-obra, mão-de-obra desqualificada, alto índice de
desperdício ou perda, etc, mostram que este setor terá de enfrentar muitos desafios para o
alcance da sustentabilidade.
Pode-se presenciar ao longo dos anos casos de corrupção na construção civil nos
noticiários do Brasil e no mundo. Mas não é somente a corrupção e o nepotismo que ronda a
falta de ética na indústria da construção civil. Outros fatores como a falta de saúde e
segurança do trabalho no setor onde ocorrem altos índices de acidentes, furtos em obras, falta
de cumprimento dos prazos para entrega das obras, irresponsabilidade na entrega do produto
final para os clientes, entre outros fatores caracterizam a ausência de ética nesta indústria.
Uma pesquisa sobre as empresas mais reclamadas de 2006 feita pela Fundação de
proteção e defesa do consumidor (PROCON), constatou que 0,58% das reclamações foram da
área de habitação.
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3 - METODOLOGIA
Mediante análise das diretrizes e dos códigos de ética das construtoras estudadas,
seguem as observações no que diz respeito aos tópicos que devem compor um código de
ética, destacados pelas diretrizes. Foi comparado como as construtoras destacam nos seus
códigos de ética, suas ações, posturas e valores no que diz respeito a cada um deles:
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as empresas analisadas não mencionam nos seus documentos esta participação. Infelizmente,
não foi possível o acesso aos elaboradores do código para obtenção desta informação.
Comitê de ética – A Empresa X menciona que o comitê de ética deve ser a última instância,
visto que os conflitos devem ser solucionados dentro de cada setor com sua determinada
chefia. Muitas vezes o comitê de ética pode funcionar como um facilitador, como descreve a
ISO 26000.
Aplicação do código - apesar das diretrizes não mencionarem procedimento para este item, as
empresas destacam em seus documentos, com eficiência, a importância da clareza para quem
o código de ética é aplicável. Neste sentido não deixa dúvidas de que todos os envolvidos e
impactados pelo exercício de sua atividade são responsáveis em cumpri-lo.
Relações com acionistas - a Empresa X também considera ético o respeito com os acionistas
independente da porcentagem de sua participação, como menciona o Instituto Ethos. A
Empresa Y apesar de não explicitar tal fato, demonstra uma política de privacidade e
transparência de informações coerente para com este stakeholder.
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Relações com funcionários (ativos da empresa) - apesar das diretrizes não mencionarem
procedimento para este item, as empresas destacaram em seus códigos o que esperam dos seus
funcionários com relação aos ativos da empresa.
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Relações com os clientes (equidade) - apesar das diretrizes não mencionarem procedimento
para este item, as empresas destacaram em seus códigos a sua postura de equidade em relação
aos clientes.
Relações com a esfera pública - a Empresa X aborda em seu código que incentiva a prática
de padrões como honestidade e integridade respeitando todas as leis vigentes. A Empresa Y
expressa o respeito às normas vigentes e destaca o seu bom relacionamento com as
autoridades locais.
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Práticas coercitivas à corrupção e propina - a aceitação de brindes está aquém do que gera
a corrupção neste país. As empresas estudadas deixaram a desejar na descrição da sua postura
no que diz respeito a este item, quando as diretrizes focam corrupção como favorecimentos
ilícitos e aceitação de propina.
1) De acordo com sua experiência, como você analisa o panorama ético no ramo da
indústria da construção civil?
A falta de ética na política pública foi ressaltada por três entrevistados, considerando que as
leis atuais e a impunidade são fortes aliados para contribuição da corrupção no setor. Dois
entrevistados convergem nas opiniões sobre a ética na construção civil para uma questão
ambiental, onde grande parte dos materiais empregados e as atividades desenvolvidas nesta
indústria agridem o meio ambiente. Pode ser observado que a alta competitividade também é
fator relevante, pois muitas empresas participam de negociações para manter sua
sobrevivência no mercado. Nesse sentido, pode-se destacar que algumas dessas organizações
pratiquem uma ética utilitarista, em que se acredita que devam tomar decisões que resultem na
maior utilidade social, isto é, produza o maior benefício para todos os que serão afetados pela
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decisão.
Ao questionar sobre o que mais relevante eles consideravam neste contexto ético, 50% dos
entrevistados direcionaram para uma emergente mudança no sistema político, ou seja, os
agentes governamentais. Para um entrevistado, se não houver esta alteração, o trabalho das
empresas em desenvolver códigos de ética e conduta será em vão. A falta de saúde e
segurança no trabalho, o desrespeito ao meio ambiente e a falta de envolvimento da alta
administração das construtoras com a qualificação profissional e a responsabilidade social,
também foram itens considerados relevantes pelos entrevistados no setor da construção civil.
3) Algumas pessoas dizem que não existe ética na construção civil. Em sua opinião a
elaboração de códigos de ética contribuiria para modificação deste quadro? Por quê?
A vontade política foi apontada por um entrevistado como um desafio para a implantação do
código de ética no setor da construção civil. Como ele mesmo citou anteriormente é um fator
vulnerável a corrupção. Corrupção esta que está diretamente atrelada ao Governo. Ter o
código atrelado a recompensas e punições é um destaque, que não vê desafios a serem
transpostos.
5) Alguns diriam que esta reflexão teórica não se traduz na prática. Você concorda com
esta afirmação?
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Objetivo do código de ética – o ideal é que o objetivo seja expresso no documento de forma
que, este represente um passo para grandes mudanças na organização. A empresa deve
preocupar-se, e até mesmo explicitar no código, a sua preocupação com o impacto das suas
atividades na dimensão econômica, social e ambiental.
Periodicidade da revisão - uma atenção especial deve ser dada à revisão do código para que
o documento não seja dado como apenas um momento de euforia da empresa. É bom que a
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- Os funcionários devem ser avaliados e promovidos com base em seus méritos profissionais,
descartando qualquer outra consideração que extrapolem este fim;
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- Garantir o cumprimento do prazo de entrega dos serviços, o que freqüentemente não ocorre;
- Transmitir aos consumidores informações vitais de segurança e sobre o uso do produto ou
serviço adquirido;
- A garantia e assistência técnica das obras entregues, deve ser oferecida por certo período
dependendo do tipo de serviço ou produto, e esse compromisso ético deve ser mantido a
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qualquer custo.
- Novos conceitos, tecnologias e recursos devem ser agregados a cada dia na organização para
que as obras tenham um padrão de qualidade reconhecido pelo cliente. Deve haver equidade
nas relações com os clientes, independente da sua posição social ou influência dentro da
empresa.
- Cuidados devem ser tomados com relação às propagandas enganosas, como folders
ilustrativos que não especificam dimensões, tipo de materiais que serão utilizados na obra,
etc.
- Não devem ser realizados negócios com fornecedores, com a intenção ou concessão de
favorecimentos ilícitos;
- Não serão aceitas negociações com fornecedores de reputação duvidosa; as compras devem
ser praticadas de forma ética, através de cotações que envolvem preço, qualidade, entrega e
assistência técnica do produto adquirido;
- O cumprimento integral dos contratos firmados, por ambas as partes, faz desta relação, uma
prática da gestão ética nos negócios da empresa;
Relações com Concorrentes – a prática de concorrências com carta marcada deve ser
totalmente repudiada. Todos os concorrentes devem ser tratados com respeito acreditando na
livre competição, evitando práticas de difamação, sabotagens, espionagens, etc.
Relação com o meio ambiente – Como citado anteriormente, a construção civil tem grande
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impacto ao meio ambiente por utilizar elevado número de insumos, materiais e componentes
existentes na natureza. A indústria da construção civil deve buscar soluções ambientalmente
justas e que minimizem seus efeitos negativos ao meio ambiente. Cuidados com o
desmatamento, construções em áreas de reserva, construções em áreas históricas, etc., Essas
medidas devem ser tomadas a fim de promover a sustentabilidade.
Práticas coercitivas contra a corrupção - a empresa deve ter como valores a transparência,
a integridade e a responsabilidade sendo totalmente contrária a qualquer tipo de corrupção
comercial e subornos. Para que haja um “corrupto” tem que haver um “corruptor”. A
organização não deve admitir o pagamento de propinas por parte de nenhum funcionário da
empresa, mas para isso tem que demonstrar que está acima de qualquer suspeita, rejeitando
qualquer ato ilícito nas suas relações de negócios. Deve haver procedimentos específicos para
controle e punição das ações de favorecimentos ilícitos caracterizados por corrupção e
pagamento de propinas.
Como foi observado durante a revisão da literatura, para que se consiga refletir sobre o
tema ética empresarial, é preciso perceber a complexidade envolvida na questão. Muitos
autores estão preocupados com esse tema, seja na empresa, seja na sua vida pessoal, social e
política.
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Todos nós que fazemos parte da cadeia produtiva da construção civil e até mesmo os
que de certa forma estão envolvidos com o setor devemos estar empenhados em construir um
setor sustentável e ético. E é por conhecermos bem as dificuldades, que sabemos que elas
serão ultrapassadas e que o futuro do setor não se vai deixar comprometer por conjunturas
menos favoráveis.
Sugere-se um estudo mais aprofundado sobre o tema no que diz respeito às obras
públicas, face a tantos escândalos que presenciamos. A construção civil neste setor se mostra
problemática, quando temos conhecimentos de tantos “esquemas” que envolvem a esfera
governamental e as empreiteiras.
Outra sugestão para estudos futuros é a análise da eficácia da implantação dos códigos
de éticas das construtoras analisadas e/ou demais construtoras no que diz respeito a: aumento
da produtividade, impactos positivos e negativos, melhoria no relacionamento, mudança de
comportamento, etc. Acredita-se que tal análise seja merecedora de trabalhos futuros mais
direcionados, como uma investigação de campo, um método de pesquisa mais preciso.
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Abordagem da Ética por Parte dos Professores de Administração: Um Estudo de Caso.
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